sábado, 8 de junho de 2019

GRAMPO CONTRA ADVOGADOS DE LULA É 'ATAQUE AO DIREITO DE DEFESA', DIZ OAB

GUILHERME ESTRELLA SOBRE PRIVATIZAÇÕES: PROJETO DE PAÍS ANTIBRASILEIRO

GUILHERME ESTRELLA SOBRE PRIVATIZAÇÕES: PROJETO DE PAÍS ANTIBRASILEIRO

Chantagem: Bolsonaro diz que BPC será suspenso se não aprovarem projeto já

Chantagem: Bolsonaro diz que BPC será suspenso se não aprovarem projeto já

Já foi diversas vezes apontada aqui e é algo que o Congresso já percebeu faz tempo: o governo Bolsonaro estica a corda dos projetos que precisam ser aprovados até o último minuto e ameaça com o rótulo de “inimigos do Brasil” todos os que não aceitam aprovar suas medidas.
Depois de passar a semana discutindo assuntos diversos – desde a inocência de Neymar até o factóide de uma moeda única com a Argentina – foi ao Twitter, agora à noitinha, dizer que se o Congresso não aprovar o projeto que autoriza crédito suplementar para as despesas do governo, no dia 25 deste mês deixarão de ser pagos os benefícios a idosos e pessoas com deficiência.
A aprovação deste crédito é prevista desde o ano passado e Jair Bolsonaro não fez, até agora, nenhum movimento no sentido de conseguir a aprovação. Ao contrário, semeou a confusão ao dizer que precisaria de valores menores, quando a aprovação de valores maiores nenhum prejuízo causaria, bastaria não usá-los.
Havia, entre os deputados, um movimento no sentido de não permitir a criação de um impasse, votando no prazo, apesar de todas as confusões. Resta saber como se comportarão, agora, com a ameaça de linchamento.
Acredito que votarão a autorização, mas haverá “volta” em algum tema, talvez na própria votação da Previdência. Quem achava que o clima entre governo e Congresso havia mudado, está com a razão. Muda para pior, claro.

“Se fizer a reforma o país quebra”, diz Maria Lucia Fattorelli sobre a PEC da Previdência

“Se fizer a reforma o país quebra”, diz Maria Lucia Fattorelli sobre a PEC da Previdência

 
Maria Lucia Fattorelli
Voz dissonante na narrativa dominante da necessidade inapelável da reforma da Previdência, Maria Lucia Fattorelli, coordenadora da Auditoria Cidadã da Dívida, afirma que a reforma não apenas não é a salvação da economia como, na verdade, se implantada ela quebrará o país.
Fundamentada em dados estatísticos e cálculos objetivos, a auditora fiscal tem argumentos suficientemente sólidos para desmentir a campanha publicitária tão maciça quanto ludibriadora de que os mais pobres pagarão menos ou que militares ficarão de fora (no trajeto feito para o encontro com a entrevistada, num intervalo de 9 estações de metrô, a propaganda – paga com recursos públicos – foi veiculada três vezes nos monitores do vagão).
O DCM conversou com Maria Lucia Fattorelli numa entrevista em que ela rebate e expõe a real intenção do plano de Paulo Guedes.
Qual é o objetivo da reforma?
“O principal objetivo dessa reforma é introduzir um sistema de capitalização numa modalidade muito específica em que só o trabalhador contribui para uma conta individual e que não exige que as empresas participem. A participação patronal é colocada na PEC como uma ‘possibilidade’. É claro que essa possibilidade não vai acontecer porque se uma empresa contratar só pela capitalização o custo dela vai ser mais baixo. Até por uma questão concorrencial nenhuma empresa vai ser boazinha, pois o produto fica mais caro. O projeto ainda proíbe a participação governamental. Ou seja, é uma conta individual. Considerando a vantagem que trará para as empresas, todas as vagas que forem abertas colocarão essa condição de contratação. Diante dessa crise fabricada pelo Banco Central, o trabalhador vai aceitar a proposta da vaga com opção pela capitalização. A partir daí não tem volta, terá que se aposentar na modalidade capitalização.
A senhora tem dito que a reforma poderá quebrar o país caso seja aprovada. Por quê?
