quarta-feira, 4 de março de 2015

Agência de classificação que rebaixou notas da Petrobras é investigada por fraude nos EUA


 26/02/2015

Agência de classificação que rebaixou notas da Petrobras é investigada por fraude nos EUA


Globotefazdeotario
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos abriu uma investigação sobre a atuação da Moody’s Investors Service no período que antecedeu a crise de 2008, afirmaram fontes próximas ao caso.
Na semana passada, a Moodys rebaixou todas as notas de classificação de risco da Petrobrás, por causa de “preocupações sobre investigações de corrupção”. Foi o terceiro rebaixamento da empresa em quatro meses, com impacto nas ações da empresa.
O motivo da investigação nos EUA é que a agência de classificação de risco teria concedido ratings positivos a ativos baseados em hipotecas. A acusação é a mesma feita à outra agência, a Standard & Poor’s, com quem o Departamento de Justiça está próximo de um acordo.
Segundo essas fontes, agentes teriam se encontrado com diversos ex-executivos da Moody’s nos últimos meses para discutir os critérios de avaliação desses ativos complexo, principalmente no período entre 2004 e 2007.
Naqueles anos, a Moody’s e a S&P deram notas AAA para esses títulos, tornando-os elegíveis mesmo para investidores com perfil conservador. Quando o mercado imobiliário ruiu, perdas em investimentos relacionados a esses títulos ajudaram a aprofundar a crise.
Esta semana, o Departamento de Estado também pode anunciar um acordo de US$ 1,37 bilhão para encerrar a investigação sobre a S&P. (Dow Jones Newswires).

PSDB movimentou US$ 176,8 milhões em conta secreta do HSBC



Duas grandes roubalheiras que comprometeram o progresso e o desenvolvimento do povo paranaense para favorecer políticos corruptos podem ser desvendadas no caso Suiçalão. A quebra do Banestado e a venda do Bamerindus seguiram roteiros parecidos, favorecendo verdadeiras quadrilhas organizadas em torno da política local, estadual e nacional.

Na verdade, os maiores ladrões do Brasil não estão nas penitenciárias e delegacias, mas soltos, nas colunas sociais.

O Bamerindus, em 1997, presidido na época por José Eduardo de Andrade Vieira, sofria ataques sistemáticos da mídia e boatos sobre possível inadimplência. Em alguns setores e corredores palacianos dava-se como certa a “quebra do Bamerindus”. Entretanto, a realidade era outra, o banco paranaense tinha 1.241 agências, ativos de mais de 10 bilhões de reais e uma das maiores e rentáveis seguradoras do país. O que aconteceu para que o banco fosse entregue de mão beijada ao HSBC? Hoje, finalmente, o livro “Privataria Tucana” revela os bastidores da campanha para tirar o Bamerindus dos paranaenses: o ex-ministro das Comunicações, Sérgio Motta, havia pedido 100 milhões de reais ao banqueiro José Eduardo de Andrade Vieira como doação para a campanha de FHC. O banqueiro disse não, embora colocasse avião com piloto à disposição da campanha e fizesse outras doações em dinheiro. Meses depois da campanha, o HSBC recebeu dinheiro do governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB) – na surdinha – para comprar o Bamerindus: 431,8 milhões de reais do Banco Central foram entregues ao HSBC para reestruturar o Bamerindus e saldar dívidas de reclamações trabalhistas. Além do dinheiro, o Banco Central limpou a parte problemática da carteira imobiliária, repassada para a Caixa Econômica Federal, que por sua vez recebeu 2,5 bilhões do Proer. Ou seja, o Brasil comprou o Bamerindus para o HSBC e o Paraná perdeu um dos maiores bancos do país.

Com o Banestado o escândalo foi ainda maior. O maior desvio de dinheiro na história do Paraná chega a 19 bilhões de reais durante o governo Jaime Lerner, com a quebra do Banestado, um dos bancos mais fortes e promissores do país, com 70 anos de trabalho financiando o progresso do nosso Estado. A “quebra” do Banestado foi um processo rápido e serviu para enriquecer quadrilhas organizadas e políticos de dentro e de fora do banco.

O Banestado foi quebrado numa espécie de “queima de arquivo” para esconder falcatruas e roubalheiras com o dinheiro público. O Doleiro Alberto Youssef, preso na Operação Lava Jato nos anos que se seguiram, confessou que entregava dinheiro vivo, fruto da roubalheira, ao ex-governador e deputados da sua base de apoio na Assembleia Legislativa do Estado do Paraná.

Políticos como José Serra (PSDB) e Jorge Bornhausen (DEM) constam de relatórios da Polícia Federal que mostram a existência de ordens de pagamento e registros de movimentações financeiras do esquema de lavagem de US$ 30 bilhões por meio da agência bancárias do Banestado de Foz do Iguaçu (PR).

Um dos principais documentos é o dossiê AIJ 000/03, de 11 de abril de 2003, assinado pelo perito criminal da Polícia Federal Renato Rodrigues Barbosa – que chegou ao ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, com um carimbo de “confidencial”. O perito e o delegado José Francisco Castilho Neto identificaram pessoas físicas e jurídicas que estariam usando o esquema de remessa de dinheiro do Brasil para o exterior.
O dossiê AIJ000/03 traz a indicação de José Serra, o mesmo nome do ex-ministro da Saúde e ex-presidenciável tucano. O AIJ004 aponta apenas S. Motta, que os policiais suspeitam ser o ex-ministro das Comunicações Sérgio Motta, que já morreu. O dossiê AIJ001 mostra transações financeiras do senador Jorge Konder Bornhausen, então presidente nacional do PFL, hoje DEM, e do seu irmão Paulo Konder Bornhausen. Já o dossiê AIJ002 aponta o nome do empreiteiro Wigberto Tartuce, ex-deputado federal por Brasília.

