segunda-feira, 25 de março de 2019

Elite já busca um caminho para derrubar Bolsonaro

Não é para cortar, é para desorganizar a Universidade MAIS UM CRIME DO BOZO


Não é para cortar, é para desorganizar a Universidade

O Globo publica hoje o que há de real nos cortes de “21 mil cargos” no Governo Federal, que vem sendo festejado há duas semanas.
Cortes , mesmo, apenas 159:
A medida está entre as 35 metas dos primeiros cem dias de governo apresentadas em janeiro pelo ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. Embora tenha falado da importância de enxugar a máquina pública, o governo cortará apenas 159 cargos. O resto estará focado em funções (17.349) e gratificações (3.492).
Esses adicionais são pagos a servidores efetivos do governo federal por desempenharem algum papel além do qual ele foi aprovado em concurso público. É, por exemplo, um cargo de coordenação de curso em uma universidade federal.
Não é “por exemplo”. Dois terços dos cargos cortados são nas universidades e institutos federais de educação tecnológica. Em escolas, portanto.
São pequenas gratificações que ajudam a estruturar seu funcionamento.
Na média, R$ 500 mensais, que é o resultado dos R$ 91 milhões anuais por 13 meses e quase 14 mil cargos.
Não paga a conta do restaurante do Paulo Guedes.
Mas transforma universidades e IFT’s numa baderna administrativa, onde ninguém ganha para mandar nem ser responsável.

Em visita a Cuba, Príncipe Charles se torna o 1º membro da família real a viajar ao país

Em visita a Cuba, Príncipe Charles se torna o 1º membro da família real a viajar ao país

Publicado em 25 março, 2019 9:18 am
Foto: Victoria Jones/ Reuters
O príncipe Charles e sua mulher, Camila, aterrissaram no domingo 24 em Havana para a primeira visita oficial da família real britânica a Cuba, ao mesmo tempo em que um dos principais parceiros do país – Estados Unidos – tenta isolar cada vez mais a ilha.
Pouco depois de chegar em um avião da Força Aérea Real, o herdeiro do trono britânico depositou uma coroa de flores no memorial dedicado ao líder da independência de Cuba, José Martí, localizado na Praça da Revolução.
Durante sua visita histórica de três dias, parte de um giro pela região caribenha, o príncipe de 70 anos deve jantar com o presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, fazer um tour pelo bairro colonial restaurado de Havana, visitar projetos comunitários e de energia verde, e ver um desfile de carros britânicos antigos.
A visita real ocorre três anos depois que o ex-presidente americano Barack Obama foi ao país, em um ato que ficou conhecido como o início de um novo capítulo dos laços entre os velhos inimigos da Guerra Fria.
Desde que Donald Trump assumiu a Casa Branca, contudo, os EUA voltaram a pressionar Cuba, incluindo o aperto de seu embargo comercial à ilha.

Como uma meia-verdade de Bolsonaro virou fake news nas mãos de seu assessor olavista

Como uma meia-verdade de Bolsonaro virou fake news nas mãos de seu assessor olavista. Por Kiko Nogueira

 
Filipe G. Martins, assessor da Presidência, mente que o vista já foi liberado
Na semana passada, os brasileiros puderam ver a gênese de uma fake news bolsonarista.
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“Como esperado, uma plataforma de planejamento de viagens mostrou que a procura de estrangeiros interessados em visitar o Brasil já cresceu 36% após anunciarmos a liberação de visto para turistas da Austrália, Estados Unidos, Canadá e Japão. Ganha o nosso turismo e nossa economia!”, afirmou Bolsonaro no Twitter.
Deu a fonte em seguida: um site chamado Money Times, que por sua vez repercutiu o Kayak, plataforma de planejamento de turismo concorrente do Decolar, Submarino etc.
Ninguém viu esse levantamento do Kayak, mas vamos dar de barato que ele existe.
Bolsonaro já estava torturando a notícia.
O crescimento de 36% de interesse no país dizia respeito apenas aos australianos.
Com relação aos EUA, o número era de 31%, seguido de Canadá (19%) e Japão (4%).
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Essa meia-verdade do chefe virou mentira quando divulgada por Filipe G. Martins, assessor olavista da Presidência.
“Agora isentos da necessidade de visto para entrar no Brasil, americanos, canadenses, japoneses e australianos já aumentaram as buscas por passagens p/ o nosso país em até 36%. A projeção é de que teremos o ingresso de mais de 1 bilhão de dólares por ano em decorrência da medida”, escreveu ele.
O decreto de Bolsonaro só entra em vigor em 17 de junho.
Não há “buscas por passagens” reais.
Os 36%, novamente, se referem aos habitantes da Austrália.
De onde o sujeito tirou que isso renderá 1 bilhão de dólares por ano?
Resposta: da cabeça dele. Chute. Grupo. Falácia. Cascata.
O que ajuda muito a trazer visitantes é a imagem do lugar.
Temos um presidente mal recebido aonde quer que vá.
O noticiário no exterior fala de violência, arrastões, crise econômica, doenças tropicais, desastres como o de Brumadinho e, agora, massacres como o de Suzano.
Não são os cruzados do Olavo que vão resolver um problema de décadas espalhando farsas para seus animais nas redes.

