segunda-feira, 25 de julho de 2022

As principais notícias desta manhã no Brasil 247, em 24/7/2022

 

As principais notícias desta noite no Brasil 247, em 23/7/2022

 

Informativo Semanal do Prof Ernesto Germano Pares

 


 

 

 


Insanidade e crime.

O ex-capitão está vendo seu sonho de continuar no poder escorrer entre suas mãos. E o desespero leva a atos tão absurdos que causam protestos internacionais.

Agora o insano voltou a questionar as urnas eletrônicas durante uma reunião com embaixadores de 40 países no Palácio da Alvorada na segunda-feira (18). A agência de notícias britânica Reuters se referiu a falas do pré-candidato à reeleição como “ataques” e “tentativas de desacreditar” o sistema eleitoral brasileiro.

“As suas tentativas de desacreditar o sistema eleitoral brasileiro, que tem sido utilizado desde 1996 sem provas de irregularidades, levaram os seus oponentes a suspeitar que ele pode se recusar a aceitar uma possível vitória do ex-presidente de esquerda Luiz Inácio Lula da Silva, que lidera por dois dígitos nas sondagens de opinião”, apontou a agência britânica.

A revista alemã Der Spiegel, por sua vez, alegou que “ele semeia repetidamente dúvidas sobre a fiabilidade do sistema eleitoral”, e comparou as críticas do atual presidente ao sistema eleitoral à conduta do antigo presidente dos EUA Donald Trump, que já tentou alegar, sem provas, fraude eleitoral.

Ação no STF contra o demente. Enquanto o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, fingiu-se de morto quanto aos descalabros do ex-capitão no encontro com embaixadores, a oposição, por sua vez, protocolou na terça-feira (19) uma representação/notícia-crime contra o que chamou de “desvario criminoso” do chefe de governo.

“O que se viu no delirante e constrangedor discurso dirigido aos convidados presentes à fatídica reunião convocada pelo representado, também transmitido ao vivo na rede de televisão pública TV Brasil, da EBC S/A, foi claramente a prática de um dos chamados crimes de lesa-pátria ou de traição contra seu povo”, dizem os oposicionistas na petição.

Eles lembram que o crime mencionado é agora previsto expressamente no Código Penal, introduzido pela recém-promulgada Lei 14.197/2022, que revogou a antiga Lei de Segurança Nacional. O demente cometeu também crime de responsabilidade e crime eleitoral, “diante de perplexos representantes de nações estrangeiras que compareceram ao insólito evento”.

Parte dos militares apoia o sistema eleitoral. Militares do Alto Comando do Exército entraram em contato com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) para afirmar que não concordam com as acusações, sem provas, feitas pelo imbecil contra as urnas eletrônicas.

Os militares da ativada manifestaram apoio ao sistema eleitoral brasileiro. De acordo com o jornalista Valdo Cruz, do G1, os militares avaliam que ele “ultrapassou todos os limites” na reunião com os embaixadores estrangeiros. O encontro, disseram segundo o jornalista, “serviu para desgastar ainda mais a imagem do Brasil no exterior”.

Esses militares também criticaram o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, por ter deixado a postura de “militar sensato” para atuar como “político”. O ministro participou da reunião convocada por Bolsonaro e estava pronto para também discursar, mas não foi requisitado pelo chefe do Executivo.

Os chefes das Forças Armadas - os comandantes do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes, da Marinha, almirante-de-esquadra Almir Garnier Santos, e da Aeronáutica, tenente-brigadeiro-do-ar Carlos de Almeida Baptista Junior – também foram convidados para a reunião com os embaixadores, mas não compareceram.

Delírios de um golpista? Sentindo que as pesquisas dão como derrotado contra seu adversário Luís Inácio Lula da Silva nas próximas eleições de 2 de outubro, o insano espera que o governo dos EUA venha em seu socorro para conseguir a reeleição.

Em entrevista ao canal estadunidense Fox News, o energúmeno declarou que, se perder as eleições, “toda a América do Sul será pintada de vermelho e os EUA se tornarão um país isolado”. Ele tenta introduzir o medo de Washington para que o ajude de qualquer maneira, com o objetivo de que as forças progressistas lideradas por Lula não tomem o poder.

No encontro com embaixadores, o ex-capitão disse que não queria criar “instabilidade no Brasil”, apesar de atacar o sistema eleitoral, os tribunais (TSE e STF) e seus ministros e acusar “um grupo de três pessoas (Fachin Moraes e Luís Roberto Barroso)” que, segundo ele, “querem trazer instabilidade para o nosso país, [e que] não aceitam as sugestões das Forças Armadas”.