“Vamos pegar um exemplo de um trabalhador desempregado que já teve carteira assinada e tenha contribuído durante 15 anos para o INSS. Ela não pode entrar zerada numa continha, pois ela já pagou, o INSS recebeu 15 anos de contribuição. É evidente que o Estado terá que fazer um aporte a essa conta individual.
E é um universo grande…
Enorme, estamos falando de cerca de 60 milhões de brasileiros que estão na informalidade ou desemprego. No Chile, que implantou esse modelo e que tem um contingente de trabalhadores muito menor que o Brasil, o custo dessa transição foi de 136% do PIB. Esse parâmetro aqui – e arrisco que será mais – estamos falando de mais de R$ 9 trilhões. Quem vai pagar isso? É impagável. Por isso falo que ao contrário do que o governo diz, se aprovar a PEC 6/2019 o Brasil quebra.”
Além do Chile, outros 29 países já testaram a capitalização e quase todos se arrependeram. Quanto tempo demora para sentir o impacto da mudança?
“Há um estudo da Organização Internacional do Trabalho que analisou os 30 países que enveredaram por essa modalidade de capitalização e ali compreende-se que 18 já voltaram atrás e os 12 restantes estão entrando em colapso, estudando formas de sair. O Chile, que na época recebeu muitos elogios do FMI e do Banco Mundial por ter adotado o sistema, reimplantou a previdência única para dar algum amparo a seu povo já que 80% dos idosos recebem menos de meio salário mínimo. Ouvimos um representante chileno aqui na Frente Parlamentar da Previdência no Congresso Nacional e seu depoimento foi dramático. Aposentados chilenos estão precisando optar entre morar, ou comer, ou comprar remédios. O Chile tornou-se campeão de idosos indigentes pelas ruas, gente que era de classe média e que contribuiu a vida inteira. O número de suicídios entre eles é alto.”
Ela
O economista Eduardo Moreira fez uma conta e, segundo ele, nos próximos 20 anos a carga ficará somente para os mais pobres, aprofundando ainda mais a desigualdade.
“Isso. Na própria PEC há um documento chamado ‘Exposição de Motivos’. Isso é obrigatório, está lá, assinado pelo Paulo Guedes. Nesse anexo tem uma tabela que mostra de onde vai sair o R$ 1,2 trilhão que ele quer economizar. R$ 715 bi sairão do Regime Geral de Previdência que é onde estão as pessoas que recebem até 2 salários mínimos. Imensa maioria. Outros R$ 182,2 bi sairão do BPC que é pago a idosos miseráveis e deficientes físicos. Mesmo abatendo a redução da alíquota, isso representa mais de R$ 800 bi dos mais pobres. Mais de 70%. Então é mentira de que essa PEC será para combater privilégios.”
Por que é preciso essa economia?
“Esse pessoal que mente muito tem hora que deixa escapar uma verdade. Na posse do presidente do Banco Central ele disse com todas as letras que esse trilhão é para impulsionar a transição para o esquema de capitalização. Afirmou: ‘É pra isso que a gente precisa de um trilhão’. Então não vamos nos iludir, a proposta dessa PEC é implantar o sistema de capitalização. Mas é uma transição cara e, portanto, eles precisam de um trilhão logo de saída.”
Mas existe um déficit ou não?
“Quem fala em déficit nunca leu o artigo 195 da Constituição Federal. O modelo que temos não é de uma previdência isolada. É um sistema integrado que junta previdência, assistência e saúde. É uma seguridade social. Para se trabalhar é preciso ter acesso à saúde. Nossa previdência é para garantir uma assistência àqueles que estão à margem e para garantir uma aposentaria digna para aqueles que já cumpriram sua idade laboral. Além dos benefícios para todas as situações de vulnerabilidade: doença, invalidez, maternidade, desemprego, na orfandade. Nosso modelo é maravilhoso. A reforma que precisamos seria para melhorar isso.”
Não tem déficit?
“Desde 1988, promulgação da Constituição, até 2015 o conjunto de contribuições sociais que está previsto no artigo 195 foi mais do que suficiente para pagar as despesas com previdência. E o governo nem precisou participar com orçamento fiscal. A partir de 2016 o governo precisou pagar, mas isso está previsto na Constituição Federal! Então a história do déficit tem vários erros. O primeiro, abusivo, é quando se pega somente a contribuição da classe trabalhadora e da folha paga pelo empregador e esse total contribui com toda a despesa da previdência. Que conta é essa? Essa conta não tem amparo na CF. O segundo erro é afirmar que existe déficit na seguridade, ignorando que a CF prevê a participação do orçamento público.”
