'MORO AGIU PARA IMPEDIR MINHA CANDIDATURA', DIZ LULA À MAIOR REVISTA ALEMÃ
"Desde que a Lava Jato começou eu estava convencido de que na verdade ela só tinha um alvo: eu. Eu dizia: não é possível que meus opositores vão tirar a Dilma, que era minha sucessora e do PT, para depois deixar que eu fosse eleito presidente. Isso não fechava", disse o ex-presidente à revista Der Spiegel, a mais importante da Alemanha. "O Moro, ao impedir minha candidatura, garantiu que Bolsonaro fosse eleito presidente"
25 DE MAIO DE 2019 ÀS 04:54
Do Instituto Lula – Depois de sete meses tentando na Justiça, o jornalista Jens Glünsig, da revista alemã Der Spiegel, finalmente entrevistou o ex-presidente no dia 15 de maio, na Superintendência da Política Federal do Paraná, em Curitiba. Lula falou sobre questões do Brasil e do mundo e mostrou que segue com o pensamento de um estadista, coisa que não vê no atual presidente: "Espero que Bolsonaro recupere a razão e mereça o respeito que um presidente deste país deve ter".
Reconhecido como preso político pela Associação Americana de Juristas, Lula afirmou que sempre soube que ele era o alvo. "Desde que a Lava Jato começou eu estava convencido de que na verdade ela só tinha um alvo: eu. Eu dizia: não é possível que meus opositores vão tirar a Dilma, que era minha sucessora e do PT, para depois deixar que eu fosse eleito presidente. Isso não fechava".
Lula entende que o golpe não foi contra ele, contra a esquerda ou contra o PT, mas contra o país. "As elites americanas e brasileiras são contra que 75% das royalties fossem investidos na educação, para que o Brasil finalmente superasse um atraso de 200 anos. Com isso, a gente conseguiria financiar pesquisa, tecnologia e o sistema de saúde. Por isso derrubaram a Dilma. Por isso seguiram-se todas as manobras ilegais para impedir que eu fosse candidato. Eles sabiam que eu seria eleito mesmo que concorresse da prisão. O procurador Deltan Dallagnol, que me perseguiu, é uma marionete do Departamento de Justiça dos Estados Unidos".
Lula fez questão de lembrar que para o ex-juiz Sergio Moro, escolhido como ministro da Justiça de Jair Bolsonaro, foi prometido um cargo no Superior Tribunal Federal, como o próprio Bolsonaro disse publicamente. "Isso prova que foi um jogo arranjado. O Moro, ao impedir minha candidatura, garantiu que Bolsonaro fosse eleito presidente".
Sobre o atual presidente, Lula afirmou que ele é incapaz para o cargo, mas não deseja que ele seja impedido de terminar o mandato. Lula comparou Bolsonaro a Nero, "quer deixar o país em chamas". "Espero que Bolsonaro recupere a razão e mereça o respeito que um presidente deste país deve ter".
O ex-presidente disse que não sabe explicar o apoio dos militares e que um dia ainda quer conversar com alguns comandantes para entender. "Os militares que apoiam Bolsonaro parecem ter esquecido tosos os princípios nacionalistas".
O jornalista alemão lembrou que o Brasil sob os governos Lula viveu um boom de crescimento e otimismo e perguntou: o que aconteceu com seu país? "Não tem mágica em política econômica. Você tem que ter credibilidade para ser respeitado. É por isso que tive o apoio de Gerhard Schröder, Angela Merkel, George W. Bush, Barack Obama, Jacques Chirac, Nicolas Sarkozy, Tony Blair e Gordon Brown.
O Brasil estava a caminho de se tornar a quinta maior economia do mundo e agora temos esse desastre. Bolsonaro é como o imperador romano Nero: toca fogo no país inteiro. As palavras emprego, crescimento, investimento e desenvolvimento não são com ele. Ele não quer construir, apenas destruir. Nós temos um presidente que bate continência pra bandeira dos EUA. O Brasil não merece isso."