Ele tentou desacreditar os ministros, relacionando especialmente Fachin e Barroso ao PT e ao ex-presidente Lula.

“É hora de dizer basta” aos ataques feitos ao processo eleitoral brasileiro e ao sistema das urnas eletrônicas, reagiu Fachin durante o lançamento da campanha de Enfrentamento à desinformação pela seccional do Paraná da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Fachin disse que a Justiça Eleitoral e seu representantes são “atacados com uso de má fé” e criticou o “envolvimento da política internacional”.

Barrar mais um crime. Em sessão plenária realizada na última quarta-feira, o Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB) considerou inconstitucional a autorização concedida pelo Conselho de Defesa Nacional para sete projetos de exploração de ouro, nióbio e tântalo no município de São Gabriel da Cachoeira (AM), que implicou a apresentação do Projeto de Decreto Legislativo 1.110/2021 pela deputada federal Joenia Wapichana (Rede-RR), com o objetivo de sustar a autorização.

Na sessão conduzida pelo presidente nacional do IAB, Sydney Sanches, o parecer do relator Antônio Seixas, da Comissão de Direito Constitucional, foi sustentado pelo 1º vice-presidente da comissão, Jorge Rubem Folena de Oliveira, para quem “a exploração de ouro em territórios indígenas precisa de autorização do Congresso Nacional; mas, mesmo que houvesse essa autorização, teríamos que analisar com muito cuidado o desvio de finalidade, diante de tudo que estamos vendo no Brasil para a eliminação dos povos indígenas”.

Em seu parecer, Antônio Seixas afirma que a autorização dada pelo Conselho de Defesa Nacional viola “o direito fundamental ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, a proteção da Floresta Amazônica enquanto Patrimônio Nacional, a dignidade dos povos indígenas e o princípio do desenvolvimento sustentável”.

Segundo ele, o alto potencial de impacto da atividade mineradora ilegal representa um dano ambiental grave, pelos malefícios à saúde dos povos indígenas e dos trabalhadores, em razão do uso indiscriminado do mercúrio, que ainda polui os rios e causa prejuízos irreparáveis à fauna e à flora da região atingida. O relator ressalta também que a invasão dos garimpeiros “aumenta a escalada de violência, provoca o extermínio de povos indígenas, inclusive com a proliferação de doenças, como a malária, e fragiliza o sistema de saúde nas comunidades indígenas, com o abandono de postos de saúde”.

Muito curioso! Enquanto esse governo insano vai incentivando a tomada de terras indígenas, ficamos sabendo que há um programa desenvolvido pelos estadunidenses em mais um crime. Em uma iniciativa promovida pela Embaixada e Consulado dos EUA no Brasil, a Casa Branca oferecerá o curso on-line “Access Amazon” para ensinar inglês a indígenas de 18 a 35 anos que residam no nos estados da Amazônia Legal.

De acordo com o site da embaixada, 140 vagas estão disponíveis e o curso tem como objetivo expandir o potencial de liderança e conhecimento dos participantes em causas ambientais.

Durante os encontros virtuais, os participantes vão vivenciar o idioma enquanto compartilham suas experiências e práticas em relação ao meio ambiente e questões da Amazônia, seus povos e culturas, segundo o órgão.

Ensinar inglês para nossos indígenas? E a cultura tradicional que eles tanto prezam? Ou haverá outra razão que ainda não conhecemos? Afinal, há décadas Washington sonha com a “internacionalização da Amazônia”.

Mais uma vergonha desse governo. O presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Marcelo Xavier, abandonou um evento em Madri que discutia a questão dos povos indígenas após ser alvo de protestos de um ex-servidor do órgão.

O episódio ocorreu durante a 15ª Assembleia Geral do Fundo para o Desenvolvimento dos Povos Indígenas da América Latina e o Caribe (Filac). Indignado com a presença de Xavier no evento, o ex-funcionário Ricardo Rao se levantou, apontou o dedo para Xavier e gritou:

“Esse homem não pertence aqui. Esse homem é um assassino, esse homem é um miliciano. Ele é responsável pela morte de Bruno [Pereira] e Dom Phillips”.

Constrangido, Xavier deixou a sala. A indignação de Rao reflete a de outros servidores da Funai que vêm pedindo a saída do presidente do órgão. Eles acusam Xavier de estar alinhado à agenda ruralista e a uma política anti-indígena. Em junho, segundo noticiado pela Folha de S.Paulo, eles realizaram um protesto em Brasília pedindo a saída de Xavier.

