segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Material sobre a estupidez da "escola sem partido"


O professor Fernando Penna decidiu reunir todo material que já produziu sobre o "escola sem partido" em um único lugar. São textos, artigos científicos, palestras, participações em audiências públicas, programas de TV e um documento importante. Ele espera que ajude a todos que tiverem interesse no tema e envolvidos na luta por uma #educaçãodemocrática . 
Seguimos juntos nessa luta!

TEXTOS E ARTIGOS CIENTÍFICOS:

- O ódio aos professores (18/09/2015):
(também publicado no livro “A ideologia do movimento Escola sem Partido”, baixe o livro aqui: https://goo.gl/Izw1E3)

- Proibido educar? Com o pretexto de evitar “doutrinação”, projeto de lei ameaça o ensino escolar e criminaliza a prática docente (01/05/2016):

- O ódio aos professores se profissionaliza (14/11/2016):

- Programa “escola sem partido”: ameaça a uma educação emancipadora (2016): https://goo.gl/nQGbVk

- Escola sem Partido como chave de leitura do fenômeno educacional (2017): https://goo.gl/9sbEyB
(publicado no livro "ESCOLA “SEM” PARTIDO: Esfinge que ameaça a educação e a sociedade brasileira", baixe o livro aqui: https://goo.gl/JE5p3u)

- "Escola sem Partido" como ameaça à Educação Democrática: fabricando o ódio aos professores e destruindo o potencial educacional da escola (2017):

PARTICIPAÇÕES EM AUDIÊNCIAS PÚBLICAS:

Câmara Municipal do Rio de Janeiro (03/11/2015): https://youtu.be/XGK0_dLEQN0

Senado Federal (16/11/2016)

Câmara dos Deputados (07/02/2017):

Câmara Municipal do Rio de Janeiro (17/04/17):

Câmara Municipal de Ribeirão Preto - SP (24/04/17): https://youtu.be/ROaVcMvMdVk

Câmara Municipal de Salvador - BA (29/05/2017): https://youtu.be/s_W34wik_Ms

Câmara Municipal de Tubarão - SC (11/08/17):

PALESTRAS:

O movimento Escola sem Partido e o ódio aos professores (18/04/2016): https://youtu.be/0OoXp6dSRMc

Escola Democrática X Escola sem Partido (24/06/2016): https://youtu.be/xGh-mFadrZA

Aula Magna da Faculdade de Educação – Escola sem Partido como chave de leitura (14/09/2016) - https://goo.gl/xjpG6c

Programas de TV:
Sala Debate – Canal Futura: https://youtu.be/J2v7PA1RNqk

Caminhos da Reportagem – TV Brasil: https://youtu.be/dKPz9_mTLk4

DOCUMENTO:

“Em defesa da liberdade de expressão dos professores” (carta aberta ao Senado): https://goo.gl/4BrSaE

Assinaturas da carta: 

Suspeito de tráfico, filho de desembargadora de MS é preso de novo


Suspeito de tráfico, filho de desembargadora de MS é preso de novo

 Folhapress qui, 23 de nov 20:07 BRT 

O último encontro de Fidel Castro


O último encontro de Fidel Castro


Data da morte do líder cubano é associada a um marco inesquecível na história da Revolução Cubana, a partida do iate Granma, no dia 25 novembro de 1956
Um ano atrás você estava nos deixando. A mídia em todo o mundo disse, com pequenas variações, algo como "a morte levou Fidel". Mas, com todo o devido respeito, comandante, você sabe que não era assim, porque escolheu o dia da sua morte. Perdoe minha audácia, mas ela não veio buscá-lo; foi você, Fidel, que a convocou para aquele dia, 25 de novembro, nem um antes, nem um depois. Quando completou os 90 anos, disse a Evo Morales e Nicolás Maduro que "é até aqui que eu chego, agora é sua vez de continuar". Mas você também seguiu seu caminho, agarrando-se à vida mais alguns meses até o momento preciso em que convocou a morte para vir procurá-lo. Nem um dia antes, nem um dia depois.
O que me faz pensar assim? O fato de que em cada uma das coisas que ele fez desde a juventude sempre transmitiu um significado revolucionário. O simbolismo da Revolução o acompanhou ao longo de sua vida. Fidel Castro foi um professor consumado na arte de aludir à Revolução e a sua necessidade em cada momento de vida, entregando discursos vibrantes, escrevendo milhares de notas e artigos, ou simplesmente com seus gestos. Surpreendeu milagrosamente o assalto à Moncada, e lá, "por um acaso", apareceu diante de seus juízes sob uma pintura de Martí, o autor intelectual de Moncada. Quem poderia acreditar que este era um evento casual? É verdade: a morte foi buscá-lo inúmeras vezes, mas nunca encontrou: zombou dos capangas de Batista que o procuravam no México e sobreviveu a mais de seiscentos ataques planejados pela CIA.
Foto: Cortesia do autor

