terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Fidel, incansável.

A GENIALIDADE DE CHÁVEZ

 Havana. 26 de Janeiro,de 2012 Granma Internacional



O presidente Chávez apresentou ao Parlamento da Venezuela seu informe sobre a atividade realizada em 2011 e o programa a executar no ano atual. Depois de cumprir rigorosamente as formalidades que essa importante atividade demanda, falou na Assembléia às autoridades oficiais do Estado, aos parlamentares de todos os partidos e aos simpatizantes e adversários que o país reúne em seu ato mais solene.

 Por Fidel Castro


O líder bolivariano foi amável e respeitoso com todos os presentes, como é habitual nele. Se alguém lhe solicitava o uso da palavra para algum esclarecimento, ele concedia de imediato essa possibilidade. Quando uma parlamentar, que o havia saudado amavelmente, assim como outros adversários, pediu para falar, interrompeu seu informe e lhe cedeu a palavra, em um gesto de grande estatura política. Chamou minha atenção a dureza extrema com que o presidente foi increpado com frases que puseram à prova seu cavalheirismo e sangue frio. Aquilo constituía uma inquestionável ofensa, embora não fosse a intenção da parlamentar. Só ele foi capaz de responder com serenidade ao insultuoso qualificativo de “ladrão” que ela utilizou para julgar a conduta do presidente pelas leis e medidas adotadas.

Depois de verificar sobre o termo exato empregado, respondeu à solicitação individual de um debate com uma frase elegante e tranquila “Água não caça moscas”, e sem acrescentar uma palavra, prosseguiu serenamente sua exposição.

Foi uma prova insuperável de mente ágil e autocontrole. Outra mulher, de inquestionável estirpe humilde, com emotivas e profundas palavras expressou o assombro pelo que tinha visto e arrancou o aplauso da imensa maioria ali presente, que pelo estampido dos mismos, parecia proceder de todos os amigos e muitos dos adversários do presidente.

Chávez investiu mais de nove horas em seu discurso de prestação de contas, sem que diminuísse o interesse suscitado por suas palavras e, talvez devido ao incidente, foi escutado por incalculável número de pessoas. Para mim, que muitas vezes abordei árduos problemas em extensos discursos fazendo sempre o máximo esforço para que as ideias que desejava transmitir fossem compreendidas, não consigo explicar como aquele soldado de modesta origem foi capaz de manter con sua mente ágil e seu inigualável talento tal torrente oratória sem perder sua voz nem diminuir sua força.

A política para mim é o combate amplo e resoluto das ideias. A publicidade é tarefa dos publicitários, que talvez conheçam as técnicas para fazer com que os ouvintes, espectadores e leitores façam o que se lhes diz. Se tal ciência, arte ou como lhe chamem, fosse empregada para o bem dos seres humanos, mereceriam algum respeito; o mesmo que merecem os que ensinam às pessoas o hábito de pensar.

No cenário da Venezuela se realiza hoje um grande combate. Os inimigos internos e externos da revolução preferem o caos, como afirma Chávez, ao invés do desenvolvimento justo, ordenado e pacífico do país. Acostumado a analisar os fatos ocorridos durante mais de meio século, e de observar cada vez com maiores elementos de juízo a aleatória história de nosso tempo e o comportamento humano, aprende-se quase a predizer o desenvolvimento futuro dos acontecimentos.

Promover uma revolução profunda não era tarefa fácil na Venezuela, um país de gloriosa história, mas imensamente rico em recursos de vital necessidade para as potências imperialistas que traçaram e ainda traçam pautas no mundo.

Líderes políticos ao estilo de Rômulo Betancourt e Carlos Andrés Pérez careciam de qualidades pessoais mínimas para realizar essa tarefa. O primeiro era, ademais, excessivamente vaidoso e hipócrita. Teve oportunidades de sobra para conhecer a realidade venezuelana. Em sua juventude tinha sido membro do Birô Político do Partido Comunista da Costa Rica. Conhecia muito bem a história da América Latina e o papel do imperialismo, os índices de pobreza e o saque desapiedado dos recursos naturais do continente. Não podia ignorar que em um país imensamente rico como a Venezuela, a maioria do povo vivia em extrema pobreza. Existem filmes nos arquivos que constituem provas irrefutáveis daquelas realidades.

Como tantas vezes Chávez explicou, a Venezuela durante mais de meio século foi o maior exportador de petróleo no mundo; navios de guerra europeus e ianques em princípios do século 20 intervieram para apoiar um governo ilegal e tirânico que entregou o país aos monopólios estrangeiros. É bem sabido que incalculáveis fundos saíram para engrossar o patrimônio dos monopólios e da própria oligarquia venezuelana.

A mim me basta recordar que quando visitei a Venezuela pela primeira vez, depois do triunfo da Revolução, para agradecer sua simpatia e apoio a nossa luta, o petróleo valia apenas dois dólares o barril.


Quando viajei depois para assistir à posse de Chávez, no dia que jurou sobre a “moribunda Constituição” que Calderas apoiava, o petróleo valia 7 dólares o barril, apesar dos 40 anos transcorridos desde a primeira visita e quase 30 desde que o “benemérito” Richard Nixon tinha declarado que o câmbio metálico do dólar deixava de existir e os Estados Unidos começaram a comprar o mundo com papéis. Durante um século a nação foi fornecedora de combustível barato à economia do império e exportadora líquida de capital aos países desenvolvidos e ricos.


Por que essas repugnantes realidades predominaram durante mais de um século?


Os oficiais das Forças Armadas da América Latina tinham suas escolas privilegiadas nos Estados Unidos, onde os campeões olímpicos das democracias os educavam em cursos especiais destinados a preservar a ordem imperialista e burguesa. Os golpes de Estado seriam bem-vindos sempre que fossem destinados a “defender as democracias”, preservar e garantir tão repugnante ordem, em aliança com as oligarquias; se os eleitores sabiam ou não ler e escrever, se tinham ou não casas, emprego, serviços médicos e educação, isso não tinha importância, sempre que o sagrado direito à propriedade fosse defendido. Chávez explica essas realidades magistralmente. Ninguém sabe como ele o que ocorria em nossos países.


O que era ainda pior, o caráter sofisticado das armas, a complexidade na exploração e o uso do armamento moderno que requer anos de aprendizagem, e a formação de especialistas altamente qualificados, o preço quase inacessível das mesmas para as economias débeis do continente, criavam um mecanismo superior de subordinação e dependência. O governo dos Estados Unidos, através de mecanismos que nem sequer consultam os governos, traça pautas e determina políticas para os militares. As técnicas mais sofisticadas de torturas eram transmitidas aos chamados corpos de segurança para interrogar os que se rebelavam contra o imundo e repugnante sistema de fome e exploração.


