sábado, 8 de maio de 2021

Informativo Semanal do Prof. Ernesto Germano Pares

 

 

 

 


Até onde pode levar o medo?

Vocês já viram um rato acuado em um canto? Quando ele sente que está cercado e sob ameaça levanta-se sobre as patas traseiras e arregaça os dentes, pronto para atacar. E não por acaso falei em rato...

Há poucos dias escrevi um pequeno artigo dizendo que havia “batido paúra no governo” e falei que o desespero já havia tomado conta do demente que mora no Palácio do Planalto. E disse que “a paúra já tinha atingido o ex-capitão demente desde a declaração de inocência do Lula e o brilhante discurso pronunciando no Sindicato onde ele nasceu”.

Mas seu pavor não parou de crescer, principalmente agora que percebeu que não é mais o único ator político no cenário, não pode continuar falando suas besteiras para o gado que o segue e que há um risco evidente de perda do apoio da elite que o sustentou. E ele tem medo.

Temendo as próximas eleições, em 2022, ele já inicia com seus ataques sem limites e sem qualquer amparo legal. Voltou a defender o voto impresso durante transmissão ao vivo realizada na quinta-feira (06). E resolveu agredir o ministro Luis Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal.

Totalmente desequilibrado, agride sem pensar. Na sequência ele reclamou da CPI do Genocídio e atacou o relator, senador Renan Calheiros: “Frase não mata ninguém. Vamos investigar o seu filho governador?”.

Mas a pior parte do seu discurso, onde ele demonstra todo o medo e o que pode fazer se acuado, falou abertamente da existência de um gabinete digital que atua em seu favor — conhecido como “gabinete do ódio”. E citou nominalmente os três responsáveis pela manutenção daquele vergonhoso serviço: o filho 02, “Carluxo”, e os servidores do Palácio do Planalto Tercio Arnaud e Mateus Sales Gomes.

Vereador do Rio pelo Republicanos, o 02 comanda a estratégia de comunicação do pai desde a campanha eleitoral de 2018. Depois que o demente assumiu a Presidência da República, o grupo ficou responsável pela comunicação no governo nas redes sociais, marcada por ataques a opositores do governo e a membros da imprensa.

Eles estão acima da lei? O Ministério da Economia publicou uma portaria que altera a regra salarial para algumas categorias do funcionalismo público, de acordo com matéria publicada pelo jornal Correio Braziliense. A norma beneficia o presidente da República, ministros, servidores civis aposentados e militares da reserva, que ocupem cargos comissionados ou eletivos, e recebam vencimentos acima do teto constitucional. Atualmente, o teto é de R$ 39,2 mil, valor do salário dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Antes da regra, somente casos específicos podiam acumular cargos públicos com remunerações calculadas separadamente, o caso de professores e profissionais da saúde. O novo entendimento abre espaço para a inclusão de servidores civis aposentados e militares da reserva que ocupem cargos comissionados ou eletivos.

O jornal destaca que as mudanças favorecem, além do chefe do Executivo, ministros como Luiz Eduardo Ramos, da Casa Civil, e Braga Netto, da Defesa. A Portaria 4.975 foi publicada na última sexta-feira (29).

16,2 milhões de brasileiros sem renda! Entre quem ganha até um salário mínimo, o percentual dos que ficaram sem rendimento do trabalho é de 29%

A pandemia de Covid-19 e a política desastrosa de um ex-capitão levaram cerca de 16,2 milhões de brasileiros a ficarem sem nenhuma renda. É o que aponta a pesquisa “Os brasileiros, a pandemia e o consumo”, encomendada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) ao Instituto FSB Pesquisa. De acordo com o levantamento, o número de trabalhadores que tiveram a renda zerada corresponde a 14% dos empregados do País (com ou sem carteira assinada).

Quem mais sofreu esse impacto foram os trabalhadores de baixa renda. Entre quem ganha até um salário mínimo, o percentual dos que ficaram sem rendimento do trabalho é de 29%. O índice é sensivelmente menor entre quem ganha de um a dois mínimos (11%), de dois a cinco salários (5%) e mais de cinco mínimos (1%).

Os números mostram a importância do auxílio emergencial, idealizado pela oposição e pelos movimentos sindical e social. Quando foi instituído em 2021, no valor-base de R$ 600, o benefício se voltava justamente a esses trabalhadores – sobretudo os desempregados e informais.

Pode melhorar? A taxa de desemprego surpreendeu o mercado no mês de fevereiro ao avançar de 14,2% para apenas 14,4%, ante expectativa mediana de 14,6% exatamente como projetava a Ativa Investimentos. Étore Sanchez, economista-chefe da empresa, explica que a surpresa acabou ficando concentrada na força de trabalho que não subiu conforme o esperado, com relativa estabilidade ao redor de 100,3mi de pessoas.

