quinta-feira, 31 de março de 2016

Opera Mundi

 
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Ao final de cada frase, presidente dos EUA era aplaudido pela plateia no Gran Teatro Alicia Alonso, que vibrava com seu bom humor e sua sagacidade
 
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A conta de Aécio




Luis Nassif

Não é novidade para o Procurador Geral da República Rodrigo Janot a informação que consta da delação do senador Delcídio do Amaral, de que o também senador Aécio Neves mantém uma conta em Liechenstein em nome da própria mãe.

O Blog deu todos os dados, em um post de 2 de janeiro de 2015 (http://migre.me/teLlF). Nele se conta a história da Operação Norbert deflagrada em 8 de fevereiro de 2007 no Rio de Janeiro.

Em 8 de fevereiro de 2007 foi deflagrada a Operação Norbert, visando apurar denúncias de lavagem de dinheiro na praça do Rio de Janeiro. Conduzida por três jovens brilhantes procuradores - Marcelo Miller, Fabio Magrinelli e José Schetino - foi realizada uma operação de busca e apreensão nos escritórios de um casal de doleiros do Rio de Janeiro.

No meio da operação, os procuradores se depararam com duas bombas.

A primeira, envolvia o corregedor do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, Carpena do Amorim.

Carpena foi peça central no assassinato de reputação da juíza Márcia Cunha, trabalhando em parceria com a Folha de S. Paulo no período em que o jornal se aliou a Daniel Dantas. Coube a Carpena endossar um dossiê falso preparado por um lobista ligado a Dantas, penalizando uma juíza séria.

Ao puxar o fio da meada de uma holding, os procuradores toparam com Carpena. O caso foi desmembrado do inquérito dos doleiros, tocado pelo Ministério Público Federal do Rio de Janeiro e resultou na condenação do ex-juiz a três anos e meio de prisão.

O segundo fio foi puxado quando os procuradores encontraram na mesa dos doleiros uma procuração em alemão aguardando a assinatura de Inês Maria, uma das sócias da holding Fundação Bogart & Taylor - que abriu uma offshore no Ducado de Liechtenstein.

Os procuradores avançaram as investigações e constataram que a holding estava em nome de parentes de Aécio Neves: a mãe Inês Maria, a irmã Andréa, a esposa e a filha.

Como o caso envolvia um senador da República, os três procuradores desmembraram do inquérito principal e encaminharam o caso ao então Procurador Geral da República Roberto Gurgel. Foi no mesmo período em que Gurgel engavetou uma representação contra o então senador Demóstenes Torres.

O caso parou na gaveta de Gurgel, onde permanece até hoje.

Com a delação de Delcídio, o PGR Rodrigo Janot tem tudo à mão. Não haverá sequer necessidade de abrir um inquérito suplementar porque todas as informações necessárias constam da Operação Norbert.

É apenas o tempo de abrir sua gaveta e retirar de lá o inquérito.

quarta-feira, 30 de março de 2016

Os que não traem a Pátria vão às ruas: VIVA A DEMOCRACIA. GOLPE NUNCA MAIS!

Dia 31: Manifestações contra o golpe no Brasil e no exterior

Mãos polidas ou polutas? IMPERDÍVEL!

olá pessoas,
bom dia*:x apaixonado!*

o texto abaixo, para mim é comovente, pela "simples" razão do articulista ser um professor da mais alta qualificação, pesquisador, pensador e poeta. fui sua aluna, cuja aprendizagem, embora humilde, em comparação com a grandeza do saber que o professor dedicava, a todos estudantes, contribuiu e ainda guardo no meu caminho profissional e, especialmente de vida.
abs. mcarmo
*gosto de usar esta figurinha, sempre me faz sorrir pela "besteira afetiva".
PS. para quem não sabe, o articulista não é "petista" e, há algum tempo atrás, com forte visão crítica,  escreveu artigos em relação ao partido.
xxxxxxxxxx
in: folha de são paulo, 29.03.16

FRANCISCO FOOT HARDMAN

Mãos polidas ou polutas?