Fidel Castro e Atilio Borón
Um homem como você, Comandante, que fez precisão e exatidão não poderia ter deixado sua passagem para a imortalidade ao acaso. Revolucionário integral e inimigo declarado do culto à personalidade (exigiu que, até a sua morte, não existisse um único quadrado, rua, edifício público em Cuba que levasse seu nome) queria que a lembrança de seu falecimento não fosse apenas uma homenagem a sua pessoa. Foi por isso que ele ordenou que a morte viesse buscá-lo no mesmo dia que, sessenta anos antes, fez deslizar rio abaixo o Granma, sem ligar os motores. Esse feito ocorreu para iniciar sua jornada, a segunda e definitiva fase, de luta contra a tirania de Batista. O revolucionário queria assim, que a data de sua morte fosse associada a um marco inesquecível na história da Revolução Cubana.

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Conhecendo-o como eu o conheci, eu sei que Fidel Castro, com sua enorme sensibilidade histórica, nunca deixaria um gesto como esse – a lembrança do épico de Granma – ao acaso. Porque ele nunca deixou nada ao acaso. O comandante sempre planejou tudo muito conscienciosamente. Ele me disse mais de uma vez "Deus não existe, mas ele está nos detalhes". E, de acordo com essa atitude, o "detalhe" da coincidência de sua morte com a partida do Granma não pode passar despercebido para uma mente tão lúcida quanto à dele, para o olhar de águia que viu cada vez mais profundo. Além disso, sua sensação de tempo era muito próxima e também a paixão pela extraordinária pontualidade. O comandante agiu em toda sua vida com a meticulosidade de um relojoeiro suíço. Como Castro poderia deixar a data de sua morte acontecer em qualquer dia e enterrar a partida do Granma e o início da Revolução em Cuba? Ele queria lembrar o início heróico da Revolução, naquele 25 de novembro de 1956, juntamente com Raúl, Che, Camilo, Ramiro, Almeida e muitos outros.
Fidel Castro citou a Revolução e a morte, que sempre respeita os verdadeiros. E então, ela buscou-o pontualmente. Ele não se atreveu a desafiar seu mandato. E seus médicos, também, a quem tenho certeza, adverti-lo que não lhes ocorreria aplicar qualquer medicamento que fosse arruinar seu plano, que sua morte acontecesse antes ou depois do que ele havia planejado. Ninguém deve interpor sua vontade de fazer a própria morte, como fez durante a vida, o seu último grande ato revolucionário. O comandante planejou isso com o mesmo rigor de sempre, com essa "paixão pelos detalhes" e a pontualidade com que fez cada uma de suas intervenções revolucionárias. É por isso que hoje, um ano após a partida, recordamo-los como aquele Prometeo que se aproxima do Granma para arrebatar a chama sagrada dos deuses do império que pregava passividade e submissão para que, com isso, os povos da Nossa América inflamem o fogo da Revolução e abram uma nova etapa na história universal. 
Até a vitória sempre, Comandante!
(Tradução: Opera Mundi)

A IMPORTÂNCIA DE DERROTARMOS AS ELITES DO ATRASO

A importância de derrotarmos as elites do atraso

Frei Leonardo Boff


Por mais críticas que se façam e se tenha que fazer ao PT, com ele ocorreu algo inédito na história política do país. Alguém do andar de baixo conseguiu furar a blindagem que as classes do poder, da comunicação e do dinheiro, por séculos, montaram, para inviabilizar políticas públicas em benefício de milhões de empobrecidos.

As elites endinheiradas nunca aceitaram um operário, por voto popular, que chegasse ao poder central. É verdade que elas também se beneficiaram, pois a natureza de sua acumulação, uma das mais altas do mundo, sequer foi tocada. Mas permanecia aquele espinho na política: aceitar que o lugar que supunham ser seu, fosse ocupado por alguém vindo da grande tribulação imposta aos pobres, negros, indígenas, operários durante todo o tempo da existência do Brasil.

Seu nome é Luiz Inácio Lula da Silva.

Agora esta elite despertou.

Deu-se conta de que estas políticas de inclusão social poderiam se consolidar e modificar a lógica de sua abusiva acumulação.