“O resultado marginalmente positivo não afetou a perspectiva de que o desemprego deverá continuar avançando ao longo deste ano por uma ‘revelação’ estatística, uma vez que ainda temos desvios da força de trabalho por conta da pandemia”.

O economista diz que a melhor avaliação que a Pnad fornece pode ser observada através da subutilização da mão de obra que voltou a subir nesse mês atingindo 29,2% no trimestre findado em fevereiro deste ano, vindo de 29% no trimestre que acabou em janeiro. Em outras palavras, apesar de o Caged mostrar vigor no mercado formal de trabalho, a situação do emprego geral ainda é muito frágil e pouco otimista.

A taxa de desemprego no segundo trimestre de 2021 pode atingir o pior nível desde o início da série mensal da PNAD em 2012, próximo a 16,0%.”

Famílias mais endividadas. O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre-FGV) divulgou recentemente sondagem que aponta que uma em cada quatro famílias brasileiras tem alguém com dívidas em atraso.

De acordo com o estudo, mais da metade dos endividados afirmam que o problema está relacionado à pandemia, principalmente por causa da perda de emprego ou redução de salário. Ainda segundo a pesquisa, 26% dos entrevistados vivem em lares em que há pelo menos uma pessoa com dívida. Esse percentual sobe para 44% para famílias com renda de até R$ 2.100, especialmente após o fim do pagamento do auxílio emergencial do governo no ano passado.

Ricardo Summa, professor do Instituto de Economia da UFRJ, avaliou as implicações econômicas da questão levantada pela pesquisa. Ele afirmou que não viu nenhum estudo que tivesse uma mensuração bem sistemática sobre esse efeito da inadimplência como também do endividamento das famílias.

“Mas, com certeza, no momento em que uma parte da renda que as famílias tinham era decorrente das transferências dos R$ 600 do auxílio emergencial, na medida em que há uma diminuição depois uma parada dessas transferências, é de se esperar que a renda das famílias diminua, não só pelo feito direto com uma redução considerável da renda, mas também nos efeitos indiretos que isso gera”, começou avaliando o especialista.

Considerando que o auxílio emergencial do governo ajudaria a mitigar o problema do endividamento das famílias, Summa esclareceu que seu valor deveria ser fruto de um estudo muito mais detalhado, com uma certa previsibilidade de quanto tempo vai durar a pandemia.

“Então é muito difícil dizer o que seria um valor justo e necessário e por quanto tempo. Mas acho que temos que ver o que deu certo em termos de crescimento, [que foi] uma leve retomada no nível mais baixo do PIB e da renda ali no segundo trimestre de 2020. Me parece que esse valor de R$ 600 foi o que deu um impacto bem considerável e ajudou a manter a economia funcionando, ajudou a manter os índices de pobreza no nível que estavam para que não aumentassem tanto nesse período”, avaliou.

Um governo de ódio! O demente não tem apenas um “gabinete do ódio” que faz a sua propaganda. Na verdade, ele está também, cercado de ódio, de pessoas que odeiam o pobre e o trabalhador mais humilde.

Os 25 mortos durante a operação policial de quinta-feira (06) no Jacarezinho, no Rio de Janeiro, ainda não foram identificados – mas o vice-presidente Hamilton Mourão afirmou na sexta-feira (07) que eram “todos bandidos”.

Além de 24 civis, um policial civil foi morto. No metrô do Rio de Janeiro, onde aconteceu uma troca de tiros durante a operação, dois passageiros acabaram feridos.

A declaração de Mourão foi feita a repórteres na chegada do vice-presidente ao Palácio do Planalto: “Tudo bandido. Entra um policial numa operação normal e leva um tiro na cabeça em cima de uma laje. Lamentavelmente essas quadrilhas do narcotráfico são verdadeiras narcoguerrilhas, têm controle sobre determinadas áreas”, disse o vice-presidente.

A operação no Jacarezinho aconteceu contrariando uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), que decretou que, durante a pandemia, ações em comunidades precisam ser comunicadas ao STF. A decisão permite ações apenas em “hipóteses absolutamente excepcionais”.

E as milícias crescem, agora com o setor imobiliário! Um relatório recente de acadêmicos de duas universidades brasileiras indica que os grupos de vigilantes que simpatizam com as políticas do presidente insano são um estado dentro de um estado. Seu poder econômico está baseado na apropriação de terrenos e moradias. Eles também controlam a coleta de água, luz, gás, televisão a cabo e transporte.

