quarta-feira, 14 de setembro de 2016

O DESFECHO DE TEMER SERÁ AINDA PIOR DO QUE O DE CUNHA

O desfecho de Temer será ainda pior do que o de Cunha

Carlos Fernandes

Fosse o Brasil um país com uma democracia mais sólida e instituições mais isentas, a renúncia de Eduardo Cunha à presidência da Câmara seria recebida como a desmoralização última do processo de impeachment.

Responsável pela aceitação de uma denúncia estapafúrdia assinada por gente como Janaína Paschoal, Cunha é a tradução perfeita da ausência de moralidade e de legalidade que permeiam todo o processo que levou ao afastamento de uma presidenta legitimamente eleita.

A sua queda – ainda que com uma demora secular e, sobretudo muito longe de ser a que realmente importa: a sua prisão – ratifica sobremaneira o vício e a injustiça do golpe que pretende cassar mais de 54 milhões de votos soberanos.

O fato é que não vivemos num país justo. Aliás, quem mais deveria zelar pela justiça, o Supremo Tribunal Federal, contribuiu irreparavelmente pela desordem e pela instabilidade dos poderes.

Tivesse Eduardo Cunha sido tratado como realmente é, um criminoso internacional e sociopata perigoso, muito provavelmente não teríamos chegado a esse ponto.

A demora do STF em afastá-lo permitiu que um desequilibrado fizesse da casa mais importante da República um instrumento pessoal cuja única finalidade se resumiu a proteger e acobertar toda a sorte de crimes, chantagens e ameaças.

E ainda pior.

Permitiu, com a sua inépcia, que um traidor covarde, através da chancela de corruptos de igual estirpe, ocupasse um cargo que jamais teria pela vontade irrestrita e declarada do povo.

Definitivamente, a única coisa mais afrontosa que Eduardo Cunha na presidência da Câmara é, sem dúvidas, Michel Temer na presidência da República.

Se ainda resta a Cunha o discurso de ter chegado à presidência da Câmara pela via dos votos, nem isso Temer pode alegar. A ilegalidade de sua presidência é ainda mais aviltante e se aprofunda à medida que se aprofunda a ruína de quem deu início a tudo isso.

Humilhado, Eduardo Cunha saiu da presidência que tanto sonhou através de uma carta de renúncia ridícula que nada mais fez do que retratar toda a tragédia que foi a sua gestão.

Michel Temer terá, independente do que aconteça no Senado, um desfecho ainda pior.


Itamaraty extingue departamento de cooperação internacional para combate à fome Até quando vamos tolerar o desmonte do Brasil por esse elemento golpista?


Itamaraty extingue departamento de cooperação internacional para combate à fome


Ministério diz que funções da CGFOME, legado do governo Lula, foram redistribuídas; coordenador-geral do programa havia sido exonerado em junho
Atualizada às 20:15
O Itamaraty extinguiu a CGFOME (Coordenação-Geral de Cooperação Humanitária e Combate à Fome), órgão criado em 2004 para coordenar ações do governo brasileiro de combate à fome no âmbito internacional. A informação foi revelada pelo jornal O Globo nesta terça-feira (13/09) e confirmada por Opera Mundi.
Nesta terça-feira (13/09), a reportagem de Opera Mundi tentou entrar em contato com a CGFOME por meio dos telefones que continuam disponíveis no site oficial do órgão, mas não foi atendida.
A reportagem ligou então para diversos números disponibilizados no site do Ministério e foi atendida pela Ouvidoria Consular, que afirmou que a CGFOME foi de fato extinta há cerca de dois meses.
Wikicommons

Ministério das Relações Exteriores, comandado por José Serra, extinguiu órgão de cooperação internacional para combate à fome
Procurada por Opera Mundi, a assessoria do Itamaraty disse que a "extinção da Coordenação se deu no âmbito da reorganização administrativa e redistribuição de competências do MRE, refletidas no Decreto 8.817, de 21 de julho de 2016 e decorrentes do Decreto 8.785, de 10 de junho de 2016, que determinou o enxugamento da estrutura e a devolução de 46 cargos em comissão do MRE".
 