Como é conhecido pelos historiadores que leem a nossa história a partir das vítimas, como é o caso do mulato Capistrano de Abreu, do acadêmico José Honório Rodrigues e do sociólogo Jessé Souza entre outros, diferente da história oficial, sempre escrita por mão branca, todas as vezes que as classes subalternas ergueram a cabeça, buscando melhorar a vida, esta cabeça foi logo golpeada e os pobres reconduzidos à margem, de onde nunca deveriam ter saído. A violência nas várias fases de nossa história, foi sempre severa para com os pobres e negros e em alguns casos, assassina. A conciliação das classes opulentas, à revelia dos reclamos populares, sempre detiveram o poder e os meios de controle e repressão em seu próprio benefício.

Não é diferente no atual golpe midiático-jurídico-parlamentar que injustamente apeou a Presidenta Dilma Rousseff. O golpe não precisou mais de cassetetes e de tanques. Bastou aliciar as elites endinheiradas, as 270 mil pessoas (menos de 1% da população) que controlam mais da metade do fluxo financeiro do país, associadas aos meios massivos de comunicação, claramente golpistas e antipopulares, para assaltar o poder de Estado e a partir daí fazer as reformas que os beneficiam absurdamente.

O Brasil ocupa uma posição importante no quadro geopolítico mundial. É a sétima economia do mundo, controla o Atlântico Sul e está voltada para a África. Esta área, na estratégia do Pentágono que zela pela segurança do Império norte-americano, estava a descoberto.

Havia aí um país, chave para a economia futura, baseada na ecologia, que tentava conduzir um projeto de nação autônomo e soberano, mas aberto à nova fase planetária da humanidade.

Precisava ser controlado.

A Quarta Frota que fora suspensa em 1950, voltou a partir dos anos 80/90 a ser ativada com todo um arsenal bélico, capaz de destruir qualquer país oponente. Ela vigia especialmente a zona do pré-sal, onde se encontram as jazidas de petróleo e gás mais promissoras do planeta.

Segundo a própria estratégia do Pentágono, bem estudada pelo recém falecido Moniz Bandeira e denunciada nos EUA por Noam Chomsky, era decisivo desestabilizar os governos progressistas, desfigurar suas lideranças, desmoralizar a política como o mundo do sujo e do corrupto e forçar a diminuição do Estado em favor da expansão do mercado, o verdadeiro condutor dos destinos do país.

Pertence à esta estratégia difundir o ódio ao pobre, ao negro e aos opositores deste projeto entreguista.

Pois este é o projeto das elites do atraso (segundo Jessé Souza). Não querem um projeto de nação, mas uma incorporação, mesmo subalterna, ao projeto imperial. Aceitam sem maiores reticências a sua recolonização para serem meros exportadores de commodities. Argumentam: por que termos uma indústria própria e um caminho próprio para o desenvolvimento, se tudo já está construído e montado pelas forças que dominam o mundo?

O capital não tem pátria, apenas interesses.

Estas elites do atraso colocam-se do lado do Império e de seus interesses globais. Atrás da desmontagem dos avanços sociais com a transferência da riqueza popular para os já super-ricos, estão estas elites do atraso. Bem intuía, pesaroso, o mestre Celso Furtado no entardecer de sua vida, que as forças contrárias à construção do Brasil como nação forte, vigorosa e ecumênica, iriam triunfar e destarte interromper o nosso processo de refundação do Brasil.

Nas próximas eleições devemos derrotar democraticamente estas elites do atraso, porque não mostram nenhum interesse pelo país e pelo povo, apenas como oportunidade de negócios. Se triunfarem, poderão levar outros países latino-americanos para o mesmo caminho fatal. Teríamos sociedades altamente controladas, ricas por um lado e paupérrimas de outro, tremendo de medo da violência. Seríamos ainda positivamente cordiais?

* Frei Leonardo Boff, da Ordem dos Frades Menores, é articulista do JB on line e escreveu, entre outros, “Brasil: concluir a refundação ou prolongar a dependência?” a sair em breve pela Vozes de Petrópolis.