O Brasil é um coquetel explosivo, mas não apenas pela falta de controle sanitário. Milhares de partidários do ex-capitão saíram às ruas no dia 1º de maio gritando “Eu autorizo” e deram ao presidente rédea solta para convocar as Forças Armadas com o objetivo de impor a livre circulação da população. Essa proclamada liberdade de movimento contra o bloqueio que vários governadores decretaram é a mesma que permitiu que o vírus se propagasse, infectasse quase 15 milhões de brasileiros e superasse a barreira dos 400 mil mortos. Mas se a saída dos militares de seus quartéis é uma ameaça potencial de autogolpe, as milícias de extrema direita que estão em sintonia com as ideias do chefe de Estado são uma realidade. E uma realidade crescente, como a descrita em uma pesquisa recente intitulada “A expansão das milícias no Rio de Janeiro” realizada pelo Grupo de Estudos de Novas Ilegalidades (GENI) da Universidade Federal Fluminense e Observatório das Metrópoles da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

O trabalho publicado em janeiro passado indica que “nas últimas décadas, o poder armado das chamadas 'milícias' sobre territórios, populações e mercados vem se expandindo na cidade do Rio de Janeiro e na região metropolitana”.

O terror não tem limites! Ao ouvir o ruído do avião, André, 7 anos, correu para fora de casa vibrando de alegria. Estava curioso porque nunca tinha visto uma aeronave de perto e aquela sobrevoava baixo o suficiente para enxergar o piloto dentro. Correndo atrás do avião, sentiu gotículas caírem sobre o seu corpo. E então a sua alegria acabou. André começou a sentir muita coceira, tão persistente que não conseguiu dormir à noite. A pele amanheceu seca, com caroços. Manchas vermelhas se abriram em feridas e partes da pele ficou – e ainda está – em carne viva. Em vídeo enviado por sua mãe, é possível ver feridas abertas na sua cabeça, nas mãos, nos pés e nas pernas.

André foi banhado por agrotóxicos em 22 abril, terceiro dia em que uma aeronave agrícola sobrevoou a comunidade rural do Araçá, município de Buriti, no Maranhão. Ao ver a cena, Edimilson Silva de Lima, presidente da associação de moradores, pensou que um desastre estava em curso. Dos 80 moradores, ele contou ao menos oito que relataram sintomas de intoxicação como coceiras, febre e manchas no corpo, mas é possível mais gente tenha se intoxicado.

A comunidade suspeita que o responsável pela contratação do avião é um produtor de soja que tem histórico de conflitos com essa e outras comunidades da região, Gabriel Introvini. Segundo Diogo Cabral, advogado da Sociedade Maranhense de Direitos Humanos, o avião vinha de uma terra alugada por Introvini. Diversas denúncias feitas pelas comunidades e até uma operação da polícia apontam ele e seu filho, André Introvini, como responsáveis por desmatamento ilegal do cerrado, roubo de terras e tentativas de expulsar os moradores locais.

O que acontece na Colômbia (1). A Colômbia é um regime em guerra permanente contra sua população desde o início do século XIX. Isso começou assim que o venezuelano Simón Bolívar deixou o poder em Bogotá, vendo-se traído e prestes a ser assassinado. Ele havia dado liberdade à Colômbia, entre outras terras, lutando ao lado de suas tropas de bravos esfarrapados, quase todos venezuelanos, até expulsar os espanhóis.

Antes de qualquer outro estado da América Latina, a direção política e a Igreja Católica começaram a instituir leis repressivas para perseguir o “comunismo”.

A Colômbia é o maior produtor e exportador mundial de cocaína, apesar de ter sido invadida por tropas estadunidenses que chegaram com o pretexto de combatê-la. Enquanto os EUA são o principal consumidor, seus bancos ficam com 95% dos lucros daquele negócio bilionário e parte do dinheiro das drogas é usado para financiar operações ilegais da CIA pelo mundo.

Ao contrário do que a imprensa mundial tenta sustentar, a principal razão dos levantes populares que estão acontecendo não é a proposta de reforma tributária do governo. Essa foi apenas a “gota d’água”, a verdadeira razão é a miséria em que foi jogado o povo e a repressão sem limites do governo. Esses milhões de pobres, em um país imensamente rico, não suportam mais ter que escolher entre muito pouco ou nada. Não há mais o que perder!

O que acontece na Colômbia (2). Desde o dia 28 de abril, grandes ações aconteceram no marco de uma greve cívica nacional promovida pelas centrais operárias e outras organizações populares, que são acompanhadas por importantes lideranças da Oposição democrática.

A apresentação e arquivamento de uma reforma tributária abusiva pelo Ministro Carrasquilla para estabelecer novos impostos com graves implicações sociais para os trabalhadores, os desempregados e as classes médias apenas precipitaram um surto social de grandes proporções em condições em que a população sofre as consequências da pior crise de saúde na história nacional.