No caso de José Serra, há extratos fornecidos pelo banco americano JP Morgan Chase. O nome do ex-ministro, que segundo relatório dos policiais pode ser um homônimo, surge em uma ordem de pagamento internacional de US$ 15.688. O dinheiro teria saído de uma conta denominada “Tucano” e sido transferido para a conta 1050140210, da empresa Rabagi Limited, no Helm Bank de Miami, nos EUA. Serra é apontado como o remetente dos recursos. Isto seria uma indicação de que ele teria poderes para movimentar diretamente a conta Tucano. Entre 1996 e 2000, essa conta recebeu US$ 176,8 milhões, segundo a PF.


Brasil é o principal alvo dos EUA

Redação Pragmatismo
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EUA 06/Sep/2013 às 09:34
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Guilherme Balza, UOL

"Brasil é o principal alvo dos EUA", diz jornalista americano

Jornalista do The Guardian que obteve documentos de Edward Snowden promete revelar novas denúncias e assegura que o Brasil é o "grande alvo" dos EUA; entenda

Glenn Greenwald guardian brasil espionagem
Jornalista do “Guardian”, Glenn Greenwald garante que Brasil é o grande alvo dos EUA (Foto: Huffington Post)
O jornalista norte-americano Glenn Greenwald, que revelou os documentos secretos obtidos por Edward Snowden, disse que o Brasil é o maior alvo das tentativas de espionagem dos Estados Unidos. “Não tenho dúvida de que o Brasil é o grande alvo dos Estados Unidos”, disse o jornalista, que promete trazer novas denúncias. “Vou publicar todos os documentos até o último documento que deva ser publicado. Estou trabalhando todo dia.”
Greenwald revelou esta semana, em reportagem em conjunto com o programa “Fantástico”, da TV Globo, que o governo americano espionou inclusive os e-mails da presidente Dilma Rousseff e de seus assessores próximos.
Snowden era técnico da NSA, a agência de segurança americana, e revelou ao jornal britânico “The Guardian”, onde Greenwald é colunista, o escândalo de espionagem norte-americano.

Informativo Semanal do Prof. Ernesto Germano Pares

 




