sábado, 25 de janeiro de 2020

Em silêncio, 261 crianças morreram trabalhando no Brasil

Em silêncio, 261 crianças morreram trabalhando no Brasil

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20 de Janeiro de 2020 às 17:35
Ouça o áudio:
De cada dez trabalhadores infantis em atuação no Brasil, quase sete são negros / Foto: Ministério do Trabalho
A roupa que você veste e o chocolate que você come têm trabalho infantil
Nos últimos anos, quando o assunto é trabalho infantil, o governo federal e muitas empresas adotaram a chamada tática do avestruz: escondem a cabeça na areia e negam a realidade em volta.
Em 2020, completam-se três anos que o governo brasileiro esconde dados sobre trabalho infantil. Os índices mais recentes são de 2016, divulgados em 2017. Desde então, sucessivos adiamentos na divulgação comprometem gravemente a formulação de políticas públicas. 
A apresentação dos dados de 2017 e 2018 havia sido marcada para junho de 2019. Depois mudou para novembro. Depois para março de 2020. Agora, ficou para junho, ou seja, um ano de atraso, caso não ocorram novos adiamentos.
Em relação ao trabalho infantil, esconder informação protege violadores. Em muitos casos, são grandes empresas que se beneficiam do trabalho infantil na base de suas cadeias produtivas.
Criança preta
Não há nada mais sanitizante, em direitos humanos, do que a luz do sol, a transparência, a discussão pública e aberta. Mas poucos têm coragem. Há muitos interesses em jogo. Criança é mão de obra barata em importantes setores da economia brasileira.
Criança preta trabalhando em algum rincão isolado do país não é algo que tire o sono de 99% dos CEOs em atividade no Brasil. Estão por demais atarantados em alcançar a cenoura que corre a frente deles, as inalcançáveis metas do trimestre.
De cada dez trabalhadores infantis em atuação no Brasil, quase sete são negros. Criança preta trabalhando em algum rincão isolado do país. Poupem nossos CEOs de eventos tão irrelevantes. CEOs são machos alfa de pele branca. Estão no topo da pirâmide. 
No mundo dos negócios, boa parte dos violadores são grandes empresas do setor de alimentos, vestuário, fumo e construção civil. Em nome do lucro, fecham os olhos para o que ocorre em suas cadeias produtivas.
A roupa que você veste, o chocolate que você come e o prédio onde você mora têm trabalho infantil na fabricação de produtos ou componentes. Como você se sentiria se soubesse que o gesso que reveste o teu imóvel foi fabricado mediante o desumano esforço de crianças e adolescentes?
Provavelmente, não sentiria nada. Todos temos cenouras a perseguir. 
Mortes e acidentes
O Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI) compilou alguns dados. O que se vê é aterrador.
Informações disponíveis no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) mostram que 261 crianças e adolescentes morreram em decorrência do trabalho, entre os anos de 2007 e 2018. Foram registrados, no mesmo período, 43.777 acidentes de trabalho com crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos.
Não são acidentes qualquer. Em muitos casos, envolvem amputações de membros ou traumatismos irreversíveis.
Também é preciso considerar que boa parte das ocorrências não entra no sistema, pois não são lançadas como acidente ou morte decorrente de trabalho. A subnotificação é a regra.
Fora do alcance dos nossos olhos, o governo ajuda a dissipar a culpa, ao esconder dados.
As empresas ajudam, ao meter a cabeça na areia e anunciar que fazem de tudo pela sustentabilidade.
Nós fazemos a nossa parte, ou seja, consumimos loucamente.
Não somos mais cidadãos. Somos consumidores. Predadores.
Edição: Vivian Fernandes