O Brasil com fome. Inflação não para de subir. E a culpa não é da guerra na Ucrânia. Levantamento pelo Procon-SP, com o Dieese, mostra: cesta paulistana está R$ 39,44 acima do salário mínimo de R$ 1.212,00.

Em junho, morador da Capital pagou mais 2,07% na cesta com 39 produtos de alimentação, limpeza e higiene pessoal. Valor chegou a R$ 1.251,44 – aumento de R$ 25,32 em relação a maio. Levantamento foi divulgado quarta, dia 13.

Todos os grupos tiveram alta: higiene, 5,30%; limpeza, 2,28%; alimentação, 1,78%. Dos 39 produtos pesquisados, 28 apresentaram alta. Os que mais subiram foram a margarina, 10,95%; farinha de mandioca torrada 10,11%; leite, 9,90%; sabonete 7,83%; e presunto, 7,82%.

Anual – Aumento de 18,05% – acima dos 11,89% do IPCA. O valor da cesta básica era de R$ 1.060,10 e passou para R$ 1.251,44 – diferença pra cima de R$ 191,34. Maiores altas no ano: café em pó, 88,01%; batata, 82,68%; e cebola, 66,13%.

Zelensky telefonou para o insano. Presidente da Ucrânia falou por telefone com o insano brasileiro na segunda-feira (18). Na conversa, Zelensky acusou a Rússia de provocar uma crise global de fome.

O presidente da Ucrânia, Vladimir Zelensky, afirmou ter conversado por telefone com o presidente brasileiro.

Em suas redes sociais, Zelensky disse que informou o ex-capitão sobre a situação na Ucrânia, discutiu a importância de retomar as exportações de grãos e alertou para o risco de uma crise global de fome que, segundo ele, seria provocada pela Rússia. “Convoco todos os parceiros a aderir às sanções contra o agressor”, escreveu Zelensky.

Terrorismo contra a Venezuela. O ministro venezuelano do Petróleo, Tareck El Aissami, denunciou neste domingo um ataque contra um sistema de gás localizado no leste do país, ao mesmo tempo, destacou que os trabalhadores estão mobilizados em sua recuperação.

“Levantamos nossa reclamação ao país e aos povos do mundo sobre um novo ataque ao sistema de gás no leste da Venezuela. São os mesmos grupos terroristas de sempre, que agiram contra o interesse nacional de afetar a vida de nossas pessoas”, disse o ministro El Aissami.

Da mesma forma, o ministro venezuelano enfatizou que este ataque visa ameaçar a paz e a estabilidade no país, “o vil ataque faz parte do roteiro de sabotagem perpetrado pelos inimigos da paz”, disse.

“Neste momento estamos apagando o fogo causado por esta ação criminosa, para regularizar o serviço desta infraestrutura”, destacou El Aissami. O incidente ocorreu em uma das instalações de gás da empresa estatal venezuelana PDVSA no estado venezuelano de Monagas, informou na segunda-feira (18) a agência espanhola EFE.

Primeiro acordo no Equador. O movimento indígena, representado pela Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador (CONAIE), e o governo do Equador chegaram a um primeiro acordo na terça-feira (19), depois de quatro dias de negociações que começaram na semana anterior, fruto de 18 dias consecutivos de protestos da população.

O consenso foi alcançado na mesa temática da Banca Pública e Privada, que assenta em quatro pontos fundamentais: perdão de dívidas, reestruturação, refinanciamento e requalificação de devedores, bem como novas linhas de crédito produtivo.

O ministro do Governo e chefe da equipe negociadora da administração nacional, Francisco Jiménez, afirmou que “sobretudo será permitida uma maior acessibilidade dos setores rurais e populares a estas facilidades de crédito”.

Com a presença de representantes da Conferência Episcopal Equatoriana (CEE), o texto foi assinado pelo Conselho de Política e Regulação Financeira, BanEquador e representantes do movimento indígena.

Mercosul descarta Zelensky. Depois de ligar para o insano brasileiro, pedindo apoio contra a Rússia, o presidente ucraniano solicitou direito de falar na reunião de cúpula do Mercosul.

Segundo o vice-chanceler paraguaio, não houve consenso entre os países do bloco sobre o pedido de Zelensky para discursar na cúpula que ocorreu nesta quinta-feira (21) na capital paraguaia.

A informação foi dada na quarta-feira (20) pelo vice-chanceler paraguaio, Raúl Cano, em entrevista coletiva sobre a cúpula. Segundo Cano, a decisão foi tomada após uma consulta aos países do bloco.