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A assessoria do Itamaraty afirmou que as funções realizadas anteriormente pela CGFOME "foram atribuídas a outras unidades do MRE a fim de se manter a continuidade, sendo as operações de cooperação humanitária assumidas pela Agência Brasileira de Cooperação e as atividades de coordenação política assumidas pela Divisão de Temas Sociais".
A CGFOME foi criada em 2004 como desdobramento do programa Fome Zero, inciativa de 2003 do governo Lula para combater a fome e a miséria no Brasil. O órgão promovia o combate à fome no cenário internacional a partir da experiência brasileira, tratando das ações de cooperação humanitária internacional do governo.
Em junho, o Ministério das Relações Exteriores já havia exonerado o diplomata Milton Rondó Filho, coordenador-geral de Ações Internacionais de Combate à Fome da Secretaria Geral de Relações Exteriores, após ele ter enviado em março uma série de telegramas a embaixadas e representações brasileiras no exterior alertando para a possibilidade de um golpe de Estado no Brasil.
Na época, o Itamaraty afirmou que as mensagens haviam sido enviadas sem autorização superior. Buscado por Opera Mundi na ocasião para esclarecimentos com relação à exoneração de Rondó, a pasta informou que se trata de “substituição natural de um ocupante de cargo em confiança, e da movimentação habitual de membro do Serviço Exterior Brasileiro”.

João Pedro Stédile: 'Fora, Temer'

João Pedro Stédile: 'Fora, Temer'


Está em curso a etapa de acelerar a implementação de medidas neoliberais, com programa de privatizações e ajustes fiscais que envergonham até o FMI
1. No dia 31 de agosto consolidou-se o golpe judicial/midiático também no Congresso Nacional.
A burguesia concluiu a primeira etapa da conspiração, que vem desde outubro de 2014, para empossar, de qualquer maneira, um governo totalmente subserviente e capaz de  jogar todo o peso da crise econômica sobre os ombros da classe trabalhadora.
Agora, está em curso a etapa de acelerar a implementação de medidas neoliberais, que só interessam ao capital financeiro e ao grande capital, aumentando a exploração do trabalho, diminuindo salários, aumentando o desemprego e aplicando um programa de privatizações e ajustes fiscais que envergonham até o FMI.
Todos os dias são anunciadas medidas estapafúrdias que rasgam a CLT, a Constituição e os direitos sociais conquistados a duras penas, por décadas de lutas sociais.
2. Porém, o gostinho da vitória parlamentar durou pouco. O golpe não conseguiu legitimar-se, nem na opinião publica, nem para o povo e desmoralizou-se até a nível internacional.
Mídia Ninja

Protesto contra Michel Temer na Av. Paulista, em São Paulo, no dia 4 de setembro
O presidente impostor foi humilhado na reunião do G-20, em que os demais governantes nem sequer o chamaram por presidente. E ele teve que aproveitar a viagem para ir comprar sapatos num Shopping Center qualquer. Tadinho!
Do ponto de vista jurídico, a farsa caiu quando os senadores não tiveram coragem de imputar a perda de direitos para a presidenta Dilma, revelando assim que não houve crime. E pior, três dias depois, os mesmos senadores aprovaram projeto que legaliza as pedaladas fiscais. Ora, não era crime?
Mas a mais dura resposta veio das ruas. No domingo 4 de setembro, menos de uma semana depois do golpe, mais de cem mil jovens paulistas foram às ruas protestar, levantando as bandeiras de FORA, TEMER, DIRETAS JÁ e NENHUM DIREITO A MENOS. Sem o estímulo de nenhuma rádio ou televisão, totalmente servis aos  golpistas.
Depois, no dia 7 de setembro, repetiram-se centenas de manifestações em todo o Brasil, com milhares de brasileiros/as, em torno do “Grito dos Excluídos”, com as mesmas bandeiras.
E culminou com a classe média dando uma sonora vaia de cinco minutos na abertura das Paralimpíadas no Maracanã.
3.O que será desse governo, ninguém sabe. Do lado da burguesia eles também tem dúvidas. O governo golpista não consegue dar unidade política às forças conservadoras. Seu plano neoliberal não vai tirar o país da crise econômica e política; ao contrario vai agravá-la, trazendo consequências graves para toda população. Os sinais de corrupção de seus membros contradizem com o discurso e os interesses da chamada “Republica de Curitiba”. Por isso o Advogado Geral da União foi demitido sumariamente.
Até quando a mídia e o poder judiciário vão esconder as delações dos empresários, das propinas ilegais que envolvem ilustres ministros e inclusive o presidente impostor?
 

