terça-feira, 20 de junho de 2017

Xadrez do golpe que gorou

Xadrez do golpe que gorou

No início parecia simples, muito simples.
1.     Em momentos de mal-estar generalizado, a personificação da crise é sempre o presidente da República. E se tinha uma presidente impopular que cometeu inúmeros erros.
2.     Com a ajuda da Lava Jato, a mídia completa o trabalho de desconstrução do governo e estimula as manifestações de rua, intimidando o STF (Supremo Tribunal Federal).
3.     No Congresso, PMDB e PSDB travam as medidas econômicas de modo a impedir que a presidente acerte o passo.
4.     Derrubada a presidente, implementam-se rapidamente medidas radicais, a tal Ponte Para o Futuro, que não seriam aprovadas em período de normalidade. Caso haja movimentos de rua, aciona-se a Polícia Militar e as Forças Armadas.
5.     Com a Lava Jato, mantem-se a pira acesa e impugna-se Lula.
6.     Com as medidas, haverá uma fase inicial dura, que será debitada na conta do interino. Depois, uma economia em recuperação, em voo de cruzeiro, que será cavalgada pelo campeão em 2018.
7.     E corre-se para comemorar o gol.
Foi esse o plano, tão raso e simples quanto uma análise da Globonews, que estava por trás do golpe. O primarismo desse pessoal foi esquecer que o Brasil se tornou um país complexo, no qual não cabem mais os modelos simplórios de golpismo parlamentar.
Me lembrou a primeira vez que fui cobrir um congresso de economia em Olinda, em 1982.
O candidato apresentava sua tese à banca. Montava seu modelito de país apenas com os atores diretamente ligados ao tema e que não atrapalhassem a tese defendida.
Aí vinham os examinadores, especialmente Maria da Conceição Tavares e indagava: cadê a agricultura? Cadê os consumidores? Cadê o constrangimento externo?
O candidato, então, era obrigado a colocar de volta no modelo os atores extirpados. Quando colocava, o modelo não fechava mais.

Ilusão 1 – a não-solução Temer

Enquanto Dilma Rousseff era presidente, automaticamente também era o alvo preferencial do mal-estar geral. Quando ela sai, o alvo passa a ser o novo presidente, envolvido até o pescoço nas investigações da Lava Jato.
Na pressa em derrubar Dilma e aplicar o golpe perfeito, nem se cuidou de analisar melhor a personalidade do substituto. A mídia julgou possível reconstruir a biografia de Temer com suas pós-verdades. E constatou rapidamente que apostara todas suas fichas em um dos políticos mais medíocres da República.
Até então, tinha feito uma carreira política rigorosamente fora do alcance dos holofotes. Assumindo o posto, levou para o Palácio seus quatro operadores pessoais e enrolou-se até em episódios menores, como o caso da carona no avião da JBS.
Exposto à luz do sol, desmanchou.

Ilusão 2– as reformas sem povo

Só a profunda ignorância de uma democracia jovem para supor ser possível uma organização suspeita se apossar do poder e enfiar na marra reformas radicais contra a maioria da opinião pública.
Pouco a pouco vai caindo a ficha – mesmo dos economistas mais liberais - que não existe saída fora da discussão democrática com todos os setores. A não ser que se pretenda manter o país permanentemente em um estado de exceção. Nesse caso, a escolha do ditador não será deles.
Ao mesmo tempo, a ilusão de que a mera troca de governo e o anúncio de reformas acordaria o espírito animal do empresário trombou com a realidade. A soma de recessão mais juros reais em alta liquida com qualquer pretensão de equilíbrio fiscal. Sem uma atitude ousada, de incremento calculado dos gastos públicos, não haverá recuperação da economia. E esse passo só poderá ser dado em um clima de entendimento entre os principais atores políticos e econômicos.

Ilusão 3 – engarrafando o gênio

Tiraram o gênio da garrafa e ordenaram: os limites são Lula e o PT. Depois tentaram engarrafar novamente, mas o gênio não quer voltar para a garrafa.
Nesse torvelinho, o PSDB foi devorado, seu presidente deverá ser preso nos próximos dias, o outro presidenciável, José Serra, escondeu-se – como sempre fez em momentos críticos -, as demais lideranças se enrolam entre ficar ou sair. E, com isso, obrigaram seu principal porta-voz, Ministro Gilmar Mendes, a se expor mais ainda.
Gilmar é o exemplo mais didático da manipulação da interpretação da lei, peça central do ativismo judicial. Tudo o que estimulou, no período que antecedeu e durante o impeachment, volta-se contra os seus. E Gilmar é obrigado a mudar totalmente seu discurso, mostrando que a posição ideológico-partidária de muitos magistrados antecede sua interpretação da lei. Há uma interpretação para cada ocasião.
Tem-se, agora, um caos total no grupo que se aliou para promover o impeachment.