Lava Jato só aceita delação com mentiras sobre Lula e família, diz defesa


Lava Jato só aceita delação com mentiras sobre Lula e família, diz defesa

 Folhapress dom, 26 de nov 14:00 BRT 

Informativo Semanal do Prof. Ernesto Germano Pares






Depois de Temer, haverá futuro para o país?
Dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT) revelam que 30% dos jovens no Brasil estão desempregados - o índice é o dobro da média mundial e atingiu em 2017 o maior nível em quase três décadas.
De acordo com o estudo da OIT, o desemprego no mundo é de 13,1%, e somente no Haiti e na Síria registra-se desemprego no patamar dos 30%, como no Brasil.
Entre os principais motivos para o agravamento do quadro estão o avanço da informalidade e a desaceleração econômica, com redução de investimentos, de acordo com o estudo da OIT.
Da década de 1990, gestões de FHC, o desemprego entre jovens sofreu uma forte alta e passou de 14,3%, em 1991, para 26,1% em 2003. Entre 2004 e 2014 esta taxa caiu para 14% em 2013.
Aposentado ganha muito! Fernando Henrique Cardoso, em sua “época áurea”, disse que “os aposentados são vagabundos”, mas não disse que ele tinha três aposentadorias! Parece que o presidente ilegítimo está trilhando o mesmo caminho.
O que ele esconde é fácil de comprovar pela Internet. Segundo o Portal da Transparência do governo do Estado de São Paulo, Michel Miguel Elias Temer Lulia (o nome completo do sacripanta) teve rendimentos brutos de R$ 45.055,99 no mês de junho de 2016 (façam as devidas correções)! Um valor bem acima do teto permitido pela Constituição, não é? Só para comparar, o valor médio dos benefícios concedidos pelo INSS, em maio de 2016, foi de R$ 1.303,58 para os trabalhadores urbanos e de R$ 880,84 para os rurais.
Usando frases feitas, o governo partiu para a batalha da comunicação com uma propaganda de TV que tenta vender a reforma como um sabão em pó. A campanha publicitária gastou R$ 20 milhões para atacar o que chama de “privilégios” dos servidores públicos e afirmar que “tem muita gente no Brasil que trabalha pouco, ganha muito e se aposenta cedo”.
Para tentar pressionar os parlamentares, o governo busca o apoio entre os golpistas mais conhecidos. O vice-líder do governo na Câmara, Darcísio Perondi (PMDB-RS), foi escalado para encontros com empresários e pedir o financiamento da propaganda.
Assim como o sabão em pó, que não deixa branco o que promete na propaganda, as promessas de Temer estão longe de convencer a população e os parlamentares demonstram que não estão muito alinhados com a proposta do governo.
Temer almoçou com governadores e prefeitos, na quarta-feira (22), e manteve encontro com outros aliados, como o senador Aécio Neves (PSDB-MG), e representantes do mercado, como Marcos Lisboa, Samuel Pessoa e José Márcio Camargo. O objetivo é alinhar o texto que será encaminhado à Câmara para que entre na pauta até o dia 6 de dezembro.
Segundo o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, o governo federal já tem uma visão de como vai ficar o texto final da reforma, mas depende das negociações para saber se o Palácio do Planalto terá os 308 votos necessários para aprovação da emenda constitucional.
O que está sendo urdido pelo Governo? Pelo que já vazou, a nova proposta de reforma da Previdência mantém as idades mínimas em 65 anos para homens e 62 anos para mulheres. A regra de transição também está mantida, com elevação gradual das idades mínimas em um ano a cada biênio. O começo é em 53 anos para mulheres e 55 anos para homens, no INSS, e 55 anos para mulheres e 60 anos para homens no caso de servidores. Os professores terão idades específicas de transição e poderão, ao fim desse período, se aposentar com idade mínima de 60 anos para homens e mulheres.
O cálculo da pensão por morte, segundo a emenda, continua partindo de 50% para o salário de contribuição, com acréscimo de 10% por dependente.
O relator ainda manteve as regras mais rígidas para servidores que ingressaram até 2003. Para eles terem direito à aposentadoria com salário integral e paridade (reajustes iguais aos da ativa), terão que se aposentar com as idades mínimas finais, sem transição. Ou seja, 62 anos para mulheres, 65 anos para homens e 60 anos no caso de professores.
Após reunião no Palácio da Alvorada com presidente ilegítimo e os governadores “baba ovo”, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, confirmou que para ter acesso ao valor integral da aposentadoria, o novo texto da reforma vai exigir tempo de contribuição mínima de 40 anos.