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O governo golpista poderá vir a ser um governo em crise permanente, que só vai desgastar os partidos que o sustentam, como foram os últimos anos do caótico governo Sarney (1985-89). Ou então a burguesia  poderá trocá-lo pela via indireta a partir de janeiro de 2017 e colocar algum impostor de maior habilidade e confiança do poder econômico.
De nosso lado, da classe trabalhadora, o tempo de vida útil desse governo deveria ser o mínimo possível. Mas na política, os fatos e a correlação de forças não dependem da vontade e desejos. Depende de força acumulada de cada lado.
E o tempo de sua permanência vai depender de nossa capacidade de mobilizar a classe trabalhadora para assumir essas bandeiras. Até agora ela ficou parada, assistindo apenas, como se o jogo político, não fosse com seu time.
4. As próximas semanas…O governo golpista acelerou sua ofensiva contra os direitos da classe trabalhadora. Os anúncios quase diários da perda de direitos, da reforma da previdência, da política de subordinação ao capital estrangeiro, com privatizações e venda de terras, da entrega do pré-sal, do gasoduto, da BR distribuidora, e outras riquezas nacionais, estão despertando uma parcela cada vez maior da população e da classe trabalhadora.
Diante disso, várias categorias no campo e na cidade aumentaram suas mobilizações e lutas nacionais, como vem acontecendo com os trabalhadores rurais, os camponeses, os bancários, os metalúrgicos, os professores, os trabalhadores do correio e os servidores públicos.
E num processo de maior articulação dessas lutas setoriais, as centrais sindicais conclamaram a uma paralisação nacional para o próximo dia 22 de setembro. Haverá um esforço não só do movimento sindical, mas de todos os movimentos da FRENTE BRASIL POPULAR E DA FRENTE POVO SEM MEDO, para que essa paralisação seja, de fato, vitoriosa e paralise as atividades da produção, de transporte, do serviço público, do comércio e das escolas.
E como alertam os sindicalistas, isso tudo será um ensaio geral para a deflagração de uma GREVE GERAL contra o governo golpista.
Ao mesmo tempo, em  São Paulo, e em um número cada vez maior de cidades, se multiplicam as manifestações, em geral aos domingos, às vezes até autoconvocadas, quase espontâneas, majoritariamente pela juventude e por movimentos das mulheres, clamando cada vez mais alto a necessidade do FORA, TEMER; de DIRETAS  JÁ, como uma proposta  generosa de que a ordem democrática somente voltará, se o povo tiver o direito de escolher seus representantes nas urnas; por NENHUM DIREITO A MENOS,  ou seja, contra as medidas do plano neoliberal em curso.
Como veem, os tamborins estão esquentando, e a luta será cada vez mais intensa…
Vamos à luta, companheiros e companheiras.

*João Pedro Stédile é líder do MST - Movimento dos Trabalhadores Sem Terra. Publicado originalmente no site Brasil de Fato.

Venezuela diz que declarações de Serra sobre situação do país são 'descaradas e imorais' O impostor Serra pensa que é alguém!