Ilusão 4 – o poder ilimitado da Globo

A Globo não tem mais a sutileza de outros tempos, de exercitar suas preferências sem deixar digitais. Agora está se imiscuindo até nas eleições para a lista tríplice de Procurador Geral da República.
Em duas matérias seguidas – uma solta, outra cobrindo o debate dos candidatos – tenta comprometer dois favoritos às eleições, sustentando que são apoiados por lideranças com processos na Lava Jato ou pelo próprio Michel Temer.
O Ministério Público é uma corporação composta por pessoas preparadas para os temas jurídicos, mas, em geral, desinformadas sobre as jogadas político-midiáticas. Mas é impossível que esse pacto Janot-Globo passe despercebido da categoria, como uma intromissão descabida nos seus assuntos internos, tão descabida (aos olhos da corporação) quanto uma escolha de PGR fora da lista tríplice.
Todo esse jogo tem como pano de fundo os últimos capítulos das investigações do FBI sobre a FIFA. Com o indiciamento do presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, o escândalo finalmente chega à Globo. Será cada vez mais difícil ao MPF – e à cooperação internacional – justificar a inação no fornecimento de informações ao FBI.
Com o acordo com Janot, a Globo tenta se blindar. O escândalo Del Nero está nas principais publicações internacionais, mas continua solenemente ignorado pelo PGR e sua equipe.
Essa circunstância pode explicar o surpreendente pacto Globo-PGR para, de um lado, derrubar Michel Temer, de outro garantir que o candidato de Janot seja o mais votado da lista tríplice.

Ilusão 5 – jogo sem vencedores

A evolução da crise política, econômica e social mostra que será impossível se ter um vencedor nesse jogo. Os principais atores já estão mortalmente feridos ou em vias de.
O PSDB inviabiliza-se como alternativa. O “novo” João Dória Jr se desmancha no ar a cada dia, com provas cada vez mais evidentes da desinformação sobre a montagem de políticas públicas eficazes. Apelando cada vez mais para factoides de redes sociais, para radicalizações inconsequentes, consegue desgastar rapidamente sua imagem.
Do mesmo modo, embora ainda contando com apoio popular, a cada dia que passa a Lava Jato se isola, já que o espaço amplo de que dispunha se devia ao endosso total da mídia e do mercado ao delenda-Lula. Quando extrapolou, deixou de contar com o apoio unânime desses setores. Episódios como as palestras de procuradores faturando em cima do episódio, a desgasta não apenas em muitos setores, mas dentro do MPF.
A própria Globo terá que enfrentar um poder superior, supranacional, em territórios externos, onde sua influência não conta muito.
Chega-se, assim, àqueles momentos de impasse, em que a guerra leva a um jogo de perde-perde.
E, no Paraná, um juiz obcecado, e procuradores partidarizados, pretendem inviabilizar Lula, um dos pilares centrais para uma saída pacífica da encrenca em que engolfaram o país. 

Movimentos populares exigem a exoneração do secretário de segurança do Pará

Movimentos populares exigem a exoneração do secretário de segurança do Pará

A solicitação foi feita por meio de um documento produzido pela sociedade civil entregue durante audiência com o governo

Brasil de Fato | Belém (PA)
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Ato na tarde desta segunda (19) nas ruas de Belém (PA) clama por justiça no caso do massacre de Pau D'Arco / Lilian Campelo
Durante audiência realizada nesta segunda-feira (19) no Palácio dos Despachos em Belém com o vice-governador do Pará, José da Cruz Marinho (PSC), os representantes dos movimentos populares do campo e da cidade, artistas e paramentares solicitaram a exoneração do secretário de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), Jeannot Jansen, e da cúpula das Polícias Civil e Militar do estado.
O documento, que pode ser acessado aqui, foi entregue ao vice-governador pela atriz Dira Paes, integrante do Movimento Humanos Direitos (MHD), e por Carmen Foro, vice-presidenta nacional da Central Única do Trabalhadores (CUT). Segundo a Secretaria de Comunicação, o governador Simão Jatene (PSDB) não pode comparecer devido a problemas de saúde.
O pedido de exoneração foi construído pelas lideranças dos movimentos populares, que também fazem parte do Observatório do Massacre de Pau D’Arco.
Foram apresentados 14 pontos de reivindicações, entre elas o cancelamento de registros no Cadastro Ambiental Rural (CAR), que estão sobrepostos em terras de comunidades tradicionais indígenas e quilombolas e em Unidades de Conservação; a proteção aos defensores de direitos humanos ameaçados de morte; e medidas sociais para as famílias que perderam seus parentes “em função da atuação criminosa de agentes do Estado em conflitos no campo”.