Canalhice pouca é bobagem. A nova legislação trabalhista criada pelo golpista Temer, já em vigor, cria uma nova figura no mundo do trabalho: o “trabalhador intermitente”. O trabalho intermitente é aquele em que não há uma jornada mínima fixada e o empregado recebe apenas pelas horas trabalhadas. Uma pessoa pode ser contratada por diversas empresas, com registro em carteira, e no final do mês não receber nada, caso não seja chamada por nenhum de seus empregadores. Bonitinho, não é?
Reparem bem: com uma só “penada” ele retira direitos históricos (13º, férias, etc.), reduz salários (recebe apenas pelas horas trabalhadas) e faz desaparecer o desemprego. Sim, porque esse trabalhador “intermitente”, que pode passar um ano inteiro sem receber salários, tem uma carteira assinada, ou seja, oficialmente é empregado! Mas tem coisa pior!
Na nova lei (MP 808/17), o contrato intermitente pode impedir o acesso aos benefícios previdenciários — aposentadoria, auxílio-doença, salário maternidade — ainda que haja contribuição previdenciária! Para a empresa não custa nada registrar, já que os encargos incidem apenas sobre as horas trabalhadas. Se não precisar do empregado, não terá custo algum. A maior aberração está em confirmar a possibilidade de que, ao final do mês, o empregado receba menos de um salário mínimo, ainda que tenha trabalhado para mais de uma empresa.
Nesse caso, o trabalhador terá que complementar a contribuição previdenciária para atingir a alíquota de 8% sobre um salário mínimo (R$ 74,96, em 2017). Se não tiver dinheiro, esse mês não será considerado como tempo de serviço para aposentadoria ou para cumprimento da carência (número mínimo de contribuições) necessária para outros benefícios previdenciários.
Lá vem o pato... “Lá vem o Pato / Pata aqui, pata acolá / Lá vem o Pato / Para ver o que é que há”. Quando Vinícius de Moraes escreveu essa letra para uma música de Toquinho não tinha ideia do que viria nas artimanhas para o golpe no país. Mas agora sabemos de muito mais.
A Procuradoria Regional Eleitoral em São Paulo instaurou, na sexta-feira (17), uma investigação para apurar se Paulo Skaf, presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, tem utilizado propaganda bancada com recursos do “Sistema S” para se promover com vistas às eleições do próximo ano. Skaf pretende se candidatar pela segunda vez seguida ao governo de São Paulo em 2018. Só para lembrar, Skaf é presidente da Fiesp mas não existe uma só indústria em seu nome! Como pode?
Segundo delação do marqueteiro Renato Pereira, ligado ao PMDB, a campanha do pato da Fiesp criada por ele faz parte desse pacote de promoção da candidatura de Skaf. Em seu acordo de colaboração premiada, Pereira afirmou que a campanha “tinha claramente o objetivo de promover” a imagem de Skaf para 2018.
A campanha e o pato amarelo da Fiesp surgiram como uma reação do empresariado contra a possibilidade da volta da CPMF para contornar a crise econômica. A partir de dezembro de 2015, Skaf liderou a Fiesp como uma das fiadoras do afastamento de Dilma.
Será que Skaf terá o destino previsto por Vinícius? “Caiu no poço / Quebrou a tigela / Tantas fez o moço / Que foi pra panela”!
Ocupar e produzir! Contra o governo ilegítimo e golpista, os Trabalhadores Rurais Sem Terra estão dando uma resposta que deve ser acompanhada por todos nós: ocupar e produzir!
Na manhã de quarta-feira (22), quando o golpista almoçava com governadores corruptos, cerca de 200 famílias do MST ocuparam a fazenda Védica Maharishi-Paraiso, conhecida como Cinco Lagoas, no município de Jaguaruana, a 186 km da capital Fortaleza, no Ceará. A propriedade tem mais de três mil hectares e está há mais de 10 anos abandonada e sem produzir. 
Segundo as famílias, elas vieram para morar, já que muitas não têm casa nem terra. Os trabalhadores e trabalhadoras já começam a se organizar para prepararem as áreas onde serão feitos os cultivos.
A propriedade já havia sido reivindicada pelos trabalhadores desde 2010, quando eles montaram um acampamento nas proximidades da fazenda, exigindo a desapropriação da área. Durante os sete anos de acampamento, foram feitas duas vistorias, e mesmo sem cumprir sua função social, os laudos foram favoráveis aos proprietários.
A Coordenação do MST denuncia que a área ainda não foi desapropriada porque há interesse por parte do agronegócio, que explora as terras e água da região, deixando várias famílias sem terras e sem água.
No mês de agosto de 2017, quando o acampamento ainda estava nas proximidades da fazenda, jagunços a mando da proprietária chegaram a fazer disparos de armas de fogo em frente ao portão principal da propriedade. (Matéria no portal do MST)