Zelensky vem pressionando países para que se juntem às sanções contra a Rússia.

Problemas na reunião do Mercosul. Horas antes do início da nova cúpula ordinária, as declarações do presidente uruguaio Luis Lacalle Pou para avançar em um acordo de livre comércio com a China abriram a polêmica.

“O trabalho com a China está concluído. Chegamos a um acordo benéfico para os países e começará a negociação de um Acordo de Livre Comércio”, anunciou o presidente uruguaio. Além de declarar que o Uruguai “não estava disposto a ficar parado” em relação à negociação de acordos comerciais com a China, o presidente uruguaio antecipou que "certamente será objeto de conversas na próxima cúpula".

Para a China é a confirmação de uma estratégia de articulação, “de abordagem econômica comercial via tratados preferenciais”, como foi o caso da assinatura de Acordos de Livre Comércio (TLC) com o Chile em 2006, Peru em 2010 e Costa Rica em 2011, “com a aspiração de obter laços estreitos com as economias latino-americanas em geral e com as economias sul-americanas em particular”, diz Sergio Cesarín, graduado em Relações Internacionais e Coordenador do Centro de Estudos sobre Ásia, Pacífico e Índia (CEAPI) da Universidade Nacional de Três de Fevereiro (UNTREF) da Argentina.

A China é o primeiro parceiro comercial do Uruguai e ambos os países assinaram um amplo acordo de associação estratégica, lembrou Cesarín.

Um exemplo da escalada das tensões dentro do bloco ficou evidenciado quando o presidente brasileiro anunciou que não compareceria à reunião no Paraguai, em sua última Cúpula do Mercosul no cargo, que termina neste ano de 2022. A representação do Brasil em Luque ficou por conta do ministro das Relações Exteriores Carlos Alberto Franca.

Mobilização também no Panamá! Após 14 dias de greve, manifestantes planejam continuar protestos contra alto custo de vida no país

A aliança Povos Unidos pela Vida, que reúne vários sindicatos e organizações sociais panamenhas, responsável por liderar os protestos nacionais no país, pediu no sábado (16) que uma mesa única de diálogo com o governo seja estabelecida para resolver todas as demandas dos manifestantes.

A convocação ocorreu depois que a Aliança Nacional dos Direitos dos Povos (Anadepo) e o Executivo panamenho concordaram em congelar o preço do combustível - uma das principais reivindicações da organização - a 3,32 dólares por galão.

No entanto, o acordo ainda não se concretizou porque a Anadepo está pedindo para chegar a um consenso sobre vários outros pontos pendentes, como a cesta básica, o preço dos medicamentos e a situação do setor educacional.

Segundo o representante da Associação de Professores do Panamá (Asoprof), Fernando Ábrego, os delegados das organizações populares elaboraram um documento para apresentar oito propostas ao Governo.

Enquanto isso, os sindicatos anunciaram que processarão os indivíduos que interceptaram a caravana de mais de 140 caminhões do Corredor Humanitário, interceptados na noite de quarta-feira por homens armados.

O secretário-geral do Sindicato Único dos Trabalhadores e Trabalhadores Aliados (Suntracs), Saúl Méndez, reagiu ao ocorrido com os caminhoneiros e destacou que identificou essas duas pessoas. “São dois criminosos fora da lei que interceptaram os transportadores e o fazem com uma arma na mão”, sublinhou.

Uma moeda para o BRICS. Os BRICS são um grupo de países independentes do bloco ocidental que obedecem a Washington. Os BRICS somam economias muito importantes espalhadas pelos 5 continentes O nome BRICS vem das iniciais de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul Dada a inflação causada pela emissão de moedas que, apesar de seu valor não ser garantidos, servem como moedas de reserva (dólar e euro) As moedas ocidentais não têm lastro, mas apenas acumulações de si mesmas, uma fraude que gira em torno de 5 bilhões (bilhões em espanhol) de dólares e 3,2 bilhões de euros, respectivamente.

Tanto o dólar quanto o euro são prejudicados pela estupidez dos governos responsáveis ​​por eles. Primeiro por causa das estúpidas medidas de bloqueio desnecessárias tomadas contra a pandemia e depois as estúpidas sanções contra a Rússia que levaram à estagnação financeira nos mercados de ações ocidentais.