A nova tática do PMDB?
Ao que tudo indica, depois de conseguir a vitória na disputa pela presidência da Câmara dos Deputados, o PMDB já começa a mudar sua atuação com vistas à eleição de 2018. As velhas “raposas” peemedebistas já começam a avaliar as condições para disputar com candidato próprio as eleições presidenciais, coisa que não acontece desde 1994 quando Orestes Quércia foi o candidato do partido.
É preciso lembrar que, naquele ano, o antigo PFL realizou um Congresso e seus principais líderes aprovaram um interessante estudo que, ao longo do tempo, foi se mostrando consistente. Naquela data, o documento intitulado “PFL 2000” trazia um interessante estudo mostrando que a política no Brasil é – prioritariamente – feita nos municípios. Ou seja, o Brasil tem por característica uma política local. A conclusão do estudo dizia que o partido que conseguisse a administração de 2.000 municípios estaria cacifado para ganhar as eleições presidenciais.
O PFL não conseguiu conquistar os 2.000 municípios nas eleições seguintes. O partido com o maior número de prefeitos era o PMDB que, apesar das tentativas de “namoro” do PFL, acabou aliando-se ao PT para disputar as eleições de 2002.
Pouco antes das eleições presidenciais de 2014, uma parte do PMDB já mostrava certa vontade de se descolar do PT e seguir rumo próprio, mas não encontrou respaldo entre as velhas “raposas”. Ao que tudo indica, o PMDB estava muito dividido. Apesar do apoio declarado do senador Romero Jucá (PMDB-RR) à candidatura de Aécio Neves (PSDB), não havia uma posição definida dentro do partido e houve uma flagrante divisão por ocasião da eleição para a presidência do Senado.
A verdade é que uma parcela significativa do PMDB não está contente com a aliança com o PT e acha que é hora de disputar as próximas eleições com candidato próprio.
O perigo em abril. Começou a contagem regressiva para a votação do projeto de lei que trata da situação de trabalhadores terceirizados (PL 4.330/04), que será pautado no plenário logo em seguida à Semana Santa, no início de abril. A decisão foi anunciada na quarta-feira (25) pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
A proposta, que ainda aguarda análise da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), será levada diretamente ao plenário. “Mesmo que a CCJ não resolva, a gente leva para o plenário”, ressaltou o presidente.
A proposta teve sua tramitação marcada pela polêmica e, por diversas vezes, sua votação na CCJ foi inviabilizada pela oposição dos trabalhadores liderados pelas centrais sindicais.
Os principais pontos questionados são a permissão para que toda e qualquer atividade seja terceirizada; a criação de um sistema paralelo de sindicalização; e a liberação da responsabilidade solidária da empresa contratante caso a empresa de terceirização não cumpra as obrigações trabalhistas.
Projeto foi desarquivado no dia 10 de fevereiro e sua tramitação foi retomada a partir de onde estava antes de ser arquivado: o plenário da Câmara.
Perigo em dose dupla. A bancada do PSDB no Senado, por meio do senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), apresentou Requerimento 85/15 para desarquivar o PLS 87/10. Trata-se do projeto de autoria do ex-deputado e ex-senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), que expande a terceirização, arquivado em função do final da legislatura.
O projeto estava em tramitação na Comissão de Constituição e Justiça do Senado sob a relatoria do senador licenciado e atual ministro do Desenvolvimento Indústria e Comércio, Armando Monteiro (PTB-PE). O senador chegou a apresentar substitutivo à matéria, em que reproduziu toda a proposta (PL 4.330/04) em discussão na Câmara dos Deputados.
A pressão articulada do movimento sindical evitou a análise da proposta no colegiado do Senado.
Se a proposição for desarquivada retornará à análise da CCJ. Se aprovada na Comissão segue para o exame da Comissão de Assuntos Sociais, que poderá apreciá-la em decisão terminativa, ou seja, sem a necessidade de votação no plenário da Casa.
Produção industrial registra alta em janeiro ante dezembro, mostra CNI. O índice de produção industrial, medido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), ficou em 42,7 pontos em janeiro, ante resultado de 38,3 pontos em dezembro. Os dados estão na pesquisa mensal “Sondagem Industrial” divulgada nesta quinta-feira. Apesar da alta entre o último mês de 2014 e janeiro deste ano, o índice está abaixo da linha dos 50 pontos, o que representa queda, menos acentuada, na produção em relação ao mês anterior. “Os dados da Sondagem Industrial mostram continuidade do quadro de desaquecimento da atividade, conforme mostra o índice de utilização da capacidade instalada efetiva em relação ao usual”, avaliou, em nota, a CNI. O indicador do número de empregados na indústria foi de 44,4 pontos no último mês, ante 44,2 pontos em dezembro e 48 pontos em janeiro de 2014. O porcentual médio de Utilização da Capacidade Instalada (UCI) por sua vez caiu para 67% no mês passado, ante 68% em dezembro. Em relação a janeiro de 2014, a UCI também caiu já que ela estava em 70% no primeiro mês de 2014. (Valor Econômico – 26.02.2015) 
Taxa de desemprego sobe para 5,3% em janeiro, aponta IBGE. A taxa de desemprego subiu para 5,3% da população economicamente ativa (PEA) em janeiro, de acordo com dados da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), divulgados nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa é maior que a esperada por 18 consultorias e instituições financeiras consultadas pelo Valor Data, que estimaram, em média, desemprego de 5,1% para o mês passado. O intervalo das projeções foi de 4,7% a 5,6%. O desemprego subiu em relação aos 4,3% apurados em dezembro, e ficou acima da taxa registrada no mesmo período do ano passado, de 4,8%. A PME abrange as regiões metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre. A PEA dessas seis regiões aumentou apenas 0,1% em janeiro, tanto na comparação com dezembro quanto no confronto com o mesmo período do ano passado. Já a população desempregada - 1,3 milhão de pessoas – aumentou 22,5% frente a dezembro (237 mil pessoas a mais) e 10,7% em relação a janeiro de 2014 (125 mil pessoas a mais). A população empregada - de 23 milhões - caiu 0,9% em relação a dezembro (menos 220 mil pessoas) e ficou estável na comparação com janeiro de 2014. A população não economicamente ativa foi estimada em 19,3 milhões, mantendo-se relativamente estável em relação a dezembro (-0,2%), mas crescendo 2,9% frente a janeiro de 2014 (mais 551 mil pessoas). (Valor Econômico – 26.02.2015) 
Em Santa Catarina, mais trabalhadores em regime de escravidão. O Ministério Público do Trabalho em Santa Catarina (MPT-SC) identificou 12 pessoas vivendo em condições análogas à escravidão em Forquilhinha, no sul catarinense. Elas vieram do Paraná para trabalhar em aviários da região e encontraram uma situação bem diferente da negociada.
Homens, mulheres e até crianças vieram do Paraná com a promessa de receber salários de até R$ 1.400 reais, além de auxílio para pagar o aluguel. Eles foram contratados por uma empresa terceirizada que os alojou em uma mina desativada da região.
“Eles disseram que iriam levar a gente para uma casa, mas acabamos ficando aqui. Nós não temos nem chuveiro pra tomar banho”, desabafa Ademir Alves.
Os trabalhadores viviam em condições sub-humanas há quase um mês. Os quartos eram improvisados, sem armários ou camas e os trabalhadores precisavam dormir em colchões no chão.
Mujica: agradece ao povo uruguaio. Na sexta-feira (27), o presidente José “Pepe” Mujica recebeu uma grande homenagem de seu povo. Ele está se afastando do cargo de Presidente que, a partir de hoje, será ocupado por seu sucessor da Frente Ampla, Tabaré Vázquez.
