terça-feira, 7 de novembro de 2017

Requião cobra a Lava Jato: vender o Brasil pode? Vender o país não é corrupção? INPERDÍVEL!

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Gasolina sobe 1% por dia em novembro e subirá mais: petróleo subiu 11% CADÊ AS PANELAS? CADÊ O PATO?

Gasolina sobe 1% por dia em novembro e subirá mais: petróleo subiu 11%

Entrou em vigor hoje mais um reajuste da gasolina, com uma elevação total de 6,7% no mês de novembro, em apenas sete dias transcorridos.
E outro deve vir amanhã ou depois, porque o dólar ameaçou ceder, mas não cedeu e o preço do petróleo no mercado spot elevou-se consideravelmente desde o dia 1° do mês: o petróleo tipo Brent, mais leve, acumulou alta de 11% desde então. Os do WTI,  mais comum no mercado americano, subiram 10% no período.
Desde o mês passado, os negócios de curto prazo no mercado de óleo superaram com folga os de longo prazo, o que sugere que a alta de preços possa continuar.
Lembram daquele pré-sal que “não valia nada, agora que o preço do petróleo abaixou”, quando o tipo Brent chegou a 27 dólares por barril?
Pois é: está a quase 64 dólares o barril (neste momento US$ 63,72).
É isto que está sendo entregue, como quem vende a casa para morar de aluguel.

Quem é o conselheiro de economia de Bolsonaro? TAÍ UM ANALFABETO POLÍTICO AJUDANDO OUTRO

Política

Eleições 2018

Quem é o conselheiro de economia de Bolsonaro?

por Redação — publicado 07/11/2017 15h53, última modificação 07/11/2017 16h33
Pesquisador do Ipea defende Escola sem Partido, reformas de Temer, política de encarceramento e garante: "Hitler era de esquerda"
Reprodução / Youtube e Fabio Rodrigues Pozzebom / ABr
Adolfo e Bolsonaro
Adolfo Sachsida tem se reunido com Bolsonaro para discutir economia
A falta de conhecimento do presidenciável Jair Bolsonaro sobre economia tem chamado a atenção. Em uma entrevista recente concedida à jornalista Mariana Godoy, da RedeTV, o deputado enrolou-se ao ser questionado sobre sua opinião a respeito do chamado tripé macroeconômico. "Quem vai falar de economia por mim é minha equipe econômica no futuro", afirmou. "Se exigem de mim a questão da economia, então teriam de exigir entendimento de medicina, (pois) eu vou indicar o ministro da Saúde."
Logo após a entrevista, a mídia passou a relatar que o deputado tem mantido encontros semanais com Adolfo Sachsida, pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), para discutir temas da economia nacional e internacional. Em outubro, o site O Antagonista já havia adiantado que Sachsida era o "conselheiro misterioso" de Bolsonaro. 
O currículo de Sachsida no Ipea informa que ele é doutor em economia pela Universidade de Brasília e concluiu seu pós-doutorado na Universidade do Alabama, nos Estados Unidos, além de ter sido consultor do Banco Mundial para a Angola. Embora possua currículo na área, o pesquisador é mais conhecido por seu ativismo político e seu alinhamento com algumas das pautas preferidas de Bolsonaro e seus seguidores. Filiado ao DEM, o pesquisador concorreu a deputado distrital nas eleições de 2014.
Seu perfil radical incomodou até mesmo o governo de Michel Temer. Sachsida protagonizou uma das passagens mais rápidas pelo Esplanada dos Ministérios da história. Em julho do ano passado, Mendonça Filho, ministro da Educação, o nomeou como assessor especial da pasta, mas desistiu uma dia depois com a revelação de postagens de Sachsida nas redes sociais em defesa do movimento Escola sem Partido. Em entrevista de 2015, o pesquisador chegou a afirmar que "a ideologia é o problema mais sério no Ipea hoje".
O apoio do pesquisador a uma pauta cara a Bolsonaro não é único ponto em comum entre o conselheiro e o presidenciável. Em seu canal no Youtube, Sachsida até trata de economia, mas também aborda temas que vão desde o ensino da "ideologia de gênero nas escolas" à defesa de que Adolf Hitler era "de esquerda".
Quando o tema é a economia, o pesquisador costuma defender as reformas de Temer, como fez Bolsonaro nas votações da emenda constitucional que congelou os gastos públicos por 20 anos e das alterações na Consolidação das Leis do Trabalho. Em um vídeo, Sachsida defende, por exemplo, a "modernização da legislação trabalhista" com base no fato de a Consolidação das Leis do Trabalho ter inspiração no fascismo italiano.
Em comum com Bolsonaro, o pesquisador demonstra apreço pela política de encarceramento. Em um texto de discussão escrito com outro pesquisador no âmbito do Ipea, Sachsida defende que o combate à criminalidade "pode ser feito com sucesso sem passarmos por grandes mudanças na estrutura socioeconômica da sociedade". "Aumentar a taxa de encarceramento e a taxa de policiamento são políticas públicas capazes de reduzir a taxa de homicídios, independentemente de a desigualdade de renda diminuir ou de o nível de escolaridade da população aumentar", conclui o estudo.
Para defender que Hitler "era de esquerda", uma tese popular entre seguidores de Bolsonaro, o pesquisador estabelece que é de esquerda quem prioriza o Estado em detrimento do indivíduo, a função social da propriedade em oposição à propriedade privada e o controle estatal de preços em lugar do livre mercado.
Assim, o pesquisador entende que Hitler, por defender a imposição do Estado sobre a economia, seria de esquerda. Para sustentar sua tese, o pesquisador recorre a uma comparação entre o PT e a legenda alemã. "O PT é a sigla do partido dos trabalhadores. Da mesma maneira, o partido nazista era uma sigla: Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães. Você realmente acredita que um partido socialista dos trabalhadores é um partido de direita?", afirma, antes de concluir. "Hitler era socialista antes e depois de assumir o poder." 
Assista ao vídeo em que o pesquisador defende que Hitler era de esquerda:

Meirelles age como candidato, esnoba Temer e promete reforma

Meirelles age como candidato, esnoba Temer e promete reforma

Com o coro de Rodrigo Maia, Henrique Meirelles correu a se exibir para o “mercado” e dizer que, mesmo com Michel Temer jogando a toalha, ele, bravamente, vai empurrar a retirada de direitos dos trabalhadores com a reforma da Previdência, gostem ou não os brasileiros, queiram ou não os deputados.
Meirelles tenta mostrar que ele, sim, tem a autoridade que falta a Temer e que é capaz de fazer a reforma, nem que seja em 2018 (em ano de eleição?) ou, quem sabe, em 2019… Candidatíssimo, embora o negue.
“Idealmente deve ser votada este ano e vários líderes estão dispostos a trabalhar nessa direção”, afirmou. “Se não der, tem que se enfrentar no próximo ano”, afirmou Meirelles. “Mesmo os partidos que são contra (a reforma), é bom que torçam para que a reforma seja aprovada para não terem que enfrentar este problema caso ganhem as eleições.”
Ele diz que “a reforma da Previdência não é uma questão de escolha, mas uma questão fiscal”, embora, claro, as questões fiscais sejam também escolhas, sobre quem e quanto taxar e quanto e a quem pagar.
Meirelles usou o exemplo do México para sustentar que o brasileiro se aposenta muito cedo (aos 59 anos, em média), diante da média de 71 anos daquele país. Como a expectativa de vida no México é pouco abaixo de 77 anos, significa que a aposentadoria, então, “dura” apenas seis anos antes da morte.
A não ser quando alguém, como Meirelles,  se aposenta com 57 anos de idade, e não com a “merreca” do INSS, mas com  US$ 750 mil anuais, R$ 2,5 milhões – ou R$ 200 mil mensais, ao câmbio de hoje.
Fora a “caixinha” do conselho da  JBS, segundo ele próprio, para “não fazer nada“.