O surgimento da nova moeda de reserva dos países do BRICS neste momento com o risco de guerra mundial mina os planos dos EUA. O nome da nova moeda ainda é desconhecido, mas sabe-se que os BRICS estão ativos em sua criação e que tal moeda será baseada em uma cesta de moedas dos países membros que seriam lastreadas pelos produtos por eles exportados e que será usado para negociar entre eles. Um mercado muito relevante porque 70% da população mundial vive nos países BRICS

UE quer reduzir consumo de gás. A Comissão Europeia divulgou propostas para os países-membros reduzirem seu consumo de gás em 15% de 1º de agosto até o final de março de 2023. O plano, chamado “Economize gás para um inverno seguro”, pede aos governos que façam campanha para que as famílias reduzam o termostato, limitem o aquecimento ou resfriamento em prédios públicos e deem incentivos à indústria para usar combustíveis alternativos sempre que possível ou reduzir o consumo de gás.

A proposta já foi rechaçada pelo governo espanhol. “Aconteça o que acontecer, as famílias espanholas não sofrerão cortes de gás ou eletricidade em suas casas, e o governo defenderá a posição da indústria espanhola, que pagou um preço especial para garantir a segurança do abastecimento”, disse Teresa Ribera, ministra da Transição Ecológica.

Ela garantiu que o consumo na Espanha está dentro de limites razoáveis. “Queremos ajudar, mas também queremos ser respeitados”, disse. Ela acrescentou que “um sacrifício desproporcional não pode ser imposto a nós”, especialmente quando “não nos foi pedido uma opinião”.

Preços do gás ao consumidor alemão. O preço do gás natural para os consumidores ao menos triplicaria em 2023 na Alemanha, disse Klaus Mueller, presidente da Agência Federal de Redes (BNetzA), na quinta-feira. “Aqueles que agora estão recebendo suas contas de aquecimento já estão vendo suas taxas dobrarem”, enquanto o impacto do conflito Rússia-Ucrânia ainda não foi levado em consideração, disse Mueller à Redaktionsnetzwerk Deutschland (RND).

É “absolutamente realista” que os consumidores com uma conta anual de gás de € 1.500 (pouco mais de R$ 8 mil) vejam esse número subir para € 4.500 (R$ 24 mil) ou mais no futuro, disse Mueller.

A Alemanha está lutando com a diminuição do fornecimento de gás. Para evitar a escassez, o governo está incentivando os cidadãos a reduzir o consumo de gás e pretende encher as instalações de armazenamento do nível atual de cerca de 65% para 90% antes do inverno.

O presidente francês, Emmanuel Macron, pediu à população para controlar o consumo de energia e se preparar para uma provável escassez. Macron falou em entrevista no Dia Nacional da França, que comemora a tomada da Bastilha.

Pavor na Casa Branca? A recente viagem do presidente russo Vladimir Putin a Teerã, na terça-feira (19) pode significar problemas para o Ocidente, afirma o diretor do Instituto de Pesquisa de Crises da Universidade de Oxford, Mark Almond, em seu artigo para o Daily Mail.

O analista acredita que a declaração de Yuri Ushakov, assessor para Relações Exteriores do presidente russo, sobre os planos da Rússia e do Irã de elevar as relações bilaterais para um novo nível de parceria estratégica deve ser considerada um aviso para os líderes ocidentais.

“A presença do [presidente turco Recep Tayyip] Erdogan ante o fortalecimento desta amizade é outro grave motivo de preocupação”, apontou Mark Almond.

Além do mais, Almond crê que a ameaça emergente poderia se tornar mais perigosa do que o antigo bloco soviético.

Onda de calor extremo na Europa. A onda de calor extremo que castiga boa parte da Europa Ocidental há uma semana, com temperaturas acima de 40°C, já provocou mais de mil mortes, segundo autoridades de saúde de Portugal e Espanha.

Dados das autoridades portuguesas apontam que as temperaturas extremas já causaram a morte de 659 pessoas no país, a maioria idosos. Já as autoridades de saúde da Espanha registraram até o momento 360 mortes ligadas à onda de calor.

Além do calor extremo, os dois países ainda enfrentam uma série de incêndios florestais. Nesta segunda-feira, bombeiros da Espanha lidavam com 36 incêndios. O fogo já devastou 20 mil hectares de florestas no país. As chamas deixaram pelo menos um morto: um bombeiro de 62 anos que morreu em um incêndio na província de Zamora. O primeiro-ministro espanhol Pedro Sánchez expressou na noite de domingo (17/07) pesar e solidariedade à família do bombeiro. "Nunca há palavras para agradecer o imenso trabalho de quem luta diante do fogo sem descanso", escreveu Sánchez no Twitter.

Barrando os neonazistas. Grupos de manifestantes antirracismo e antifascismo e membros de partidos políticos bloquearam um pequeno ato neonazista programado para ocorrer na cidade de Mainz, no oeste da Alemanha.