Familiares

Além das lideranças dos segmentos populares, estavam presentes familiares dos trabalhadores rurais que foram assassinados na fazenda Santa Lúcia em ação das polícias militar e civil no dia 24 de maio.
Giodeher Oliveira perdeu sete parentes na chacina. Ela é cunhada de Jane Júlia de Oliveira, presidenta da Associação dos Trabalhadores Rurais Nova Vitória, a única mulher assassinada. Muito emocionada, disse que toda a família está abalada e pediu celeridade na apuração do caso, pois a família vem recebendo ameaças.
“Eu acredito sim na Justiça, mas ultimamente eu acredito mais na justiça divina, porque não dá para confiar nas pessoas que a gente pensa que vão nos proteger. Eu fico com os nervos à flor da pele porque, depois desse fato, minha família ainda está sendo ameaçada. Estão ameaçando meu filho o tempo todo. A gente fica com medo", relatou

Avaliação

O padre Ricardo Resende, que faz parte do MHD, avaliou que o governo do estado não deu resposta aos questionamentos que foram expostos pelos representantes da sociedade civil, como aquelas relacionadas ao amparo social e psicológico as famílias das vítimas:
“Foi proposto ao governo do estado que cuidasse das viúvas dos órfãos, dos familiares, tanto econômica quanto psicologicamente. Sobre isso, não foi dada nenhuma resposta. O ponto positivo foi o reconhecimento de que estamos diante não mais de um confronto, como foi dito inicialmente, mas de assassinatos."
Para ele, a grande questão está relacionada à responsabilidade do fato. "A responsabilidade é só daqueles que estavam lá –dos três delegados, do tenente coronel –, ou tinha uma ordem acima deles? ”, questiona.
Segundo José Batista, advogado da Comissão Pastoral da Terra (CPT) em Marabá, existem três procedimentos em curso sobre o caso da chacina em Pau D’Arco: inquéritos da polícia civil, sob o comando do delegado Roberto Paiva; um procedimento de investigação criminal do Ministério Público (MP) do estado, sob a responsabilidade de três promotores de Redenção; e o inquérito da Policia Federal.
“Nós esperamos que nas próximas semanas esses procedimentos sejam concluídos, e a gente já tenha conhecimento sobre a denúncia que o MP irá formular e apresentar à justiça”, anseia Batista.
Já ao final da audiência, a atriz Dira Paes destacou que a sociedade civil será “vigilante e incansável” na apuração dos fatos sobre do massacre em Pau D’Arco.
O encerramento se deu citando o nome dos dez trabalhadores rurais mortos e, ao final de cada nome, era falado a palavra “presente”, uma homenagem que os movimentos populares e as entidades de direitos humanos prestaram às vítimas.
Edição: Camila Rodrigues da Silva

A FALSA SAÍDA DO PRÍNCIPE FALIDO

A falsa saída do Príncipe falido

Tarso Genro


Nos estudos que realizou sobre a obra de Maquiavel, Gramsci identificou no partido político moderno a “consciência que opera a necessidade histórica, como protagonista de um drama histórico real e efetivo”. Ele é um organismo, não um “herói pessoal”. Não depreciou, porém, da figura do líder, do dirigente, “uma força que não pode ser destruída”, na qual o organismo vivo do partido encontra - às vezes- uma expressão “mítica”. Assim, para Gramsci – por diferentes motivos e através das formas diversas destes “organismos” – Lênin, De Gaulle, Churchill, Getúlio, Perón encarnariam - como figuras míticas – a expressão política do “Príncipe” moderno (o organismo): os condutores de massas que foram, no seu tempo histórico, extraídos das tragédias e brilhos dos turbilhões sociais.

Por este raciocínio não é difícil concluir porque o grande movimento liberal-rentista, centrou sua força destruidora na figura de Lula que, com seus governos, alterou modestamente a hierarquia das desigualdades no país e através da força normativa e política do Estado, distribuiu renda e colocou na mesa da democracia, os que não tinham voz nem vez. Nas grandes negociações políticas de Estado, que geram políticas públicas de coesão social e dignidade mínima, apareceram as classes populares com a sua presença incômoda.
 Mas o ódio despertado foi tão grande e o movimento foi tão esfuziantemente celebrado, pelos moralistas bem intencionados e pelos que se escondem no moralismo para se corromperem mais tranquilamente, que o processo fugiu dos objetivos previstos pela elite dirigente.