Apesar disso, não poucos oficiais honestos, enfastiados por tantas sem-vergonhices, tentaram valentemente erradicar aquela embaraçosa traição à história de nossas lutas pela independência.


Na Argentina, Juan Domingo Peron, oficial do Exército, foi capaz de desenhar uma política independente e de raiz operária em seu país. Um sangrento golpe militar o derrubou, o expulsou de seu país, manteve-o exilado de 1955 até 1973. Anos mais tarde, sob a égide dos ianques, assaltaram de novo o poder, assassinaram, torturaram e fizeram desaparecer dezenas de milhares de argentinos, não foram sequer capazes de defender o país na guerra colonial contra a Argentina que a Inglaterra levou a cabo com o apoio cúmplice dos Estados Unidos e do esbirro Augusto Pinochet, com seu grupo de oficiais fascistas formados na Escola das Américas.



Na República Dominicana, o coronel Francisco Caamaño Deñó; no Peru, o general Velazco Alvarado; no Panamá, o general Omar Torrijos; e em outros países capitães e oficiais que sacrificaram suas vidas anonimamente, foram as antíteses das condutas traidoras personificadas em Somoza, Trujillo, Stroessner e nas sanguinárias tiranias do Uruguai, El Salvador e outros países da América Central e do Sul. Os militares revolucionários não expressavam pontos de vista teoricamente elaborados em detalhes, e ninguém tinha direito de exigir isto deles, porque não eram acadêmicos educados na política, mas homens com sentido da honra que amavam seu país.



Contudo, é necessário ver até onde são capazes de chegar pelos caminhos da revolução homens de tendência honesta, que repudiam a injustiça e o crime.


A Venezuela constitui um brilhante exemplo do papel teórico e prático que os militares revolucionários podem desempenhar na luta pela independência de nossos povos, como já tinham feito há dois séculos sob a genial direção de Simón Bolívar.


Chávez, um militar venezuelano de origem humilde, irrompe na vida política da Venezuela inspirado nas ideias do libertador da América. Sobre Bolívar, fonte inesgotável de inspiração, Martí escreveu: “ganhou batalhas sublimes com soldados descalços e seminus [...] jamais se lutou tanto, nem se lutou melhor no mundo pela liberdade…”


“… de Bolívar – disse – se pode falar com uma montanha como tribuna [...] ou com um monte de povos livres no punho…”


“… o que ele não deixou feito, sem fazer está até hoje; porque Bolívar ainda tem o que fazer na América.”



Mais de meio século depois, o insigne e laureado poeta Pablo Neruda escreveu sobre Bolívar um poema que Chávez repete com frequência. Em sua estrofe final expressa:



“Eu conheci Bolívar em uma longa manhã,
em Madri, na boca do Quinto Regimento,
Pai, lhe disse, és ou não és ou quem és?



E olhando o quartel da Montanha, disse:
‘Desperto cada cem anos quando o povo desperta ’.”

Mas o líder bolivariano não se limita à elaboração teórica. Suas medidas concretas não se fazem esperar. Os países caribenhos de língua inglesa, aos quais modernos e luxuosos navios cruzeiros ianques disputavam o direito de receber turistas em seus hotéis, restaurantes e centros de recreação, não poucas vezes de propriedade estrangeira mas que ao menos geravam emprego, agradecerão sempre à Venezuela o combustível fornecido por esse país com facilidades especiais de pagamento, quando o barril atingiu preços que às vezes ultrapassavam os 100 dólares.


O pequeno Estado da Nicarágua, pátria de Sandino, “General de Homens Livres”, onde a Agência Central de Inteligência através de Luis Posada Carriles, depois de ser resgatado de uma prisão venezuelana, organizou o intercâmbio de armas por drogas que custou milhares de vidas e mutilados a esse heroico povo, também recebeu o apoio solidário da Venezuela. São exemplos sem precedentes na história deste hemisfério.


O ruinoso Acordo de Livre Comércio que os ianques pretendem impor à América Latina, como fez com o México, transformaria os países latino-americanos e caribenhos não só na região do mundo onde é pior distribuída a riqueza, pois já é, mas também em um gigantesco mercado onde até o milho e outros alimentos que são fontes históricas de proteína vegetal e animal seriam substituídos pelos cultivos subsidiados dos Estados Unidos, como já está ocorrendo no território mexicano.


Os automóveis de uso e outros bens substituem os da indústria mexicana; tanto as cidades como os campos perdem sua capacidade de emprego, o comércio de drogas e armas cresce, jovens quase adolescentes, com apenas 14 ou 15 anos, em número crescente, são transformados em temíveis delinquentes. Jamais se viu que ônibus ou outros veículos repletos de pessoas, que inclusive pagaram para ser transportados ao outro lado da fronteira em busca de emprego, fossem sequestrados e eliminados massivamente. Os dados conhecidos crescem ano a ano. Mais de 10 mil pessoas estão perdendo a vida a cada ano.


Não é possível analisar a Revolução Bolivariana sem ter em conta estas realidades.


As Forças Armadas, em tais circunstâncias sociais, se veem forçadas a intermináveis e desgastantes guerras.


Honduras não é um país industrializado, financeiro ou comercial, nem sequer grande produtor de drogas, contudo algumas de suas cidades batem o recorde de mortos por violência por causa das drogas. Ali se ergue, ao invés, o estandarte de uma importante base das forças estratégicas do Comando Sul dos Estados Unidos. O que ocorre ali e já está ocorrendo em mais de um país latino-americano é o dantesco quadro assinalado, dos quais alguns países começaram a sair. Entre eles, e em primeiro lugar a Venezuela, mas não só porque possui grandes quantidades de recursos naturais, mas porque os resgatou da avareza insaciável das transnacionais estrangeiras e já desatou consideráveis forças políticas e sociais capazes de alcançar grandes conquistas. A Venezuela de hoje é outra muito distinta da que conheci há apenas12 anos, e já então me impressionou profundamente, ao ver que, como a ave Fênix, ressurgia de suas históricas cinzas.


Aludindo ao misterioso computador de Raúl Reyes, em mãos dos Estados Unidos e da CIA, a partir do ataque organizado e abastecido por eles em pleno território equatoriano, que assassinou o substituto de Marulanda e vários jovens latino-americanos desarmados, lançaram a versão de que Chávez apoiava a “organização narcoterrorista das FARC”. Os verdadeiros terroristas e narcotraficantes na Colômbia têm sido os paramilitares que forneciam aos traficantes norte-americanos as drogas, que são vendidas no maior mercado de entorpecentes do mundo: os Estados Unidos.