Link da entrevista em alemão: https://www.spiegel.de/plus/lula-da-silva-bolsonaro-gleicht-nero-er-setzt-das-ganze-land-in-brand-a-00000000-0002-0001-0000-000164076199
O município de Concórdia, no Pará, recepcionou, neste sábado (25), os integrantes da Caravana Lula Livre, comandada por Fernando Haddad. Em defesa do legado de Lula, o ex-ministro da Educação percorreu a região Norte do país levando um recado de esperança e resistência ao povo brasileiro.
“O Brasil de amanhã vai ser melhor que o de hoje”, disse. O professor universitário destacou a importância de manter a luta para garantir educação pública e aposentadoria, direitos que estão sendo atacados pelo governo de Jair Bolsonaro.
“O que ele está propondo é muito grave. Um direito perdido pode levar décadas para ser reconquistado. Não dá para arriscar aquilo que o povo brasileiro conquistou”, disse no ato que encerrou a Caravana Lula Livre pela região.
Haddad acrescentou a importância de se lutar pela liberdade do ex-presidente Lula. “A Justiça não pode ser usada para fazer política. Se não tinha um jeito de derrotar Lula nas urnas, que dessem a presidência para ele, porque era isso que o povo queria e não o que eles fizeram. Eles politizaram a Justiça para tirá-lo da disputa”.
O ex-ministro relembrou, ainda, um pouco da sua história para falar sobre o que está em risco com o governo de Bolsonaro. Para Haddad, assim como seu pai lavrador e sua mãe professora fizeram de tudo para que ele tivesse acesso ao ensino superior, Lula foi “como um pai para o Brasil”. “Ele abriu as portas das universidades públicas para o filho do lavrador, o filho do trabalhador, o jovem pobre, o negro… Por isso estamos nas ruas e não vamos sair”, disse.
“Nós dizíamos uma coisa que é quase sagrada: o ser humano sonha e que oportunidade para realizar. Há duas coisas que garantem isso. A primeira é a educação e a segunda é o trabalho. Não é arma que vai resolver o problema do Brasil. Tá sobrando arma e porque tem muita arma, tem muita violência. O que queremos é ciência, tecnologia, educação. Queremos professores sendo respeitados. O povo vai ensinar Bolsonaro a ter respeito pelos estudantes e pelos trabalhadores deste país”, ressaltou Haddad.
Previdência
O ex-ministro explicou que governo Bolsonaro diz que a Previdência é deficitária, colocando os custos disso sobre o trabalhador no lugar de cobrar as dívidas dos empresários. “A reforma que precisa ser feita é cobrar do empregador para que ele pague o que deve”, completou.
Foi lançada nessa sexta-feira, 24, no Rio de Janeiro, a mais recente obra do antropólogo Luis Eduardo Soares: Desmilitarizar.
A ocasião serviu também para se debater a desmilitarização da polícia, assim como as consequências e os desafios envolvidos nesse processo.
Para o coronel Íbis Pereira, ex-comandante geral da Polícia Militar do Rio de Janeiro e atualmente na reserva, há um sentimento de banalização da barbárie que predomina nas discussões acerca da segurança pública.
“Se continuarmos com esta gaiola de ferro, com polícia militarizada, governador atirando de helicópteros, essa será a regra”, alertou.
Para o coronel Íbis, a desmilitarização proposta no novo livro de Luís Eduardo “é única via possível para discutirmos a segurança pública”.
O aspecto que causou a maior convergência de ideias no decorrer do debate foi a situação das comunidades carentes no Rio de Janeiro.
A maioria dos convidados concordou que há um genocídio da população negra nas periferias.
Para o deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ), há um perigo que pode complicar ainda mais a já delicada situação: o pacote anticrime do ministro Sérgio Moro, que defende o excludente de licitude.
“A despeito das inconstitucionalidades do projeto, o excludente de licitude amplia a capacidade de mortes”, adverte Freixo.