Quando milhões de seres humanos passam fome e desemprego, a criminosa burocracia governamental desenhou um novo regime tributário para extrair mais de 25 trilhões de pesos dos bolsos miseráveis ​​dos setores sociais excluídos.

Cali, Bogotá, Pereira, Popayán, Pasto e outros importantes centros urbanos do país têm sido palco de duras batalhas contra a ação desavergonhada e vulgar do regime uribista atormentado pela corrupção, morte e violação sistemática dos direitos humanos.

A resposta oficial foi o massacre, assassinato e desaparecimento de centenas de líderes sociais. Cali foi especialmente punida pelas tropas governamentais assassinas. Mas a Colômbia está de pé contra o neoliberalismo e o fascismo!

O que acontece na Colômbia (3). O Alto Secretariado para Direitos Humanos da ONU condenou na terça-feira (04) a morte de manifestantes na Colômbia e se disse preocupado com a crescente violência policial no país.

Segundo a porta-voz do órgão, Marta Hurtado, o escritório da ONU na Colômbia “está trabalhando para verificar o número exato de vítimas e as circunstâncias desses eventos terríveis”.

Segundo a Human Rights International, um massacre perpetrado pela polícia ocorreu no bairro popular de Siloé, em Cali. A ONG investiga as mortes de 6 pessoas, entre elas um menino de 11 anos, além de 18 feridos, incluindo uma criança de 7 anos.

Diversas regiões protagonizaram episódios de repressão policial na noite de segunda-feira, mas em Cali, relatos de manifestantes e de organismos de direitos humanos apontam para um uso desmedido da força policial.

Dados do Comitê Nacional de Greve da Colômbia indicam que a repressão das forças de segurança às manifestações contra a reforma tributária deixou um saldo, até agora, de 27 mortos e 124 feridos.

Em um balanço que inclui o período de 28 de abril a 2 de maio, a entidade informou que foram registrados 1.089 casos de violência policial e 27 manifestantes assassinados - 12 deles só em Cali, capital do departamento de Valle del Cauca, no sudoeste do país.

Os dirigentes da greve asseguraram que, apesar de o presidente Iván Duque ter retirado o polêmico projeto de reforma tributária, as medidas de protesto continuarão contra a militarização das cidades.

Eles vão se apossando de tudo! A subsidiária panamenha da AES Corp. dos EUA poderia monopolizar 80% da geração de eletricidade do país se lhe fosse concedida uma licença para uma nova usina, segundo notícia que recebemos na segunda-feira (03).

O jornal La Prensa advertiu que se o governo aceitasse a transferência para o empório energético da licença para construir uma usina termoelétrica de 670 Megawatts (MW) à base de gás liquefeito, atualmente detida pela empresa NG Power, a AES Panamá atingiria 1.900 MW de capacidade. A negociação está avançando apesar do fato de vários atores advertirem sobre o risco de um único agente ter controle da geração de eletricidade, incluindo Juan Antonio Brenes, da Câmara Panamenha de Geradores de Eletricidade, que advertiu que ‘é algo que deve ser estudado com muito cuidado antes de ser aprovado’, de acordo com a mídia.

Ele lembrou que o regulador estatal, a Autoridade Nacional de Serviços Públicos (ASEP), pode intervir caso haja uma possível posição dominante no mercado que afete outras empresas, pois não está claro entre os empresários se a licença da NG Power expirou, o que desqualificaria a operação.

Escolher entre o povo e os exploradores. O segundo turno eleitoral no Peru reflete nas pesquisas o conflito de classes em um nível raramente visto antes. Pelo que temos lido nos jornais de lá, as elites estão dispostas a mover todas as suas peças para evitar que o povo peruano levante a cabeça.

Historicamente, a elite peruana tem sido extremamente conservadora. Podemos ver isso em momentos diferentes. À medida que as correntes liberais avançavam em toda a América Latina, a elite peruana resistia a deixar de ser uma colônia até que não tivesse escolha a não ser se estabelecer. Mesmo assim, muitas dinâmicas sociais, culturais, econômicas e políticas continuaram a ser tratadas a partir dos moldes coloniais.

Os cidadãos há muito não confiam na mídia. E não é por menos: a cobertura que costumam dar a certas notícias, a lavagem da cara de políticos que são semelhantes a eles (e a metralhadora contra os que não o são), os silêncios em momentos-chave ...

E a situação do Peru lembra um pouco o que aconteceu no Brasil. Tem um professor, agora de escola rural, prestes a chegar à presidência, vencendo o candidato dos ricos pelas reivindicações dos abaixo, é uma esperança. Há uma elite que se acreditava intocável e que hoje, embora a ameaça não seja total, vê com medo a única possibilidade de que levantem a cabeça aqueles que viu como servos por 200 anos.