Ele agradeceu ao povo uruguaio pelo apoio que recebeu durante todo o seu mandato e garantiu que seguirá na luta, sempre ao lado dos trabalhadores e dos humildes. “Obrigado pelo carinho de vocês e, sobretudo, pelo companheirismo que vi em cada vez que me senti só como Presidente”, disse ele. Depois disse que “a luta que se perde é aquela que se abandona (...) muitos outros continuarão o caminho de luta”.
“Não estou indo, estou chegando, sairei com um último sopro de esperança e, onde estiver, estarei sempre com vocês. Obrigado, querido povo!”
Um último grande ato! Mujica deixa o governo do Uruguai, mas sai com um último grande ato de generosidade e solidariedade latino-americana.
José “Pepe” Mujica e Evo Morales, presidente boliviano, formalizaram na quinta-feira (26) o acordo para outorgar uma saída para o oceano Atlântico, no porto de águas profundas que será construído no departamento uruguaio de Rocha. A reivindicação por uma saída ao mar é uma demanda histórica boliviana após o país ter perdido 400 quilômetros de praia e 120 mil de território na Guerra do Pacífico contra o Chile.
Em um dos seus últimos atos enquanto presidente do Uruguai, Mujica disse que é “inevitável” que a Bolívia tenha uma saída para o mar e que o intercâmbio comercial marítimo é um “direito natural” para o desenvolvimento das nações. “Todos os países de América do Sul necessitam desta integração para o comércio de complementariedade para o bem do nosso povo”, disse.
A ideia é que o Paraguai, que igualmente é um país sem saída para o mar, também usufrua do porto. “Na realidade, sonho que a humanidade caminhe não para a dissolução dos povos e nações, mas para que cada vez as fronteiras tenham menos sentido na vida futura”, disse Mujica.
BRICS: dor de cabeça para o “império”. A grande realidade do momento é que os organismos que foram criados depois da Segunda Guerra para sustentar o crescimento e a dominação do sistema capitalista, principalmente o FMI e o Banco Mundial, já não estão mais sendo capazes de entender e controlar a nova realidade mundial que se caracteriza pelo crescimento de economias emergentes e o rompimento de países ditos “periféricos” com o modelo neoliberal, exemplo da América Latina.
Diante do quadro de crise se espalhou pelo mundo a partir de 2008, incluindo aqui a quase paralisação total do G-20, o BRICS (Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul) parece estar assumindo o papel de destaque e vai construindo, cuidadosamente, as próprias alternativas para a superação das dificuldades. Mais do que isto, vai se tornando uma referência e atraindo a “simpatia” de outras nações que também desejam se liberar do domínio das receitas neoliberais.
Lentamente, com todo o cuidado que é necessário, o BRICS vem negociando e planejando a criação de um Arranjo Contingente de Reservas (Contingent Reserve Arrangement – CRA) e o Novo Banco de Desenvolvimento (New Development Bank – NDB). O primeiro será um fundo de estabilização entre os cinco países; o segundo, um banco para financiamento de projetos de investimento nos países do BRICS e outros países em desenvolvimento.
O Brasil tem atribuído, desde o governo Lula, grande importância à atuação no âmbito dos BRICS. No governo Dilma, a atuação conjunta com os demais países tornou-se uma das principais vertentes da política externa brasileira. Isso se tornou mais claro na cúpula realizada em Fortaleza, em julho de 2014, quando foram assinados os acordos que estabelecem o CRA e o NDB. Esses dois mecanismos são complementares às instituições multilaterais de Washington e podem inclusive cooperar com elas.
O valor inicial do CRA é US$ 100 bilhões. A China entra com US$ 41 bilhões; Brasil, Rússia e Índia com US$ 18 bilhões cada; e a África do Sul com US$ 5 bilhões. Trata-se de um “pool” virtual de reservas, em que os cinco participantes se comprometem a proporcionar apoio mútuo em caso de pressões de balanço de pagamentos. O termo “contingente” reflete o fato de que, no modelo adotado, os recursos comprometidos pelos cinco países continuarão nas suas reservas internacionais, só sendo acionados se algum deles precisar de apoio de balanço de pagamentos.
O CRA tem um sistema de governança em dois níveis. As decisões mais importantes serão tomadas pelo Conselho de Governadores (Governing Council), com os assuntos de nível executivo e operacional ficando a cargo de um Comitê Permanente (Standing Committee). O consenso é a regra para quase todas as decisões. Somente as decisões do Comitê Permanente relacionadas a pedidos de apoio e de renovação de apoio serão tomadas por maioria simples de votos ponderados pelo tamanho relativo das contribuições individuais.
O NDB financiará projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável não só para o BRICS como também em outros países em desenvolvimento. Há uma grande carência de recursos para financiar o desenvolvimento da infraestrutura no mundo. O Banco Mundial e os bancos regionais de desenvolvimento não têm capital suficiente e continuam dominados pelas potências tradicionais. Os EUA e outros países desenvolvidos relutam em aumentar o capital e a capacidade de emprestar do Banco Mundial, mas querem ao mesmo tempo preservar o controle da instituição.
Sujeiras da realeza europeia! A família real espanhola, onde a irmã do atual rei é acusada de lavagem e desvio de dinheiro, além de tráfico de influência, não é a única da região envolvida com escândalos.
Na Inglaterra, por exemplo, as duas noras da rainha Elizabeth II foram acusadas de estarem recebendo dinheiro de empresários para conseguir encontros privados com “sua majestade”. As esposas dos dois príncipes ingleses, Edward e Andrews, foram filmadas quando “negociavam” encontros com a rainha. O próprio príncipe Andrews já foi implicado em vários casos por manter negócios com empresários suspeitos.
Na Suécia a família real está totalmente protegida, pela Constituição, e não pode ser acusada e nem responder a processos e ser investigada! Foi o que demonstrou um recente escândalo quando a imprensa divulgou que um grupo de empresários suecos havia pago toda a luxuosa “lua de mel” da herdeira ao trono. Houve uma tentativa formal de acusação por corrupção, por parte de cidadãos, mas o caso não foi adiante porque o juiz escolhido para o caso decidiu que “a princesa e toda a família real não podem ser alcançadas pela Lei. A princesa herda o título e, dessa forma, não está incluída na categoria de pessoas que possam ser atingidas pela Legislação”.
Na Holanda o escândalo abafado foi ainda mais grave! Em 1970, a empresa aeronáutica Lockheed acusou o rei consorte, Bernard, de haver cobrado um milhão de dólares, na época, para interceder a favor da empresa na compra de aviões de caças para a força aérea do país. A então rainha Juliana abdicou, tentando superar o problema. Sua filha assumiu e atuou com força para impedir que o processo fosse encaminhado. O Parlamento holandês não aceitou a abdicação, na época, mas retirou todos os títulos, honras e privilégios de Bernard.
Espanhóis protestam contra novos cortes sociais. Centenas de pessoas realizaram uma passeata e manifestação de protesto em Madri, no domingo (22), para denunciar novos cortes nos serviços sociais que estão sendo feitos para atender a novas exigências da “troika”.
Tendo como lema “Pelas liberdades, os direitos e os serviços públicos: contra o golpe político e econômico”, os manifestantes denunciaram que o governo do Partido Popular (PP) está se submetendo às pressões do Fundo Monetário Internacional, da Comunidade Europeia e do Banco Central Europeu. Foram feitas denúncias contra novos cortes realizados em setores fundamentais, como saúde e educação pública.
Os participantes da marcha denunciaram também que o Congresso do país está aprovando novas leis que impedem os protestos. A polêmica Lei de Segurança Cidadã, aprovada em dezembro passado, estabelece penas de prisão ou de multas que chegam a 600 mil euros para que organizar manifestações não autorizadas.