Nunca falei com Marulanda, mas sim com escritores e intelectuais honrados que chegaram a conhecê-lo bem. Analisei seus pensamentos e história. Era sem dúvidas um homem valente e revolucionário, o que afirmo sem vacilar. Expliquei que não coincidia com ele em sua concepção tática. A meu juízo, dois ou três mil homens teriam sido mais do que suficientes para derrotar no território da Colômbia um exército regular convencional. Seu erro foi conceber um exército revolucionário armado com quase tantos soldados como o adversário. Isso era sumamente custoso e virtualmente impossível de dirigir; torna-se algo impossível.



Hoje a tecnologia mudou muitos aspectos da guerra; as formas de luta também mudam. De fato o enfrentamento das forças convencionais, entre potências que possuem a arma nuclear, se tornou impossível. Não é preciso ter os conhecimentos de Albert Einstein, Stephen Hawking e milhares de outros cientistas para compreender isso. É um perigo latente e o resultado se conhece ou se deveria conhecer. Os seres pensantes poderiam tardar milhões de anos a voltar a povoar o planeta.


Apesar de tudo, defendo o dever de lutar, que é algo de per si inato no homem, buscar soluções que lhe permitam uma existência mais razoável e digna.


Desde que conheci Chávez, já na presidência da Venezuela, desde a etapa final do governo de Pastrana, sempre o vi interessado pela paz na Colômbia, e facilitou as reuniões entre o governo e os revolucionários colombianos que tiveram como sede Cuba, entenda-se bem, para um verdadeiro acordo de paz e não uma rendição.


Não me recordo de ter escutado Chávez promover na Colômbia outra coisa que não fosse a paz, nem tampouco mencionar Raúl Reyes. Sempre abordávamos outros temas. Ele aprecia particularmente os colombianos; milhões deles vivem na Venezuela e todos se beneficiam das medidas sociais adotadas pela Revolução e o povo da Colômbia o aprecia quase tanto como o da Venezuela.


Desejo expressar minha solidariedade e estima ao general Henry Rangel Silva, chefe do Comando Estratégico Operacional das Forças Armadas, e recém designado ministro para a Defesa da República Bolivariana. Tive a honra de conhecê-lo quando em meses já distantes visitou Chávez em Cuba. Pude apreciar nele um homem inteligente e são, capaz e ao mesmo tempo modesto. Escutei seu discurso sereno, valente e claro, que inspirava confiança.


Dirigiu a organização do desfile militar mais perfeito que já vi de uma força militar latino-americana, que esperamos sirva de alento e exemplo a outros exércitos irmãos.


Os ianques nada têm a ver com esse desfile e não seriam capazes de fazê-lo melhor.



É sumamente injusto criticar Chávez pelos recursos investidos nas excelentes armas que ali foram exibidas. Estou seguro de que jamais serão utilizadas para agredir um país irmão. As armas, os recursos e os conhecimentos deverão marchar pelos caminhos da unidade para formar na América, como sonhou O Libertador, “…a maior nação do mundo, menos por sua extensão e riqueza do que por sua liberdade e glória”.



Tudo nos une mais que à Europa ou aos próprios Estados Unidos, exceto a falta de independência que nos impuseram durante 200 anos

O absurdo das guerras

A GUERRA É UM GRANDE NEGÓCIO

Dalia González Delgado



"A guerra é um negócio sujo. Sempre foi. Possivelmente o mais antigo. Sem dúvida, o mais rentável, porém o mais cruel. É o único com o raio de extensão internacional. É o único em que os benefícios são calculados em dólares e as perdas em vidas". Assim pensa o general Smedley D. Butler do Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos, o militar mais condecorado na história desse país.

Após o massacre, as empresas substituem os aviões de combate.

Quem ganha com a guerra? Porque é um grande negócio bombardear um país até deixá-lo em ruínas? Após o massacre, as empresas substituem os aviões de combate. Os mesmos países que bombardearam a Líbia, agora recebem contratos bilionários para a sua reconstrução.

"A Líbia é um país rico em reservas de petróleo. Espero que haja oportunidades para as empresas britânicas e de outros países na missão da sua reconstrução", confessou o Ministro da Defesa Britânica, Philip Hammond.

De acordo com o jornal Russia Today, a conta que o Reino Unido deve pagar por sua participação na intervenção da OTAN na Líbia foi estimada em quase US$ 500 milhões. Enquanto isso, de acordo com o Departamento de Comércio e Investimento, o valor dos contratos para a reconstrução da Líbia poderia chegar a mais de 300 bilhões nos próximos 10 anos.

 John Hilary, diretor executivo da War on Want, uma organização que combate a pobreza nos países em desenvolvimento, diz que a situação é semelhante à do Iraque após a guerra, quando as empresas dos países envolvidos na invasão foram contemplados com os melhores contratos . "Nós bombardeamos, destruímos e em seguida, obtemos contratos para a reconstrução", disse à Russia Today.

Como o Reino Unido, a França não iria ficar de fora. Foi a primeira potência ocidental a reconhecer o auto-proclamado Conselho Nacional de Transição (CNT) como o governo legítimo da Líbia e o primeiro a reabrir sua embaixada em Trípoli. Paris espera que a gratidão política se transforme em negócios. Esses passam por contratos lucrativos para a reconstrução do país, concessões nas atividades de petróleo e em novas oportunidades que surgem com a sua provável abertura econômica.

O jornalista australiano John Pilger disse que há evidências de negociações empreendidas antes da invasão da OTAN ao país árabe. "A Líbia é uma fonte com mais reservas de petróleo do que qualquer outro país da África, incluindo a Nigéria", disse ele. "O Conselho Nacional de Transição prometeu conceder 35% das reservas de petróleo da Líbia à companhia petrolífera francesa TOTAL (primeira empresa de gala do setor), caso a França enviasse os seus aviões de combate ao país invadido."

O analista mexicano Alfredo Jalife explicou à TELESUR como a OTAN ganha com a destruição e, em seguida, com a reconstrução da Líbia.

Considerou irrisória a soma de um bilhão e meio de dólares em ativos da Líbia liberados pelos Estados Unidos para os rebeldes do Conselho Nacional de Transição, porque na realidade a Líbia teria em reservas nos bancos internacionais mais de 100 bilhões de dólares.