Segundo a polícia, cerca de 3 mil pessoas – entre elas membros de grupos religiosos, sindicatos e ativistas antiglobalização – ajudaram a impedir a marcha de extrema direita neste sábado (16/07).

Cerca de 50 membros do extremista de direita Neue Stärke Partei (NSP) haviam se reunido para o protesto – cerca de metade do número de manifestantes que o grupo disse que compareceria ao ato –, mas tiveram seu caminho bloqueado pelos manifestantes antifascistas.

Antes de serem impedidos de seguir em frente, os integrantes do NSP entoavam palavras como “Cidade nazista de Mainz” e “Revolução agora”, informou a polícia.

Kiev não deseja negociar. Kiev confirmou mais uma vez que não tem intenções de conduzir negociações com Moscou, porque o presidente Vladimir Zelensky não quer a paz, constatou na segunda-feira (18) a representante oficial do MRE russo, Maria Zakharova.

O chanceler ucraniano, Dmitry Kuleba, disse em entrevista ao Forbes Ukraina que as negociações com o lado russo são possíveis apenas após a derrota de Moscou. Conforme disse, agora não há motivos para negociações com a Rússia.

“Todos entendem que as negociações estão ligadas diretamente à situação na frente. Digo a todos os parceiros uma coisa simples: ‘A Rússia deve se sentar à mesa de negociações após sua derrota no campo de batalha. Caso contrário, voltaria à linguagem dos ultimatos’”, afirmou.

Carta branca para um acidente nuclear grave! A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) levou dois dias para reagir ao uso de drones suicidas ucranianos carregados de explosivos contra a usina nuclear de Zaporizhia, a maior da Europa. Mas, para nossa surpresa, a organização não condena o ataque que poderia causar uma catástrofe nuclear em todo o continente.

O ataque em si ocorreu em 20 de julho, quando três drones suicidas carregados com vários quilos de explosivos atingiram as instalações da usina nuclear. Felizmente, a estrutura resistiu aos impactos e estes não afetaram seu funcionamento.

A Rússia rapidamente recorreu à AIEA e outras organizações internacionais, mas o incidente foi ignorado por dois dias. Quando a AIEA finalmente reagiu, absteve-se de acusar o lado ucraniano. Assim, o diretor geral da organização, Rafael Mariano Grossi, foi o mais comedido possível em sua avaliação do ataque dos três drones kamikaze que poderiam ter causado uma catástrofe radiológica, e não repreendeu os líderes ucranianos por terem enviado drones com explosivos ao lugar.

Rússia não ficará isolada. A Rússia não pode ser isolada do mundo por uma “enorme cerca” e não o fará, apesar das sanções contra o país, disse o presidente russo, Vladimir Putin, em uma reunião do Conselho de Desenvolvimento Estratégico e Projetos Nacionais.

“É claro que não podemos desenvolver isolados do resto do mundo. Não o faremos. No mundo de hoje é impossível introduzir uma circular e estabelecer uma grande vedação. É simplesmente impossível”, sublinhou.

À Rússia é deliberadamente negada o acesso a produtos de alta tecnologia para sufocar seu desenvolvimento, mas o país não voltará décadas, como imaginam seus críticos, acrescentou o presidente.

Biden está perdendo feio. O presidente dos EUA Joe Biden está determinado a ir até o fim na sua guerra indireta com a Rússia, mas está perdendo a batalha pela Ucrânia, escreve em seu artigo no jornal The American Conservative o ex-assessor do secretário de Defesa dos EUA, Douglas Macgregor.

“Determinado a travar até o fim a sua guerra por procuração com a Rússia, Biden está perdendo a batalha na Ucrânia, e o seu instrumento sagrado, a OTAN, está em suporte de vida. As únicas coisas que estão caindo mais rápido que os níveis de aprovação de Biden são as economias europeias e estadunidense”, escreve Macgregor.

O problema da OTAN é que as dificuldades econômicas devido às sanções impostas à Rússia por Biden ameaçam a Europa com um Armagedon econômico. Como exemplo, o autor refere a Alemanha, a maior economia da UE e um dos principais países da OTAN que está passando por grandes dificuldades.

Europa conhecerá 'tempestade' energética. A Europa provavelmente enfrentará uma “tempestade” energética mais cedo do que se pensava e não estará suficientemente preparada para o caos que está por vir, prevê a Rystad Energy, empresa norueguesa de pesquisa em energia e inteligência de negócios com sede em Oslo.

