domingo, 14 de janeiro de 2018

EUA estão por trás da destruição do Brasil

EUA estão por trás da destruição do Brasil

A nova estratégia de segurança nacional dos EUA divulgada pela Casa Branca fortalece uma tese sobre a qual venho martelando há anos.

Os americanos vêm usando o pretexto do combate à corrupção, como instrumento da CIA para desestabilizar governos no mundo todo e na América Latina, especialmente o Brasil.

Em fevereiro de 2015 publiquei artigo no Brasil 247 intitulado “Pedir ajuda ao FBI sobre a Petrobras? Isso é possível numa nação soberana?”
Nele questionava a visita de Rodrigo Janot e procuradores da Lava Jato aos EUA, cujo objetivo segundo a mídia golpista à ocasião era “pedir apoio das autoridades americanas nas investigações sobre fraudes na Petrobras”.

Como assim? Indagava. A PF entrou em recesso?

Janot vai providenciar a gravação das conversas com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, a Agência Federal de Investigação (FBI) e a Securities and Exchange Commission (SEC), órgão que fiscaliza o mercado de capitais americano, para conhecimento dos brasileiros?

Na agenda do grupo de traidores entreguistas constava encontro com todos estas instituições do governo americano.

Janot e a força tarefa da Lava Jato agiram abertamente e sem pudor – ao contrário de outros que atuaram nas sombras para levar Getúlio ao suicídio, derrubar Goulart e mandá-lo ao exílio.
Para facilitar o bote, que hoje vemos mais claramente, levaram de mão beijada aos EUA informações sobre o funcionamento da Petrobras, subsidiárias, e pré sal.

Que interesse tinha a Justiça brasileira de passar dados confidenciais de processos nossos para a Justiça americana? Hoje enxergamos: ajudá-los a nos roubar oficialmente bilhões de dólares como indenização por prejuízos mal explicados – direitos negados a acionistas brasileiros e à própria Petrobras.

Agora, neste início de 2018, sem meias palavras, a Casa Branca deixa bem claro, em documento sobre Segurança Nacional, como as investigações de corrupção em outros países, como a Lava Jato, podem ser usadas como armas letais contra os interesses econômicos do Brasil e de outras nações.

"Os instrumentos econômicos – incluindo sanções, medidas de combate à corrupção e ações de execução empresarial – podem ser importantes para dissuadir, coagir e restringir a ação de adversários", diz o documento americano.

A desnacionalização de estatais brasileiras, a destruição de nossas grandes empreiteiras, o desemprego de milhares de engenheiros e trabalhadores das áreas petrolífera, indústria naval e construção civil... tudo isso teve o dedo dos EUA. A confissão está assinada.

Deputados da CCJ que votaram pelo arquivamento da 2ª denúncia contra MiShell Temer










Privatização da Eletrobras será uma das primeiras batalhas do ano legislativo

ENERGIA ELÉTRICA

Privatização da Eletrobras será uma das primeiras batalhas do ano legislativo

Em decisão judicial proferida nessa quinta (11), Justiça vetou parte de MP que autoriza venda da estatal

Brasília-DF
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Trabalhadores do setor elétrico protestam contra privatização do setor elétrico em frente ao Palácio do Planalto / Marcelo Camargo/ Agência Brasil
A privatização da Eletrobras Chesf será uma das primeiras disputas do calendário parlamentar deste ano no Congresso Nacional. O governo prepara atualmente um projeto de lei que propõe a venda da empresa e de suas subsidiárias. A matéria deve chegar ao Legislativo já no início de fevereiro.
Paralelamente, a oposição trabalha pela aprovação de um referendo para consultar a população sobre a venda da estatal, caso a privatização seja autorizada. A medida aguarda votação no plenário da Câmara.
Segundo o presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Chesf (Companhia Hidrelétrica do São Francisco), deputado Danilo Cabral (PSB-PE), na última semana, o grupo já obteve as 257 assinaturas necessárias para solicitar a tramitação urgente da medida
"Tão logo volte o recesso, nós vamos procurar o presidente [Rodrigo Maia (DEM-RJ)] pra que a gente paute no plenário da Casa a proposta do referendo", antecipou.
MP 814
Antes do embate legislativo de fevereiro, segmentos populares e oposição comemoram o último capítulo da disputa, que teve, nessa quinta-feira (11), uma decisão judicial favorável ao movimento. A Justiça Federal de Pernambuco concedeu uma liminar suspendendo o artigo da Medida Provisória (MP) 814/2017 que autoriza a venda da estatal e de suas subsidiárias.
Publicada pelo Planalto nos últimos dias de dezembro, a medida foi bastante criticada por ter sido editada durante o recesso parlamentar. Além disso, por lei, as MPs são utilizadas pelo chefe do Executivo somente em casos de urgência. Elas precisam ser aprovadas pelo Congresso dentro de seis meses, mas têm validade imediata.
Na liminar, a Justiça argumentou que a MP atinge diretamente o patrimônio público nacional e que o governo não conseguiu justificar a urgência da medida. A privatização da Eletrobras inclui a venda de empresas como Furnas, Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), Eletronorte e Eletrosul.
"A gente já esperava que fosse barrado na Justiça esse processo porque ele em si é danoso. Politicamente, não temos dúvida de que essa privatização da Eletrobras é uma grande negociata porque não há nenhuma crise no setor elétrico nacional que justifique essa medida", disse o dirigente Ikaro Chaves, do Sindicato dos Urbanitários do Distrito Federal (STIU-DF).
Em nota enviada à imprensa, o Ministério das Minas e Energia respondeu que não teria sido ouvido antes da decisão e que confia na queda da liminar. A sentença do caso só deve ser dada após o recesso judicial, que termina no final deste mês.
Mobilização popular
Segundo Ikaro Chaves, a projeção é de que uma eventual venda da Eletrobras provoque de imeditado um aumento de 17% na tarifa de energia. Ele destaca que a estratégia do movimento de oposição à privatização é aproveitar o ano eleitoral para intensificar a pressão popular sobre os parlamentares.
"Nós achamos que temos condições de fazer um grande movimento, não só pra defender a Eletrobras, mas pra defender o patrimônio nacional porque o ataque privatista do governo é contra todo patrimônio público", finaliza.
Edição: Mauro Ramos