É impressionante, disse o analista, a maneira como a OTAN e os Estados Unidos estão manipulando os ativos, "que estão sendo hipotecados, com grandes reservas em caixa de mais de 100 bilhões de dólares". Concluiu afirmando que são "migalhas os valores liberados para o Conselho Nacional de Transição.”

Seria ingênuo pensar que na Líbia "se destruiu por destruir", porque não podemos esquecer que também operam nessas intervenções forças transnacionais "para ganhar e obter dividendos suculentos."

O analista fez uma analogia entre o Iraque, Afeganistão e a Líbia, e observou que nenhuma das três nações "tem qualquer tipo de infraestrutura, tudo foi completamente destruído, mas isso faz parte do negócio, porque, então, eles já receberão vantajosos contratos de reconstrução e ignoram o dinheiro da grande riqueza do país devastado."

As guerras são uma bênção para os vencedores. Mas a que preço! Não é o homem um animal racional? Que razão pode haver em um conflito armado, onde também ceifará fortunas que não estão envolvidas na batalha? Basta por um homem para lutar contra outro, como no circo romano.

O general Butler escreveu o seguinte em seu livro War is a racket: "Pelo menos 21.000 novos milionários e bilionários foram criados nos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial são os que admitiram os seus ganhos de sangue derramado nas suas declarações de imposto de renda. Ninguém sabe quantos milionários de riquezas amealhadas na guerra falsificaram a sua declaração de imposto de renda. Quantos desses milionários da guerra carregaram um rifle? Quantos deles cavaram uma trincheira? Quantos deles sabiam o que significa passar fome em um buraco infestado de ratos? Quantos deles passaram noites sem dormir, tremendo de medo, evitando granadas, estilhaços e balas de metralhadora? Quantos deles se esquivaram aos lances de baioneta de um inimigo? Quantos foram feridos ou mortos em batalha?"



Fonte: www.granma.cubaweb.cu 10.12.2011

O criminoso bloqueio

CUBA: O BLOQUEIO E A IMORALIDADE DOS ESTADOS UNIDOS




A política do atual governo de Washington em relação a Havana em nada se distingue da do seu antecessor. Com o prosseguimento do embargo o atual mandatário estadunidense, distinguido há dois anos com o prêmio Nobel da Paz, atropela os mais elementares princípios éticos, humanos e civilizacionais, e age em sentido contrário ao sentimento majoritário da ONU.


Pelo vigésimo ano consecutivo, a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU)
condenou, por esmagadora maioria – 186 votos a favor, dois contra, três abstenções – o bloqueio que os Estados Unidos mantêm há meio século contra Cuba. O resultado da votação de ontem é elucidativo acerca do isolamento diplomático da superpotência diante deste prolongado conflito: com a exceção dos votos contrários do acusado e de Israel – cujo governo necessita do apoio estadunidense para perpetuar esse outro atropelo ao direito internacional que é a ocupação ilegal dos territórios palestinos – e das abstenções das ilhas Marshall, Micronésia e Palaos, mais de 90 por cento dos estados membros da ONU – cujos governos provêm das mais diferentes ideologias econômicas, políticas e sociais, e muitos dos quais têm sido aliados tradicionais de Washington e críticos do regime cubano – rejeitaram o intervencionismo, a imoralidade, a pretensão à extraterritorialidade e o anacronismo que constitui o bloqueio contra a nação caribenha.
É pertinente insistir-se em que, independentemente das opiniões que existam acerca do sistema político e econômico cubanos, o bloqueio imposto pelos Estados Unidos é insustentável do ponto de vista legal, moral, humano e político: nas cinco décadas que já decorreram desde o seu início, esta medida prejudicou gravemente a nação caribenha, dificultou a alimentação, a saúde e a prosperidade do povo da ilha e provocou um enorme dano à sua economia. Segundo afirmou ontem o chanceler de Cuba, Bruno Rodriguez, o bloqueio já custou ao país caribenho uns 975 bilhões de dólares, fundamentalmente pela necessidade de adquirir alimentos, medicamentos, reagentes, sobressalentes para equipamentos médicos, instrumentos e outros bens em mercados distantes e, em muitas ocasiões, com recurso a intermediários, em conseqüência da proibição de negociar com empresas estadunidenses e inclusivamente com associadas suas em outros países.

Para cúmulo, a persistência da medida constitui uma contradição com os acordos de livre comércio que Washington tem imposto em outras latitudes do continente e do mundo, uma vez que priva as empresas dos Estados Unidos e de outros países de legítimas oportunidades de negócio e de investimento na economia cubana.

Por outro lado, nesta sessão da ONU voltou a brilhar a dupla moral que caracteriza a postura de Washington em relação à ilha com a insistência, formulada pelo representante desse país vizinho na ONU, Ron Godard, de que “o nosso objetivo (através do bloqueio) é alcançar um ambiente mais aberto em Cuba, melhorar os direitos humanos e as liberdades fundamentais”: para além de dever assinalar-se que tais exigências ofendem o princípio da não intervenção e os princípios básicos do respeito pela soberania e autodeterminação dos povos, que autoridade tem para as colocar um governo que tem tolerado e apoiado regimes tão insuportáveis como o da Arábia Saudita, o de Marrocos e o de Israel – entre muitos outros -, reconhecidamente regimes de caráter opressor e violadores sistemáticos dos direitos humanos.

Em resumo, com a continuidade da política que tem suscitado a rejeição por parte de praticamente toda a comunidade internacional, a administração encabeçada por Barack Obama acentuou a percepção do fracasso em cumprir as promessas de mudança com que se apresentou. Para além da eliminação de algumas das restrições a viagens e transferências de divisas impostas por George W. Bush, a política do atual governo de Washington em relação a Havana em nada se distingue da do seu antecessor. Com o prosseguimento do embargo o atual mandatário estadunidense, distinguido há dois anos com o prêmio Nobel da Paz, atropela os mais elementares princípios éticos, humanos e civilizacionais, e age em sentido contrário ao sentimento majoritário da ONU.