Se está previsto que deve completar, não pode ser considerado déficit. Entendi. E sempre teve sobras?
“Até 2015, sim. Durante vários anos sobraram mais de R$ 80 bi.”
E onde foi parar isso?
“É desviado por meio da DRU (Desvinculação da Receitas da União) e vários outros mecanismos para cumprir a meta de superávit primário e pagar juros da dívida pública que nunca passou por uma auditoria integral. Esse é o rombo que amarra o Brasil. Durante 20 anos, de 1995 a 2015, produzimos mais de R$ 1 trilhão de superávit primário. E nesse mesmo período a dívida interna saltou de R$ 86 bi para R$ 4 tri.”
O que fez a dívida explodir?
“Não foi gastança com servidor público, nem com a previdência, como diz o governo apoiado pela grande mídia que se locupleta desse sistema da dívida. O que faz explodir são os mecanismos que geram dívida e crise, assim o estoque da dívida aumenta, mas o dinheiro não chega no orçamento para que sejam feitos os investimentos necessários ao desenvolvimento socioeconômico. É um esquema que paga os maiores juros do planeta e evita que o dinheiro chegue ao crédito.”
Como se muda isso?
“Precisamos ter em mente que todo ano que alcançávamos superávit primário produzíamos um déficit nominal graças aos juros da dívida, ao custo financeiro, como a remuneração da sobra de caixas dos bancos, o que é um absurdo. A principal causa da quebra de empresas dos últimos anos foi a falta de acesso a crédito e isso levou milhões de brasileiros ao desemprego. Daí, empresa quebrada e trabalhador desempregado não pagam impostos. Quem ganha com isso? Só a cúpula dos mercados financeiros. Precisamos sair da caverna de Platão.”

OAB faz denúncia de Lula ao STF ser levada a sério

https://www.youtube.com/watch?v=myzfx37qTvk&feature=push-u-sub&attr_tag=N4SGDjw4UHipGFTG%3A6

Informativo Semanal do Prof. Ernesto Germano Pares






Como será o amanhã? (2)
Alguns companheiros gostaram dessa nova forma curta de dar as notícias e nos escreveram. Então, vamos manter essa prática por mais um pouco.
Fato 1. Está todo mundo endividado! O número de brasileiros inadimplentes bateu recorde e chegou a 63,2 milhões em abril, segundo pesquisa do Serasa Experian. Isto significa que 40,4% da população adulta do país está com dívidas atrasadas e negativada.
Em abril de 2018, havia 61,2 milhões nesta situação, número 3,2% menor do que o registrado neste ano.
E o pior é que esse crescimento foi puxado pelas dívidas não honradas com o setor de água, energia elétrica e gás, e telefonia. Ou seja, as famílias não estão conseguindo manter o necessário para a casa. Não são roupas, aparelhos eletrodomésticos, etc. É o essencial que está deixando de ser pago.
O setor de bancos e cartões é o que tem o maior número de dívidas vencidas e não pagas. Segundo o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, o dado é preocupante.
“Este crescimento demonstra a dificuldade em honrar um tipo de pagamento que costuma ser prioridade das famílias. Isso é um sinal de que as pessoas já tomaram crédito para quitar outras dívidas e chegaram no ponto de não conseguirem pagar nem este empréstimo. Se mantido ao longo dos próximos meses, este movimento pode fazer com que o spread bancário aumente, deixando os juros ainda mais caros para o consumidor”, diz.
Fato 2. O Brasil alcançou a espantosa marca de 65.602 homicídios em 2018, isso antes da liberação da venda de armas!
Este valor representa uma média de 31,6 mortes violentas para cada 100 mil habitantes, segundo dados constantes no Mapa da Violência de 2019. E a eleição do ex-capitão reformado por problemas mentais mostra claramente que a nossa população está ficando violenta e acredita na violência como saída para suas crises.
Os dados foram fornecidos pelo IPEA e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública e demonstraram que o perfil das pessoas mais vulneráveis a assassinatos é de homens jovens, negros e solteiros. A taxa de vítimas negras cresceu 33,1% no período.