Construção civil já é o terceiro setor que mais emprega ‘escravos’

Construção civil já é o terceiro setor que mais emprega ‘escravos’

A recém divulgada “lista dos empregadores autuados por submeter trabalhadores a condições análogas a escravos”, do Ministério do Trabalho e Emprego, revelou a presença significativa de atividades econômicas que antes não costumavam integrar a lista. São atividades tipicamente urbanas como vestuário, alimentação, imobiliária e, principalmente, a construção civil.
Os setores econômicos se diversificaram, mas as práticas degradantes não. Ainda é comum o endividamento dos trabalhadores por alimentação, vestuário, passagens e moradia, a carga horária de trabalho excessiva e condição e segurança de trabalho extremamente precárias. A desculpa das empresas é que os fiscais, por questões “ideológicas”, veem escravidão onde não existe ou ainda que há situações piores. A empreiteira mineira Garra Engenharia alegou que os trabalhadores enfrentavam na Bahia condições mais degradantes, com salário inferior ou ainda com trabalho intermitente.
Apesar de Minas Gerais possuir mais casos (42 empregadores listados) do que qualquer outro, isso não necessariamente reflete a realidade da distribuição no país. Minas é um dos estados mais organizados no combate ao trabalho escravo, com quase duas dezenas de equipes. Já o Pará, o segundo estado com mais casos (16), possui apenas um coordenador fixo, trabalhando com outros eventuais, contratados apenas quando há denúncia, e, segundo eles, recursos.
Os recursos para fiscalização foram abruptamente reduzidos em 2017. Isso também é perceptível na fala da coordenadora de fiscalização de Minas Gerais, Dolores Jardim, para a Agência Pública: “A gente trabalhava com folga de recursos e agora temos que planejar ação por ação e pedir esse recurso. A conta-gotas. Afetou a fiscalização de uma forma geral. Como o trabalho escravo utiliza mais, para viagens, foi o mais atingido”. A conclusão é que, nitidamente, a quantidade de empregadores infratores a constar na lista seria bem maior caso houvesse recursos o suficiente para cobrir a demanda de fiscalização.
Como se observa no gráfico a seguir, o setor agrícola é ainda o maior responsável pelo emprego análogo ao escravo, contemplando quase um terço dos empregadores da lista. Em seguida, vem a atividade pecuária, com um quarto dos casos. Na sequência aparecem as atividades de construção civil (9,2% dos empregadores), madeireira (8,4%), as relacionadas ao carvão (6,9%), mineração (4,6%) e as demais, com 14,5%.
O mascaramento do trabalho escravo no país pode aumentar. Neste último mês, o governo Temer propôs modificar a classificação de trabalho análogo ao escravo e os procedimentos de fiscalização. Esta alteração, que pode ser lida com mais detalhes nesta outra nota da FPA, também omitiria um grande número dos empregadores que hoje constam na lista de empregadores de trabalhadores análogos a escravos. A Portaria (1.129/2017) foi suspensa pela ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), e aguarda votação no plenário do mesmo órgão.

FONTE: FPA

ALMIRANTE OTHON: HOUVE INTERESSE INTERNACIONAL EM MINHA PRISÃO

Almirante Othon: houve interesse internacional em minha prisão

Fernando Brito

Pela primeira vez, um grande jornal, a Folha de São Paulo,  se interessa em ouvir detalhadamente o relato do almirante Othon Pinheiro da Silva sobre o caso que o levou a ser condenado a 43 anos de prisão por corrupção, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e organização criminosa por ter recebido, pagamentos de R$ 3 milhões, que ele diz serem por consultoria e a Justiça diz serem trabalhos fictícios.

Seja como for, ponha na balança: Marcelo Odebrecht, confessadamente corrompedor de centenas de políticos com infindáveis bilhões de reais, pegou 30 anos, que foram convertidos em 10, com seu acordo de delação e sai agora em dezembro.