Fonte: La Jornada (México), 26 de outubro de 2011

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Retrocesso

O retrocesso das MPs 183 e 184 do Governo Ricardo

Glauco dos Santos Gouvêa *

Apresentamos a seguir as razões pelas quais as MPs 183 e 184 são altamente prejudiciais à categoria fiscal  e, sobretudo, ao Estado e à população da Paraíba. Esperamos contar com o apoio dos deputados que colocam os interesses da Paraíba e dos paraibanos em primeiro lugar. Sabemos que em todo Parlamento sempre há, pelo menos, dois grupos: os que apóiam o Governo e os que lhe fazem oposição. Entretanto há questões que são de tal importância que a costumeira divisão perde o sentido em função de um objetivo maior, especialmente quando a decisão implica em sérias conseqüências para o futuro do Estado e das populações. Aí, o interesse público estará acima das conveniências individuais ou de blocos. Esperemos que seja assim.
1.    A primeira medida de um governante que pretenda fazer modificações em uma estrutura extremamente complexa, como é o caso da Secretaria Estadual da Receita, que requer pessoal altamente qualificado e que cumpre exemplarmente sua missão, possibilitando arrecadações sempre crescentes – o que permite o investimento em políticas públicas adequadas – seria, conforme os princípios da moderna Administração Pública, ouvir quem entende do assunto : os Auditores Tributários. Tal medida não foi adotada, o que já é suficiente para caracterizar o caráter antidemocrático das MPs citadas. Após estudos completos da matéria, seria elaborado um projeto de lei de comum acordo com o Fisco –repito, que é quem entende do tema - , o qual seria encaminhado à apreciação do Poder Legislativo. A MP é um instrumento que só deve ser utilizado em casos excepcionais. Sua banalização é um desrespeito aos parlamentares.
2.    A criação da Secretaria da Fazenda por Medida Provisória é inconstitucional. Como é consabido, a edição de MP deve obrigatoriamente satisfazer, concomitantemente, dois requisitos: relevância e urgência .   Relevância implica no reconhecimento de uma situação de real importância a ser normatizada imediatamente, levando-se em conta grave desequilíbrio da estrutura social que a não adoção da medida acarretaria. Urgência implica na necessidade de uma atuação imediata, em situação excepcional, sob pena de grave desequilíbrio no corpo social, ou seja, quando há “periculum in mora”. A criação da Secretaria da Fazenda não satisfaz nenhum dos dois requisitos, portanto jamais poderia ser criada por MP.
Além disso, tem-se a desobediência à Constituição Federal (Art.37, XXII) e Constituição Estadual ( Art52,X) .
3.     Dados da SER, referentes ao ICMS, demonstram a incontestável superioridade do sistema de separação das Secretarias da Receita e a das Finanças sobre o sistema de fusão da Secretarias.
De 2001 a 2004, quando só havia a Sec. das Finanças, o incremento da arrecadação atingiu 50,60%, para uma inflação de 42,32%.
De 2005 a 2010, com a criação da SER, o incremento da arrecadação atingiu 120,70%, para uma inflação de 33,19% !   
4.    A  eliminação da ocupação de 80% dos cargos em comissão por auditores qualificados para essa ocupação, por meio de critérios altamente exigentes conforme dispõe o Anexo III da Lei nº 8.427/2007, critérios esses estudados durante três anos e discutidos e aprovados por Comissão Paritária Governo/Sindifisco, significará o estabelecimento do caos administrativo pela impossibilidade de encontrar profissionais não integrantes do Fisco com qualificações para o bom desempenho dos cargos. É, ao mesmo tempo,uma medida totalmente ilegal e representaria, se implantada, um retrocesso aos tempos do coronelismo.
5.    A nomeação de pessoas não integrantes do quadro de Auditores fere o Acórdão lavrado por ocasião do julgamento da Ação Declaratória de Ilegalidade da Greve do Fisco e trará para os contribuintes uma incomensurável insegurança quanto ao aspecto do sigilo fiscal.
6.    A MP 184 fere a LC nº 95/1998 e a CF (Art.59) revogando duas Leis que significam uma conquista da sociedade, a saber: Lei nº 8.124/2006 (Lei Anti-nepotismo) e Lei nº9.227/2010 ( Lei da Ficha Limpa) !
7.    A criação pretendida da Secretaria da Fazenda é motivada pelo ódio de um Governador autoritário a uma categoria de servidores que não se deixa dominar por atos de prepotência de quem quer que seja. É uma pura retaliação à greve de uma categoria que respeita e exige ser respeitada. É um ato de grave desrespeito a uma categoria essencial ao funcionamento do Estado, conforme estabelecido na Constituição Federal, aos Excelentíssimos Senhores Deputados e Senhoras Deputadas que aprovaram, acertadamente, a criação da SER, às Leis em vigor – aprovadas pela Assembléia Legislativa da Paraíba – e, sobretudo, desrespeito aos eleitores paraibanos que jamais suspeitaram que estariam colocando no Poder alguém tão despreparado para ocupá-lo.

•    Engenheiro Civil e Auditor Fiscal da Receita Estadual (Aposentado)

Perseguidos

TODOS  PERSEGUIDOS

Glauco dos Santos Gouvêa

Quando os nazistas vieram

"Na Alemanha, os  nazistas vieram  primeiro em busca dos comunistas, e eu não protestei porque não era comunista.

Em seguida, vieram em busca dos judeus, e não protestei porque não era judeu.

Em seguida, vieram em busca dos sindicalistas, mas não protestei porque não era um sindicalista.

Em seguida, vieram em busca dos católicos, mas não reclamei porque era protestante.

Então eles vieram atrás de mim, e neste tempo não restava mais ninguém para protestar por mim."

(Rev. Martin Niemöller, pastor luterano alemão. O rev. Niemöller foi preso pela Gestapo por se opor a Hitler.)

- Ele veio para perseguir os professores, e eu não protestei porque não era professor.
- Em seguida, perseguiu  os médicos, e não protestei porque não era médico.
- Em seguida, perseguiu  os policiais , mas não protestei porque não era policial.
- Em seguida, perseguiu  os auditores fiscais, mas não reclamei porque não sou auditor .
- Então ele veio me perseguir, mas não restava mais ninguém para protestar por mim.

Está passando da hora de todas as forças da outrora “pequenina e heróica Paraíba” se unirem para salvar o que resta da “pequenina”, cada vez menor, uma vez que o termo “heróica” parece que foi esquecido. Digo “parece” porque ainda confio que os Poderes Legislativo e Judiciário, a união de todos os servidores e, sobretudo, a força do povo haverão de reimplantar na Paraíba o Estado Democrático de Direito, pelo qual tanto lutamos.
Nunca imaginei que nosso Estado tivesse a tamanha infelicidade de ver um ocupante do Palácio da Redenção sem o mínimo de equilíbrio para exercer o cargo que ocupa. Prepotente, arrogante, perseguidor, vingativo, para dizer o mínimo...Está destruindo todos os avanços conquistados ao longo do tempo pelo povo e por Governos anteriores. O que restará da Paraíba, dentro de pouco tempo? Terra de homens ou de covardes?
É a versão atual de Átila, o rei dos hunos, que por onde seu cavalo passava nem grama crescia.