Mas o ponto que mais preocupa é o aumento no número de feminicídios.
Fato 3. O economista Daniel Duque, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV IBRE), divulgou nesta semana prognósticos desoladores: com um crescimento econômico anual projetado de menos de 2%, só em 2033 o desemprego no Brasil retrocederá novamente para abaixo dos 10%.
No momento, 12,5% da população economicamente ativa está sem trabalho, depois de um mínimo de 6,2% em 2013. Hoje são 13,2 milhões de desempregados, e os números são ainda mais desoladores, se considerados também os que estão subempregados ou desistiram de procurar trabalho, com o total de afetados chegando a 28,4 milhões.
A recessão e o mercado fechado, com pouca concorrência, proporcionaram às empresas nacionais uma pausa para respirar, em termos de modernização e automatização. Há mais de duas décadas, a produtividade das empresas brasileiras está estagnada.
Fabio Bentes, economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), calcula que dentro de dez anos 1,4 milhão de brasileiros não terão qualquer chance de conseguir emprego por falta de qualificação, mesmo que o país volte a crescer economicamente. Cada vez mais universitários ou jovens com ensino médio completo assumem funções simples, de caixa ou em call center, os quais, a rigor, são empregos típicos de baixa qualificação no Brasil.
Fato 4. Depois de perdermos o mercado de exportações para os países árabes e para a China, aproxima-se uma nova tempestade nas exportações brasileiras.
A rede sueca de supermercados Paradiset anunciou na quarta-feira (05) um boicote a todos os produtos do Brasil, em consequência da liberação recorde de novos agrotóxicos pelo governo brasileiro. Do total de 197 agrotóxicos já autorizados neste ano pelo Ministério da Agricultura, 26% são proibidos na União Europeia, em razão dos riscos à saúde humana e ao meio ambiente.
“Precisamos parar o presidente brasileiro, ele é um maníaco”, disse à RFI o presidente do grupo Paradiset, Johannes Cullberg.
“Quando li na imprensa a notícia da liberação de tamanha quantidade de agrotóxicos pelo presidente e pela ministra (da Agricultura), fiquei tão enfurecido que enviei um e-mail a toda a minha equipe, com a ordem ‘boicote já ao Brasil’”, acrescentou Cullberg.
A Paradiset é a maior rede de produtos orgânicos da Escandinávia. Ela já retirou de suas prateleiras os seguintes produtos brasileiros: quatro diferentes tipos de melão, melancia, papaia, limão, manga, água de coco e duas marcas de café, além de uma barra de chocolate que contém 76% de cacau brasileiro em sua composição.
“Não podemos em sã consciência continuar a oferecer alimentos do Brasil a nossos consumidores, num momento em que tanto a quantidade como o ritmo da aprovação de novos agrotóxicos aumenta drasticamente no país. Decidimos portanto retirar os produtos de nossas prateleiras”, disse Johannes Cullberg em comunicado divulgado à imprensa sueca e publicado com destaque pelo Dagens Nyheter, um dos maiores jornais do país.
“Não temos carne brasileira em nossas lojas, e certamente não iremos comprar”, acrescentou Alexander Elling, assessor de comunicação da Paradiset.
Três dos 31 agrotóxicos liberados mais recentemente no Brasil são de produtos que usam como base o glifosato, substância classificada pela OMS como potencialmente cancerígena e que é alvo de milhares de ações judiciais no Estados Unidos. Estudos recentes também comprovaram a relação entre o glifosato e o linfoma Não-Hodgkin, um tipo de câncer que tem origem nas células do sistema linfático.
Segundo o sueco Johannes Cullberg, o Brasil já teve uma das mais progressistas estratégias de alimentação do mundo, mas agora os consumidores do país estão expostos a produtos extremamente perigosos. “Isto é uma loucura”, destacou Cullberg. “Não posso escolher o presidente do Brasil, mas posso escolher o que vou comer.”
Fato 5. O proprietário da Fazenda Vale Verde, no Pará, foi condenado a pagar R$ 200 mil a título de dano moral coletivo por ter submetido 11 trabalhadores rurais a condições degradantes.