Informativo Semanal do Prof. Ernesto Germano Pares






O Brasil aguenta mais um ano?
O ex-militar demente recebeu a faixa presidencial de um golpista sem escrúpulos no dia primeiro de janeiro de 2019. Se o país já estava afundando, depois de dois anos de golpe e abandono de uma política social que demorou mais de 500 anos para existir, naufragou de vez com a política de “terraplanistas”, evangélicos e neoliberais.
O calendário eleitoral aponta para 2022, mas o Brasil resiste até lá? Sobrará alguma coisa para ser governado em nosso país? Ou teremos uma nação que já ingovernável? Será essa a intenção?
É ilegal, mas fazem. Tudo está sendo feito para dar existência legal ao novo partido criado pelo insano. Agora sabemos que, desde o fim do ano passado, cartórios de todo o Brasil estão autenticando assinaturas necessárias à criação da sigla. Além de reconhecer firma, os cartórios têm guardado essas fichas que são repassadas para representantes credenciados do partido.
Esse acordo nasceu sob orientação do Colégio Notarial do Brasil, entidade privada que representa 9.000 cartórios em 24 estados brasileiros. O procedimento custa entre 10 e 20 reais.
Mas isto é ilegal, além de vergonhoso! Acontece que os cartórios de notas são concessões públicas e, por isso, não podem exercer atividades político-partidárias. Na quinta-feira (16), o Conselho Nacional de Justiça negou um pedido de suspensão apresentado pelo PT e outros quatro partidos da oposição (PSOL, PDT, PSB e PCdoB). O corregedor-geral, ministro Humberto Martins, considerou não haver elementos que comprovassem atuação coordenada de delegados em apoio ao partido. Menos de 24 horas depois mais uma prova apareceu!
Na sexta-feira 17, o 4º Ofício de Notas da Comarca de Belém (Cartório Conduru), no Pará, foi sede de um evento do partido. Na fachada estavam os dizeres: “Apoie o Aliança pelo Brasil”. Na parte de dentro, ao lado do guichê de atendimento, um grupo uniformizado distribuía as fichas de apoio e auxiliava os interessados em preenchê-las. Toda a movimentação foi registrada em fotos, vídeos e confirmada. Mas a nossa “justissa”, com certeza, nada fará!
Meu “pai-pai”! Quando penso que já vi de tudo em política, tropeço com uma anta de primeira linha. “Dudu”, o filho 03 do insano e deputado federal resolveu defender o pai-pai nas redes sociais e “entregou de bandeja” que o ex-militar não foi coisa alguma em política.
Em um tuite na manhã de quarta-feira (22), Eduardo resolveu compartilhar a lista de feitos do pai ainda quando deputado. Na verdade, resolveu ir ainda mais longe e tocou em questões político-partidárias, como cargos em lideranças municipais ou estaduais, importantes na carreira de todo político longevo. O problema, no entanto, é que o doente não fez nada!
“O maior líder do Aliança é uma pessoa que nunca teve diretoria municipal de um partido, nunca foi relator de um projeto notório na Câmara (era do baixo clero), nunca foi presidente de comissão nem nada”, escreveu Dudu.
Na visão do deputado, a falta de ação do pai ao longo dos 27 anos como deputado e, consequentemente, como recebedor de dinheiro público, é um feito a ser elogiado.
Coisa de “terraplanista”! Com medo de dar outro vexame no Fórum Econômico Mundial, o ex-militar demente resolveu enviar como representante o “terraplanista” predileto do “filósofo e astrólogo” Olavo de Carvalho! Como seria de se esperar, deu em uma grande lambança!
Em discurso realizado durante o painel dedicado ao futuro da manufatura, no primeiro dia do Fórum, o ministro da (des)Economia abordou uma das questões mais espinhosas para o atual governo, a ambiental, culpando a “pobreza” pela degradação da natureza. Paulo Guedes afirmou, com todas as letras e com testemunhas, que os pobres estariam destruindo o meio ambiente por “fome”!