Os analistas da companhia avaliam que a forte onda de calor que atinge a região impedirá a Europa de reconstruir suas reservas de gás antes do inverno. Devido aos recordes de temperatura no continente, os níveis de armazenamento do combustível permanecem abaixo do normal para esta época do ano, diz a empresa.

“Nossos cenários atualizados indicam que a Europa provavelmente chegará à tempestade muito mais cedo do que se pensava anteriormente e que a região estará despreparada para o caos que ela trará”, afirmou a Rystad Energy, em nota, nesta segunda-feira (18).

Previsão do FMI. O produto interno bruto de alguns países da Europa Central e Oriental que dependem fortemente do gás russo pode cair até 6% se Moscou decidir cortar completamente o fornecimento, estimam especialistas do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Ao aferir o possível impacto de um fechamento total da torneira de gás pela Rússia a partir de meados de julho, o FMI usa como referência períodos de fornecimento ininterrupto em outros momentos deste ano.

“Se as restrições físicas impedirem os fluxos de gás, uma abordagem de mercado fragmentada sugere que o impacto negativo na produção econômica seria especialmente significativo, de até 6% para alguns países da Europa Central e Oriental que usam gás russo de forma muito intensa. notadamente a Hungria, a República Eslovaca e a República Tcheca”, publicou o FMI.

Rússia continua exportando gás para a China. A estatal russa de gás Gazprom estabeleceu na segunda-feira um novo recorde histórico para o fornecimento diário de gás doméstico para a China através do oleoduto da Siberian Power.

Nesse sentido, a empresa especificou que o serviço de gás ao país asiático responde a um acordo estabelecido entre a entidade e a China National Petroleum Corporation (CNPC).

Segundo a Gazprom, o fornecimento de gás natural à China aumentou 63,4 por cento no primeiro semestre deste ano.

Crise na Europa é também política. O conflito na Ucrânia e as sanções que os EUA criaram contra a Rússia está levando a grave situação. A Europa sofre de uma crise de liderança, as suas classes dominantes perderam a noção da realidade e os seus líderes não têm o prestígio dos líderes europeus do passado.

Na quinta-feira (21), o "peso-pesado" da política italiana Mario Draghi renunciou ao cargo de primeiro-ministro, depois de seus três parceiros da coalizão terem boicotado a moção de confiança. Recentemente, no Reino Unido, o Partido Conservador exerceu pressão sobre o primeiro-ministro Boris Johnson, incluindo os membros do seu próprio Gabinete, forçando-o a abandonar a liderança do partido e a deixar o cargo de premiê devido aos numerosos escândalos que marcaram os últimos meses de Johnson no poder.

Ao mesmo tempo, o líder de mais uma grande potência europeia, o presidente francês Emmanuel Macron, não conseguiu assegurar a maioria na câmara baixa do parlamento do país, visto que o Reagrupamento Nacional (partido de extrema direita, liderado por Marine Le Pen) e a coalizão de esquerda NUPES (Nova União Popular Ecológica e Social) alcançaram resultados impressionantes. Esta reviravolta afetou a agenda de Macron, já que ele agora não pode aprovar facilmente projetos de lei no legislativo e tem que trabalhar com uma oposição pouco cooperante.

Pedófilos vão buscar crianças na Ucrânia. A matéria é muito séria e foi divulgada por uma agência oficial do Reino Unido. Pelo menos 10 pedófilos identificados pelas autoridades do Reino Unido viajaram para a Polônia após o início do conflito na Ucrânia para alegadamente prestar ajuda humanitária, num contexto em que menores refugiados viajam desacompanhados.

A Agência Nacional do Crime do Reino Unido (NCA) alertou que, nas primeiras seis semanas, estes 10 criminosos sexuais viajaram para a Polônia, apesar de terem de manter as autoridades informadas sobre as suas saídas do país.

De acordo com a agência britânica, após detectar o movimento dos pedófilos, eles entraram em contato com as autoridades polonesas para alertá-los.

De acordo com a estimativa da NCA, há cerca de 5.000 crianças ucranianas viajando desacompanhadas, para as quais já foi estabelecida uma rede de comunicação com a Polônia para garantir sua segurança.

Desde 24 de fevereiro passado, quando começaram as tensões entre Kiev e Moscou, várias organizações civis alertaram sobre o risco de menores e mulheres serem vítimas de redes de tráfico de pessoas e exploração sexual.

Uma informação preocupante. Em um longo e muito sério artigo o pesquisador Álvaro Verzi Rangel, codiretor do Observatório de Comunicação e Democracia e analista sênior do Centro Latino-Americano de Análise Estratégica (CLAE), dá importantes e preocupantes informações sobre a disposição dos exércitos estadunidenses pelo mundo.