Armas ou comida? Hoje o nosso informativo retoma uma discussão que consideramos de mais alto interesse e que sempre voltará a ser comentado. Guerras e fome, armas ou comida?

Desde a Segunda Guerra Mundial nosso planeta não vê uma queda tão grande no PIB das nações como a que ocorreu em 2020 e perdura por 2021. A economia mundial corre sério risco vendo milhões de empregos serem destroçados; falências de empresas e negócios; gastos enormes para cuidar da saúde dos infectados (mas não no nosso país); queda do comércio e proliferação da miséria e da pobreza em grande parte da população, especialmente nos países em desenvolvimento.

O Instituto Internacional de Finanças (IIF na sigla em inglês) em relatório recente indicou que a dívida de famílias, empresas, bancos e governos em todo o planeta era de 272 trilhões de dólares no final do terceiro trimestre de 2020 e no final do ano, atingiu um recorde histórico de US $ 277 trilhões, representando 365% do PIB mundial.

Mas, apesar desse grande problema, os gastos militares continuaram aumentando, pois, segundo o Instituto Internacional de Pesquisas para a Paz de Estocolmo (CEPRI), a crise gerada pela pandemia não impediu que o capital colocado na defesa continuasse a subir.

Pelo quinto ano consecutivo, afirma, subiu para 1,98 trilhão de dólares, 74 bilhões a mais do que em 2019, ou seja, 2,6% ano a ano, enquanto o PIB mundial caiu 4,4%. O fato de os gastos militares aumentarem em um ano de recessão econômica significa que a proporção desse tipo de investimento no PIB total também cresceu.

Segundo o CEPRI, apenas cinco países respondem por 62% dos gastos militares: os Estados Unidos subiram de 4,4% em 2020 para 778 bilhões de dólares, ou seja, 39% do total; China 1,9% no ano para 252 bilhões; Índia, 2,1% para 72 bilhões; Rússia 2,5% a 61,7 bilhões; Reino Unido, 2,9%, ou seja, 59,2 bilhões.

E vamos comparar esses números com outros dados, como o do Banco Mundial, onde indica que em 2020 entre 88 milhões e 115 milhões a mais de pessoas caíram na pobreza extrema, de modo que o número de pessoas que sobrevivem com apenas US $ 1,98 por dia aumentou entre 703 milhões e 729 milhões. A taxa de pobreza extrema ficaria entre 9,1 e 9,4%, o que equivale a um recuo de três anos, já que voltou aos níveis registrados em 2017.

No Dia do Trabalhador, borracha nele! No Brasil vimos as ridículas cenas do gado seguidor do insano pedindo ditadura. Mas, em outros países vimos as polícias e até forças militares “descendo a borracha” nos trabalhadores que saíram para protestar pela situação em que se encontram.

Os protestos pelo Dia do Trabalhador, comemorado no sábado (01/05), foram marcados por grande afluência e, também, pela violência policial contra os manifestantes, em especial na França, na Itália e na Turquia.

Em Paris, a polícia disparou gás lacrimogêneo contra sindicalistas que tomaram as ruas da capital. De acordo com os policiais, dez pessoas foram presas antes mesmo do início da manifestação e, no total, pelo menos 34 manifestantes foram detidos. Os coletes amarelos, grupo que protesta há cerca de dois anos na França, se juntaram ao protesto.

A polícia de Lyon também entrou em confronto com os manifestantes depois que muitos sindicatos e ativistas tentaram marchar pela cidade. A prefeitura afirmou que a polícia teve que intervir para dispersar "um grupo de 200 pessoas" à frente da marcha que "usou morteiros" contra os agentes. Segundo informações, cinco pessoas foram presas.

Na Itália não ficou por menos. Em Turim, também houve confrontos entre a polícia antidistúrbios e manifestantes. Os agentes intervieram para impedir que a manifestação chegasse ao prédio da prefeitura, onde ocorriam atos oficiais por ocasião do Dia Internacional do Trabalhador.

Mais de 1.000 pessoas com bandeiras vermelhas e faixas se reuniram na cidade, segundo a agência de notícias italiana ANSA. Diferentes marchas percorreram as ruas e se reuniram em uma praça ao lado da Prefeitura. Os manifestantes também fizeram uma guilhotina improvisada com uma imagem do rosto do primeiro-ministro Mario Draghi. E a tensão aumentou quando os manifestantes tentaram quebrar o cordão de isolamento e a polícia forçou a multidão a se afastar do prédio da Prefeitura.