Venezuela diz que declarações de Serra sobre situação do país são 'descaradas e imorais'


Chanceler brasileiro criticou prisão de jornalista; chanceler venezuelana repudiou fala de Serra e criticou governo brasileiro, 'produto de um golpe parlamentar'
Atualizada às 17:51
Delcy Rodriguez, a chanceler da Venezuela, manifestou nesta terça-feira (13/09) repúdio a “declarações descaradas e imorais” de José Serra sobre o país. O chanceler brasileiro afirmou na segunda-feira (12/09) que considera “sem esperança” a melhoria da relação entre o governo brasileiro liderado por Michel Temer e a Venezuela, e “impossível” uma retomada de laços com o país enquanto Nicolás Maduro for presidente. Já nesta terça-feira, Serra criticou o que classificou como “detenções arbitrárias” no país.
Por meio do Twitter, Rodríguez diz que “a República Bolivariana da Venezuela repudia as descaradas e imorais declarações do chanceler de fato José Serra”. A ministra venezuelana afirma também que o “governo de fato do Brasil, produto de um golpe parlamentar, violentou a ordem democrática desta nação irmã sul-americana”.
“A vontade de 54 milhões de cidadãs e cidadãos que elegeram a presidenta Dilma foi vulnerada por uma elite desrespeitosa dos direitos humanos e da democracia”, concluiu Rodríguez.

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Serra diz considerar 'impossível' que Brasil retome relações com Venezuela sob Maduro

 
Em entrevista publicada nesta segunda-feira (13/09) no jornal O Estado de S. Paulo, o ministro das Relações Exteriores do Brasil afirmou que a Venezuela "é um país fora de controle". Já nesta manhã, Serra divulgou uma declaração em que afirma que o governo brasileiro está “muito preocupado com a multiplicação recente de detenções arbitrárias na Venezuela”, em referência à prisão do jornalista Braulio Jatar, de cidadania venezuelana e chilena.
Jatar foi preso no dia 3 de setembro e está sendo processado por "delitos de extorsão, fraude legitimação de capitais e por atentar contra a ordem constitucional e democrática", segundo o governo venezuelano. Entretanto, de acordo com o jornal online Reporte Confidencial, do qual Jatar é editor, ele foi preso por divulgar vídeos de um protesto contra Nicolás Maduro, presidente do país, nos arredores de Porlamar, na Ilha Margarita, no Caribe oriental venezuelano.
Agência Efe

Delcy Rodriguez, chanceler venezuelana, repudiou declarações de José Serra sobre seu país
Em sua declaração, José Serra diz que a prisão de Jatar ocorre “à revelia do devido processo legal e em claro desrespeito a liberdades e garantias fundamentais”. “Esse é um desdobramento que dificulta ainda mais o diálogo entre governo e oposição, indispensável para a superação da dramática crise política, econômica, social e humanitária que afeta a Venezuela”, finaliza o chanceler brasileiro.
O Chile também havia se manifestado sobre a prisão do jornalista, cuja família afirmou não saber para onde ele havia sido transferido neste fim de semana. Por meio de comunicado divulgado no domingo (11/09), o governo chileno exigiu que o governo venezuelano "garanta as normas mínimas que devem observar-se em toda detenção e dê a conhecer de imediato o lugar de reclusão de Jatar".
Na segunda-feira (12/09), a chancelaria venezuelana classificou as declarações chilenas como "inadmissível ingerencismo, falsos pressuspostos e falta de recato diplomático". A família de Jatar, por meio do Twitter, informou na noite de ontem que o jornalista se encontra em uma prisão no Estado de Guárico.

Brilhante entrevista com um especialista em direitos trabalhistas. ATENÇÃO TRABALHADORES: Temer quer revogar todos os seus direitos.



https://www.facebook.com/sergio.batalhamendes/videos/1850305841857343/

ALIADOS DE TEMER JÁ PENSAM EM DESCARTÁ-LO EM NOME DE ELEIÇÕES INDIRETAS EM 2017

Aliados de Temer já pensam em descartá-lo em nome de eleições indiretas em 2017

José Cássio

Os protestos contra Michel Temer se intensificam por todo o país à medida que a debilidade do seu governo, e a sua em particular, vai ficando mais evidente.