Agora tudo ficou claro. Sergio Moro, o juiz-mor da Lava Jato, queria só fazer jus ao título de grande agitador das massas. Subversivo, para ninguém duvidar: o novo campeão da "agitprop".
Na Operação Lava Jato, a perícia é instalar uma máquina inquisitória interminável, a serviço dos mesmos poderes que já comemoram a próxima derrubada do governo e a destruição de seu oponente mais difícil. Aqui não se ouve, prende-se. Aqui não se solta, extrai-se delação. Aqui não se ajuíza, panfleta-se. Que o timing concatenado de seu vazamento fabricará a "verdade" do dia.
Eduardo Cunha, presidente da Câmara, inventou as pautas-bombas para livrar a própria cara e permanecer onde está. O juiz-mor faz da agitação processual sua bomba de efeito moral, mesmo que às custas do atropelamento de qualquer legalidade. Contra os agentes do poder estatal que se protegem na sombra, a sombra de um grampo transparente em sua obscuridade.
Quando representantes oficiais da Justiça assumem a ideologia da transparência total, que qualquer aluno de primeiro ano de linguística sabe ser falsa, é certo que haverá tantos outros interesses escusos, tantos outros partidarismos em trama.
Dos mitos redivivos da "Mani Pulite" (mãos polidas, limpas) e de Watergate, mal se disfarça a obsessão em fazer do inquérito um desfile de fases intermináveis em sua nomeação/enumeração, que parecem ser pilar de uma instância autônoma do poder policial-judiciário condenada a se propagar sem meta final, requisito de qualquer investigação de interesse público.
A Lava Jato é o "Processo" de Kafka feito para se eternizar, meta que agentes de uma Justiça e uma polícia autorreferentes cobiçam como sonho autocrático. E que é afinal populista, porque ancorada na publicidade extremada, na sensação dos segredos palacianos expostos, na humilhação do ex-presidente Lula, que deve voltar às origens de onde nunca deveria ter saído, para a sanha dos que não o vencem nas urnas.
E Brasília? O país deve assistir agora ao inusitado processo dirigido por um Congresso de réus, encabeçado por duas figuras de forte matiz delinquencial –os presidentes da Câmara e do Senado.
Isso não importa? Para a bazófia oportunista do grão-tucanato, certamente não. Mais vale um poder central na mão, nesse atalho cômodo, no cálculo das poucas dezenas de deputados venais que faltam para o butim, do que ter que correr atrás, daqui a dois anos, de mais de 50 milhões de votos.
Aécio Neves, o inconformado, o neto que faria Tancredo, o legalista, corar, trocou o programa eleitoral que nunca teve pela sala de espera do impeachment. Já o vice-presidente, Michel Temer, agora incensado pelos sonhos igualmente golpistas de José Serra, parece não ter o que temer. A Fiesp o resguarda; Cunha, réu unânime no STF (Supremo Tribunal Federal), idem. Orquestrados, todos.
E a Justiça populista subversiva vai iludindo as massas ignaras com o mito do justiceiro contra o dragão da corrupção: um caçador de marajás de capa preta. Já vimos esse filme antes.
Michel Temer poderá assim vestir a faixa que lhe cabe, não a de chacal, por favor, mas a de pacificador popularíssimo como um bolero bolorento.
Se a política degenera, pré-condição da emergência do fascismo de cada dia, de cada rua, isso já não é com os técnicos da toga ou da pura propaganda. E as "Mani Pulite", nessa lenda urbana do juiz-mor e de sua operação sem fim, vão se mostrando, irremediavelmente, mãos polutas, calcadas naquilo que nenhum conceito de justiça contempla: manipulação.
O resto se chama tragédia brasileira. Quem responde por ela assim, convertida numa Grécia impensada, sem ruína e sem misericórdia?
FRANCISCO FOOT HARDMAN, 64, doutor em filosofia pela USP e professor do Instituto de Estudos da Linguagem da Unicamp, é atualmente responsável pela cátedra em história da cultura brasileira na Universidade de Bolonha (Itália).

ENQUANTO ISSO.............

