sexta-feira, 18 de outubro de 2019

Os destaques da noite no 247, em 18/10

Lula reafirma que não aceitará semiaberto e quer liberdade plena,
diz Zanin

Líder do PSL denuncia: Bolsonaro tentou comprar deputados com cargos

Financial Times diz que Brasil pode 'entrar em colapso'

Bolsonaristas fazem nota de 3 reais com rosto de Joice e deputada ameaça: “eu sei o que vocês fizeram no verão passado”

GGN aponta farsa do governo sobre manchetes de óleo no Nordeste

Dilma após nova Vaza Jato: Lava Jato teve colaboração promíscua com suspeitos de corrupção

Como Bolsonaro está arruinando os planos de Steve Bannon

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Os destaques da noite no 247

Marco Aurélio prevê 7 a 4 contra prisão após 2ª instância

Mantido líder do PSL, Delegado Waldir diz em áudio que vai 'implodir' Bolsonaro

Enfraquecido, Bolsonaro suspende indicação de Eduardo à Embaixada do Brasil nos Estados Unidos

Joice chama de “ingratidão” sua retirada da liderança e diz que livrou Bolsonaro de um impeachment

Advogada negra durante julgamento no STF: prisão em 2ª instância atinge "população pobre, preta e periférica”

General Santos Cruz é mais um oficial do Exército a ameaçar STF

Delegado Waldir recua e diz não ter nada contra Bolsonaro

Informativo FPA

17 DE OUTUBRO DE 2019 | ANO 04 - EDIÇÃO 182
Na direção oposta ao que desejariam o presidente estadunidense, Donald Trump, e seu discípulo Jair “I Love You” Bolsonaro, a população dos Estados Unidos apoia cada vez mais a existência dos sindicatos. Segundo pesquisa divulgada no final de agosto deste ano pelo instituto Gallup, 64% das pessoas em idade economicamente ativa naquele país aprovam e apoiam a ação sindical. Leia mais
 
POLÍTICA
Presidente do PSL é alvo de buscas em investigação de laranjas
A Polícia Federal e o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Pernambuco cumpriram mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao deputado federal Luciano Bivar, presidente do PSL, nesta terça, 15 de outubro, em Pernambuco. Leia mais
 
ECONOMIA
‘Temos de virar essa página’, diz presidente da CUT sobre Bolsonaro
Não, o novo presidente da CUT, o metalúrgico Sérgio Nobre, não fala em impeachment. Para o curto prazo, ele acredita que a primeira coisa a ser interrompida pela pressão popular é a política econômica do governo federal. Na opinião dele, o presidente é um “desqualificado” e seu ministro da Economia, Paulo Guedes, um “maluco”. Leia mais
 
INTERNACIONAL
Trump não apoia entrada do Brasil na OCDE
O governo de Donald Trump não apoia a entrada do Brasil na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), conforme mostra carta do Secretário de Estado, Mike Pompeo, enviada à Organização. Nela apenas as candidaturas da Argentina e da Romênia são endossadas e a brasileira, feita em 2017, não é citada. Leia mais
Medidas neoliberais geram grandes mobilizações no Equador
Grandes mobilizações e protestos se iniciaram nos primeiros dias do mês de outubro no Equador. O motivo foi a extinção do subsídio concedido aos combustíveis nos abastecimentos locais por cerca de quarenta anos. Leia mais
 
SOCIAL
Unicamp aprova moção pela educação, da ciência e da autonomia universitária
Em ato histórico que reuniu oito mil pessoas da comunidade universitária, uma das maiores universidades do país debateu o momento de investidas contra a educação, ciência e autonomia universitária e aprovou moção contra retrocessos. Leia mais
Em Aparecida, discurso contra a direita violenta e vaias a Bolsonaro
No último sábado, o Arcebispo Dom Orlando Brandes teceu duras críticas à atual situação político-social brasileira. Em seu sermão, Dom Orlando declarou que a “direita é violenta e injusta”, e que está tentando “fuzilar” o Papa e o Sínodo da Amazônia. Leia mais
 
O projeto de Orçamento do governo Bolsonaro no relatório de setembro
No relatório de setembro do Observatório da Democracia, as fundações analisam os cortes em vários setores previstos no Projeto de Lei Orçamentária para 2020, com destaque para Educação. A Fundação Perseu Abramo também destacou estudos que refutam os cálculos  apresentados pela equipe econômica para fundamentar a reforma da Previdência Confira o relatório de setembro: Leia mais
 
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Tempos de espera

Cartas do Editor

Tempos de espera

 

 
17/10/2019 13:48
 
 
Carta Maior sempre adotou uma linha editorial voltada ao incentivo da leitura e à produção de conteúdos analíticos de fundo. Reconhecemos a validade da guerrilha diária contra as mais variadas estratégicas de manipulação praticadas pela mídia corporativa, que oculta, desinforma, elege bandidos e mocinhos, fazendo da informação – que é um direito social – a sua moeda de troca no mercado.