Na verdade, a inércia da burocracia do Estado, tornada força política sem controle, substituiu o “Príncipe” moderno e capturou a classe média que forma suas ideias sobre o mundo no Jornal Nacional. Os partidos fragmentados, as lideranças sem projetos, os militantes sem causa unitária era tudo que o país precisava para morrer por mais cinquenta anos.

Lembrei-me do Príncipe, de Maquiavel, por dois motivos, Primeiro, porque os nossos “Príncipes” modernos, os partidos, foram substituídos por Promotores, Juízes, Policiais, que incensados ou combatidos – conforme o caso – pelo oligopólio da mídia que comanda, compõem a pauta política da nação. Prendem e arrebentam, justa ou injustamente, mas preenchem a crise do Estado com a revelação de mediocridades fascistas que se sucedem e logo são substituídos – como celebridades – pelo próximo corrupto ou pelo próximo delator.

Segundo, lembrei-me do “Príncipe”, porque o “príncipe dos sociólogos” (FHC), abandonou o seu antigo feudo e se lançou na campanha das diretas, esvaziando a seriedade unitária da proposta.

Todos sabemos que o que ele quer, efetivamente – ao lançar a isca da soberania popular – é fazer uma transição do golpismo corrupto e corruptor, que ele promoveu, para uma tutoria menos indecente do Estado, tentando blindar, no crepúsculo, a sua biografia de enganos.

A proposta de FHC, na verdade, visa promover um acordo do golpismo político, que lhe cooptou, com os que promovem as reformas liberais, e assim formar qualquer governo que cumpra esta tarefa. O que ele menos quer é a realização de eleições diretas e soberania popular.

O grande problema desta grande estratégia, na conjuntura atual,  é que sequer existem interlocutores legitimados para acordarem, seja um novo contrato social, seja um pacto político de transição para um futuro, ainda que incerto, porém mais democrático. E quando não existem interlocutores legitimados que representem forças organizadas e operem protagonismos “reais e efetivos”, os aventureiros tomam conta dos “dramas históricos”. E os protagonistas, de quem nos falava Gramsci, não se tornam nem farsantes nem apenas trágicos. São os medíocres que não aguentam o primeiro tranco do mercado.

* Tarso Genro foi prefeito de Porto Alegre, governador do Rio Grande do Sul, ministro da Justiça, ministro da Educação e ministro das Relações Institucionais do Brasil.


Os jornalistas da Globo são tão responsáveis pelo golpe quanto seus patrões.

DOMINGO, 18 DE JUNHO DE 2017

Os jornalistas da Globo são tão responsáveis pelo golpe quanto seus patrões.

Por Paulo Nogueira


Minha tolerância com qualquer coisa produzida pela Globo é baixíssima.

Tudo ali me provoca repugnância.

Mas acabei vendo alguns minutos da GloboNews no dia em que Waldir Maranhão anulou, ou tentou anular, a sinistra sessão em que bufões da Câmara aprovaram o golpe.

No pouco que aguentei ver, o que mais me impressionou foram as análises da comentarista Cristiana Lobo.

Ela acredita mesmo nas coisas absurdas que fala? Foi essa a pergunta imediata que me fiz.



Cristiana condenou a instabilidade que Maranhão trouxera para a cena política. Deus. Sob o comando descarado da Globo em que ela trabalha, a oposição vem promovendo uma brutal instabilidade no Brasil desde que Dilma se elegeu para um segundo mandato.

Aécio, o playboy do Leblon que se consagrou como o mais sórdido perdedor da história política nacional, colocou imediatamente em dúvida a lisura das eleições. Chegou a reivindicar, no primeiro grande espasmo golpista, que sua chapa fosse empossada no lugar da encabeça por Dilma e o traidor.

A Globo esteve por trás de todo o processo de desestabilização do governo eleito. Jamais serão esquecidos os circos montados pela emissora a cada etapa em que a Lava Jato perseguia os suspeitos de sempre – os petistas.

Também ficarão na memória as coberturas de protestos contra Dilma, tratados como grandes festas da sagrada família brasileira.

Isso para não falar na criminalização de pedalinhos em intermináveis minutos no Jornal Nacional.

A Globo virou a Veja. Abandonou completamente o jornalismo para se dedicar ao golpe todos os dias e todas as horas.