Acordo alinhavado para livrar Cunha da cassação envolve renúncia ao cargo

MÔNICA BERGAMO*
Começa a ser alinhavado um acordo para livrar Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da cassação, caso Temer assuma o governo. Ele renunciaria à presidência da Câmara dos Deputados sob o argumento de que o novo governo precisaria articular nova maioria no parlamento. Seria suspenso pelo conselho de ética, mas manteria o cargo, garantindo o foro privilegiado.
EM TEMPO
O acerto só será possível, no entanto, caso o STF (Supremo Tribunal Federal) não atenda ao pedido da Procuradoria Geral da República, que defende que Cunha seja afastado do cargo.
* COLUNISTA DA FOLHA
PS. No início do texto tem uma foto da "criatura", não "copiei e colei", por respeito as pessoas.



PALAVRA DE ORDEM NA GLOBO É COMBATER A PALAVRA GOLPE

PALAVRA DE ORDEM NA GLOBO É COMBATER A PALAVRA GOLPE

Embora a presidente Dilma Rousseff, primeira mulher a ocupar o cargo mais alto da República, esteja correndo o risco de ser enxotada do poder por "pedaladas fiscais", sem que suas contas tenham sido sequer apreciadas pelo Congresso Nacional, num processo conduzido pelo político que hoje simboliza a corrupção, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a Globo, maior monopólio de mídia do mundo, tenta convencer a sociedade de que não se trata de um golpe contra a democracia, mas sim de um processo legítimo; além de um editorial publicado nesta quarta-feira, o grupo também escalou o articulista Merval Pereira para repetir a tese de que "não vai ter golpe, vai ter impeachment", como se a deposição de uma presidente sem crime de responsabilidade pudesse ter alguma legitimidade; do golpe que promoveu em 1964 (à época chamado de Revolução), a Globo só pediu desculpas 50 anos depois; por mais que a Globo grite, artistas e intelectuais, como Wagner Moura, denunciam o processo atual pelo que ele é: um golpe

WAGNER MOURA: DILMA É VÍTIMA DE UM GOLPE CLÁSSICO

WAGNER MOURA: DILMA É VÍTIMA DE UM GOLPE CLÁSSICO

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‘O que está em andamento no Brasil hoje é uma tentativa revanchista de antecipar 2018 e derrubar na marra, via Judiciário politizado, um governo eleito por 54 milhões de votos. Um golpe clássico’, diz o ator Wagner Moura; segundo ele, o país vive um Estado policialesco movido por ódio político: “Sergio Moro é um juiz que age como promotor. As investigações evidenciam atropelos aos direitos consagrados da privacidade e da presunção de inocência. São prisões midiáticas, condenações prévias, linchamentos públicos, interceptações telefônicas questionáveis e vazamentos de informações seletivas para uma imprensa controlada por cinco famílias que nunca toleraram a ascensão de Lula”, acrescenta

Kennedy: Moro interferiu politicamente contra Lula e Dilma


Kennedy: Moro interferiu politicamente contra Lula e Dilma

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"Moro fez uma tremenda interferência no processo político que foi desfavorável a Lula e à presidente Dilma Rousseff. Isso não é papel de juiz", critica o colunista Kennedy Alencar, sobre o pedido de desculpas do juiz Sérgio Moro sobre a divulgação ilegal de conversas da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Lula; "Um erro da Justiça tem peso grande. No caso em questão, a ação de Moro deu mais força ao impeachment da presidente e enfraqueceu Lula publicamente", afirmou