Japoneses exigem a retirada de base estadunidense. Japoneses residentes na ilhota de Okinawa, no sul do Japão, realizaram manifestação diante da base militar estadunidense na ilha e pediram a sua imediata desativação.
A manifestação, no sábado (21), denunciava o incômodo dos moradores locais com o excessivo ruído causado pelos pousos e decolagens de aviões militares estadunidenses, além das constantes violações de direitos dos cidadãos locais por parte dos militares estrangeiros. 
Os habitantes da ilha estão preocupados com os perigos que a base traz para a região e estão indignados pelos constantes delitos sexuais cometidos por militares da marinha estadunidense, ressaltando que nunca são levados a julgamentos porque os EUA não permitem qualquer acusação contra seus soldados no exterior. São cerca de 50.000 militares estadunidenses na província de Okinawa.
A raposa no galinheiro! A polêmica sobre a atuação do conhecido banco HSBC vai se ampliando e ganhando contornos de comédia, se não fosse tão grave e desmoralizante.
O jornal “The Guardian” publicou um interessante artigo em que o diretor geral do banco na Inglaterra, Stuart Gulliver, também tem uma conta secreta em Genebra, desde 1998, e não está dando as explicações solicitadas pelas autoridades que investigam o banco. Segundo os documentos publicados pelo jornal, Gulliver tem aproximadamente 7,6 milhões de dólares em sua conta secreta!
As investigações demonstraram, sem sombra de dúvidas, que Stuart Gulliver é o único beneficiário de uma conta em nome de Worcester Acciones Inc., uma empresa anônima registrada no Panamá.
A França caminha para o caos? A ultradireitista Frente Nacional, partido de Marine Le Pen, está liderando com 30% as pesquisas de intenções de votos para as eleições municipais francesas que serão realizadas em 22 e 29 de março.
Segundo a pesquisa, realizada pelo Instituto Francês de Opinião Pública e divulgada em vários jornais, a Frente Nacional leva uma leve vantagem contra a União por um Movimento Popular (de Nicolas Sarkozy) e a União de Democratas Independentes (ambos com 28%). Uma diferença ainda maior contra o Partido Socialista do atual presidente, François Hollande (20%). Os ecologistas receberam apenas 7% das intenções de votos e a Frente de Esquerda não passou de 6%.
Mas a pior notícia fica por conta do total descrédito do povo: a abstenção deve chegar a 57%.
Grã Bretanha vai enviar tropas para a Ucrânia. O primeiro-ministro britânico, David Cameron, anunciou na terça-feira (24) que seu país vai enviar tropas militares para a Ucrânia “a fim de contribuir” para o treinamento do exército daquele país. Como justificativa, ele disse que a Rússia está tentando “desestabilizar” outros governos na região!
Ele assegurou que as forças britânicas estarão “bem distantes” das áreas de conflito no país e que a proposta é fornecer apenas “apoio não letal” ao exército de Kiev.
Acordo da Grécia! Os ministros de Finanças e de Economia da zona do euro aprovaram na terça-feira (24) a lista de reformas enviada pelo governo da Grécia na noite de segunda (23), o que permitirá prorrogar por quatro meses o pacote de resgate financeiro ao país. Um dos primeiros a anunciar a decisão foi o vice-presidente da Comissão Europeia para o Euro, Valdis Dombrovoskis.
O governo grego se comprometeu a não voltar atrás em nenhuma privatização em andamento ou já finalizada. Mas, de acordo com a agência italiana Ansa, as propostas gregas contêm apenas duas medidas sociais: entrega de vale-refeição e fornecimento de energia e saúde para as pessoas mais necessitadas. O plano ainda inclui promessas de reformar a política tributária, revisar e controlar os gastos em “todas as áreas” de gastos do governo “para racionalizar o sistema”.
Quem é o terrorista? Em uma decisão que vem sendo escondida pela grande imprensa, o governo de Obama resolveu vender mais 14 aviões de caça do tipo F-35 para o governo de Israel. O valor do negócio chega a 3 bilhões de dólares, segundo informou o ministro de assuntos militares israelense.
Vale destacar que esses aviões são muito modernos e chamados de “fantasmas” pela capacidade de não serem detectados pelos radares inimigos. Serão entregues entre 2016 e 2012, além de todo o equipamento de manutenção, armamentos e treinamento de pilotos.
Em outras palavras, mais armas para o genocídio promovido por Israel contra o povo palestino.
A culpa é da vítima! Um tribunal dos EUA acaba de divulgar sentença condenando a Autoridade Nacional Palestina (ANP) e a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) em 218,5 milhões de dólares para indenizar supostas “vítimas” de seis atentados ocorridos há 10 anos em Jerusalém, em território palestino ocupado.
Ainda que não tenha sido apresentada uma só evidência do envolvimento de palestinos nos atentados, o Tribunal de Manhattan (Nova Iorque) ditou a sentença atendendo a uma demanda imposta por familiares dos estadunidenses feridos. E o júri que votou a tal “sentença” sequer levou em consideração que os fatos se passaram em território palestino ocupado.
Segundo a IV Convenção de Genebra, a construção de assentamentos e a instalação de comunidades humanas em territórios de países sob ocupação militar são consideradas crimes de guerra. Mais de 130 países e a própria Assembleia Geral da ONU já reconheceram a Palestina como um Estado livre e soberano, mas isto nada significa para os EUA ou para Israel.
Estranho... Muito estranho! São estranhas, para dizer o mínimo, as coincidências que acontecem naquela “nação do norte” que se diz defensora da liberdade.
Ainda que nossa imprensa nada divulgue sobre o tema, três jornalistas que trabalhavam em um documentário sobre o envolvimento do governo estadunidense na demolição das torres gêmeas morreram nos últimos dias. O ex-repórter internacional da NBC Ned Colt, o correspondente da CBS News Bob Simon, e o jornalista do New York Times David Carr.
Bob Simon, de 73 anos, foi assassinado na quarta-feira (25) na cidade de Nova York em duvidoso acidente automobilístico. No dia seguinte foi a vez de Ned Colt, de 58 anos, que supostamente teria morrido por um derrame cerebral massivo. Poucas horas depois, David Carr, de 58 anos, teria sofrido um colapso e morrido em seu escritório na sala de redação do New York Times.
Os três jornalistas tinham formado uma empresa independente de notícias em vídeo, no mês passado, e apresentaram os documentos de segurança necessários que lhes permitiriam o acesso ao arquivo mais secreto do Kremlin, onde se encontrariam provas relacionadas com os atentados de 11 de setembro de 2001.
Em relação a esses arquivos do 9/11 em poder do Kremlin, o presidente Putin tinha alertado que iria divulgá-los.
Isto é barbárie! É impressionante o que podemos ler no relatório divulgado pela Associação Correcional de Nova Iorque, depois de cinco anos de estudos, sobre como são tratadas as mulheres nas prisões daquele estado.
Segundo o relatório, as mulheres são ilegalmente algemadas quando vão dar a luz, apesar de haver lei explícita proibindo tal prática. “As mulheres são algemadas no caminho para o hospital, inclusive enquanto estão em trabalho de parto, durante a recuperação e no caminho de volta à prisão, com correntes na cintura dias depois de passarem por uma cesariana.
Intitulada “A injustiça na reprodução: o estado da atenção de saúde reprodutiva para as mulheres em cárceres no estado de Nova Iorque”, a pesquisa foi realizada durante cinco anos e foram entrevistadas 950 mulheres prisioneiras.             
Polícia de Chicago tem armazém clandestino para torturar. A Polícia dos Estados Unidos utiliza um “armazém especial” na cidade de Chicago, no estado de Illinois, como prisão clandestina para realizar interrogatórios e aplicar diversos métodos de torturas em presos, segundo revelou a reportagem do jornal inglês The Guardian na quarta-feira (25).