Reproduzo trechos da entrevista que o almirante Othon deu a Monica Bergamo:

·        O Ministério Público Federal considerou que o estudo assinado pelo senhor para a Andrade Gutierrez era simplório e entendeu que ele é fictício.

É um desconhecimento total ou uma vontade de não querer reconhecer a importância do trabalho. São anos de pensamento sobre o Brasil.

O que ocorreu no país, e sobre o que falava no meu estudo? O consumo de energia cresceu e o estoque de água das hidrelétricas estacionou na década de 80. Antes disso, o Brasil poderia passar por vários anos “secos” porque tinha estoque de água. Mas isso mudou e veio o apagão.

O Brasil agora precisa de energia térmica de base.

Termelétricas têm que ser movidas a carvão ou energia nuclear. E nuclear é melhor para nós, porque temos reservas de urânio correspondentes a 50% do pré-sal.

Nós temos que aproveitar o que a natureza nos dá.

Ah, se eu tivesse mais usinas nucleares. O custo do investimento é maior, mas o do combustível é menor do que o de outras alternativas.

No caso da hidrelétrica, o custo do combustível (a água) é quase zero. E no caso da nuclear, é pequeno.

Se eu tiver a energia nuclear, eu economizo água e não chego nessa situação de apagão. A energia nuclear não compete com a hidrelétrica. Ela complementa. Era isso o que o estudo mostrava.

·        Depois o senhor foi para o governo e a obra de Angra 3 foi retomada.

Em julho de 2005, eu soube que tinha uma lista para escolher o presidente da Eletronuclear. Eu não queria.

Mas aí eu fiz a grande bobagem da minha vida. Fui convidado. Bateu a vaidade e eu aceitei. Em outubro de 2005, assumi o cargo.

·        E como passou a receber dinheiro da empreiteira?

Tudo o que eu fazia na época, em que prestava consultoria, era na base do sucesso.

E coincidiu que fui para o governo e houve a decisão de retomar Angra 3.

Quem decidiu foi o Conselho Nacional de Política Energética, do qual eu não fazia parte. Como presidente, eu apenas executei as diretrizes.

Mas passei a fazer jus à remuneração do trabalho, estudo para a Andrade Gutierrez, que eu fiz antes.

·        Quanto passou a receber?

Eu cobrei R$ 3 milhões, em valores de dezembro de 2004. Comecei a receber depois que houve a decisão da retomada das obras.

Como era um troço completamente diferente, eles falaram “vamos pagar através de outras empresas”. Aí virou outro crime.

Se fosse hoje, eu exigiria deles, da empreiteira Andrade Gutierrez, um contrato de confissão de dívida para que me pagassem só depois que eu saísse. Eu não receberia no cargo.

Eu tinha direito, foi um trabalho que eu fiz antes. Não era imoral nem ilegal. Apenas com a experiência de hoje eu teria feito diferente.

·        O Ministério Público Federal e a Justiça consideraram que era propina.

Não era propina, não foi mesmo. Eu achava que tinha direito de receber. Agora, tive o cuidado de não tomar nenhuma decisão que beneficiasse a empreiteira, não tem nenhum ato de ofício assinado por mim.

Tivemos inclusive um atrito inicial com a Andrade Gutierrez, porque eu exigi que o TCU aprovasse os detalhes do aditivo, para o pagamento do serviço nas obras de Angra 3.

Eles ficaram irritadíssimos. Fui uma decepção para eles. Houve outras divergências, chegaram a parar as obras. Ora, se eu tivesse ligação com eles, isso teria ocorrido?

·        Delatores da empresa afirmaram que o senhor, na verdade, cobrava percentual sobre os contratos de Angra 3.

A Andrade Gutierrez já tinha um ressentimento em relação a mim. E delação premiada é um processo muito danado. O cara acha que agrada os investigadores e senta a pua. Ele não tem compromisso.