Foi uma questão de segundos para chover críticas por parte de opositores e especialistas no mundo inteiro, segundo os quais o ministro estaria tentando tirar a responsabilidade das grandes corporações e da própria administração federal pelos grandes problemas ambientais do Brasil atual, que têm chamado a atenção de ativistas e governos em várias partes do mundo.
Em meados do ano passado, o demente brasileiro arrancou risos e preocupações ao falar, mais uma vez, sobre seus desconhecimentos da área econômica e de sua confiança total no funcionário do governo escolhido para cuidar desse assunto: “Já falei que não entendia de economia? Quem entendia afundou o Brasil, eu confio 100% na economia do Paulo Guedes”, afirmou ele na época, ao ser questionado por jornalistas sobre projeções de crescimento.
Aí ele envia o terraplanista a Davos para dizer besteiras que ele mesmo teria dito, com mais seriedade? Será que, algum dia, ele será sério?
As privatizações fizeram muito estrago. A produção brasileira de aço bruto foi de 32,2 milhões de toneladas em 2019, o que representa uma queda de 9,0% frente ao apurado em 2018. A produção de laminados no mesmo período foi de 22,2 milhões de toneladas, queda de 6,3% em relação ao registrado no ano anterior. A produção de semiacabados para vendas totalizou 8,8 milhões de toneladas em 2019, uma retração de 10,9% frente ao registrado em 2018.
As vendas internas foram de 18,5 milhões de toneladas em 2019, o que representa uma retração de 2,2% quando comparada com o apurado em 2018. O consumo aparente nacional de produtos siderúrgicos foi de 20,6 milhões de toneladas em 2019. Este resultado representa uma queda de 2,7% frente ao registrado no ano anterior.
Só para registrar, antes das privatizações de FHC o Brasil era um dos maiores produtores de aço no planeta e o maior produtor e exportador de folha de flandres, a folha de aço que serve para, entre outras coisas, fazer essas latas que vemos diariamente nas prateleiras dos mercados.
A pior das pobrezas! Há vários tipos de pobrezas, mas, acreditamos, a maior pobreza de um país é quando não produz mais “cabeças pensantes”, pessoas que se dediquem às ciências e à educação.
A matéria de Isaac Roitman, no Jornal Monitor Mercantil, começa dizendo que “tem sido demonstrado que o capital humano, nível de educação da população, é uma variável extremamente importante nos modelos de crescimento econômico. Países que investiram em educação avançaram também em estabilidade política, crescimento econômico e lograram conquistas sociais importantes. Não menos importante é de se ter uma política permanente na formação de lideranças políticas e em todas as áreas de conhecimento”.
Mas, lamentavelmente, não é isso que temos visto no Brasil. Há alguns anos, o que temos visto é a repetição de um fenômeno que aconteceu nos primeiros anos da década de 1960, durante a ditadura militar: a “fuga de cérebros”. Todos os grandes cientistas que tínhamos, em todas as áreas do conhecimento humano, saíram do país.
Vivemos uma realidade econômica desfavorável. Equivocadamente, em vez de aumentarmos os investimentos em Ciência e Tecnologia, como instrumento para superarmos a crise, os investimentos têm sido cortados. Universidades e centros de pesquisas tentam dar continuidade aos seus projetos. Apesar disso, muitos foram interrompidos. Os jovens pesquisadores desencantados começam a emigrar para países onde a Ciência e Tecnologia são valorizadas.
A comunidade acadêmica e científica, através de suas organizações – Sociedade Brasileira para Progresso da Ciência (SBPC), Academia Brasileira de Ciências (ABC), Associação Nacional de Dirigentes das Instituições Federais (Andifes), Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG) e outras – tem alertado para essa verdadeira calamidade que comprometerá a qualidade de vida das gerações futuras.
E o arrocho aumenta. Levantamentos sobre as negociações salariais de 2019 mostram que menos da metade das categorias conseguiram obter reajuste com aumento real de salários, segundo reportagem publicada na quinta-feira (23) pelo jornal Valor Econômico.