Somos a região com mais violência contra as mulheres! Será que isso vale um troféu? O machismo de Bolsonaro corre pela América Latina?
Relatório da ONU e do PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) indicaram que América Latina e Caribe é a região com maior número de casos de violência contra as mulheres.
O documento foi divulgado no Dia Internacional para Eliminação da Violência Contra a Mulher, 25 de novembro, e demonstra que as agressões e violências contra as mulheres persistem, apesar da legislação existente nesses países.
Temos a maior taxa mundial de violência sexual contra as mulheres e a segunda maior provocada pelos próprios parceiros. (Mais matérias sobre o assunto adiante)
De olho nas eleições hondurenhas. Hoje, 26 de novembro, o povo hondurenho vai às urnas para escolher o presidente. O país tem um futuro incerto desde o golpe patrocinado pelos EUA e a queda de Manoel Zelaya. Serão eleitos: o Presidente da República, 128 deputados ao Congresso, 20 deputados ao Paralacen (Parlamento Centro-americano) e 298 prefeitos com seus vices.
Vale lembrar que Honduras se tornou um dos países com maior violência política em nossa região e um campeão em perseguições a lideranças populares, o que aumenta a tensão.
Os três candidatos à presidência são: 1) Juan Orlando Hernández, candidato à reeleição que pretende manter seu programa do primeiro mandato, muito afinado com Washington, usando o mesmo discurso de “estabilidade econômica” que estamos ouvindo por aqui; 2) Salvador Nasralla, principal oponente de Herández, é conhecido apresentador de TV e candidato por uma Aliança de Oposição contra a Ditadura e seu programa apresentado parece retomar boa parte das propostas políticas e sociais partidas dos setores que se opuseram ao golpe de 2009; 3) Luis Zelaya tem poucas chances na disputa e precisa vencer várias resistências dentro de seu próprio partido que se dividiu depois de 2009.
Movimentos sociais na região acompanham de perto as eleições hondurenhas. Trata-se de resistir ao modelo neoliberal e extrativista que se impôs depois do gole contra Zelaya e que está levando o povo de Honduras à pobreza, principalmente os camponeses.
Eleições também em Cuba. Neste domingo, 26 de novembro, o povo cubano volta às urnas. A Constituição cubana, em seu capítulo 3, estabelece que “Na República de Cuba a soberania reside no povo, do qual emana todo o poder do Estado. Esse poder é exercido diretamente ou por meio das Assembleias do Poder Popular”. Mais de 8 milhões de eleitores estarão votando.
Cuba tem um sistema representativo diferenciado porque todo cidadão cubano pode eleger ou ser eleito, sem participação de partidos políticos. O atual processo eleitoral foi estabelecido em 1976 e o voto é livre, mas não obrigatório. Curiosamente, a participação sempre foi superior a 95% dos eleitores aptos.
A grande novidade incluída por Cuba no processo democrático é que nenhum candidato é indicado por partido político. O processo não tem campanhas políticas como as que conhecemos, não há financiamento separado para os candidatos e não podem ser ofensivas ou difamatórias. O povo se encarrega de escolher e indicar os candidatos que irão disputar as eleições. Os aspirantes a disputar uma vaga nas assembleias populares são escolhidos de forma direta em reuniões e eleições realizadas nas circunscrições eleitorais em cada região. Por exemplo, neste ano 6.746.867 eleitores (78,35% do total) participou diretamente da escolha dos mais de 60.800 candidatos que estarão disputando a eleição para a Assembleia Popular nos vários municípios.
Todos os gastos com campanhas e organização são assumidos pelo Estado!
Coalizão de esquerda cresceu no Chile. A coalizão de esquerda Frente Ampla (FA) obteve no domingo (19) um resultado além do esperado por analistas e previsto pelas pesquisas, ficando a poucos votos de passar para o segundo turno com o ex-presidente Sebastián Piñera e se consolidando como terceira força política no Chile.
Com 99,04% das urnas apuradas, Piñera ficou em primeiro, com 36,64% dos votos, seguido pelo candidato de Bachelet, Alejandro Guillier, que ficou com 22,70%, e Beatriz Sánchez, da Frente Ampla, com 20,27%. As pesquisas indicavam que Sánchez não chegaria a 20%.
Além do expressivo resultado na eleição para presidente, a Frente Ampla também conseguiu um bom número de cadeiras na Câmara dos Deputados e no Senado. Segundo o Servel (Serviço Eleitoral do Chile), a FA elegeu um senador e 20 deputados, efetivamente se tornando a terceira força na Câmara Baixa (atrás da Chile Vamos, de Piñera, que terá 73, e da Nova Força da Maioria, que apoia Guillier, com 43).