Na Turquia, a polícia disparou gás lacrimogêneo e prendeu dezenas de manifestantes que marchavam em direção à praça Taksim, em Istambul. Pelo menos 100 pessoas foram presas durante a manifestação.

Na Espanha, aproximadamente 100 mil espanhóis saíram às ruas em diversos protestos por todo o país. A maior manifestação foi organizada pelos dois sindicatos mais importantes do país - Comissões de Trabalhadores (CCOO) e União Geral dos Trabalhadores (UGT) - em Madri, capital espanhola.

As lideranças sindicais exigiram o reforço da vacinação contra a covid-19 e a garantia de doses para todos, assim como o aumento do apoio financeiro aos idosos e necessitados. Os manifestantes também conclamaram os partidos de esquerda a votarem nas eleições regionais de 4 de maio.

Terrorismo contra o povo palestino. Na segunda-feira (03) um grupo de colonos israelenses atirou pedras em várias casas de colonos palestinos no vilarejo de Qusra, ao sul da cidade ocupada de Nablus, no norte da Cisjordânia. Na terça-feira um site palestino denunciou que colonos israelenses atearam fogo em terras palestinas no vilarejo de Buirin, em Nablus, no contexto de uma série de ataques israelenses ao povo palestino.

De acordo com o testemunho de Ghassan Daghlas, que monitora as atividades dos assentamentos coloniais israelenses no norte da Cisjordânia, os moradores conseguiram se defender da agressão.

Ele acrescentou que no distrito de Nablus, soldados israelenses reprimiram os palestinos e prenderam 11 pessoas.

Lá, os colonos israelenses também invadiram as terras dos habitantes locais e as incendiaram.

Nesse contexto, a agência de notícias palestina WAFA informou que as forças de ocupação israelenses demoliram duas estruturas na terça-feira e apreenderam terras no distrito de Belém, no sul.

Pedir uma ação do governo terrorista não funciona. Policiais israelenses e cidadãos palestinos se enfrentam nas ruas por possível expulsão de famílias palestinas de suas casas. Países europeus se unem pedindo a interrupção da expansão de assentamentos israelenses, mesmo sabendo que é perda de tempo.

Na quinta-feira (06), França, Alemanha, Itália, Espanha e Reino Unido instaram Israel a interromper a construção de assentamentos na Cisjordânia ocupada, de acordo com a Reuters.

“Pedimos ao governo de Israel a reverter sua decisão de avançar na construção de 540 unidades de assentamento na área Har Homa da Cisjordânia ocupada, e a cessar sua política de expansão de assentamentos nos territórios palestinos ocupados”, disseram as nações europeias em comunicado conjunto citado pela mídia.

De acordo com o comunicado conjunto entre os países, se implementada, a decisão de promover assentamentos em Har Homa, “causará mais danos às perspectivas de um Estado palestino viável”.

EUA enviam mais bombardeiros e caças ao Oriente Médio. As tropas estadunidenses devem deixar o território afegão até o próximo dia 11 de setembro, data que marcará 20 anos dos atentados do World Trade Center, que impulsionaram a entrada dos EUA em guerras no Oriente Médio e na Ásia Central.

O Pentágono aumentou seus recursos militares no Oriente Médio, a fim de fortalecer a segurança da retirada do Afeganistão das forças da coalizão da OTAN, de acordo com reportagem da CNBC.

Nesta semana, dois bombardeiros estratégicos B-52 chegaram à Base Aérea de Al Udeid, no Qatar, elevando para seis a quantidade de aeronaves para responder a um possível ataque do Talibã (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países). A implantação de um grupo de porta-aviões da Marinha na região e de uma dezena de caças F-18 também foi estendida.

O plano de Washington é retirar todo o pessoal, que atualmente soma 2.500 pessoas, até 11 de setembro deste ano, quando completará 20 anos dos atentados de 11 de setembro, que impulsionaram a entrada estadunidense em longas guerras no Oriente Médio e na Ásia Central.

O cronograma de retirada de Biden rompe com um prazo negociado no ano passado pela administração Trump com o Talibã. De acordo com esse acordo, todas as forças estrangeiras teriam que deixar o Afeganistão até 1º de maio.

Desde a decisão de Biden de sair do país, os EUA removeram o equivalente a aproximadamente 60 cargueiros C-17 Globemaster do Afeganistão, de acordo com uma atualização do Comando Central. Mais de 1.300 equipamentos, que não serão deixados para os militares afegãos, também foram entregues à Agência de Logística de Defesa para destruição.

Foi outra derrota, sim! Será que o povo estadunidense não se cansa de levar surras em toda parte do planeta? A retirada dos “bravos” soldados estadunidenses do solo afegão é mais uma derrota militar dos EUA, já que por 20 anos Washington não conseguiu estabilizar a situação no país, afirma analista militar.