·        O senhor diz que sua prisão interessa ao sistema internacional. Que evidência tem disso?

Como começou tudo isso? Num depoimento que o presidente de uma empreiteira fazia sobre um contrato com a Petrobras.

Ele mencionou que ouviu dizer algo sobre o presidente da Eletronuclear estar de acordo com um cartel.

Isso serviu de pretexto para os camaradas vasculharem a minha vida desde garoto. Havia um direcionamento.

·        Mas haveria um comando externo nas investigações?

Não comando, mas influência forte, ideológica. Não posso provar, mas tenho um sentimento muito forte. Houve interesse internacional.

·        E por que haveria interesse internacional em sua prisão?

Porque tudo o que eu fiz na área nuclear desagradou. Qual o maior noticiário que tem hoje? A Coreia do Norte e suas atividades nucleares. A parte nuclear gera rejeição na comunidade internacional.

E o Brasil vir a ser potência nuclear desagrada. Disso eu não tenho a menor dúvida.

·        Há setores que acreditam que o Brasil deveria desenvolver a bomba atômica. O país fez bem em abrir mão dela?

Eu acho que fez. O artefato nuclear é arma de destruição de massa e inibidora de concentração de força. Mas, no nosso caso, se tivéssemos a bomba, desbalancearíamos a América Latina, suscitando apreensões.

E a última coisa que a gente precisa na América Latina é de um embate.

·        O país, no entanto, não abriu mão da tecnologia. Se necessário, em quanto tempo faríamos uma bomba?


Em uns quatro meses. Com a tecnologia de enriquecimento que nós usamos, podemos fazer a bomba com o plutônio, como a de Nagasaki, ou com o urânio, que foi a de Hiroshima. Temos os dois, porque quem tem urânio enriquecido pode ter o plutônio também.

Revolução russa de 1917 (são 78 artigos)

Acesse:   www.vermelho.org.br

Cadê Moro? Cadê Lava Jato? Cadê o judiciário deste País? Se não é esquerda ou PT, NÃO INTERESSA!