A origem da Frente Ampla guarda certa relação com a Nova Maioria - que, por sua vez, é descendente da Concertação, responsável por juntar a Democracia Cristã, o Partido para a Democracia (PPD), o Partido Radical Socialdemocrata (PRSD), o PS (Partido Socialista) e outros menores na época do plebiscito que decidiu pela saída do ditador Augusto Pinochet.
Curiosamente, os resultados demonstram que os eleitores penderam para o flanco mais à esquerda da antiga Nova Maioria, seja votando em Guillier, de centro-esquerda, seja votando em Sánchez, de esquerda. Combinados, os dois obtiveram quase 43% dos votos – o suficiente para superar Piñera, por exemplo.
Sebastián Piñera e o senador governista Alejandro Guillier vão disputar o segundo turno. (Matéria em Opera Mundi)
Isso tem nome: capitalismo. A juventude representa mais de 35% da população desempregada em todo o mundo, segundo relatório lançado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). Apesar de o número estimado de 70,9 milhões de jovens desempregados este ano representar uma melhora frente ao auge da crise em 2009, a OIT estima que esse volume deve aumentar em mais 200 mil em 2018, atingindo um total de 71,1 milhões.
Enquanto em 2016 a taxa global de desemprego juvenil ficou estável em 13%, a expectativa é que ela aumente levemente para 13,1% este ano, segundo o documento “Tendências Globais de Emprego para a Juventude 2017”.
Globalmente, os aumentos consideráveis nas taxas de desemprego juvenil observadas entre 2010 e 2016 no norte da África, nos Estados árabes e na América Latina e no Caribe foram compensados por melhorias nos mercados de trabalho juvenil na Europa, na América do Norte e na África subsaariana.
O relatório também destaca as vulnerabilidades contínuas das mulheres jovens no mercado de trabalho. Em 2017, a taxa global de participação delas na força de trabalho é 16,6 pontos percentuais menor que a dos homens jovens.
As taxas de desemprego das mulheres jovens também são significativamente maiores do que as dos homens jovens. Além disso, a diferença de gênero na taxa de jovens que não estão trabalhando nem estudando ou recebendo treinamento é ainda maior: globalmente, essa taxa é de 34,4% das mulheres jovens, comparado a 9,8% dos homens jovens.
Em 2017, 39% dos 160,8 milhões de jovens trabalhadores no mundo emergente e em desenvolvimento vivem em pobreza moderada ou extrema, ou seja, com menos de US$ 3,10 por dia.
Atualmente, mais de dois em cada cinco jovens na força de trabalho estão desempregados ou estão trabalhando enquanto continuam na pobreza, uma realidade impressionante que afeta sociedades do mundo todo.
O documento destaca que entre 2005 e 2015 houve um expressivo aumento de mulheres em vagas mais qualificadas, que exigem ensino superior e especializações. O crescimento foi de 30% para 42%.
Cresce o neofascismo na Polônia. Membro de destaque da União Europeia, a Polônia virou motivo de preocupação em Bruxelas por conta das ações da política no poder Judiciário e do crescimento de movimentos neofascistas, como ficou explícito na marcha que reuniu cerca de 60 mil pessoas em Varsóvia no último fim de semana.
O cenário que vem se desenhando em 2017 aumentou a preocupação de Bruxelas com o que acontece na Polônia. Na quarta-feira (15), o Parlamento Europeu aprovou, por ampla maioria, uma resolução que diz que os valores fundamentais da UE estão “em risco” no país. O motivo é a sanção pelo presidente da Polônia, Andrzej Duda, em julho passado, de uma lei que dá ao Ministério da Justiça, cujo chefe já exerce o cargo de procurador-geral, a prerrogativa de nomear líderes de tribunais de direito comum.
Para Bruxelas, as recentes ações do governo, chefiado pela primeira-ministra ultraconservadora Beata Szydlo, ameaçam a “independência e a legitimidade” da Justiça. Além disso, a resolução de quarta-feira prevê a mais dura sanção contra um Estado-membro que viole valores fundamentais da UE: a suspensão do direito a voto no Conselho Europeu, principal órgão político do bloco.
O ato nacionalista foi convocado por movimentos de extrema direita e também teve a presença de neofascistas de toda a Europa, como Roberto Fiore, líder do partido Força Nova. A manifestação foi marcada por slogans xenófobos, antissemitas e de supremacia branca. Do palco, oradores lançaram apelos contra liberais e pediram a defesa dos “valores cristãos”.
