domingo, 30 de abril de 2017

SOBRE A VERDADE MUTANTE

SOBRE A VERDADE MUTANTE
Sebastião Costa*


Resposta ao artigo “A verdade mutante”, de Lena Guimarães, publicada no Correio da Paraíba de 30/04/2017, domingo, João Pessoa, Paraíba


A verdade que não muda nunca, Lena Guimarães, é a mídia brasileira em conluio explícito com a burguesia nacional, derrubando todos os governos comprometidos com os avanços sociais e a melhoria da qualidade de vida dos brasileiros.

‘Suicidaram’ Getúlio, foram em busca dos quepes e botinas para golpear Jango, e apelaram ao mega corrupto Eduardo Cunha e sua turma -  Cajús, Mineirinhos e Angorás -, para destituir uma presidenta legitimamente eleita em eleições livres e democráticas, por mais de 54 milhões de brasileiros.

Juntaram num mesmo malote, um magote de traidores, um bando de conspiradores e uma corja de corruptos com a participação efetiva da senadora golpista Ana Amélia       (PP-RS).

E a senhora ainda tem a ousadia de reproduzir a toleima cara-de-pau da senadora gaúcha: "O PT não soube governar, se soubesse teria governado por 40 anos".

Como, então, senhora jornalista, se a FIESP (vaquinha de 500 milhões para comprar votos dos deputados), a banca, o capital financeiro internacional e a rede Globo estavam na jogada?

Essa galera aí tem experiência e competência, ‘grande’ jornalista!

De quebra, o auxílio luxuoso do Supremo que só julgou o megacorrupto Cunha (o seu  processo dormiu 4 meses nas gavetas do STF) depois do golpe.

Perdão, ‘grande’ jornalista, mas entre os seus leitores, tem pessoas que conhecem a 'verdade mutante' do Brasil.


*  Médico pneumologista


Em tempo: nas redes sociais e na mídia independente, fala-se muito do governo Temer agradando o bolso de donos de jornais, revistas e rádios pelo Brasil afora.

A MAIORIA É CONTRA A REFORMA DA PREVIDÊNCIA

A maioria é contra a reforma da previdência


Para pressionar os parlamentares a votar contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287, de "reforma" da Previdência, foi lançado o site Placar da Previdência. Criado por jornalistas, ativistas digitais, hackers com entidades do movimento social e sindical.

A ferramenta possibilita o envio de mensagens para todos os e-mails e Twitter dos deputados indecisos e favoráveis à reforma, com o pedido para que o parlamentar vote contra mudanças nocivas à classe trabalhadora.

Aos que se declararam contrários, mensagens de apoio também podem ser enviadas.

Ao encerrar o mês de abril, 118 deputados se posicionam a favor da PEC 287, enquanto 261 se declaram contrários e 131, indecisos.

São necessários 308 votos na Câmara para se aprovar uma emenda à Constituição.

De acordo com os produtores do site, em um momento de crise e alto índice de desemprego "não é hora de mudar as regras da previdência e somente com muita pressão nas redes e nas ruas a proposta do governo Temer será derrotada".

O mesmo tipo de recurso foi utilizado durante a votação do impeachment da presidenta Dilma Rousseff.

Entretanto, diferente da ocasião passada, já está consolidada na população a narrativa de que a mudança será nociva ao trabalhador, como apontam as últimas pesquisas.

Outra evidência da derrota de Temer com o projeto foram as peças publicitárias produzidas pelo governo que mentiam sobre o rombo da Previdência e chegaram a ter a veiculação proibida.

Além disso, para passar o projeto no Congresso, o governo ilegítimo negocia cargos e verba publicitária em troca de apoio para aprovar o texto.

Além disso, o governo conta com amplo apoio do noticiário distorcido e desequilibrado da imprensa comercial.


GILMAR MENDES MANDA SOLTAR EIKE BATISTA

Gilmar Mendes manda soltar Eike Batista


Ministro concedeu liminar em HC para suspender prisão preventiva do empresário.

O ministro Gilmar Mendes, do STF, deferiu liminar em Habeas Corpus para suspender os efeitos da ordem de prisão preventiva de Eike Batista, decretada pelo juízo da 7ª vara federal Criminal do Rio de Janeiro.

Em análise preliminar do caso, o ministro verificou a ocorrência de constrangimento ilegal na custódia do empresário.

No exame do pedido, Gilmar Mendes assinalou que os crimes dos quais o empresário é acusado são graves “não apenas em abstrato, mas em concreto”, e ele foi preso pela suposta prática de corrupção ativa, por oferecer e pagar vantagem indevida ao então governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, “no astronômico valor de US$ 16,5 milhões”.

Eike é ainda suspeito de praticar lavagem de dinheiro por meio de contratos internacionais de prestação de serviços de consultoria forjados.