Para Freixo, o excludente de licitude não pode ser entendido como um programa para segurança pública. “A nossa única saída é pelo afeto”, frisou.
Para Jandira, o pacote de Moro busca apresentar uma espécie de “licença para matar”.
Segundo a deputada, há uma legitimação da execução pública pela polícia, contando com a participação do governador do Rio, Wilson Witzel, e do presidente da República.
“A autorização para o abate é inaceitável, é perigosíssimo para o nosso Estado Democrático de Direito”, concluiu Jandira.
Talvez as universidades públicas brasileiras jamais tenham ficado tão em evidência na mídia como nos últimos dias. O ataque do governo Bolsonaro (incluindo o próprio presidente) – com destaque para o inacreditável (no pior sentido possível) ministro da Educação, o Sr. Abraham Weintraub – às universidades públicas levou as comunidades universitárias a partirem para uma estratégia bastante adequada de demonstração dos méritos da universidade pública brasileira. Em oposição, os detratores do sistema público de ensino superior brasileiro passaram a circular informações e imagens – algumas verdadeiras e outras falsas – para desqualificá-lo.
O sistema federal de ensino superior merece respeito, sim. Os investimentos intensivos feitos a partir da década passada trouxeram importantes retornos, que só não estão sendo mais impactantes porque, desde 2015, entramos em um túnel de políticas econômicas pró-cíclicas que está estrangulando a demanda e o emprego (1). Inclusive, um ponto que é muito criticado nos investimentos em educação superior iniciados com o governo Lula, a interiorização das universidades e institutos federais tem um claro impacto positivo (2).
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O presidente da República se expôs ao ridículo de dizer em uma entrevista que quem produz ciência e tecnologia no Brasil são as universidades privadas (3). O mesmo foi feito pelo ministro da Casa Civil. A verdade é que os investimentos nas universidades públicas brasileiras a partir da década passada tiveram os retornos esperados. Houve uma enorme expansão do número de vagas para alunos de graduação e pós-graduação (embora eu acredite que esse aumento poderia ter sido ainda maior, em vista dos vultosos investimentos feitos). A produção científica cresceu de forma exponencial (4). E, pela primeira vez em nossa história acadêmica, o número de depósitos de patentes começou a crescer significativamente, apresentando também um perfil de crescimento exponencial (5).
A verdade é que o Brasil acumulou, na última década, um significativo estoque de conhecimento científico pronto para ter um impacto tecnológico significativo. Seria o momento de elevar os investimentos e intensificar as iniciativas como a da criação da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (EMBRAPII), fundada no primeiro governo Dilma, buscando ligar a produção científica e tecnológica das universidades públicas ao setor produtivo, reduzindo os custos de transação e os riscos envolvidos na inovação. O que faz o governo atual? Tenta desqualificar e enfraquecer as instituições que teriam potencial para gerar um salto tecnológico jamais visto no Brasil, as universidades públicas.
Após o Brasil ter esgotado quase que completamente seu processo de Industrialização por Substituição de Importações (ISI), entramos numa fase de crescente desindustrialização, baixo crescimento do PIB per capita (com alguns períodos de exceção, principalmente entre 2003 e 2014) e estagnação da produtividade. Acredito que uma reindustrialização do Brasil só será possível a partir do avanço tecnológico que poderá nos levar a competir dentro do padrão da chamada “Indústria 4.0”, que permitirá a elevação da produtividade e um crescimento econômico, pelo menos em parte, baseado na exportação de bens e serviços com alto valor agregado. Isso é impossível sem a valorização das universidades públicas brasileiras. Portanto, o governo Bolsonaro tem ido na contramão do que precisamos para alcançar um desenvolvimento socioeconômico sustentável no longo prazo.