Os trabalhadores foram resgatados pelo Batalhão de Polícia Ambiental e pelo Grupo de Fiscalização Rural do Ministério do Trabalho, extinto este ano pelo governo do ex-militar. Segundo os auditores-fiscais do trabalho, eles atuavam na construção de cercas e no roço e o local usado como alojamento era um curral sem quaisquer instalações sanitárias e elétricas. Além disso, o grupo foi encontrado sem alimentos.
No processo, foi comprovado que os empregados dormiam no mesmo curral destinado aos bois, expostos a toda sorte de intempéries (chuva, sol, vento, acidentes, ataques de animais silvestres e picadas de insetos, entre outras) e ao convívio direto com o gado, em permanente contato com fezes, urina, lama e poeira.
Não esqueçam: o Bosta pretende liberar ainda mais a legislação de trabalho no campo para “ajudar” os produtores rurais.
Fato 6. Na quarta-feira (6), a violência no campo fez mais uma vítima. Aluciano Ferreira dos Santos (41), foi assassinado na cidade de Brejo da Madre de Deus, no Agreste Pernambucano.
Santos estava tentando refazer a sua vida depois de ter sido preso injustamente em 2009 durante um conflito de terra na fazenda Jabuticaba, em São Joaquim do Monte.
Depois de oito anos na prisão injusta, o militante foi a júri popular em março de 2018 e, após ser considerado inocente, foi imediatamente libertado para recomeçar sua vida.
Preocupado com sua segurança diante das ameaças por parte de jagunços e latifundiários da região, Santos mudou-se para o município de Brejo da Madre de Deus onde foi covardemente assassinado.
A morte de Santos é a imagem exata do atual momento que vivemos em que a violência no campo é incentivada em larga escala por discursos inflamados de ódio e intolerância contra o MST e os movimentos populares.
Fato 7. O Brasil vai deixar de fazer pesquisas e desenvolver novas técnicas e medicamentos que contribuíram muito para nossa vida nos últimos 12 ou 15 anos. Órgão de controle das pesquisas acadêmicas no Brasil, a Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) anunciou na terça-feira (4) mais um corte em bolsas de estudo. Desta vez o bloqueio foi de 2.724 bolsas de mestrado e doutorado.
O argumento da entidade, que pertence ao Ministério da Educação, é de que o bloqueio é necessário devido aos contingenciamentos de recursos que a pasta está realizando.
A decisão, que já era esperada, surge após o corte de 3.500 bolsas no mês de maio. O presidente da entidade, Anderson Ribeiro Correia, já havia então alertado para a possibilidade de mais cortes nos benefícios. No entanto, devido à repercussão negativa, 1.200 bolsas de cursos com os conceitos 6 e 7 foram reabertas.
Os conceitos são referentes às categorias que o órgão utiliza para avaliar os seus programas. Neste segundo corte, a entidade anunciou que as bolsas bloqueadas são referentes a cursos que foram avaliados em nota 3 ou 4.
Argentinos não querem o ex-capitão por lá! O ex-militar reformado por insanidade, em uma demonstração de que já sentiu que “o pepino é grande” se o neoliberalismo cair na Argentina, resolveu visitar seu cupincha argentino (veja adiante). Mas foi recebido com protestos da população.
No final da tarde de quinta-feira (6), a hashtag #FueraBolsonaro estava na liderança do Twitter no Brasil. No mesmo horário, uma manifestação se formava na Praça de Maio, em Buenos Aires, em frente à Casa Rosada, sede do Executivo e principal palco de manifestações políticas no país vizinho. Em telão montado na praça, vídeos com discursos e entrevistas do então deputado federal e ex-militar, com declarações de apoio à ditadura e outras sandices já frequentes para os brasileiros, eram então mostradas para os hermanos argentinos. Em sua primeira visita à Argentina ele depara com atos contra sua presença, tal qual aconteceu recentemente em Nova York.
Pelas imagens que chegaram, o ato foi gigantesco com o grito “vai embora da Argentina” e “não queremos o seu ódio”!
Agora é Greve Geral! Nosso Informativo apoia integralmente a iniciativa e vamos divulgar ao máximo através das redes sociais. As centrais sindicais brasileiras convocaram, unificadamente, greve geral para 14 de junho. A pauta central da greve geral é a defesa do direito de aposentadoria e o repúdio à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6/19, que trata da reforma da Previdência, em discussão na Câmara dos Deputados.