O jornal diz que, de acordo com levantamento realizado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), apenas 49,4% das negociações realizadas em 2019 entre patrões e empregados resultou em reajustes de salários com ganho superior à variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Em 2018, 75,5% das negociações conquistaram aumento real, segundo levantamento da Fipe.
Os dados são semelhantes ao do levantamento realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) (LINK), que aponta que 49,9% das negociações conquistaram aumento real no ano passado. No boletim “Cadernos de Negociação”, o Dieese ressalta que “mesmo com inflação baixa, apenas metade dos reajustes resultou em ganhos reais.
Todo o apoio ao MST! Em uma época de tanto descaso com o meio ambiente, quando incêndios devastam florestas pelo mundo, é importante apoiar iniciativas como a do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
No dia em que o crime da Vale em Brumadinho completou um ano, o MST realizou um ato político junto com a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e organizações da Frente Brasil Popular. Em homenagem às vítimas, foi lançado o Plano Nacional “Plantar árvores, produzir alimentos saudáveis”, que propõe plantar 100 milhões de mudas em 10 anos.
O Plano é a resposta do Movimento, diante da conjuntura de entrega do Brasil aos estrangeiros e da devastação ambiental que é ignorada pelo governo do insano. “É dever de todo aquele que acredita num mundo melhor mostrar sua indignação neste dia. A igreja e os lutadores e lutadoras do povo se dispuseram a fazer desse dia, um dia de luta contra o modelo de mineração que mata. Por isso, apontamos um outro projeto para o campo, um outro projeto de sociedade, no qual nossos bens naturais sejam preservados e as pessoas tenham acesso aos alimentos saudáveis que nós produzimos”, afirma Silvio Netto, da direção nacional do MST.
“Eles” querem ir longe! A tentativa da Anajure (Associação Nacional de Juristas Evangélicos) de ser considerada órgão consultivo com status oficial da ONU (Organização das Nações Unidas) encontrou um grande obstáculo: a China.
Em reunião na segunda-feira (20), em Nova Iorque, o governo de Pequim solicitou à entidade brasileira que comprovasse o alcance global da sua atuação, para assim justificar a entrega do status oficial, que significa um espaço privilegiado na ONU.
Caso consiga o status oficial, ela poderá designar seus representantes em órgãos ligados à ONU em Nova Iorque e em Genebra, submeter declarações por escrito ou ser consultada em conflitos e processos internos, além da presença em si dentro da ONU, que permite a participação em debates e a capacidade de fazer lobby por seus interesses.
A Anajure tem prazo até maio para responder os questionamentos da China, e terá que convencer os asiáticos para que o processo seja desbloqueado.
O “império” veio arrumar o seu quintal? Parece que Washington está novamente em alerta máximo para o crescimento do movimento social na América Latina. E enviou um “representante de peso” para ver se acaba com o problema.
O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, visitou a Colômbia, onde realizou várias reuniões: com seu anfitrião, o presidente Iván Duque, com o farsante da oposição venezuelana Juan Guaidó e com sua contraparte de fato do governo da Bolívia, Karen Longaric. Lá, Pompeo novamente ameaçou o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.
Parecendo um diretor de novela de terceira categoria, Pompeo, chegou a Bogotá e começou a distribuir rapidamente os roteiros entre os atores que já conhecem seus papéis, mas que precisam estudar em profundidade um novo trabalho que está sendo considerado no cenário latino-americano.