Com a diferença de que a Veja é uma revista semimorta, e a Globo, monopolista, infesta a cena de mídia nacional com jornais, rádios, emissoras de tevê etc etc.

Em seu cinismo bandido, a Globo fingiu se bater pela moralidade. Logo ela, símbolo da corrupção, uma empresa que faz qualquer coisa para que seus donos mandem no Brasil e, assim, multipliquem uma fortuna pessoal indecente.

A Globo sonega. A Globo paga propina para transmitir Copa do Mundo e outras coisas que lhe trazem um dinheiro colossal. A Globo se encharca de recursos públicos via BNDES. A Globo é um monstro moral.

E se faz de virgem.

Os jornalistas da Globo, no golpe em curso, contribuíram decisivamente para a causa abjeta dos patrões.

Um caso exemplar é o de Erick Bretas, que se fantasiou de Sérgio Moro no Facebook para defender histericamente o golpe. Não é a única fantasia de Bretas: ele também se vestiu e se veste de jornalista.

Não é apenas a Globo que deve ser combatida impiedosamente pela sociedade pelos males que fez, faz e fará contra o país.

Também seus jornalistas devem receber o justo castigo por ajudarem a transformar o Brasil num imenso, num desolador Paraguai.

Ou o Brasil acaba com a Globo ou a Globo acaba com o Brasil. Os Marinhos sempre tramarão para que sejamos uma república dos plutocratas, desigual, em que uns poucos tenham muito para que a imensa maioria divida o resto.

O bilionário Jorge Paulo Lemann disse que o Brasil jamais será estável enquanto houver desigualdade.

Acrescentemos: e jamais será iguialitário enquanto existir a Globo.

Uma das raras coisas boas dessa crise é que nunca isto ficou tão claro.

A Globo boicotou a democracia a cada instante neste golpe. Ela tem que ser combatida nesta mesma medida: a cada minuto, compreendidos aí os Marinhos e seus cúmplices jornalistas.

Texto original: Diário do Centro do Mundo (DCM)

Comissão do Senado rejeita reforma trabalhista

Comissão do Senado rejeita reforma trabalhista

Por 10 votos a 9, os senadores rejeitaram a proposta, que vinha sendo utilizada pelo governo para demonstrar que ainda tem força no Congresso.

A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado rejeitou nesta terça-feira o parecer da reforma trabalhista redigido pelo senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), imprimindo ao governo uma importante derrota.
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Por 10 votos a 9, os senadores rejeitaram a proposta, que vinha sendo utilizada pelo governo para demonstrar que ainda tem força no Congresso.
Com a rejeição do relatório de Ferraço, a presidente da comissão, Marta Suplicy (PMDB-SP), pôs em votação o voto em separado do senador Paulo Paim (PT-RS), que foi aprovado em votação simbólica. O parecer segue agora para a CCJ.
A base governista não contava com a derrota na comissão. O calendário da reforma prevê começar a leitura da proposta amanhã na Comissão de Constituição de Justiça, presidida por Romero Jucá (PMDB-RR). A votação está prevista para ser votado dia 28, antes do recesso, no plenário do Senado.

O que acontece agora

A derrota na CAS não enterra a proposta de reforma trabalhista. O relatório de Ferraço pode ser apresentado na CCJ, apesar de ter sido rejeitado hoje na CAS. Paim diz que a diferença é que a CCJ precisa primeiro colocar em votação seu voto em separado para depois analisar o relatório de Ferraço.
Jucá afirmou no Twitter que colocará o texto de Ferraço em votação na CCJ.
Paim afirma que a oposição está se mobilizando para aprovar seu voto em separado também na CCJ. Seu voto é uma nova proposta de reforma trabalhista, de 80 páginas, que pede a rejeição do relatório de Ferraço. Em vez da proposta original, Paim sugere uma reforma, segundo ele, que preserva os direitos dos trabalhadores sem precarizar a mão-de-obra.
A estratégia do governo para votar rapidamente a reforma trabalhista previa que o texto não sofresse alterações no Senado, para que não tivesse de retornar para a Câmara.

Saiba o que acontece agora com a reforma trabalhista


Saiba o que acontece agora com a reforma trabalhista

Segundo o líder governista, Romero Jucá, a proposta segue tramitando normalmente no Senado e deve ser lida amanhã na CCJ

O governo sofreu uma derrota inesperada na votação da reforma trabalhista na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado. Por 10 votos a 9, a comissão rejeitou o relatório do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) sobre a reforma trabalhista.
Em seguida, os senadores aprovaram o voto em separado do senador Paulo Paim (PT-RS), que é uma espécie de reforma trabalhista alternativa.