Logo no início da matéria ele nos diz que os EUA têm mais de 800 bases militares em seis dúzias de países ao redor do mundo. Desde o final da Segunda Guerra Mundial, os militares dos EUA se engajaram em uma nova estratégia agressiva, servindo como policial e regulador do capitalismo global.

Os gastos militares dos EUA foram de 801 bilhões de dólares em 2021, em plena pandemia de covid-19 e antes da guerra na Ucrânia, o que representou uma queda de 1,4% em relação ao ano anterior. A carga militar diminuiu ligeiramente de 3,7% do PIB em 2020 para 3,5% em 2021.

O financiamento dos EUA para pesquisa e desenvolvimento militar (P&D) aumentou 24% entre 2012 e 2021, enquanto o financiamento para compra de armas caiu 6,4% no mesmo período. No entanto, a queda dos gastos com P&D (-1,2%) foi menor que a dos gastos com aquisição de armas (-5,4%).

De acordo com o Plano de Operações de Negócios de Defesa Nacional dos EUA (2018-2022), os militares dos EUA gerenciam um portfólio global composto por mais de 568.000 ativos (edifícios e infraestrutura) localizados em 4.800 locais em todo o mundo.

Das 452 instalações localizadas na Europa, 219 pertencem ao Exército, 53 à Marinha e as restantes, 180, à Aeronáutica. A Alemanha é o país europeu com maior número de bases americanas: 52% do total na Europa e 28% do total no exterior.

O Japão é o país com o maior número de soldados estadunidenses no mundo, com 57.300 soldados espalhados por 120 bases. A presença dos EUA lá começou após a Segunda Guerra Mundial. Um dos pontos estratégicos é o arquipélago de Okinawa, palco de uma das batalhas mais sangrentas. Após a guerra, até 32 bases militares foram colocadas em serviço que foram usadas nas guerras com a Coréia e o Vietnã ou em conflitos como os do Iraque e do Afeganistão.

Como dissemos, o artigo é longo e descreve as bases, continente por continente.

EUA têm perdido influência na ONU. O atraso de bilhões de dólares dos EUA em seus compromissos com a ONU está prejudicando a capacidade de Washington de influenciar a organização mundial, disse a embaixadora Linda Thomas-Greenfield ao Comitê de Relações Exteriores do Senado na quarta-feira (20). De acordo com ela, a situação acabou criando uma abertura para a China.

No meio da audiência do comitê, cujo tema central era “segurança alimentar global” e as questões relacionadas às exportações de grãos da Rússia e da Ucrânia interrompidas pelo conflito, o senador Chris Murphy (Partido Democrata, Connecticut) levantou a questão da dívida dos EUA.

“Esse é realmente o cerne do desafio que enfrento em Nova York todos os dias, pois somos colocados na posição de termos de competir com nossos adversários para poder influenciar as ações da ONU”, respondeu Thomas-Greenfield.

Guerra civil nos EUA? Um em cada cinco estadunidenses acredita que a violência motivada por razões políticas é, pelo menos às vezes, justificada; quase metade espera uma guerra civil; muitos dizem que trocariam a democracia por um líder forte, citou uma pesquisa da Science na terça-feira.

A pesquisa encontrou uma situação em que as pessoas pensam que a violência é justificada para promover um objetivo político importante, e cerca de um em cada cinco entrevistados acha que provavelmente estará armado. Cerca de 7% dos participantes, o que corresponderia a cerca de 18 milhões de adultos, dizem que estariam dispostos a matar uma pessoa em tal situação, segundo a pesquisa.

As mortes por armas de fogo nos Estados Unidos cresceram quase 43% entre 2010 e 2020, e as vendas de armas aumentaram durante a pandemia de coronavírus, segundo o relatório.

Mais um tiroteio. Um tiroteio perpetrado na tarde de domingo em um shopping center em Greenwood, Indiana (EUA), deixou quatro mortos, incluindo o agressor, e dois feridos.

A mídia local detalha que o indivíduo, armado com um fuzil de assalto e vários carregadores de munição, entrou no refeitório do estabelecimento, e começou a atirar nas pessoas ali reunidas.

O chefe de polícia desta cidade localizada ao sul de Indianápolis, James Ison, explicou em entrevista coletiva que as causas do tiroteio são desconhecidas e estão sendo investigadas. Ele também informou, sem revelar a identidade do suspeito, que os feridos foram levados para um hospital próximo, incluindo um menor de 12 anos de idade.