Dito tudo isso, temos que reconhecer que precisamos enfrentar alguns problemas com os quais temos convivido em algumas universidades públicas. Os detratores têm tentado nos desqualificar com a divulgação de algumas informações que mostrariam o uso indevido do dinheiro público. Como disse acima, algumas são verdadeiras e outras falsas. Entre as verdadeiras, algumas estão relacionadas à falta de compreensão de muitas pessoas sobre a necessidade da autonomia e da liberdade criativa dentro dos campi universitários. Por exemplo, divulgam imagens de pessoas despidas (algumas falsas e outras verdadeiras). Isso é algo que ocorre em qualquer grande universidade do mundo (6). Em particular nas escolas de belas artes das universidades, é absolutamente corriqueira a presença da nudez. Uma universidade multidisciplinar que pretenda ser criativa e inovadora tecnologicamente irá conviver com a liberdade de expressão. Faz parte! O mesmo vale para alguns trabalhos escatológicos produzidos por pesquisadores das humanidades. Muitos dos grandes problemas do mundo no qual vivemos – inclusive decorrentes do desenvolvimento tecnológico e do crescimento econômico que tanto desejamos – são mais bem enfrentados com as reflexões e resultados de pesquisas das humanidades. Alguns poucos trabalhos escatológicos no meio de um mar de reflexões e pesquisas empíricas são encontrados nos melhores sistemas universitários do mundo, inclusive no americano, que é o mais produtivo de todos. Portanto, é mais um caso em que podemos dizer: faz parte!
Todavia, há o outro lado da moeda que não vou me esquivar de encarar, pois sempre o fiz durante minha carreira acadêmica. A universidade pública está sendo alvo de um novo ataque do sistema de justiça (7). Dessa vez, contudo, demos munição para nossos detratores. É possível que, mais uma vez, estejamos sendo vítimas de ações arbitrárias, mas, pelo menos com base em minha experiência pessoal, preciso reconhecer que o ataque não é totalmente descabido.
Na universidade onde trabalho (8), houve nesta semana última uma ação policial para cumprimento de um mandado judicial de busca e apreensão de drogas em dois prédios da instituição. Em 2015, tivemos outra situação complicada do mesmo tipo, daquela vez, porém, resultante de uma reportagem dura de um jornal. Se não queremos a presença de forças repressivas dentro de nossos campi universitários, precisamos chamar para nós a responsabilidade de enfrentar o problema do tráfico ostensivo de drogas em prédios das nossas universidades públicas (não sei em quantas universidades isso ocorre e, baseado em minha experiência, é algo menor do que muitos querem fazer parecer). Particularmente, sou a favor da regulamentação da produção, comercialização e consumo de drogas. Todavia, do mesmo jeito que não vejo a universidade como um local adequado para as pessoas ficarem vendendo e consumindo álcool de forma regular, aplico o mesmo tipo de lógica para o caso das drogas não legalizadas. Adicionalmente, acredito que o tráfico de drogas em campi de universidades públicas é um ato patrimonialista. Assistimos indivíduos obtendo enormes taxas de lucros com suas vendas dentro de uma instituição pública. Uma total privatização do patrimônio público. Talvez Milton Friedman, um dos papas do que veio a se tornar o neoliberalismo, adorasse assistir essa demonstração de dinamismo da iniciativa privada. Eu prefiro que ela esteja fora dos nossos campi!
P.S.: Escrevo esta coluna antes das manifestações do dia 26 de maio a favor do presidente Bolsonaro. Acho que muitos analistas estão querendo fugir da realidade ao dizer que, mesmo sendo um grande sucesso, essas manifestações serão ruins para o presidente. O que pensam do presidente Bolsonaro e do que ele quer? Olhemos a história e veremos o que sempre pretendem líderes com valores autoritários quando incentivam mobilizações populares. O caso da Hungria de Orbán é particularmente útil para refletirmos sobre a plausibilidade do caminho autocrático.
É espantoso que economistas neoliberais venham afirmar que um grande entrave para a retomada do crescimento no Brasil hoje seja um déficit de capital humano, como fez Monica de Bolle, recentemente (https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/05/brasil-oscila-entre-a-estagnacao-e-a-depressao-avaliam-economistas.shtml). Claro que o Brasil precisa retomar seus investimentos em educação. Contudo, há hoje, no país, um enorme estoque de capital humano ocioso, que tem crescido devido à inércia dos investimentos feitos até 2014.