A OAB e o golpe

A OAB e o golpe

Valter Campanato/Agência Brasil: <p>Brasília - O presidente da OAB, Cláudio Pacheco Prates Lamachia, durante coletiva fala sobre o senador Delcídio do Amaral (Valter Campanato/Agência Brasil)</p>
Por Wadih Damous, em sua página no Facebook
A exemplo do que fez em 1º de abril de 1964, quando apoiou o golpe militar que implantou uma ditadura de 21 anos no Brasil, a OAB, hoje, aderiu ao golpe em curso. É claro que não reforço a impostura dos que cinicamente afirmam que “o impeachment está previsto na Constituição e, por isso, não é golpe”.
É óbvio que está previsto na Constituição, mas só deve ser aplicado se o Presidente da República praticou crime de responsabilidade ou crime comum. E não há qualquer desses crimes que possa ser atribuído à Presidente Dilma Roussef, conforme atestam os maiores juristas do país. Por isso, trata-se de GOLPE.
Inventar crime de responsabilidade não é se adequar à Constituição. Da OAB, esperava-se o respeito aos princípios da presunção de inocência, do contraditório e da ampla defesa. Afinal de contas, ela é a entidade concebida para a defesa, em primeiro plano, desses princípios. Mas não, a Ordem resolveu entrar para o jogo político rasteiro, ao invés da análise técnica e objetiva dos fatos.
A OAB, mais do que ninguém, deveria saber que delação premiada e matéria de jornal não constituem prova; que grampo ilegal é prova ilícita. Infelizmente, a entidade deixou-se levar pelo encanto fácil, ruidoso e oportunista da turba, tal qual o fez em 1964. Só que naqueles idos, a adesão ao golpe aconteceu como tragédia, agora se repete como farsa.
Pressurosa com os grandes órgãos de imprensa, cala-se, obsequiosa, com a flagrante arbitrariedade dos grampos sobre advogados. Mas a reação à lamentável atitude da OAB não se fez esperar: milhares de advogados, juristas e professores e estudantes de direito têm-se manifestado país afora contra a ignominiosa agressão da entidade à Democracia.
Em 1964, logo após o golpe, agigantou-se o vulto de Sobral Pinto a denunciar as arbitrariedades do regime ditatorial e a criticar a atitude golpista da OAB. Hoje, Marcelo Lavenere, Cezar Britto, Roberto Batochio, como ex presidentes, e a bancada da OAB do Pará, além daqueles outros milhares, fazem as vezes de Sobral, na defesa da ordem jurídica do Estado Democrático de Direito.
A OAB para ser coerente com o que prega deve apoiar eleições diretas para o seu conselho federal e, no plano da transparência e do combate à corrupção, que tanto cobra dos outros, deve praticar em casa, tornando públicas as suas contas e aprovando para já a obrigatoriedade de publicidade de gastos com as eleições das seccionais. Na OAB que eu aprendi a respeitar e admirar, tendo sido honrosamente Presidente da OAB/RJ, não cabe o ditado "casa de ferreiro espeto de pau."