A matéria diz que os agentes da polícia usam o armazém, chamado de “sítio negro”, para manter os presos fora de suas bases de dados, torturá-los e evitar que recebam ajuda de advogados. A matéria diz que meninos de apenas 15 anos também são levados para lá.

Gilmar Mendes recebeu propina do mensalão tucano

 Gilmar Mendes recebeu propina do mensalão tucano

Gilmar Mendes

Planilhas obtidas pela revista CartaCapital trazem pagamentos feitos a políticos, membros do Judiciário e empresas de comunicação
Por Redação
Reportagem da revista CartaCapital faz uma denúncia gravíssima, aonde traz documentos inéditos sobre a contabilidade do chamado “valerioduto tucano”, que ocorreu durante a campanha de reeleição do então governador de Minas Gerais Eduardo Azeredo (PSDB), em 1998. A matéria, assinada pelo repórter Leandro Fortes, mostra que receberam volumosas quantias do esquema, supostamente ilegal, personalidades do mundo político e do judiciário, além de empresas de comunicação, como a Editora Abril, que edita a Revista Veja.

Estão na lista o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), os ex-senadores Artur Virgílio (PSDB-AM), Jorge Bornhausen (DEM-SC), Heráclito Fortes (DEM-PI) e Antero Paes de Barros (PSDB-MT), e José Agripino Maia (DEM-RN), o governador Marconi Perillo (PSDB-GO) e os ex-governadores Joaquim Roriz (PMDB) e José Roberto Arruda (ex-DEM), ambos do Distrito Federal, entre outros. Também aparecem figuras de ponta do processo de privatização dos anos FHC, como Elena Landau, Luiz Carlos Mendonça de Barros e José Pimenta da Veiga.