Esta semana, passei mais um período de trabalho na Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, em Diamantina. Cada vez que vou participar de atividades acadêmicas lá, fico mais impressionado com o impacto positivo dessa jovem universidade sobre as regiões mais pobres do estado de Minas Gerais. A interiorização do ensino superior público foi pensado e executado por quem, realmente, pensa que o Brasil pode ser grande.
É verdade que ainda ficamos devendo no que diz respeito ao impacto científico de nossas publicações. Todavia, é muito provável que esse indicador passasse a responder positivamente ao enorme aumento da massa crítica, bem como pode ser significativamente melhorado com incentivos corretos, como bem argumentou Jacques Wainer (http://www.ic.unicamp.br/~reltech/2012/12-23.pdf).
Segundo algumas testemunhas com quem conversei, no XIII Congresso Mundial de Sociologia ocorrido na Universidade de Bielefeld, na Alemanha, em 1994, um homem subiu no palco onde um sociólogo (se não me engano era um francês) fazia a conferência de abertura, se despiu e começou a fazer exercícios de exibição dos seus músculos. A conferência seguiu normalmente, naquela prestigiosa universidade da supostamente sisuda Alemanha.
Que é uma das melhores universidades da América Latina, e uma das líderes nacionais em produção científica e tecnológica (anualmente, está sempre entre as três com maior número de patentes registradas, tendo sido a primeira colocada em 2016).
Manifestação deste domingo pode gerar o impeachment de Bolsonaro
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Publicado em 25/05/2019
Esta semana foi dito aqui que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) armou a arapuca para ele mesmo, pois convocou um “plebiscito” que tinha tudo para dar errado, dar em vergonha, enfim.
Nos últimos dias alguns correligionários que ainda sobraram convenceram –em parte—os Bolsanaro [pai e filhos] a pisarem o freio acerca da manifestação deste domingo 26. Ainda neste sábado, na véspera da balbúrdia bolsonarista, a diretriz é para aplacar as críticas contra Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal, Centrão e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
O diabo é que a algazarra de amanhã, sem líderes e pautas claros, pode escancarar a porta do inferno, isto é, gerar e parir o processo de impeachment de Bolsonaro.
“Existe, sim, a possibilidade de votar o impeachment, é uma palavra que precisa ser considerada”, disse à agência Bloomberg Brasil o deputado Kim Kataguiri (DEM-SP), um dos fundadores do Movimento Brasil Livre (MBL), que não participará da manifestação deste domingo.
Mas o desejo da extrema direita de derrubar Bolsonaro, cinco meses após a posse, não é comungada pelos partidos de oposição. O PT de Gleisi Hoffmann e do ex-presidente Lula, por exemplo, consideram a solução do general Hamilton Mourão (PRTB), vice-presidente, até pior que o capitão.
A presidenta nacional do PT afirmou que, apesar de Bolsonaro ser um “desiquilibrado”, o momento é difícil e triste no Brasil, mas ninguém se iluda com as saídas ‘Mourão, Moro e Guedes’. Porque, segundo Gleisi, eles representam o programa [neoliberal] implantado no País.
Ou seja, o PT, maior partido de oposição no país, ainda não se convenceu da necessidade de tirar Bolsonaro. Também não amadureceu ainda palavra de ordem como “novas eleições” e “constituinte” para barrar as aventuras neoliberais.
Entretanto, o que se depreende é que as ruas marcharão pelo atual status quo neste domingo e na quinta-feira, dia 30, será a vez da União Nacional dos Estudantes (UNE) voltar ao asfalto com “sangue nos olhos” porque a mocidade foi xingada de “idiotas úteis” pelo presidente da República. Se a manifestação da educação for maior –e as entidades estudantis prometem maior que a do dia 15– o processo de impeachment pode ganhar azo no meio político.