A Paraíba exige respeito!   Basta!

Verdade

A FORÇA DA VERDADE

Glauco dos Santos Gouvêa


“Ver bem não é ver tudo, é ver o que os outros não vêem” (José Américo de Almeida)


A educação das crianças na década em que nasci, 1940, era baseada em princípios morais entre os quais – e servindo de fundamento para todos os demais – estava o respeito à verdade. Isso nos era ensinado pela família, escola, instituições e sociedade. Tínhamos que falar sempre a verdade mesmo que isso nos trouxesse aborrecimentos e até castigos.
 As autoridades, que tinham sido educadas com base nos mesmos princípios, atuavam conforme era seu dever, em sintonia com a população e com intangível honestidade. A fala de qualquer autoridade era recebida com respeito e credibilidade. Não se falava em corrupção, tráfico de influência etc.
Hoje , a mídia, diuturnamente, passa para a sociedade o retrato do mar de lama que se espalha por todo o País. Uns poucos enriquecem, muitas vezes de modo fraudulento, às custas do sacrifício e até da desgraça da maioria. O tráfico de influência exerce sua devastadora ação, degradando o que deveria ser sagrado, transpondo todos os limites e, como um rio durante uma cheia, invade áreas circunvizinhas. O homem corrompe e se deixa corromper, importando-lhe apenas tirar proveito.
O que teria motivado tal degradação ? As razões devem ser muitas e constituem material para estudo de sociólogos e cientistas. Uma coisa, porém, é certa: a substituição da verdade pela mentira está na raiz de todos os males apontados.
O homem que decide conduzir sua vida pelo caminho da mentira, perde o referencial do bem e do mal, do justo e do injusto, do moral e do imoral, do honesto e do desonesto, do permitido e do proibido. Perde-se a si mesmo, deixando por onde passa sua indesejável marca. Trai sua palavra, seus compromissos e seus amigos. Ao se tornar um traidor, o homem se transforma numa escória social.
É nisso que dá o abandono da verdade.

Universidade dos Pés Descalços

Acessem:

 www.ted.com/talks/lang/pt/bunker_roy.html

Quem não deve, não teme

Ditadura  x  Comissão da Verdade: a expectativa de vítimas e familiares

Acessem:  www.gazetaweb.com/v2/noticias/texto_completo.php?c=249406


domingo, 29 de janeiro de 2012

"Tratamento" de Alkimin aos desafortunados

Veja as imagens:
http://www.youtube.com/watch?v=nH3OBLdJYTE&feature=related

A importância da vírgula

Sobre a Vírgula

Muito legal a campanha dos 100 anos da ABI

(Associação Brasileira de Imprensa).

Vírgula pode ser uma pausa... ou não.
Não, espere.
Não espere.

Ela pode sumir com seu dinheiro.
23,4.
2,34.

Pode criar heróis..
Isso só, ele resolve.
Isso só ele resolve.

Ela pode ser a solução.
Vamos perder, nada foi resolvido.
Vamos perder nada, foi resolvido.

A vírgula muda uma opinião.
Não queremos saber.
Não, queremos saber.

A vírgula pode condenar ou salvar.
Não tenha clemência!
Não, tenha clemência!

Uma vírgula muda tudo.
ABI: 100 anos lutando para que ninguém mude uma vírgula da sua informação.


Detalhes Adicionais:

SE O HOMEM SOUBESSE O VALOR QUE TEM A MULHER ANDARIA DE QUATRO À SUA PROCURA
.


* Se você for mulher, certamente colocou a vírgula depois de MULHER....
* Se você for homem, colocou a vírgula depois de TEM...


 

sábado, 28 de janeiro de 2012

Governo Ricardo é só retrocesso

Governo Ricardo Coutinho tenta destruir Administração Tributária

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A MP nº 185, publicada nesta data (26), no Diário Oficial, é fruto do caráter ditatorial desse Governo, cujo objetivo é apenas retaliar a categoria fiscal com a revogação do artigo 8º da Lei do Subsídio.
As MP´s 183 e 184 de 21/11/11, que criou a Secretaria da Fazenda e disciplinou a ocupação dos cargos comissionados, junto à Medida nº 185, são um pacote ditatorial desse Governo que é incapaz de dialogar com nenhuma categoria do serviço público.
O Governo, contumaz descumpridor de leis, avança em suas arbitrariedades ao revogar dispositivos legais, a exemplo dos PCCR´s, construídos de forma democrática e legalmente formalizados. Desde janeiro de 2011, o Sindifisco-PB vem tentando negociar com o Governo, que busca apenas prejudicar a categoria, usurpando seus direitos.  
A categoria fiscal indignada pergunta: como trabalhar com essa insegurança? Qual será o próximo direito a ser retirado?
O mecanismo de reajuste do subsídio foi construído por meio de diálogo entre as partes interessadas, categoria e Governo, visando obter arrecadações mais crescentes, possibilitando a implementação de políticas publicas adequadas, principalmente para os setores mais carentes da população.
A superação das metas de arrecadação em 2010 e 2011, fruto direto do trabalho, profissionalismo e dedicação dos auditores fiscais às suas atividades, garante um reajuste acumulado de 16% até janeiro do corrente ano.  Mas o Governo insiste em não honrar com suas obrigações ao não pagar o que é devido por lei, impondo um reajuste de 5%, que não cobre nem as perdas inflacionárias do último período.
A quem interessa esse desmonte da máquina arrecadadora? As MPs 183, 184 e 185 prejudicam não só o Fisco, mas sobretudo o Estado da Paraíba, ao precarizar o combate à sonegação pela falta de autonomia da administração tributária, prejudicar a livre concorrência, potencializar a possibilidade de risco de quebra do sigilo fiscal e diminuir a arrecadação.
O Sindifisco-PB reprova o comportamento do Governo e não tolerará desmandos que prejudiquem a Paraíba.
Na próxima quinta-feira (2/02), a categoria fiscal estará reunida em assembleia geral para discutir os atos ditatoriais desse Governo, que nos remetem a épocas de chumbo que devemos combater.

Violência do Governo Alkimin

 Raro exemplo de uma comunicação sincera, independente e verdadeira.


NESTE ENDEREÇO:
http://carlos-geografia.blogspot.com/2012/01/ricardo-boechat-e-tragedia-de.html

Artigo de Fidel

Fidel Castro: A fruta que não caiu
 
Cuba se viu forçada a lutar por sua existência frente a uma potência expansionista, situada a poucas milhas de suas costas, que proclamava a anexação de nossa ilha, cujo único destino era cair em seu seio como fruta madura. Estávamos condenados a não existir como nação.