A mensagem que Pompeo levou aos seus interlocutores, segundo Amauri Chamorro, Mestre em Comunicação Política, foi: “Temos que nos reorganizar, precisamos redefinir as estratégias, porque obviamente perdemos muito espaço [na América Latina] e é muito perigoso”.
Evo Morales está otimista. Evo Morales comemorou a escolha da fórmula pelo MAS, com Luis Arce, ex-ministro da Economia, como candidato à Presidência da Bolívia e o ex-ministro das Relações Exteriores David Choquehuanca para a vice-presidência.
Ele reafirmou na segunda-feira (20) que a designação dos candidatos à Presidência da Bolívia do partido Movimento ao Socialismo (MAS) para as próximas eleições de maio se destina a recuperar a democracia e garantir a continuidade da “Revolução Democrática e Cultural”.
“A Revolução Democrática e Cultural do Estado Plurinacional da Bolívia continuará, com os irmãos Luis e David, pelos direitos conquistados pelo povo nesses 14 anos e construirá um futuro de paz e liberdade para a Pátria”, escreveu em sua conta no Twitter
O MAS participará das eleições de 3 de maio, convocadas pela presidente de fato Jeanine Añez, autoproclamada depois do golpe que derrubou o governo de Morales em novembro passado.
Quem é Luis Arce? Luis Arce foi Ministro da Economia durante o governo de Evo Morales e tem sido uma das referências do chamado “milagre econômico boliviano”.
Luis Arce Catacora foi ministro nos diferentes períodos do governo de Evo Morales, separado apenas de sua posição em 2017 para se submeter a uma operação de câncer de rim. Arce é uma das figuras emblemáticas por trás do modelo econômico que mostrou um crescimento anual do PIB superior a 4% na Bolívia.
Nasceu em La Paz, tem 56 anos e tem uma história econômica de longa data no Banco Central da Bolívia, onde trabalhou antes de ser ministro de Evo. Ele também tem um perfil de professor em diferentes universidades públicas e privadas do país.
Em uma entrevista para o programa TeleSUR Word Crossing, Arce disse que em 1985 ele viveu políticas neoliberais na Bolívia e testemunhou como o sindicalismo e as forças populares foram desmantelados. “No caso da Bolívia, a direita acusou a esquerda de má administração econômica, mas comecei a investigar quem administrava as empresas públicas que mais tarde privatizaram e era a própria direita”, afirmou.
E a golpista será candidata, também. A autoproclamada presidente de transição da Bolívia, Jeanine Áñez, anunciou que se candidatará nas eleições gerais de 3 de maio, à frente de uma aliança em que o principal parceiro é seu partido democrata de direita.
“Esta noite quero falar com as famílias bolivianas para anunciar que tomei a decisão de me apresentar como candidato às eleições nacionais”, disse Añez em uma reunião de líderes e militantes dos democratas em Santa Cruz (leste), transmitida pela televisão estatal.
Mas parece que o anúncio causou problemas dentro do grupo de direita e atrapalha as pretensões do ex-presidente neoliberal Carlos Mesa (2003-2005).
A farsa “Guaidó” está desmoronando. A Casa Branca bolou um “plano infalível” (como o Cebolinha) para reerguer a imagem de Guaidó já muito desgastada.
O próprio Ministério do Exterior dos EUA cuidou de preparar um giro internacional por nações “amigas” para que o fantoche venezuelano resgatasse a credibilidade como “presidente autoproclamado da Venezuela”.
Mas, já na primeira escala de sua tournée internacional, parece que sofreu um vexame que será difícil de apagar pelos diplomatas estadunidenses.
Ativistas de diferentes movimentos sociais se concentraram neste sábado (25) em frente à sede do Ministério das Relações Exteriores da Espanha em Madri para rechaçar a visita do deputado de direita.
Carregando cartazes e faixas com mensagens como “palhaço fabricado pelo império” e “contra o golpismo”, os manifestantes defenderam o mandato do presidente Nicolás Maduro.
Para aumentar a vergonha, o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, se recusou a receber o pulha durante sua visita a Madri. Segundo o socialista, o que acontece na Venezuela “exige diálogo” para resolver.