Elefantes e mosquitos

Elefantes e mosquitos

Numa das primeiras conversas que teve com Samora Machel, o líder da independência de Moçambique, Leonel Brizola perguntou-lhe quantos eram os moçambicanos. Machel, em resposta, deu-lhe o número oficial que p governo recém-instalado tinha recebido do governo colonial português. E acrescentou: fora os elefantes.
-Elefantes?
– Eu chamo de elefantes porque vivem ocultos na floresta, só se nota que existem quando saem de lá e fazem alguma destruição.
Ontem, a polícia de choque fez uma incursão na floresta. Aliás, nem isso, apenas um bosque, porque a Mangueira está longe de ser a favela mais precária do Rio. Motivos não haverá de faltar e, se faltarem, arranja-se um. O tráfico está mesmo por lá e não vai sair, como não saiu mesmo das favelas ocupadas. E não saiu, também, dos salões e das “baladas” da zona sul.
O resultado foram quatro mortos, um PM baleado em estado grave e uma mulher grávida surrada por policiais, que afastavam, a jatos de spray de pimenta, os que tentavam protegê-la e até mesmo a equipe de O Dia que registrou a agressão covarde.
Nenhum deles tem nome, claro. Como os elefantes de Machel, vivem na selva da pobreza e o que seria uma tragédia gigantesca em outras partes da cidade são só mais um evento, onde as notícias que tomam destaque são o fechamento da visitação do zoológico e o cancelamento do show de Alcione na escola de samba do morro.
A grávida agredida na Mangueira não tem o charme da “treta” entre Oprah Winfrey e Catarine Deneuve, nem mesmo para os que estamos preocupados com a defesa dos direitos da mulher.
Os nossos “elefantes” nem mesmo nome têm nos jornais. São “os mortos”, “o suspeito”, “a grávida”. Nem mesmo elefantes são. São mosquitos, incômodos, indesejáveis, a serem combatidos com jatos de repelente de pimenta, banalizados e transformados em rotina nas ações policiais.
Como os mosquitos, transmitem a doença do crime e da violência e, como aos mosquitos, é preciso espantar a todos para o mais longe possível, ainda que sejam poucos os infectados e vetores de alguma mazela. Spray em todos, por precaução.
É inútil, claro. A “guerra ao crime” que matou várias vezes mais que no Vietnam, na Síria e até no Iraque, só se alimenta e se replica neste pântano.
Na água parada da exclusão, proliferam. Mas justificam o crescimento de um exército de “mata-mosquitos”, que já chega a meio milhão de policiais, aos quais se deve somar mais de 100 mil guardas municipais e 450 mil vigilantes privados.  Um pouco mais, aqui e ali, logo serão mais do que os dois milhões de professores, em todos os níveis, existentes no país.
Some o arsenal necessário para armar este exército, os “fumacês” blindados e a logística para manter toda essa gente e você terá noção do saco sem fundo que se tornou a segurança pública no Brasil, na qual quanto mais se põe, menos se tem.
Como em todo processo de loucura, afunda-se cada cada vez mais na insanidade.
Ela dá prestígio político e dá dinheiro para corporações que – palavras do Ministro da Justiça – acabam por virar sócias do crime.

Waack? Não, a autocrítica do dia é a de “O Globo”

Waack? Não, a autocrítica do dia é a de “O Globo”

Não pense que a mais importante autocrítica – mas nem tanto – do dia é de William Waack, na Folha,  por sua “tirada” racista que veio a público (e que, com outra pessoa, não tão arrogante e “superior” como ele sempre quis se apresentar, poderia ter terminado com um pedido de desculpas e um “eu não poderia ter feito isso, nem achando que era piada”).
Não, é a  da manchete de O Globo, invocando o seu próprio bordão jornalístico, o “Imoral, e daí“.
No Brasil de Sérgio Moro, falar em “juiz sem isenção” só pode ser um “mea culpa”.
Claro, o juiz da reportagem é outro, “proprietário de terras, que forçou sua participação na análise de uma disputa que envolvia seu próprio terreno”. Poderia ser, também, a Ministra Laurita Vaz, do STF, que julgou favoravelmente ação na qual está envolvida como beneficiária da não-incidência de UR sobre o abono-permanência que recebe.
Porém, é possível dizer que existe no Brasil um juiz mais parcial que Sérgio Moro em relação a Lula? Alguém que atingiu notoriedade e se erigiu em herói da direita brasileira porque está se desincumbindo, a ferro, fogo e mídia da missão de “matar” Lula, politicamente?
Ser julgado por um juiz que, mesmo antes de iniciado qualquer processo, tem a convicção de que o acusado é culpado e que ele próprio será “absolvido” por seus pares togados e por toda a mídia mesmo que dê saltos mortais para “provar” sua culpa,  como um verdadeiro juiz-militante, o qual  nem mesmo os seus admiradores podem dizer, senão da boca para fora, que é imparcial?
Sim, sim, é imoral. E daí?