Neste próximo domingo, 18, por exemplo, as Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo voltam à Avenida Paulista numa manifestação que promete ser maior que a da semana passada – reuniu 60 mil pessoas e consolidou a tese de que os jovens estão mesmo dispostos a se manter na rua contra o que consideram um golpe contra a democracia.

A impopularidade é apenas uma das facetas de Temer.

Além de sua perversa trajetória rumo ao poder e sua postura retrógrada, que são os principais pontos levantados nos protestos, o atual ocupante do Palácio do Alvorada também tem o nome citado na Lava-Jato.

Temer é acusado, entre outras coisas, de solicitar R$ 1,5 milhão em propina para a empreiteira Queiroz Galvão. O dinheiro seria usado para financiar a campanha de um aliado nas eleições em 2012.

Já sabíamos que o presidente não era nenhum santo, mas agora as evidências concretas estão colocadas na mesa, na forma de processo criminal.

Não bastassem as citações, Temer está apavorado com o desfecho da cassação de seu amigo, e também alvo da Lava-Jato, Eduardo Cunha.

Temer sempre atuou nos escaninhos do poder.

Foi assim, nas sombras, como na vez em que se encontrou com Cunha na calada da noite de um domingo, que consolidou sua carreira política. Por isso não surpreende a sua inépcia em lidar com assuntos, seja ele qual for, que se relacionem à opinião pública.

O vice decorativo que o Brasil passou a conhecer, a se considerar o seu ministério machista, o gestual brega e, principalmente, a agenda conservadora e antipopular, se revelou um homem arcaico. Um típico fora de moda. E, convenhamos, aos 76 anos não lhe resta mais tempo, tampouco disposição, para se reciclar.

Não surpreenderia, portanto, se fosse descartado pelos próprios aliados.

E fazer isso acontecer é mais simples do que você pode imaginar.

De acordo com o artigo 81 da Constituição Federal, diante da vacância do presidente e de seu vice nos dois últimos anos do mandato presidencial, a eleição para ambos os cargos deve ser indireta e comandada por deputados e senadores.

Significa que, para o Congresso ter a prerrogativa de eleger um novo mandatário de forma indireta, basta cozinhar Temer em banho-maria até o réveillon – ou seja, mantê-lo na Presidência por mais alguns meses até que ele se inviabilize por si só.

É uma tese que começa a ganhar corpo e que tem tudo para se consolidar. Inclusive porque há duas importantes frentes, o PSDB e o empresariado, que podem se interessar por uma saída nesta direção.

Para os tucanos, seria a forma de legitimar o impeachment de Dilma, minimizando a vergonha alheia no exterior e, na melhor das hipóteses, apostando na possibilidade de indicar um “salvador da pátria” – Serra ou Aécio, para ficar em apenas dois nomes.

Já os representantes do mercado, que têm interesse no ministro da Economia, Henrique Meirelles, poderiam finalmente colocar em prática as reformas que Temer prometeu, mas que não está conseguindo entregar.

Com Eduardo Cunha ameaçado de prisão, a temperatura tende a se elevar. E se tem uma coisa que Temer está mostrando que sabe fazer bem feito é se atrapalhar nos momentos difíceis.
Enquanto isso, nas ruas o bloco dos descontentes só aumenta: neste domingo mesmo os protestos ganham o apoio institucional do PSTU – o presidente nacional do partido, Zé Maria, garantiu que estará lá pessoalmente para incentivar a Greve Geral a partir do final do mês.

Dois outros importantes adversários na disputa pela prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad e Luiza Erundina, já estão discursando de mãos dadas pela saída do que consideram o “usurpador e golpista”.

Temer está virando o único que pode trazer o que tanto prega: a pacificação e a unificação do país.

Só que não com ele no papel de presidente.