Para parlamentares venezuelanos, a viagem de Guaidó à Europa foi planejada pelos Estados Unidos para pressionarem os países europeus a reforçar o bloqueio econômico contra o governo da Venezuela.
Pessimistas e otimistas. A piada é muito antiga e quase todos conhecem. Preocupado com a situação, um presidente mandou seus auxiliares fazerem uma pesquisa sobre como o povo via o futuro. Um mês depois, os pesquisadores voltaram.
Ele queria saber, logo, a conclusão da pesquisa. O chefe da equipe disse: “para facilitar, dividimos o país em otimistas e pessimistas”. O presidente achou bom e perguntou: “o que pensam os otimistas?” E os técnicos responderam que “os otimistas acham que dentro de um ano o povo vai estar comendo merda!”
Surpresa. “Se os otimistas estão pensando isso, o que pensam os pessimistas?” Resposta rápida: “Não vai ter merda para todo mundo!” E parece que o mundo está parecido.
Pesquisa global realizada com 1.581 diretores executivos de 83 países mostra pessimismo recorde com a economia em 2020. O levantamento, realizado pela consultoria PwC e apresentado durante a abertura do Fórum Econômico Mundial na segunda-feira (20), revela que 53% dos entrevistados apostam em um declínio do crescimento mundial. Aqueles que apostam em uma aceleração do crescimento caíram de 57%, no ano passado, para 22% atualmente.
Dentre as razões para as incertezas, os executivos apontam o agravamento do aquecimento global e das tensões geopolíticas, como a ameaça de guerra entre os EUA e o Irã por conta da ação de Trump mandando assassinar Soleimani.
O mundo capitalista e neoliberal é assim. O relatório anual da Oxfam revelou como é a distribuição desigual da riqueza no mundo. Os resultados foram divulgados antes do Fórum Econômico Mundial de Davos 2020.
O principal destaque nós já conhecíamos: 1% dos ricos do mundo acumula o dobro da riqueza de 6,9 ​​bilhões de pessoas, de acordo com o estudo. E o documento mostrou como é encontrada a distribuição desigual da riqueza, às vésperas do Fórum Econômico Mundial de Davos.
Mas há resistências. Excelente a matéria que encontramos no jornal Le monde Diplomatique! Sob o título “De Santiago do Chile a Paris, o povo está nas ruas” e mostra que as “reformas de pensões, corrupções, custo de vida” e outras questões do mundo neoliberal está levando o povo a sair da inércia e despertar em um movimento que já ganha as ruas nas grandes cidades.
De acordo com o jornal, “estamos enfrentando a terceira ou quarta onda de protestos em massa contra a ordem neoliberal e seus governantes? De qualquer forma, em Beirute, em Santiago, Chile ou em Paris, os governos parecem incapazes de reverter a situação. Nem quando eles recorrem a métodos repressivos.
A da Argélia, B da Bolívia, C da Colômbia, E do Equador, F da França ... Às vezes, o gatilho para protestos é de pouca importância um mês depois. E o atendimento da demanda inicial dos manifestantes são de pouco efeito. Ao cancelar um aumento de 4% nas tarifas de metrô, Sebastián Piñera não limpou as ruas de Santiago do Chile, nem o governo de Hong Kong desarmou seus oponentes retirando um projeto de extradição para a China continental. Uma vez que o movimento é acionado, você precisa ceder mais. Se necessário, envie a polícia, o exército. Prometa, no Iraque, no Chile, na Argélia, que a Constituição seja modificada”.
O artigo é bem longo e merece ser lido, citando vários casos, em vários países, ao longo dos últimos anos. Há resistência e precisa ser mais divulgada.
Novos protestos na França. As manifestações e greves contra a reforma do sistema de pensões aumentam com a participação dos “coletes amarelos” contra as políticas de Emmanuel Macron.
A França ainda está nas ruas em protesto à reforma previdenciária e, na sexta-feira (24) tivemos a sétima grande concentração desde o início do movimento.