Anteriormente, o canal de televisão afegão Tolo News informou que os EUA e o Talibã (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países) estão discutindo a possibilidade de efetuar a retirada militar do Afeganistão até o início de julho.

Segundo a publicação, se os lados chegarem a acordo neste assunto, o Talibã voltará às negociações, participará da conferência sobre o Afeganistão na Turquia e reduzirá o nível de sua violência.

O especialista militar russo Konstantin Sivkov afirmou, em entrevista ao site Sputnik: “A retirada de tropas dos EUA do Afeganistão demonstra apenas uma coisa – a derrota militar de Washington neste país. Eles não conseguiram nada lá”.

“Claro que, após sua saída, irromperá uma guerra civil entre o Talibã e o grupo pró-estadunidense no poder em Cabul, mas a ausência de influência de uma terceira força poderosa, que esteve lá todos estes anos, dá esperança de que os afegãos resolvam isso entre si e sejam capazes de chegar a algum tipo de consenso”, disse o especialista.

Ele notou que, depois da retirada das tropas, a situação pode evoluir segundo vários cenários, no entanto, de acordo com sua opinião, nem os talibãs nem as atuais autoridades em Cabul conseguirão alcançar uma vitória definitiva nessa confrontação, por isso, inevitavelmente eles terão que chegar a um consenso.

Na semana passada, a Casa Branca declarou o início de retirada das tropas do Afeganistão, enfatizando que a saída deve terminar antes de 11 de setembro de 2021.

Mais tiroteio nas terras do Tio Sam. Pelo menos três pessoas morreram e uma ficou gravemente ferida em um tiroteio no sábado em um cassino na cidade de Green Bay, Wisconsin, Estados Unidos.

De acordo com o tenente do xerife do condado de Brown, Kevin Pawlak, os investigadores acreditam que o agressor estava procurando por uma pessoa específica.

“Ele tinha como alvo uma vítima específica que não estava lá, mas aparentemente ele decidiu atirar em alguns dos amigos ou colegas de trabalho da vítima”, disse Pawlak.

Fontes policiais informaram que o agressor está entre as vítimas fatais do tiroteio. Segundo a mídia local, o tiroteio ocorreu por volta das 19h30 no Cassino Oneida, na zona oeste 

Revista Focus Brasil

 

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Carta Capital

 

A CPI avança de um lado e Bolsonaro se revolta do outro

Depoimentos de Mandetta e Teich apontam para o presidente como o principal responsável pela tragédia

FOTO: EVARISTO SÁ/AFP

Os caminhos percorridos na primeira semana de depoimentos na CPI da Covid, no Senado Federal, apontam para a participação efetiva do presidente Jair Bolsonaro na tragédia que vitimou mais de 400 mil pessoas no Brasil.

A conclusão é compartilhada entre senadores que compõem a Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga as ações e omissões do governo federal durante pandemia do novo coronavírus.

Para Alessandro Vieira (Cidadania-SE), as revelações dos ex-ministros da Saúde Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich mostram o presidente como o maior responsável pela crise sanitária que o Brasil enfrenta.

"Os depoimentos foram positivos, no sentido de delimitar a cadeia de comando, apontando Bolsonaro como diretamente responsável por escolhas como o investimento em cloroquina e o desestímulo às medidas de restrição", disse o senador em conversa com CartaCapital.

Já Humberto Costa (PT-PE) avalia que "Mandetta corroborou com a tese de que o presidente adotou uma linha de favorecer o contágio geral da população para fazer o País chegar a uma imunidade de rebanho, com todas as consequências disso".

Na terça-feira 4, o primeiro ministro da Saúde do governo Bolsonaro afirmou que o presidente levava em conta conselhos dados por seu filho, o vereador Carlos Bolsonaro.

Ele ainda confirmou que a recomendação de cloroquina para tratamento de infecção por coronavírus “não passou pelo Ministério da Saúde” e foi feita “à margem” da pasta.

“A cloroquina é uma droga com margem de segurança estreita para uso indiscriminado e sem monitoramento. Ela não é um medicamento que ‘se bem não faz, mal não faz’. É um medicamento que tem uma série de reações adversas”, disse.

“O automedicamento com cloroquina e com outros medicamentos poderia ser muito perigosa para as pessoas”, acrescentou.

Na quarta-feira 5, foi a vez de Nelson Teich dizer que o motivo para o seu pedido de demissão foi a insistência de Bolsonaro com a cloroquina.

“O problema pontual era a questão da cloroquina”, declarou. “Sem liberdade para conduzir o ministério de acordo com as minhas convicções, optei por deixar o cargo”.