DCM Café da Manhã: Todos contra todos no cabaré de Bolsonaro

DCM Café da Manhã: Todos contra todos no cabaré de Bolsonaro. Por Joaquim de Carvalho

 

Gleisi: Bolsonaro sendo Bolsonaro e o país à deriva

Gleisi: Bolsonaro sendo Bolsonaro e o país à deriva

 
A presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PT-PR), afirma que a elite brasileira apostou no escuro e sem responsabilidade e que Bolsonaro, agora, se esforça para escrachar adversários e aliados. ‘Os parlamentares que fizeram sua campanha querem debater os temas e são tratados como picaretas e da velha política’, anota a dirigente petista.
BOLSONARO SENDO BOLSONARO E O PAÍS À DERIVA
Gleisi Hoffmann*
O partido de Bolsonaro, que supostamente seria o primeiro a compor a base governista, contribui para aumentar a barafunda criada pelo governo. A bem da verdade, ninguém pode dizer que foi enganado. Antes de assumirem, já dividiam entre si o direito de atacar esse ou aquele partido ou parlamentar.
A nova política, como diz Bolsonaro, nada mais é do que a antipolítica. Em vez de construir relações no Congresso e atrair parlamentares para a base do governo, o
maior esforço é para escrachar publicamente a todos, aliados ou adversários.
Nisso são coerentes. Durante jantar nos EUA, Bolsonaro discursou que, antes de construir, é preciso desconstruir muita coisa. Nisso, estão se mostrando esforçados, inclusive o sistema que o elegeu.
No governo misturam religião com políticas públicas, destroem as relações externas, brigam com um dos principais parceiros comerciais, a China, que se acerta com os americanos e nos deixam falando sozinhos.
A vitória de Bolsonaro significou uma onda gigantesca por mudança. Lembremos que o PT foi derrotado no segundo turno, mas o PSDB amargou 4% na eleição para presidente. Marina Silva, que obtivera em torno de 20% em duas eleições, caiu para 1%. Esse público perdeu em maioria para Bolsonaro. No empresariado urbano, nos produtores rurais, mercado financeiro e nas grandes corporações de Estado, como juízes, MP, polícias, advogados, auditores, ele teve maioria esmagadora. O mais espantoso é que ele não falou nada na campanha. Não apresentou nada do que pretendia fazer. Recebeu uma carta branca para governar como quisesse. Nesses três meses ele está justamente fazendo isso: governa como quer, não se considera obrigado a dar satisfações a ninguém. A elite brasileira apostou no escuro e sem responsabilidade. Pensando em seus interesses. Vai pagar o preço. O pior é que o povo está pagando junto.
Os que lhe deram carta branca não estão gostando do que estão vendo. Filhos enrolados em maracutaias no legislativo, ligações com milícias, um partido que nem existia e que apareceu já cheio de laranjas penduradas e verbas desviadas.
Agenda que não havia sido anunciada, como essa reforma da Previdência, intenções bélicas contra a Venezuela, aliança prioritária com Israel, em detrimento dos árabes. E ainda vem a tal agenda de costumes, que tem um monte de maluquices que até os conservadores ficam de cabelos em pé. Já tem muita gente querendo cassar a tal carta branca.
Já estão convidando o Mourão para reuniões, no mercado financeiro, já dizem que a tal reforma da Previdência sairá chocha ou nada sairá, no setor do agronegócio já estão de cabelos em pé há algum tempo e outros sinais de que a ficha está caindo. Bolsonaro não dá conta de governar um país com a complexidade do Brasil. Só que ele não está fazendo nada de extraordinário, apenas se revela. Fez campanha sem dizer nada a respeito de nada, não compareceu a debates e pouco foi questionado. Mostra a sua cara aos que o apoiaram em massa e cegamente. Todos se assustam. Mas é o Bolsonaro. Ele estava aí, nessa “nova política, há 28 anos e foi comprado e vendido ao povo como uma imensa novidade, um salvador da pátria. É esse o Bolsonaro que foi eleito. E ainda nem começou a esgrimir a sua pauta de “costumes” com todas aquelas maluquices. Quando isso aparecer, vai haver pânico.
O que estamos vendo no andar de cima nada mais é que a hipocrisia dos que apostaram todas as fichas nele e agora se dizem surpreendidos. Acharam que Paulo Guedes ia se responsabilizar pela área econômica, que Moro fosse cuidar da Justiça como se eles fossem os verdadeiros eleitos para tanto. Acharam que os militares convocados para a administração, quase uma divisão inteira já nomeada, seriam os avalistas e tutores desse incompetente. Mas parece que ele resolveu assumir que governa o país, para desespero de seus avalistas. E não poderia ser diferente, porque ele é quem, mesmo numa eleição questionável, foi eleito. Mas apostaram que bastariam dois dedos de prosa e o Congresso iria assumir a pauta da equipe econômica e a agenda de Sérgio Moro. Dá vontade de rir.
Agora, os parlamentares que fizeram sua campanha querem debater os temas e são tratados como picaretas, o presidente insinua que querem lhe fazer (ou já fizeram) pedidos impublicáveis, típicos da velha política.
Se o mercado financeiro quiser, podemos desenhar para que entendam: Bolsonaro é quem manda e ele vai fazer o que sabe, vai para o Twitter mobilizar sua base e atacar a todos que considera da velha política. A votação da Previdência, bem como outros projetos polêmicos.
A pauta na área social, Educação, Direitos Humanos, política para mulheres, tudo isso ainda nem apareceu na arena política. Bolsonaro deve estar pensando que basta mandar tudo isso para o Congresso e insuflar sua base, que os parlamentares serão encurralados e votarão depressa, para se livrarem da pressão nas redes sociais.
A crise que vive o Brasil é uma das maiores da história recente. A indução, pela classe dominante, da eleição de Bolsonaro, está apresentando a fatura. O pior, de tudo isso, é que nosso povo está sofrendo com o desemprego, baixa renda, cortes de programas sociais, volta da miséria e da fome. Tudo só tende a piorar. Os condutores dessa desgraça são irresponsáveis, inconsequentes e ordinários. Não mereciam ser chamados de brasileiros!
*Gleisi Hoffmann é deputada federal (PT-PR) e presidenta nacional do Partido dos Trabalhadores.