Assim se manipula a economia mundial. John Perkins, autor do livro “Confissões de um assassino econômico”, reapareceu e está dando novas informações de como Washington manipula a economia mundial. Em entrevista exclusiva com a Sputnik News ele demonstra como a CIA e a Agência Nacional de Segurança dos EUA (NSA, pela sigla em inglês) agem através do planeta. Na matéria ele dá preciosas informações mostrando como a CIA e NSA operavam através de uma empresa, a consultora Chas T. Main, usando o Banco Mundial, a Agência dos EUA para Desenvolvimento e mesmo do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos.
“A empresa onde eu trabalhava obtinha dinheiro dessas instituições oficiais e, por sua vez, pagava por esses trabalhos. Nós não tínhamos contratos reais com a NSA ou com a CIA. Tudo era feito, até onde sei, através de contratos com terceiros e intermediários”, disse ele. O seu trabalho era distribuir o dinheiro que vinha do Banco Mundial entre os países “em vias de desenvolvimento” e acreditava que estava ajudando a desenvolver suas economias, mas esses fundos nunca chegavam à população e serviam apenas à interesses da política exterior estadunidense naqueles países, em geral os que tinham mais petróleo!
Aconselhamos a leitura do livro. Trata-se de uma edição já antiga, mas com informações muito atuais.
Uma em cada três mulheres sofre de violência! Os números são tristes, mas é a realidade mostrada no recente documento divulgado pela ONU.
“Em todo o mundo, uma em cada 3 mulheres sofre ou sofreu de violência em sua vida”, diz o relatório divulgado neste sábado (25). “750 mulheres foram casadas antes dos 18 anos e mais de 250 milhões sofreram mutilação genital”, mostram os números.
António Guterres, secretário-geral da ONU, diz que “A violência contra a mulher é, fundamentalmente, uma questão de poder e só terminará através da igualdade de gênero e dando mais poder a elas”.
A campanha mundial de denúncia contra a violência de gênero no mundo teve início com a divulgação do documento citado e vai até 10 de dezembro.
Idosos japoneses buscam um “lar” na cadeia! A que ponto vai chegando a pobreza entre os idosos no Japão! O número de anciãos encarcerados na “terra do sol nascente” quadruplicou em 2016, apesar dos índices de criminalidade terem alcançado um mínimo histórico. Então, como se explica?
O estudo foi realizado em todos os centros penitenciários japoneses pela jurista da Universidade de Keio (Tóquio), Tatsuya Ota. Nele vamos descobrir que um total de 2.498 pessoas com mais de 65 anos foram para a prisão no ano passado, uma cifra quatro vezes maior do que a registrada em 1997. Deste total, 70,2% eram reincidentes, o que mostra a complexa realidade no país onde os idosos passaram a procurar um “lar” na prisão para fugir do isolamento social e da pobreza. Em grande maioria, não tinham vínculos com a família, com amigos ou com vizinhos antes de serem levados ao cárcere.
As baixas pensões oficiais públicas impedem que busquem serviços e produtos básicos para sobreviver o que leva a buscarem trabalhos em tempo parcial ou cometerem pequenos delitos. E ainda tem gente que cita o Japão como exemplo de sociedade, não é?
Culto às armas. Este é o título da excelente matéria encontrada no jornal “La Jornada”, do México. Nela vamos encontrar alguns fantásticos dados sobre a questão das armas nos EUA e como isso vai se tornando uma doença que está acabando com aquela sociedade.
Segundo o artigo, a indústria de armas no país alcançou, no ano passado, um lucro de 51,3 bilhões de dólares. As lojas que vendem armas faturaram 13,5 bilhões de dólares e pagaram ao fisco 6,5 bilhões. A matéria diz ainda que a atividade emprega diretamente mais de 140 mil trabalhadores e outros 160 mil de forma indireta e, o que é mais grave, as análises dizem que o setor “está em expansão”!
Os números de vítimas são expressivos: a) no último 6 de novembro, 26 mortos a balas em uma pequena igreja no Texas; b) um mês antes, 59 pessoas morreram pelo mesmo motivo em Las Vegas; c) 50 pessoas em Orlando, no ano passado. Já são 58 mil incidentes com armas de fogo, em 2017; morreram 16.600 pessoas e mais de 28 mil ficaram feridas.
Em um país de mais de 300 milhões de habitantes, 37% das casas possuem entre duas e quatro armas de fogo de diferentes calibres e 29% mais de cinco armas!
O artigo encerra com o seguinte pensamento: “Apenas em uma sociedade doente pode reinar a cultura das armas. Essa doença é contagiosa”!


Nota: por dificuldades de tempo, não publicamos a continuação do artigo sobre o movimento sindical, mas estaremos de volta no próximo Informativo.