quarta-feira, 24 de julho de 2019

Haddad: democracia acabou no Brasil

Demori rebate Moro: "Em um país sério, o investigado seria você"

Demori rebate Moro: "Em um país sério, o investigado seria você"

O jornalista Leandro Demori, editor do site The Intercept Brasil, rebateu as afirmações do ministro Sergio Moro, que tentou associar os supostos "hackers", acusados de violar o celular do ministro, ao conteúdo revelado pela Vaza Jato: "Nunca falamos sobre a fonte. Essa acusação de que esses supostos criminosos presos agora são nossa fonte fica por sua conta", rebateu Demori
Leandro Demori
Leandro Demori (Foto: Alice Vergueiro/Abraji)
247 - O jornalista Leandro Demori, editor do site The Intercept Brasil, rebateu as declarações do ministro Sergio Moro, que tentou associar os supostos "hackers", acusados de violar o celular do ministro, ao conteúdo revelado pela Vaza Jato.
Em sua página nas redes sociais, Moro afirma que os suspeitos presos são "a fonte de confiança daqueles que divulgaram as supostas mensagens obtidas por crime".
"Nunca falamos sobre a fonte. Essa acusação de que esses supostos criminosos presos agora são nossa fonte fica por sua conta. Não surpreende vindo de quem não respeita o sistema acusatório e se acha acima do bem e do mal. Em um país sério, o investigado seria você", rebateu Demori.
"Está cada vez mais claro: Moro virou político em busca de um foro privilegiado pra poder falar impunemente em público as coisas que dizia antes em chats secretos.

Irã reage a Bolsonaro e ameaça cortar importações do Brasil

Irã reage a Bolsonaro e ameaça cortar importações do Brasil

O Irã reagiu à decisão do governo Bolsonaro de não reabastecer dois navios do país ancorados no porto de Paranaguá e ameaçou nesta terça-feira cortar suas importações do Brasil; Irã é o maior comprador do milho brasileiro, respondendo por 1/3 do total exportado e relevante parceiro comercial do país; embaixador do Irã, Seyed Ali Saghaeyan, diz que seu país pode facilmente encontrar novos fornecedores de milho, soja e carne
(Foto: Reuters)
Sputnik - O Irã tem ameaçado cortar suas importações do Brasil, a menos que este permita o reabastecimento de pelo menos dois navios iranianos ancorados ao largo do porto de Paranaguá (PR) por falta de combustível.
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A petroleira Petrobras se recusa a vender combustível para que as embarcações voltem ao país de origem como sinal da repercussão global das sanções norte-americanas sobre a República Islâmica.
Sem o combustível, os navios iranianos que transportam milho brasileiro não podem voltar ao país persa, comunicou Bloomberg. Segundo informações, o navio iraniano Bavand está carregado com 48 mil toneladas de milho enquanto a embarcação Termeh está vazia.
O embaixador do Irã em Brasília, Seyed Ali Saghaeyan, disse às autoridades brasileiras na terça-feira (23) que seu país poderia facilmente encontrar novos fornecedores de milho, soja e carne se o país sul-americano se recusar a permitir o reabastecimento dos navios.
"Eu disse aos brasileiros que deveriam ser eles a resolver esse problema, e não os iranianos", disse Saghaeyan em uma rara entrevista na Embaixada do Irã em Brasília.
"Se não for resolvido, talvez as autoridades de Teerã queiram tomar alguma decisão porque este é um mercado livre e outros países estão disponíveis", ressaltou o embaixador.
Devido ao risco de sanções americanas, a petroleira estatal brasileira se recusa a vender combustível para os navios iraniano que estão há mais de mês ao largo do porto de Paranaguá, a cerca de 450 km ao sul de São Paulo.

Interferência de terceiros

Como forte apoiador do presidente norte-americano Donald Trump, Bolsonaro alertou os exportadores sobre o risco do comércio com o Irã, acrescentando que o Brasil está do lado dos EUA em sua política em relação ao Oriente Médio.
O embaixador iraniano comunicou que, para resolver o impasse, o Irã considera enviar combustível para os navios que estão parados, embora essa opção demore mais tempo e seja cara.
"Países independentes e grandes como o Brasil e o Irã devem trabalhar juntos sem interferência de qualquer terceira parte ou país", acrescentou Saghaeyan, que solicitou uma reunião, ainda sem resposta, com o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo.
Em comunicado, a chancelaria brasileira disse que seguiria as orientações legais sobre o assunto.
O Brasil exporta cerca de US$ 2 bilhões (R$ 7,5 bilhões) para o Irã por ano, principalmente milho, carne e açúcar, enquanto Teerã compra um terço de todas as exportações de milho brasileiro.

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