No último círculo infernal ficam os traidores, dentre eles Michel Temer

No último círculo infernal ficam os traidores, dentre eles Michel Temer

Marcelo Camargo/Agência Brasil: <p>Brasília - O vice-presidente, Michel Temer, fala à imprensa ao deixar seu gabinete no Palácio do Planalto (Marcelo Camargo/Agência Brasil)</p>
Em 05 de dezembro de 2015 perguntei aqui no 247: “Será Michel Temer um conspirador? 
A resposta torna-se induvidosa hoje. Sim, Michel Temer conspirou ao lado dos derrotados para viabilizar o golpe. Hoje a reunião do PMDB vai apenas convolar a duvida em certeza.
Temer fez escolha irreversível e comanda hipócrita e dissimulado, a ruptura com o governo Dilma, busca apropriar-se da Presidência pela derrubada de sua companheira de chapa, através de um pedido impeachment que, embora previsto na Constituição, não aponta um crime de responsabilidade indiscutível. E, não havendo crime de responsabilidade devemos ser frontalmente contra a tese dos conspiradores sobre o impeachment.
Outra questão, sem resposta e sem debate, me inquietava naquele 05 de dezembro: se o vice-presidente Michel Temer assinou pelo menos um terço (1/3) dos tais “decretos sem número” utilizados para abrir créditos suplementares sem aprovação do Congresso Nacional (fundamento para o pedido), por que os diletos juristas tucanos que firmaram a petição do impeachment não incluíram o vice-presidente no pólo passivo do pedido de impeachment?
A verdade foi trazida pelo tempo: os juristas de lupanar não incluíram o vice-presidente no pólo passivo do processo porque estava sendo forjado no último círculo infernalum acordo entre o PSDB (herdeiro da UDN), o PMDB. E tudo está a ocorrer com servil concurso do TCU, diligente consultoria do ministro tucano e cobertura em alta definição do PIG.
E em 19 de março escrevi e o 247 publicou que “nos escaninhos de Brasília e sob o Sol do Outono” caminhamos para uma democracia relativa, que seguirá o seguinte roteiro: 
   a) em 90 dias Dilma Rousseff será apeada da Presidência da República por um Congresso acovardado, conservador e sob investigação da Policia Federal, com o presidente das duas casas ostentando a condição de réus em processos criminais;
   b) o vice-presidente Michel Temer assume a Presidência da República e, como num passe de mágica, a má noticia que contaminam os noticiários televisivos e as manchetes dos jornais desaparecerão;
   c) a OPERAÇÃO LAVA-JATO aos poucos será “abafada” através: (i) da transferência de Policiais Federais e Delegados Federais, tudo para “livrar” os cardeais tucanos e peemedebistas (serão presos apenas petistas e “peixes menores”) e (ii) o silêncio obsequioso da mídia golpista;
   d) Habeas Corpus serão discretamente concedidos para que os empreiteiros possam voltar à ativa e patrocinar seus parceiros tradicionais, agora de volta ao comando do Planalto;
   e) os serviços prestados por Eduardo Cunha para consecução do acordo também não serão esquecidos, ele sim. Cunha não será cassado, nem condenado e poderá seguir desfrutando dos milhões que mantém em contas secretas mundo a fora, sem que ninguém se importe com isso;
Escrevi também que (f) “Sérgio Moro irá num primeiro momento dar aulas numa universidade de prestigio nos EUA e voltará para assumir uma vaga no STF, provavelmente no lugar do Ministro Celso de Mello”, é o que se comenta, mas agora há outro ingrediente no acordo:
   g) o STF teria seu colegiado ampliado, sairia dos atuais 11 ministros para 15, 17 ou 21, de tal sorte que os golpistas garantissem uma maioria folgada naquela corte constitucional;
Bem, fato é que com a ruptura do PMDB o golpe, travestido de legalidade, tornou-se uma possibilidade bem concreta, mas os defensores da democracia e do Estado democrático de Direito devem manter-se contra a tese do impeachment, pois nesse quadrante da história é o que se espera dos patriotas, é necessária a defesa da presidência da república para fortalecimento da nossa democracia e das instituições republicanas.   
E, apesar da previsível e sofrível posição dos dirigentes da OAB, ainda há ilhas de sensatez no Brasil. A Comissão Brasileira Justiça e Paz, organismo da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), intelectuais, artistas, legiões de advogados e juristas, além de milhões e milhões de brasileiros e brasileiras têm afirmado que a abertura de processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff carece de subsídios que regulem a matéria, conduzindo a sociedade ao entendimento de que há no contexto motivação de ordem estritamente embasada no exercício da política voltada para interesses contrários ao bem comum, ou seja, trata-se de um Golpe de Estado.
Não há caracterização do crime de responsabilidade nas tais pedaladas, afinal, qualquer um de nós em suas vidas ajusta o pagamento de suas contas, postergando ou antecipando o pagamento de despesas incorridas de um mês para outro. Ao adiar as transferências, o Tesouro tem de fato desembolsos menores todos os meses, o que possibilita a adequação do desembolso à arrecadação. Desde que tudo seja devidamente registrado, respeitando o princípio da publicidade e da transparência, não mereceria censura. 
Bem, o impeachment está fundado num simulacro jurídico, é, portanto, um Golpe de Estado e a apresentação do pedido aumentou a tensão política e amplia instabilidade econômica no País.
Os golpistas são aventureiros irresponsáveis e comprometem a ordem constitucional democrática brasileira, construída com muita luta. São marginais e serão julgados e punidos pela História, independentemente do desfecho.
Pedro Benedito Maciel Neto, 52, advogado, sócio da MACIEL NETO ADVOCACIA, autor de “Reflexões sobre o estudo do Direito”, Ed. Komedi, 2007

domingo, 27 de março de 2016

Morte suspeita de detetive que acusou Aécio Neves alerta movimentos sociais