Carta Maior nunca concebeu a comunicação como mercadoria. Inclusive, nós nos recusamos a exibir publicidade, principalmente de empresas que apoiaram o golpe de 2016.

Essa é uma opção política.

Nosso objetivo sempre foi criar uma cultura entre os leitores da imprensa alternativa de garantir a sustentabilidade dos variados projetos.

No caso da publicidade, a regra geral deveria ser a da democratização dos recursos públicos de publicidade, admitida a necessidade de o Estado dela necessitar, inclusive para a efetivação de suas políticas públicas.

Nesta luta pela comunicação desde janeiro de 2001, quando fundamos Carta Maior, e passamos a promover o encontro entre universidade e sociedade, intelectualidade e militância, pesquisa acadêmica e jornalismo; portanto, nesta trincheira há dezoito anos, nem nos maiores pesadelos, eu imaginei ver o país submetido à boçalidade de um homem do baixo clero tanto do Exército Nacional, quanto do Congresso.

Do golpe contra Dilma, da prisão de Lula à eleição de Bolsonaro, foi crucial o papel da mídia. Por mais anti-jornalístico que pareça, Lula não existe nos jornais. A Globo – ao contrário de VEJA que chegou a publicar mea culpa em editorial – jamais reconhecerá o caráter político da prisão de Lula, até porque foi cúmplice daqueles que prenderam e impediram a eleição do ex-presidente.

Ao vazar as conversas entre os promotores da Lava Jato, The Intercept revela muito mais que a premeditação criminosa da prisão de Lula, mostra o quanto o jornalismo que tentamos fazer ainda está aquém do que realmente precisamos. Com o peso de um Pulitzer, de uma trajetória voltada ao jornalismo investigativo, com fartos recursos de uma ONG americana, Glenn Greenwald mostrou que sim, a verdade dos fatos costuma estar acima das narrativas.

O apoio de nossos leitores é essencial para garantirmos nossa linha editorial. Este é o nosso modelo para o jornalismo aberto, independente e engajado, já que afirmamos com convicção que somos um portal de esquerda. Nunca é bastante lembrar que, em 2001, quando começamos nossas atividades, dava-se o início da rede mundial de computadores no Brasil. O Facebook foi lançado em 2004, o YouTube em 2005 e o Twitter em 2006.

O GOLPE de 2016 nos atingiu violentamente, quase nos levando ao desaparecimento. Porém, nossos leitores não permitiram que isso ocorresse e nos trouxeram até aqui.

A conjuntura vai mudar.

O que está em jogo não é a disputa entre garantistas e punitivistas; mas entre juízes que respeitam e fazem cumprir a Constituição Brasileira, e os que querem escrever uma outra regra constitucional sem ter mandato popular para tanto.

O correto seria a soltura imediata de Lula porque, além das questões constitucionais que foram e estão sendo infringidas, são óbvios a perseguição política e o constrangimento ao qual Lula vem sendo submetido. A expectativa, porém, aponta para uma solução que pode ser mais demorada. Temos pela frente julgamentos dos recursos apresentados pelo brilhante escritório de advocacia dos doutores Cristiano Zanin e Valeska Martins em favor de Lula.

Na esteira desses acontecimentos, a situação do Judiciário brasileiro é absolutamente catastrófica. E tudo pode acontecer. Aguardemos.

Vamos admitir que Lula seja solto. Outra situação política passará a ser debatida no Brasil. Por exemplo, esperamos que Lula imediatamente estabeleça contato com os principais líderes da América Latina – López Obrador, Evo Morales, Mujica, Alberto Fernandez e por aí vai... Seria possível, também, uma conversa ao vivo entre Lula e o ex-presidente Rafael Correa, em defesa da constitucionalidade do Equador.

É perfeitamente compreensível quando Lula diz que não troca sua dignidade pela liberdade. Aceitar passivamente a progressão da pena, cumprindo-a em casa, poderia submetê-lo a série de restrições que o juiz da Execução certamente imporia ao ex-presidente.

Agora, sendo liberdade em virtude do reconhecimento de que ele só poderia estar preso após o trânsito em julgado, inclusive no STF; ou em virtude do reconhecimento da suspeição de Moro ver a sentença anulada, Lula estará num campo livre para atuar politicamente.

E aí sim, caberá refletir sobre “o que fazer?”

Joaquim Ernesto Palhares
Diretor da Carta Maior