Por Fidel Castro
 
Na gloriosa legião de patriotas que durante a segunda metade do século 19 lutou contra o repugnante colonialismo imposto pela Espanha ao longo de 300 anos, José Martí foi quem com mais clareza percebeu tão dramático destino. Assim fez constar nas últimas linhas que escreveu quando, às vésperas do duro combate previsto contra uma aguerrida e bem apetrechada coluna espanhola, declarou que o objetivo fundamental de suas lutas era: “… impedir a tempo com a independência de Cuba que os Estados Unidos se estendam pelas Antilhas e caiam, com mais essa força, sobre nossas terras da América. Tudo quanto fiz até hoje, e farei, é para isso.”

Sem compreender esta profunda verdade, hoje não se poderia ser nem patriota, nem revolucionário.

Os meios de informação massiva, o monopólio de muitos recursos técnicos, e os enormes fundos destinados a enganar e embrutecer as massas, constituem sem dúvida obstáculos consideráveis, mas não invencíveis.

Cuba demonstrou que - a partir de sua condição de fábrica colonial ianque, unida ao analfabetismo e à pobreza generalizada de seu povo -, era possível enfrentar o país que ameaçava com a absorção definitiva da nação cubana. Ninguém pode sequer afirmar que existia uma burguesia nacional oposta ao império, tão próxima a ele se desenvolveu que inclusive pouco depois do triunfo enviou 14 mil crianças sem proteção alguma aos Estados Unidos, embora tal ação estivesse associada à pérfida mentira de que seria suprimido o Pátrio Poder, que a história registrou como operação Peter Pan e foi qualificada como a maior manobra de manipulação de crianças com fins políticos de que se tem noticia no hemisfério ocidental.

O território nacional foi invadido, apenas dois anos depois do triunfo revolucionário, por forças mercenárias, -integradas por antigos soldados batistianos e filhos de laifundiários e burgueses - armadas e escoltadas pelos Estados Unidos com barcos de sua frota naval, incluídos porta-aviões com tripulações prontas para entrar em ação, que acompanharam os invasores até nossa ilha. A derrota e a captura da quase totalidade dos mercenários em menos de 72 horas e a destruição de seus aviões que operavam a partir de bases na Nicarágua e seus meios de transporte naval, constituiu uma derrota humilhante para o império e seus aliados latino-americanos que subestimaram a capacidade de luta do povo cubano.
 
A URSS frente à interrupção do fornecimento de petróleo por parte dos Estados Unidos, a ulterior suspensão total da cota histórica de açúcar no mercado desse país, e a proibição do comécio criado ao longo de mais de cem anos, respondeu a cada uma dessas medidas fornecendo combustível, adquirindo nosso açúcar, comerciando com nosso país e finalmente fornecendo as armas que Cuba não podia adquirir em outros mercados.
 
A ideia de uma campanha sistemática de ataques piratas organizados pela CIA, as sabotagens e as ações militares de bandos criados e armadas por ele, antes e depois do ataque mercenário, que culminariam em uma invasão militar dos Estados Unidos em Cuba, deram origem aos acontecimentos que levaram o mundo à beira de uma guerra nuclear total, da qual nenhuma de suas partes e nem a própria humanidade teria podido sobreviver.

Aqueles acontecimentos sem dúvida custaram o cargo a Nikita Kruchov, que subestimou o adversário, desconsiderou critérios que lhe foram informados e não consultou para sua decisão final conosco, que estávamos na primeira linha. O que podia ser uma importante vitória moral se converteu assim em um custoso revés político para a URSS. Durante muitos anos as piores malfeitorias continuaram sendo realizadas contra Cuba e não poucas, como o criminoso bloqueio, são cometidas ainda.

Kruchov teve gestos extraordinários com nosso país. Naquela ocasião critiquei sem vacilação o acordo inconsulto com os Estados Unidos, mas seria ingrato e injusto deixar de reconhecer sua extraordinária solidaridade em momentos difíceis e decisivos para nosso povo em sua histórica batalha pela independência e a revolução frente ao poderoso império dos Estados Unidos. Compreendo que a situação era sumamente tensa e ele não desejava perder um minuto quando tomou a decisão de retirar os projéteis e os ianques se comprometeram, muito secretamente, a renunciar à invasão.

Apesar das décadas transcorridas que já somam meio século, a fruta cubana não caiu em mãos ianques.

As notícias que na atualidade chegam da Espanha, França, Iraque, Afeganistão, Paquistão, Irã, Síria, Inglaterra, as Malvinas e outros numerosos pontos do planeta, são sérias, e todas auguram um desastre político e econômico pela insensatez dos Estados Unidos e seus aliados.

Limitar-me-ei a uns poucos temas. Devo assinalar segundo todos contam, que a escolha de um candidato republicano para aspirar à presidência desse globalizado e abrangente império, é por sua vez, - digo isso seriamente - a maior competição de idiotices e ignorância que jamais se escutou. Como tenho coisas a fazer, não posso dedicar tempo a ese assunto. De resto, sabia que seria assim.

São mais ilustrativas algumas informações que desejo analisar, porque mostram o incrível cinismo que a decadência do Ocidente gera. Uma delas, com pasmosa tranquilidade, fala de um preso político cubano que, segundo se afirma, morreu depois de greve de fome que durou 50 dias. Um jornalista do Granma, Juventud Rebelde, noticiario radiofônico ou qualquer outro órgão revolucionário, pode equivocar-se em qualquer apreciação sobre qualquer tema, mas jamais fabrica uma notícia ou inventa uma mentira.

Na nota do Granma se afirma que não houve tal greve de fome; era um recluso por delito comum, condenado a quatro anos por agressão que provocou lesões no rosto de sua esposa; que a próopria sogra solicitou a intervenção das autoridades; os familiares mais ligados estiveram a par de todos os procedimentos que foram empregados em seu atendimento médico e estavam agradecidos pelo esforço dos especialistas médicos que o atenderam. Foi assistido, afirma a nota, no melhor hospital da região oriental como se faz com todos os cidadãos. Morreu por causa de falência múltipla de órgãos secundária associada a um processo respiratório séptico severo.

O paciente tinha recebido todas as atenções que se aplicam em um país que possui um dos melhores serviços médicos do mundo, os quais são feitos gratuitamente, apesar do bloqueio imposto pelo imperialismo a nossa Pátria. É simplesmente um dever que se cumpre em um país onde a Revolução tem o orgulho de ter respeitado sempre, durante mais de 50 anos, os princípios que lhe deram sua invencível força.