Promotor que mirava tucano Beto Richa é afastado pelo MP do Paraná

COTIDIANO
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Choinski caminhava para finalizar processos de improbidade administrativa relativos a políticos "graúdos" do Paraná
Por Helena Sthephanowitz
Da Rede Brasil Atual
O Ministério Público do Paraná afastou o promotor Carlos Alberto Choinski um dos responsáveis por inquéritos da Operação Quadro Negro, que investigava um esquema de fraude e desvios de dinheiro de construção de escolas públicas no Paraná. Segundo as investigações, o prejuízo aos cofres públicos é de cerca de R$ 20 milhões. Delatores afirmaram ao Ministério Público Federal (MPF), que parte desse dinheiro abasteceu campanhas políticas do PSDB e partidos aliados.
Choinski, protocolou sete ações contra deputados estaduais, participou de duas delações premiadas e caminhava para finalizar processos de improbidade administrativa relativos a políticos "graúdos" do Paraná.
Leia mais:
Em uma das delações, o dono da Construtora Valor, Eduardo Lopes de Souza, preso no mês passado pela Quadro Negro, acusou o governador Beto Richa (PSDB) e o igualmente tucano presidente da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), Ademar Traiano, de participarem de um esquema de recebimento de propina.
Souza, afirmou que parte dos desvios de dinheiro descobertos pela Quadro Negro serviriam para bancar as campanhas do governador Beto Richa para o senado em 2018, de seu irmão, Pepe Richa, para deputado federal e do filho do governador, Marcelo Richa, para deputado estadual – todos do PSDB.
Eduardo Lopes é acusado de ter recebido R$ 20 milhões para construir escolas estaduais – obras que andaram lentamente e mal saíram do papel. Segundo as investigações, a fraude contou também com ajuda do ex-diretor da Secretaria da Educação, Maurício Fanini, preso em setembro pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), que se apresentava como amigo pessoal do governador. A esposa de Fanini, Betina Sguario Moreschi Antônio, também se tornou ré nesta ação.
A equipe chefiada por Fanini era responsável por produzir relatórios sobre o andamento das obras contratadas junto à construtora Valor, mas os relatórios eram falsificados para cumprir a ordem, segundo depoimento de Eduardo Lopes, de que não poderia faltar dinheiro para a campanha de Richa e seus aliados. No depoimento, Lopes de Souza disse que pagava uma mesada de R$ 100 mil para o governador. Souza afirma que os pagamentos seguiram sendo feitos, pelo menos, até pouco tempo antes da descoberta das fraudes na Secretaria da Educação.
Na mira do promotor Choinski estavam, além de Richa e Traiano, o secretário da Casa Civil e deputado federal licenciado, Valdir Rossoni (PSDB), entre outras "excelências" do Paraná, que não tiveram o nome divulgado.
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Sobre Ademar Traiano, o empresário Eduardo Lopes de Souza, contou também que entregou uma mala com R$ 100 mil de propina para sua campanha à reeleição no gabinete da liderança do governo na Alep.
Na delação, Eduardo Souza disse aos procuradores que, mesmo sem conseguir fazer nenhuma obras das escolas, a sua construtora conseguiu receber mais dinheiro do que estava nos contratos. Por meio de aditivos, esses valores adicionais chegaram a quase R$ 6 milhões em 2014. A "meta" seria chegar aos R$ 32 milhões.
Eduardo disse ainda que, em 2014, se reuniu com o deputado Plauto Miró (DEM), primeiro secretário da Alep para acertar valor de propinas. Na conversa, o delator contou que estava com aditivos no valor de R$ 10 milhões e disse que perguntou quanto Plauto iria cobrar para conseguir o recurso. Ainda segundo Eduardo, Plauto respondeu que sua "taxa" seria de 10%. No fim de 2014, Beto Richa assinou decretos que autorizaram o pagamento dos aditivos à Construtora Valor de quase R$ 6 milhões.
A casa caiu
Há dez meses, o promotor Carlos Alberto Choinski pede a anuência do procurador-geral da Justiça, Ivonei Sfoggia, para notificar Richa e Traiano. Precisava ouvi-los para concluir as investigações
Sem resposta de Sfoggia, o promotor decidiu então enviar as notificações para o deputado federal licenciado Valdir Rossoni (PSDB) e para Plauto Miró. Choinski afirma, que logo depois, foi repreendido pela Subprocuradoria-Geral de Justiça para Assuntos Jurídicos, após enviar as notificações
"Logo após as notificações das autoridades, eu fui chamado no gabinete do sub-procurador jurídico de assuntos jurídicos, doutor Elieser Gomes da Silva, onde fui repreendido verbalmente por ter feito a notificação dessas autoridades. Nessa ocasião ele me disse que eu teria cometido uma quebra de confiança com a instituição" conta.
Em seguida, Sfoggia, que chegou ao comando do Ministério Público nomeado por Beto Richa, informou ao promotor que ele deixaria o grupo de trabalho responsável pela Quadro Negro. Como justificativa do afastamento, ele alegou que o promotor estava sobrecarregado…
Devagar quase parando
A denúncia de corrupção foi oferecida pelo MP-PR (Ministério Público Estadual do Paraná) e pela Promotoria do Patrimônio Público e foi aceita pelo juiz Diego Paulo Barausse.
O acordo de delação de Eduardo Lopes de Souza foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro Luiz Fux está analisando o caso.
Caso seja homologado, Souza deverá apresentar provas à Justiça sobre os atos ilegais que descreveu nos depoimentos. Em troca, ele poderá receber benefícios, como redução ou extinção de eventuais penas pelos crimes dos quais é acusado.
Já as autoridades policiais e o Ministério Público poderão abrir investigações para apurar todos os ilícitos apontados na delação. Mas, segundo o MP, não há prazo para que isso ocorra.

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Fonte: Carta Capital