Apesar da gravidade, Gilmar Mendes ressaltou que os fatos são consideravelmente distantes em relação à data de decretação da prisão preventiva, pois teriam acontecido entre 2010 e 2011.

Segundo o relator, Eike não é acusado formalmente de manter relacionamento constante com a suposta organização liderada por Sérgio Cabral. “Pelo contrário, a denúncia não lhe imputou o crime de pertencer a organização criminosa”, afirmou, ressaltando como relevante o fato de que os crimes estariam ligados à atuação de um grupo político atualmente afastado da gestão pública.

O argumento segundo o qual o empresário teria agido para embaraçar a instrução criminal, por meio de acerto de versões com outros investigados, também foi afastado pelo ministro.

“Entre o suposto concerto de versões e a decretação da prisão preventiva decorreu lapso temporal considerável – mais de ano. Não há notícia de que o investigado tenha adotado ulterior conduta para encobrir provas, além de eventualmente ter participado de reuniões”.

Ainda segundo Gilmar Mendes, a denúncia foi formalmente apresentada sem que se tenha demostrado o potencial de Eike Batista de posterior influência na instrução processual.

Gilmar destacou ainda que, pelo fato de o empresário ser acusado de corrupção ativa, não há, em princípio, possibilidade de manutenção de recursos ocultos provenientes dos crimes em questão. “Dessa forma, o perigo que a liberdade do paciente representa à ordem pública ou à instrução criminal pode ser mitigado por medidas cautelares menos gravosas do que a prisão.”

Ao suspender os efeitos da ordem de prisão, a decisão determina ao juízo de primeiro grau que analise a necessidade de aplicação das medidas cautelares previstas no artigo 319 do Código de Processo Penal, acompanhando sua execução.


A "OPOSIÇÃO DEMOCRÁTICA" NA VENEZUELA: PIOR QUE O FASCISMO,


Atílio Borón*


A sequência de eventos que ocorre na República Bolivariana da Venezuela mostra que a estratégia da chamada "oposição democrática" é uma conspiração sediciosa para destruir a ordem democrática, devastar as liberdades civis e fisicamente aniquilar as principais figuras do chavismo, começando com o próprio presidente Nicolás Maduro, sua família e entorno afetivo próximo. Oponentes estão metodicamente atravessando os passos indicados pelo manual desestabilizador "Sem violência estratégica" (sic!) do consultor da CIA, Eugene Sharp.

Não pode haver a menor ambiguidade na interpretação das intenções criminosas dessa oposição que, se chegar a ter êxito, seria capaz de colocá-las em ação. Se os seus chefes conseguirem envolver militarmente os Estados Unidos na crise venezuelana, propiciando a intervenção do Comando Sul – com a tradicional colaboração militar dos infames peões de Washington na região, sempre dispostos a respaldar as aventuras de seus amos do Norte – jogariam uma faísca que iria inflamar a pradaria América Latina. As consequências seriam catastróficas, não somente para os nossos povos, senão também para os Estados Unidos, que certamente iriam colher, como na invasão da Baía dos Porcos (Cuba, 1961), mais uma derrota em nossas terras.

Essa é a aposta desta oposição venezuelana, absurdamente exaltada pela imprensa hegemônica mundial. Esta imprensa, como fez antes com os "combatentes da liberdade" na Nicarágua e, em seguida, na Líbia e no Iraque, mente descaradamente ao apresentar o que está acontecendo na Venezuela. A tentação da direita venezuelana de internacionalizar o conflito e envolver o músculo militar do império ganhou força ao conhecer-se as recentes declarações do chefe do Comando Sul, o almirante Kurt Tidd, perante a Comissão das Forças Armadas do Senado dos Estados Unidos e, especialmente, quando tornou-se pública a nomeação de Liliana Ayalde como vice-Chefe Civil do Comando Sul.

Liliana Ayalde serviu como embaixadora dos EUA no Paraguai, às vésperas do "golpe parlamentar" contra o governo de Fernando Lugo, ocasião em que se movia nos bastidores para garantir o sucesso do golpe. Depois de umas breves férias, ela retornou à região para ocupar o mesmo cargo, mas desta vez em Brasília, onde encorajou e apoiou a "derrubada institucional" de Dilma Rousseff. Consumada a sua obra, voltou para os Estados Unidos em busca de novas missões desestabilizadoras e as encontrou no Comando Sul.

Em outras palavras, o número dois dessa organização é muito mais perigoso do que o seu chefe. Ayalde é filha de um médico colombiano radicado nos Estados Unidos, ela é uma temível especialista em demolições políticas e foi designada (certamente por acaso!) para o cargo que hoje ocupa desde fevereiro deste ano, coincidindo com a intensificação dos protestos violentos contra o governo bolivariano. Como pode ser lido no website do Comando Sul, a missão de Liliana é "monitorar o desenvolvimento e aperfeiçoamento da estratégia regional Comando Sul e seus planos de cooperação em matéria de segurança".