A convocação da greve geral ocorreu durante o ato do Dia Internacional dos Trabalhadores, em São Paulo (SP). Pela primeira vez, todas as centrais sindicais organizaram ato unificado de 1º de Maio na capital paulista. Mais de 200 mil pessoas foram à manifestação, no Vale do Anhangabaú.
Os trabalhadores presentes no ato fizeram votação simbólica de apoio à deflagração da greve geral contra a reforma da Previdência. A orientação das centrais é que, desde então, a mobilização fosse construída nas bases das mais diversas categorias.
O objetivo é que — no dia 14 de junho — sejam paralisados todos os locais de trabalho, estudo, comércio, bancos e circulação de mercadorias.
Vamos lá, companheiros. Vamos parar o Brasil para mostrar que ainda temos consciência.
Mentiroso & Potoqueiro! Será uma nova dupla caipira? Não, são dois chefes de Estado latino-americanos perdidos em seus desgovernos.
Contrariando a afirmação do ex-capitão brasileiro e do Macri, a Comissão Europeia declarou na sexta-feira (07) que ainda “há muito a ser feito” antes da conclusão de um acordo comercial entre a União Europeia (UE) e o Mercosul, grupo formado pelo Brasil, a Argentina, o Uruguai e o Paraguai.
Na quinta-feira (06), em Buenos Aires, os dois patetas anunciaram, em uma declaração conjunta, que a assinatura de um compromisso com a UE era iminente.
Para os projetos neoliberais, o ideal seria concluir as discussões antes das eleições presidenciais na Argentina, em 27 de outubro. A reeleição de Macri ainda é uma incógnita, e o um acordo pode ser difícil de ser obtido caso a oposição chegue ao poder. Macri acrescentou que todos sairiam ganhando, “o Brasil, a Argentina e outros países do bloco.”
O roto e o esfarrapado. Nove dos dez municípios que mais exportam para a Argentina têm registrado quedas consecutivas em suas operações. Em alguns casos, as exportações caíram quase pela metade por causa da crise econômica no país vizinho.
Entre janeiro e maio deste ano, as exportações do município de Goiana (PE), por exemplo, diminuíram 47%, em comparação com o mesmo período do ano passado. Só as vendas para o país vizinho caíram 62%.
Os produtos manufaturados, principalmente a indústria automotiva, alavanca as exportações para a Argentina — ao contrário das vendas para a China e os EUA, maiores compradores do Brasil, para quem o país exporta principalmente commodities agrícolas.
Em um cenário de maior dependência, a cidade de Porto Real (RJ) destinou quase 92% de toda sua remessa ao exterior à Argentina em 2018. As exportações para o país diminuíram de US$ 226,8 milhões, de janeiro a maio do ano passado, para US$ 90 milhões nos cinco primeiros meses deste ano — ou seja, uma queda de 60%. Isso teve um impacto de uma redução de 40% nas exportações totais da cidade fluminense.
De janeiro a maio, as exportações de veículos pelas montadoras instaladas no Brasil tiveram queda de 42,2%, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). O mercado argentino é o principal comprador dos automóveis brasileiros, e a crise econômica no país vizinho é considerada pela entidade a principal causa da diminuição nas exportações.
A proposta neoliberal de Macri, a partir de 2016, foi abrir a economia. “Ele eliminou os controles do dólar, eliminou alguns impostos à exportação, retirou controles que o Estado tinha do comércio exterior e passou apostar da entrada de capitais estrangeiros para resolver o problema", explica.
O próximo passo foi pedir empréstimo de US$ 50 bilhões (cerca de R$ 202 bilhões) ao Fundo Monetário Internacional (FMI). Mas, para isso, teve que aplicar medidas de austeridade. “A Argentina entrou em um círculo vicioso que cria essa situação de desemprego e inflação altíssimos”, afirma.
Desde janeiro de 2018, o peso argentino passa por um sucessivo histórico de desvalorização frente ao dólar e perdeu metade de seu valor. A inflação de abril deste ano ficou em 3,4% e, no acumulado de 12 meses, chega a 55,8%. Nos primeiros quatro meses de 2019, a alta é de 15,6%.
E o nosso ex-militar foi lá para buscar novos acordos e até criar uma moeda comum? Com duas economias despencando? Só maluco, mesmo.