O plano do governo procura unificar os 42 regimes de pensão existentes em um aplicável aos setores público e privado. Embora Macron afirme que o sistema atual está desatualizado e injusto, os trabalhadores alegam que a proposta ameaça direitos adquiridos.
Embora o alcance dos pedidos de desemprego tenha diminuído graças a algumas concessões feitas pelo governo, os franceses sentem o impacto no setor de transportes, tanto na capital quanto no resto do país.
Trump quer a guerra. O enviado dos EUA para o Irã, Brian Hook, disse que seu país tentaria assassinar o novo comandante da Força Quds da Guarda Revolucionária Iraniana, Esmail Qaani, se americanos morrerem.
“Se Qaani continuar matando americanos, ele sofrerá o mesmo destino que Qasem Soleimani”, disse o alto funcionário dos EUA ao jornal Asharq Al-Awsat.
Em 3 de janeiro, as forças americanas mataram o general iraniano Qasem Soleimani, então comandante da Força Quds, em um ataque aéreo perto do aeroporto de Bagdá.
Hook disse que o presidente dos EUA, Donald Trump, alertou anos atrás que Washington responderá firmemente a qualquer ataque a cidadãos americanos ou aos interesses do país. Cinco dias após o assassinato de Soleimani, o Exército iraniano bombardeou duas bases militares dos EUA no Iraque, causando numerosos feridos.
Embaixada dos EUA no Iraque vira alvo. Três foguetes Katyusha caíram na noite de segunda-feira (20) na Zona Verde de Bagdá, capital do Iraque, onde ficam localizadas várias embaixadas, incluindo a dos EUA, além de prédios de missões internacionais, informaram fontes da polícia iraquiana à agência Reuters.
Os três foguetes foram lançados do distrito de Zafaraniyah, fora de Bagdá, disseram as fontes, acrescentando que dois foguetes aterrissaram perto da embaixada dos EUA.
Até o momento não há informações sobre vítimas. Também ainda não foi confirmado se os foguetes tinham como alvo a sede diplomática estadunidense e, imediatamente após o impacto dos foguetes, sirenes puderam ser ouvidas em toda a região.
Os EUA responsabilizaram grupos paramilitares apoiados pelo Irã por uma série de ataques semelhantes nos últimos meses na Zona Verde, mas até hoje não houve reivindicação de responsabilidade.
Regras do impeachment contra Trump. O Senado estadunidense definiu, na madrugada de quarta-feira (22), após 13 horas de debate, as regras para o julgamento do processo de impeachment do presidente Donald Trump.
Durante a sessão, a maioria republicana rejeitou todas as tentativas dos democratas para convocar novas testemunhas contra o mandatário. A medida é mais um indício de que o processo contra Trump provavelmente será encerrado com sua absolvição e que ele tentará sua reeleição em novembro.
Segundo o cronograma, acusação e defesa terão um prazo de 24 horas - dividido em três sessões de oito horas cada - para apresentar os argumentos iniciais.
Logo depois, os senadores vão ter 16 horas para os interrogatórios. Além disso, uma outra votação irá definir se o Senado ouvirá ou não as testemunhas que não prestaram depoimento durante a fase de investigação na Câmara.
Os democratas querem ouvir os principais assessores da Casa Branca que trabalharam em estreita colaboração com Trump, incluindo o chefe de gabinete interino Mick Mulvaney e o ex-assessor de Segurança Nacional John Bolton. Apesar da insistência, por 53 a 47 votos, o Senado rejeitou três propostas democratas para obter documentos e provas no julgamento.

Os destaques da noite no 247

Bolsonaro defende deportação de brasileiros por Trump

Brasileiros deportados viajaram com algemas nos pés e nas mãos

Programa de Reinaldo Azevedo não vai ar e internautas suspeitam de censura

Lula: desastre da Vale foi genocídio movido por ganância

Moro ignora Bolsonaro e mantém agenda de exposição pública

Coronavírus: China admite pela primeira vez que a situação é grave

Fiocruz alerta que vírus chegará ao Brasil, mas alerta contra pânico

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