Ainda na semana, na quinta-feira 6, foi a vez do atual ministro Marcelo Queiroga ser submetido às perguntas dos senadores.

O titular da pasta se recusou a responder sua posição sobre o uso de medicamentos sem eficácia comprovada para a Covid-19.

"Os depoimentos foram além das expectativas", disse o senador Renan Calheiros (MDB-AL), que é o relator da CPI, a CartaCapital.

A afirmação de Calheiros não encontra eco no Palácio do Planalto. A reação de Bolsonaro foi com o que ele tem feito de melhor nesses anos de mandato: bravatas.

Na sexta-feira 7, o presidente voltou a ameaçar a edição de um decreto para impedir que prefeitos e governadores adotem medidas de distanciamento social.

Bolsonaro ainda pediu que os “inquisidores da CPI”, em uma referência aos senadores da Comissão, não “encham o saco” de quem optou pelo uso de medicamentos sem eficácia para tratar a infecção por coronavírus.

As expectativas agora voltam-se para o depoimento do general Eduardo Pazuello, ex-ministro que por mais tempo comandou a pasta da Saúde no governo Bolsonaro.

A oitiva estava marcada originalmente para quarta-feira, mas ele alegou que teve contado com dois servidores que testaram positivo para Covid-19.

O motivo que o impediu de comparecer à CPI não foi levado em conta quando se encontrou com Onyx Lorenzoni (DEM), Secretário-Geral da Presidência.

O vice-presidente da Comissão, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), disse que, se Pazuello tentou “fugir” da CPI, “essa foi a pior das estratégias”. Pazuello, de qualquer forma, será ouvido no próximo dia 19.

Os primeiros depoimentos complicaram o governo e Bolsonaro sabe o estrago que as revelações de Pazuello podem causar. 

O general não é o único que os senadores ainda querem ouvir.

 
 
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A chacina no Rio e um retrato do Brasil

As redes sociais se inundaram de imagens vindas diretamente de uma guerra que, em pleno 2021, encheu de marcas de sangue as casas e ruas

FOTOS:  MAURO PIMENTEL/AFP 

segunda maior chacina do Rio de Janeiro teve início ainda na manhã da quinta-feira 6, na comunidade do Jacarezinho, zona norte da capital fluminense.

Conforme passava o dia, as redes sociais se inundaram de imagens vindas diretamente de uma guerra que, em pleno 2021, encheu de marcas de sangue as casas, ruas e vidas dos moradores da comunidade.

A operação da Polícia Civil que culminou na matança foi defendida como um “trabalho de inteligência e investigação” que, para a corporação, resultou na execução apenas do policial André Farias, morto com um tiro na cabeça.

Os outros 27 anônimos, segundo eles, eram todos criminosos. Apesar do número de mortos ter sido atualizado de 25 para 28 no fim da sexta-feira, ainda não há detalhes sobre quem eram as vítimas.

"O que ocorreu hoje foi uma prova cabal de que não há Estado Democrático de Direito nos territórios das favelas no Rio de Janeiro", relatou Joel Luiz Costa, membro do Conselho de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil, em suas redes sociais.

Entre as fortes imagens postadas pelo advogado, está a de um homem morto sentado em uma cadeira de plástico.

A repercussão foi imediata. Parlamentares e a Defensoria Pública protocolaram pedidos de investigação sobre a violência policial contra moradores da favela do Jacarezinho.

Eles afirmam que a operação realizada pela Polícia Civil contraria a decisão do Supremo Tribunal Federal que, em 2020, determinou a restrição das operações policiais em comunidades do Rio de Janeiro. 

Em um documento enviado ao Núcleo de Assessoria Jurídica Universitária Popular da Universidade Federal do Rio de Janeiro, o ministro Edson Fachin, do STF, afirmou que "há indícios de atos que, em tese, poderiam configurar execução arbitrária"

Organização das Nações Unidas afirmou, por meio do Alto Comissariado para Direitos Humanos, estar “profundamente preocupada” com os relatos recebidos.

“Pedimos ao Ministério Público que conduza uma investigação independente e imparcial sobre o assunto, seguindo as normas internacionais”, acrescentou o porta-voz da ONU, Rupert Colville, em entrevista coletiva concedida em Genebra.

Apesar do clima de consternação, também não faltaram figuras públicas a elogiar o saldo final das mortes. “Não surpreende ver deputados do PSOL defendendo bandido enquanto policial tomba em serviço”, escreveu Eduardo Bolsonaro em suas redes sociais.

Já o vice-presidente Hamilton Mourão cravou, mesmo sem saber do perfil das vítimas, que elas eram todas bandidas.

É um retrato do Brasil

 


 

 
 
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