Os documentos, com declarações, planilhas de pagamento e recibos comprobatórios, foram entregues à Superintendência da Polícia Federal em Minas Gerais. Estão todos com assinatura reconhecida em cartório do empresário Marcos Valério de Souza – que anos mais tarde apareceria como operador de esquema parecido envolvendo o PT, o suposto “mensalão”.

A papelada chegou às mãos da PF por meio do criminalista Dino Miraglia Filho – advogado da família da modelo Cristiana Aparecida Ferreira, que seria ligada ao esquema e foi assassinada em um flat de Belo Horizonte em agosto de 2000. Segundo a revista, Gilmar Mendes teria recebido R$ 185 mil do esquema. Fernando Henrique Cardoso, em parceria com o filho Paulo Henrique Cardoso, R$ 573 mil. A Editora Abril, quase R$ 50 mil.

Gilmar Ferreira Mendes (Diamantino, 30 de dezembro de 1955) é um ex-advogado, professor, magistrado e jurista brasileiro.

Foi Advogado-Geral da União no Governo Fernando Henrique Cardoso (FHC), sendo empossado ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) em 20 de junho de 2002, por indicação do então Presidente da República do Brasil. Foi presidente do STF de 2008 a 2010.Em 2015 ele se aposenta, e termina sua carreira de forma melancólica, e cercado por denúncias de corrupção, veiculados por diversos meios de comunicação do país.

Em matéria de 2012, Carta Capital veiculou diversas denúncias contra Gilmar Mendes. Nela, Mendes é acusado de sonegação fiscal, de ter viajado em aviões cedidos pelo ex-senador Demóstenes Torres, de intervir em julgamentos em favor de José Serra, de nepotismo, e testemunho falso ao relatar uma chantagem do ex-presidente Lula para que adiasse o processo do Mensalão para depois das eleições municipais de 2012. A revista repercute acusações de certos movimentos sociais[quem?] dele ser o "líder da oposição", de estar destruindo o judiciário e de servir a interesses de grandes proprietários. Mendes porém volta a afirmar não ser o líder da oposição.

No dia 31 de maio de 2012, o PSOL protocolou uma representação na Procuradoria Geral da República contra o ministro Gilmar Mendes questionando a conduta do magistrado em relação às denúncias de que teria sofrido pressão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para adiar o julgamento do mensalão. A representação se encontra em curso.

Em setembro de 2010, a reportagem da Folha de S. Paulo presenciou uma ligação de José Serra para Gilmar Mendes. Segundo o jornal, José Serra teria ligado para Gilmar Mendes para pedir o adiamento de uma votação sobre a obrigatoriedade de dois documentos para votar (julgamento de ADI pedida pelo Partido dos Trabalhadores). Gilmar Mendes foi acusado de nepotismo por[quem?]. Em março de 2012, a Folha de S. Paulo revelou que a enteada do ministro Gilmar Mendes é assessora do senador Demóstenes Torres. Segundo a Folha, especialistas afirmaram que o caso poderia ser discutido no âmbito da regra antinepotismo porque súmula do STF impede a nomeação para cargos de confiança de parentes de autoridades dentro da "mesma pessoa jurídica".

Em uma conversa entre o senador Demóstenes Torres e o bicheiro Carlinhos Cachoeira, gravada pela Polícia Federal durante a Operação Monte Carlo, o parlamentar afirma a Cachoeira ter obtido favores junto ao ministro Gilmar Mendes para levar ao STF uma ação envolvendo a Companhia Energética de Goiás (Celg). Considerada a "caixa preta" do governo de Goiás, a Celg estava imersa em dívidas que somavam cerca de R$ 6 bilhões. Segundo reportagem do Estadão, Demóstenes disse a Cachoeira que Gilmar Mendes conseguiria abater cerca de metade do valor com uma decisão judicial, tendo "trabalhado ao lado do ministro para consegui-lo". O ministro Gilmar Mendes também foi acusado por Carta Maior - O portal da esquerda de ter relações com o contraventor Carlinhos Cachoeira e seu amigo Demóstenes Torres. O ministro porém negou ter viajado em avião de Cachoeira e apresentou documentos que, segundo ele mesmo, desmentem tais acusações.

O ministro foi acusado em abril de 2011 pelo seu ex-sócio e ex-procurador-geral da República Inocêncio Mártires Coelho por desfalque e sonegação fiscal. Mendes recebeu, a seu favor, um parecer assinado pelo advogado-Geral da União, Luís Inácio Adams, o qual valida o despejo de Mártires Coelho do cargo de gestor do IDP. O denunciante deu o processo por encerrado em troca da quantia de R$ 8 milhões.

Paulo Lacerda, ex-diretor da Policia Federal e da Abin, envolvido no escândalo dos grampos da Operação Satiagraha, foi acusado por Gilmar Mendes de estar "assessorando" o ex-presidente Lula. Lacerda afirmou que se Mendes de fato disse isso, esta seria uma informação "leviana, irresponsável e mentirosa". A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) manifestou solidariedade a Paulo Lacerda. Nem o grampo, nem o áudio do alegado grampo, jamais foram encontrados pela Polícia Federal, que arquivou o inquérito que apurava referidas alegações.

Em 2012 o Estado de São Paulo veiculou a informação de que Gilmar Mendes representou à Polícia Federal para "abertura de investigação contra a Wikipédia" no Brasil, por considerar que o verbete estaria "distorcido", acreditando que não deve haver referência à matéria de Carta Capital. Segundo o Ministro "o verbete deve ser estritamente informativo sobre o biografado, sem absorver avaliações de terceiros ou denúncias jornalísticas".