Meses decisivos para a Argentina. Mais uma vez o nosso Informativo precisa alertar para não desviarmos a atenção do que vai ocorrer na Argentina nos próximos meses. Se todas as pesquisas locais indicam uma derrota de Macri e sua quadrilha, certamente que a Casa Branca e os grandes investidores vão fazer de tudo para impedir a candidatura de Alberto Fernández e Cristina Fernández.
Se a visita do ex-capitão brasileiro causou tanta movimentação entre as organizações sociais do país, a verdade é que Macri conseguiu, durante o seu mandato, causar muita desarticulação e muitos prejuízos ao movimento social, em particular aos sindicatos que foram os mais atingidos por suas medidas extremas.
O desafio da esquerda, agora, é se rearticular para assumir novamente o papel principal no cenário, mas não pode se distrair quanto à possibilidade de fraudes e golpes midiáticos ou jurídicos.
O “plano” de Trump está naufragando? Depois do fracasso do golpe de Estado contra Nicolás Maduro, em 30 de abril, líderes e porta-vozes da chamada “oposição” venezuelana falam publicamente sobre suas divergências. Tudo indica que o Partido criado pela Casa Branca está “indo para o brejo”.
Sinal claro da divisão, durante a semana, foi a declaração do cientista político opositor Guillermo Carrasquero que criticou a política de sanções econômicas contra a Venezuela, defendida por parte do seu Partido. “Eu não aceito essa política de sanções, não podem matar o povo de fome”. A declaração foi feita durante uma discussão com a apresentadora de televisão venezuelana Carla Angola, declaradamente alinhada ao discurso oposicionista, durante seu programa de televisão em um canal de Miami.
O ex-deputado Julio Borges, do Partido Primeiro Justiça, discordou publicamente do líder opositor Juan Guaidó em relação à decisão do partido deste último e do dirigente Leopoldo López, de negociar com o governo de Nicolás Maduro, em Oslo, na Noruega.           Por sua parte, o ex-candidato à presidência e ex-governador do Estado de Miranda, Henrique Capriles, correligionário de Borges, falava sobre as divisões da oposição antes mesmo da tentativa de golpe. Cerca de 10 dias antes, afirmou estar “preocupado com as iniciativas de um grupo que estava estimulando fraturas dentro da coalizão política opositora”. E acusou um setor da oposição de “usar o povo como carne de canhão”.
Para completar o quadro, as declarações dos aliados estrangeiros de Juan Guaidó, na quinta-feira (06), deixam em evidência que resultou “diabolicamente difícil” para os Trump manter a oposição venezuelana unida, segundo palavras do secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo.
O chefe da diplomacia estadunidense reconhece também que a liderança de Guaidó “continua sendo tênue”. As declarações vieram a público por um áudio “vazado” e publicado pelo jornal Washington Post. Pompeo criticou o fato de ter “mais de 40 pessoas” querendo ser o novo líder opositor.
Maduro faz reunião com o Conselho de Defesa. Nicolás Maduro realizou um grande encontro com os militares que fazem parte do Conselho Nacional de Defesa e realizou uma inspeção no Polígono de Tiro Libertador, guarnição estabelecida na capital do país.
No mesmo dia deste anúncio, em redes sociais, ele divulgou um vídeo que mostra tropas em treinamento no complexo militar de Forte Tiuna. Ele aparece acompanhado pelo ministro de Defesa, Vladimir Padrino, e pelo comandante estratégico operacional, Remigio Ceballos.
Rússia e China alertam contra intervenção na Venezuela. Rússia e China não aceitam uma intervenção militar na Venezuela e continuam defendendo uma solução pacífica, segundo declaração oficial depois do encontro entre os dois presidentes (Vladimir Putin e Xi Jinping).
Após a reunião oficial entre chefes de Estados, a declaração diz que “os dois países seguirão acompanhando de perto a situação na Venezuela e conclamam as partes a respeitarem a Carta da ONU, as normas do direito internacional e as relações intergovernamentais” e se opõem firmemente a qualquer tentativa de intervenção militar.
Por outro lado, em declaração oficial, o diretor do departamento para a América Latina do Ministério do Exterior russo, Alexandr Shetinin, disse que a Rússia poderia enviar mais especialistas militares para o país sul-americano.