Mas seria realmente bom que o governo espanhol, dadas as suas excelentes relações com Washington, viaje aos Estados Unidos e se informe do que ocorre nas prisões ianques, a conduta desapiedada que aplica aos milhões de presos, a política que se pratica com a cadeira elétrica e os horrores que se cometem com os detentos nas prisões e os que protestam nas ruas.

Na segunda-feira, 23 de janeiro, um duro editorial do Granma intitulado “As verdades de Cuba” em uma página inteira desse órgão, explicou detalhadamente a insólita falta de vergonha da campanha mentirosa desencadeada contra nossa por alguns governos “tradicionalmente comprometidos com a subversão contra Cuba”.


Nosso povo conhece bem as normas que têm regido a conduta impecável de nossa Revolução desde o primeiro combate e jamais manchada ao longo de mais de meio século. Sabe também que não poderá ser jamais pressionado nem chantageado pelos inimigos. Nossas leis e normas serão cumpridas indefectivelmente.

É bom dizer com toda a clareza e franqueza. O governo espanhol e a União Europeia em ruínas, mergulhada em uma profunda crise econômica, devem saber a que se ater. Produz lástima ler em agências de notícias as declarações de ambas quando utilizam suas descaradas mentiras para atacar Cuba. Ocupem-se primeiro de salvar o euro se puderem, resolvam o desemprego crônico de que em número crescente padecem os jovens, e respondam aos indignados sobre os quais a polícía arremete e golpeia constantemente.

Não ignoramos que agora na Espanha governam os admiradores de Franco, que enviou membros da Divisão Azul junto às SS e as SA nazistas para matar soviéticos. Quase 50 mil deles participaram na cruenta agressão. Na operação mais cruel e dolorosa daquela guerra: o cerco de Leningrado, onde morreram um milhão de cidadãos russos, a Divisão Azul fazia parte das forças que trataram de estrangular a heróica cidade. O povo russo não perdoará nunca aquele horrendo crime.

A direita fascista de Aznar, Rajoy e outros servidores do império deve conhecer algo das 16 mil baixas que tiveram seus antecessores da Divisão Azul e as Cruzes de Ferro com as quais Hitler premiou os oficiais e soldados dessa divisão. Nada há de estranho no que faz hoje a polícia gestapo com os homens e mulheres que demandam direito ao trabalho e ao pão no país com mais desemprego da Europa.

Por que mentem tão descaradamente os meios de informação de massa do império?

Os que manejam esses meios se empenham em enganar e embrutecer o mundo com suas grosseiras mentiras, pensando talvez que constitui o recurso principal para manter o sistema global de dominação e saque imposto e de modo particular as vítimas próximas à sede da metrópole, os quase seiscentos milhões de latino-americanos e caribenhos que vivem neste hemisfério.

A república irmã da Venezuela se converteu no objetivo fundamental dessa política. A razão é óbvia. Sem a Venezuela, o império teria imposto o Tratado de Livre Comércio a todos os povos do continente que nele habitam desde o sul dos Estados Unidos, onde se encontram as maiores reservas de terra, água doce e minerais do planeta, assim como grandes recursos energéticos que, administrados com espírito solidário para os demais povos do mundo, constituem recursos que não podem nem devem cair em mãos das transnacionais que impõem um sistema suicida e infame.
 
Basta, por ejemplo, olhar o mapa para compreender o criminoso despojo que significou para a Argentina arrebatar-lhe um pedaço de seu território no extremo sul do continente. Ali os britânicos empregaram seu decadente aparato militar para assassinar bisonhos recrutas argentinos vestidos com roupas de verão quando já estavam em pleno inverno. Os Estados Unidos e seu aliado Augusto Pinochet deram à Inglaterra um desavergonhado apoio. Agora, na véspera das Olimpíadas de Londres, seu primeiro-ministro David Cameron também proclama, como fez Margaret Thatcher, seu direito a usar os submarinos nucleares para matar argentinos. O governo desse país desconhece que o mundo está mudando, e o desprezo de nosso hemisfério e da maioria dos povos aos opressores aumenta a cada dia.

O caso das Malvinas não é único. Alguém por acaso sabe como terminará o conflito no Afeganistão? Há poucos dias soldados norte-americanos ultrajavam os cadáveres de combatentes afegãos, assassinados pelos bombardeiros sem pilotos da Otan.

Há três dias uma agência europeia publicou que “o presidente afegão Hamid Karzai, deu seu aval a uma negociação de paz com os talibãs, sublinhando que esta questão deve ser resolvida pelos cidadãos de seu país”, logo acrescentando: “…o processo de paz e reconciliação pertence à nação afegã e nenhum país ou organização estrangeira pode tirar esse direito dos afegãos.”

Por sua parte, uma informação publicada por nossa imprensa comunicava desde Paris que “a França suspendeu hoje todas as suas operações de formação e ajuda ao combate no Afeganistão e ameaçou antecipar a retirada de suas tropas, logo que um soldado afegão deu um ultimato a quatro militares franceses no vale Taghab, da província de Kapisa [...] Sarkozy deu instruções ao ministro da Defesa Gérard Longuet para trasladar-se imediatamente a Cabul, e vislumbrou a possibilidade de uma retirada antecipada do contingente.”

Desaparecida a URSS e o Campo Socialista, o governo dos Estados Unidos concebia que Cuba não podia sustentar-se. George W. Bush já tinha preparado um governo contrarrevolucionáio para presidir nosso país. No mesmo que Bush iniciou sua guerra criminosa contra o Iraqe, solicitei às autoridades de nosso país o fim da tolerância que se aplicava aos chefetes contrarrevolucionários que naqueles dias demandavam histericamente a invasão de Cuba. Na realidade, sua atitude constituia um ato de traição à Pátria.

Bush e suas atitudes estúpidas imperaram durante 8 anos e a Revolução Cubana perdurou já mais de meio século. A fruta madura não caiu no seio do império. Cuba não será uma força a mais com a qual o império se estenda sobre os povos da América. O sangue de Martí não terá sido derramado em vão.
 
Amanhã publicarei outra Reflexão que complementa esta.

Fidel Castro Ruz
25 de janeiro de 2012

Luta do Fisco



                          Esta é nossa luta.

Fórum Social Temático . 2012

Sugiro assistir em www.tvbrasil.org.br  o programa exibido ontem sobre o FST.

FISCO Indgnado !!!

          Nossa luta só terminará quando o Governo passar a cumprir a LEI do Subsídio e negociar com o SINDIFISCO a forma de pagamento do que o Governo deve ao FISCO desde Janeiro de 2011.