O que a oposição "democrática" venezuelana deseja é precipitar uma violenta "transição" ao pós-chavismo, reeditando na pátria de Bolívar e Chávez a tragédia ocorrida na Líbia e no Iraque. Esse é o seu plano, o modelo que se depreende dos discursos violentos, desaforados e irresponsáveis ​​de seus líderes e o que o Comando Sul e a sua tenebrosa vice-chefe tem nas mangas. Poucas designações poderiam ter sido mais apropriadas do que esta de incentivar os setores da Venezuela que defendem a violência. E raras as atitudes seriam mais suicidas do que o governo venezuelano pretender apaziguar os ânimos dos violentos com concessões de vários tipos. Infelizmente, só se poderá ver a luz, como dizia José Martí, se o estado aplicar todo o rigor da lei e apelar à eficácia de sua força para submeter o vandalismo de direita e esmagar o ovo da serpente antes que seja tarde demais.

Fascistas? Sim, por seus métodos, semelhantes aos utilizados por grupos armados de Mussolini e Hitler, para aterrorizar italianos e alemães, semeando a destruição e a morte a partir de uma onda terrorista; fascistas por seu conteúdo político, porque a sua proposta é inerentemente reacionária, ao pretender apagar em um canetaço, como tentou sem sucesso no golpe de 11 de Abril de 2002, todas as conquistas populares alcançadas a partir de 1999.

Fascistas também em função da absoluta imoralidade e falta de escrúpulos de seus líderes, alimentando o fogo da violência, encorajando os seus bandos de lúmpen e paramilitares a atentar contra a vida e a propriedade dos venezuelanos e as agências e instituições do Estado – hospitais, escolas, edifícios públicos etc. –, e que não recuam diante da possibilidade de mergulhar a Venezuela em uma sangrenta guerra civil ou, no caso improvável de prevalecer, transformando o país em um abominável protetorado estadunidense.

Todos os adversários venezuelanos são piores do que os fascistas na medida em que estes mantinham, pelo menos, certo sentido nacional. Os seus congêneres italianos e alemães nem remotamente arrastaram-se na lama da política internacional para oferecer os seus países a uma potência estrangeira, como faz a direita venezuelana, enterrada para sempre na eterna ignomínia. A direita venezuelana, alternadamente choraminga ou uiva para que a sua terra natal, a pátria de Simón Rodríguez e Francisco de Miranda, Simón Bolívar e Hugo Chávez, se torne uma abjeta colônia norte-americana. Tratá-los como fascistas seria fazer um favor a essa gente.

Eles são muito piores e mais desprezíveis do que aqueles.

* Sociólogo e cientista político, escritor e professor da Universidade de Buenos Aires


CUT vence Doria e ato do 1º de Maio está garantido na Paulista

CUT vence Doria e ato do 1º de Maio está garantido na Paulista

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TJ-SP acolheu recurso contra decisão que favorecia o prefeito João Doria (PSDB); O tucano queria proibir o ato organizado pela CUT, CTB, Intersindical e frentes Brasil Popular e Povo sem Medo
Por RBA
O juiz Alexandre David Malfatti, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), acolheu na manhã de hoje (30) recurso da CUT-SP para a realização do ato político do 1º de Maio na Avenida Paulista.
Em sua decisão, Malfatti considera a necessidade de “se dar a isonomia à manifestação da CUT e a outras já ocorridas” ali, “inclusive com a utilização de caminhão de som.”
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Com a decisão, definitiva, o ato político de resistência do 1º de Maio da CUT será realizado avenida Paulista, com concentração a partir das 12 horas.
Na tarde de ontem, o juiz Emanuel Brandão Filho, havia concedido liminar favorável ao prefeito João Doria (PSDB), proibindo o encontro de trabalhadores no local porque “fere as normas municipais”. E estabeleceu multa de R$ 10 milhões em caso de descumprimento.
Para o prefeito tucano, que anunciou a proibição durante a greve geral, na sexta-feira, a Paulista não deve ficar interditada por tempo prolongado. No entanto, desde junho do ano passado, durante a gestão de Fernando Haddad (PT), a avenida passou a ser fechada aos domingos para o lazer da população. E já houve ali inúmeras manifestações de grupos conservadores, aliados a Doria.
Organizado pela CUT, CTB e Intersindical, com o apoio dos movimentos que compõem as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, o ato é de luta e resistência contra o maior ataque aos direitos trabalhistas, previdenciários e sociais já ocorridos na história do Brasil.
Após os discursos das lideranças dos trabalhadores, os manifestantes seguirão em caminhada até a Praça da República, na região central, onde haverá a programação cultural. “Por isso trabalhamos para manter as intervenções culturais que encerrarão as atividades, assim como estava previsto. O ato político está mantido na Paulista, palco das grandes últimas manifestações protagonizadas pela população de São Paulo”, explica o presidente da CUT-SP, Douglas Izzo.