Um “personal astrólogo” para Guaidó? Quem imagina que é apenas o ex-militar reformado brasileiro que tem um “astrólogo de estimação” está enganado. Se o farsante brasileiro se baseia nas orientações do seu astrólogo, Olavo de Carvalho, o “presidentinho” marionete Juan Guaidó também arrumou um para distrair suas tardes vazias.
Em matéria publicada na revista estadunidense The New Yorker, o escritor Jon Lee Anderson, que acompanhou o autoproclamado presidente da Venezuela Juan Guaidó, afirma que ele recebe assessoria de Davíd, o “astrólogo do presidente”.
A matéria diz que o assessor dos astros de Guaidó é um homem “com óculos no formato coruja”, que afirma que o autoproclamado presidente é “o escolhido para libertar” a nação venezuelana.
Mas a loucura não para aí. “A Venezuela está destinada a ser o melhor país na região e, após a guerra mundial que agora está se encaminhando, receberá muitas pessoas de todo o mundo”, diz Davíd.
O astrólogo pessoal de Guaidó ainda afirmou que, para estar pronta para receber essas pessoas, a Venezuela precisa ser “libertada” e o deputado de direita é quem trará essa libertação. “Eu o conheci em dezembro e disse a ele, 'você é o escolhido'”.
Como dizia minha avó... “é cada louco que aparece!”
Tribunal da Suécia rejeita pedido de prisão de Assange. O tribunal do distrito de Uppsala, na Suécia, rejeitou na segunda-feira (03) um pedido de prisão do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, feito pela promotoria do país. O ativista australiano é investigado em um suposto caso de abuso sexual cometido em 2010.
Segundo a corte, a solicitação é improcedente e “os promotores do país não podem prender Assange na sua ausência nem solicitar sua extradição do Reino Unido”.
A decisão é considerada um revés para a acusação de Assange, que esperava que o australiano pudesse ser extraditado para a Suécia. Assange está preso em Londres desde abril.
Em comunicado publicado em Genebra no mês de maio, o relator especial da ONU sobre a Tortura, Nils Melzer, visitou Assange na prisão e afirmou que o australiano foi “deliberadamente exposto” a “formas graves de tratamento punitivo” por vários anos e apresenta todos os sintomas de uma exposição prolongada de “tortura psicológica”.
O fundador do WikiLeaks “não deve ser extraditado para os Estados Unidos. A perseguição coletiva de Julian Assange deve terminar agora”, exigiu Melzer. (Matéria em Opera Mundi)
Portugal quer mais jovens no ensino superior. Enquanto o ex-capitão brasileiro segue em sua sanha para destruir o ensino no país, o primeiro-ministro de Portugal, Antonio Costa, afirmou na quarta-feira (05) que seu governo tem o objetivo de colocar 60% dos jovens de até 20 anos no ensino superior até o ano de 2030.
Segundo o premiê do Bloco de Esquerda, 45% dos jovens nessa faixa de idade já estão matriculados em universidades do país, mas Costa insistiu na necessidade de aumentar esse indicador.
Durante evento de inauguração de uma escola secundária na cidade de Amarante, o primeiro-ministro também destacou a necessidade de evitar a evasão de alunos do ensino fundamental e médio. e 2015, alcançado apenas 8,7% dos votos, o pior resultado desde 1998. No pleito anterior, o partido de extrema direita alcançou 21,1%.
Dinamarca: a esquerda volta ao poder. O Partido Social Democrata, liderado por Mette Frederiksen, vai retornar ao poder depois da derrota há quatro anos. A legenda foi a mais votada com 25,9% dos votos. O atual bloco da oposição de esquerda, formado por quatro partidos e liderado pelos socialdemocratas, obteve 91 dos 179 assentos no Parlamento.
O Partido Liberal do primeiro-ministro, Lars Lokke Rasmussen, recebeu 23,4% dos votos. Rasmussen reconheceu a derrota e disse que os eleitores optaram por uma nova direção.  Já o ultradireitista Partido Popular Dinamarquês, que dava apoio ocasional ao governo, foi o grande derrotado. A legenda, que é a segunda maior do país, perdeu mais da metade de seus eleitores desde a eleição de 2015, alcançado apenas 8,7% dos votos, o pior resultado desde 1998. No pleito anterior, o partido de extrema direita alcançou 21,1%.
Dia 14/06 – Sexta-feira
Greve Geral contra a reforma do Bosta!