Em 2010 o Ministro Gilmar Mendes, representado por advogados do IDP, teve o seu pedido de indenização por danos morais contra a revista Carta Capital negado pela juíza Adriana Sachsida Garcia, da 34ª Vara Cível de São Paulo. Segundo a juíza "se os fatos não são mentirosos, não vejo fundamento jurídico para coibir o livre exercício do questionamento e da crítica pela imprensa. Ainda que daí possa decorrer 'efeito colateral' em desfavor do autor."
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Repórter revela ligação da mídia com esquema bilionário do HSBC


Repórter revela ligação da mídia com esquema bilionário do HSBC

28/2/2015 17:12
Por Redação - do Rio de Janeiro

O banqueiro Saul Sabbá teve seu nome veiculado em uma lista de suspeitos no escândalo do HSBC
O banqueiro Saul Sabbá teve seu nome veiculado em uma lista de suspeitos no escândalo do HSBC
No site Megacidadania, o repórter Alexandre Teixeira revela como o ex-assessor de FHC, que integrava o programa de privatização da década de 90, Saul Dutra Sabba, dono do Banco Máxima, foi protegido pela mídia conservadora e teve seu nome retirado da primeira lista divulgada no país. “(O colunista do diário conservador paulistano Folha de S. Paulo) Fernando Rodrigues enterra de vez a credibilidade do jornalismo ao ocultar os nomes dos correntistas brasileiros que estão camuflados no HSBC”, afirmou Teixeira ao jornalista João Pedro Werneck, em entrevista divulgada neste sábado.
O ‘Suiçalão’ ou Swissleaks, como ficou conhecido o escândalo, internacionalmente, tem como fonte original um especialista em informática do HSBC, o franco-italiano Hervé Falciani. Segundo ele, entre os correntistas, estão 8.667 brasileiros, responsáveis por 6.606 contas que movimentam, entre 2006 e 2007, cerca de US$ 7 bilhões, que em grande parte podem ter sido ocultados do fisco brasileiro.
No boletim do mandato da deputada Jandira Feghali, Werneck publica, na sessão Dois Dedos de Prosa, a conversa com Alexandre Teixeira.
– O jornalista Fernando Rodrigues, do UOL, não revela a lista com nomes de brasileiros donos de contas do HSBC na Suíça. O que isso aponta no jornalismo nacional?
– Fernando Rodrigues enterra de vez a credibilidade do jornalismo ao ocultar os nomes dos correntistas brasileiros que estão camuflados no HSBC (fugindo assim de suas responsabilidades tributárias). O termo “camuflados” se aplica com perfeição, pois autoridades francesas concluíram em 2013 que 99,8% de seus cidadãos na lista vazada praticavam o crime de evasão fiscal.
– Essa seleção do vazamento de informações tem caráter político? Ele mostra que Barusco, por exemplo, possuía contas por lá, mas não o ex-assessor de FHC. Por que?
– O número de brasileiros que utilizaram o mecanismo criminoso disponibilizado pelo HSBC é de aproximadamente 6 mil pessoas e já foi divulgado divididas da seguinte fome: 10%, ou seja, 600 contas estão vinculadas a empresas no exterior em paraísos fiscais (que é o método de esconder o dono do dinheiro); 20%, ou seja, 1.200 contas estão em nome de seus proprietários; 70%, ou seja, 4.200 contas são contas numeradas que é o tradicional artifício para ocultar seu proprietário.
Portanto, ao pinçar um nome dentre 1,2 mil identificados, Fernando Rodrigues comprova estar agindo com evidente imparcialidade, pois conseguimos identificar a conta do banqueiro Saul Dutra Sabba, dono do Banco Máxima e que foi assessor do FHC nas privatizações de grandes empresas como Vale e CSN, mas o Fernando Rodrigues, estranhamente, não teve interesse em divulgá-la.
– Qual é a relação da TV Globo neste processo noticioso? E por que?
– O blog Diário do Centro do Mundo está desenvolvendo uma série de reportagens sobre o escândalo da sonegação/corrupção da Rede Globo e identificou o paraíso fiscal das Ilhas Virgens como sendo o local onde a Globo executou seus crimes. É exatamente nestes paraísos fiscais que estão centenas de contas de brasileiros, via mecanismos fraudulentos do HSBC.
– O que o Brasil tem a perder com uma mídia se portando desta forma?
– O distinto público brasileiro ainda sofre forte influência da pauta midiática imposta por seis famílias que controlam os principais meios de comunicação, notadamente TV e rádio. É notório o vínculo político existente entre a velha mídia empresarial e os partidos oposicionistas. E é de conhecimento público que o HSBC é um grande financiador publicitário destas famílias que controlam a mídia brasileira. Portanto, a possibilidade concreta de que estas empresas de comunicação também tenham se utilizado desta bandalheira para roubar o dinheiro público (como é o caso do Grupo Clarín de Comunicação na Argentina), evidencia as reais motivações de Fernando Rodrigues (empregado que é do Grupo UOL/Folha de São Paulo) para encobrir a divulgação dos titulares destas contas camufladas.
Entendo que é dever de consciência política de todos que lutam contra a corrupção, exigir a imediata divulgação integral da lista dos saqueadores camuflados pelo HSBC – concluiu Alexandre Teixeira, editor do Megacidadania.