Recuo pró-reforma é suicídio para Rodrigo Maia


Recuo pró-reforma é suicídio para Rodrigo Maia

Não creio muito nesta história de que Rodrigo Maia vá “blindar” a reforma previdenciária e insistir em aprová-la, com a brutalidade atual, na Câmara dos Deputados.
Não duvido que a crueldade de Maia e sua bajulação ao “mercado” faça disso o seu desejo, mas está criada uma situação que já não depende exclusivamente disso.
Os partidos e uma parcela dos deputados está irritada e convencida de que, se não confrontar o governo Bolsonaro na questão que é o centro das atenções do país, por sua repercussão, estará inapelavelente rendida diante do falangismo bolsonarista, apenas esperando a vez de ir para o matadouro das redes sociais.
Quererá Maia perder parte de suas “tropas parlamentares”, enquanto o ex-capitão torna as suas mais aguerridas e sanguinárias?
Não posso supor que Cesar Maia não tenha ensinado ao filho que cachorros sentem o cheiro do medo.
Além do mais, com ou sem “blindagem”, deterioraram-se as condições para aprovar uma reforma com a dureza que o mercado quer.
BPC, aposentadorias rurais, cortes violentos nas pensões, “transição” quase que imediata e até mesmo a idade mínima, que parecia poder prosperar, estão vulneradas, agora, já não só pela sua insensibilidade intrínseca, mas por uma crescente percepção de injustiça por parte da opinião pública, sobretudo porque comparada à generosidade com que foram tratadas as aposentadorias militares.
O forte aumento da rejeição à reforma nas próprias redes sociais, registrado hoje pela pesquisa que Monica Bergamo divulga na Folha, não é surpresa e pode ser sentido por qualquer um no cotidiano.
O conflito está criado enão se resolverá sem as concessões para as quais o Executivo não está ligando muito. Ainda assim, não as fará, para manter o queixo erguido diante dos “seus”.
“Faço o que você quer, mas faço sozinho” não parece ser uma alternativa política para Maia, até porque  se chegou a um ponto em qual a velocidade na tramitação passou a ser, por si, uma exigência do capital.
E será, com isso, difícil seguir o conselho do Senador Pinheiro Machado a seu cocheiro, diante de manifestantes hostis, para que a retirada não seja “tão depressa que pareça fuga”.