domingo, 4 de fevereiro de 2018

Os cortes do vampiro

Copiado da TL da companheira Lígia Arneiro Teixeira  Deslandes.  Bom dia! Aqui a gente mostra com as provas. Vejam os links de todas as matérias. Você vai se rebelar ou aguentar quietinho?

A Retomada da Economia

Temer corta verbas para o Ministério da Ciência e Tecnologia https://goo.gl/gHkSoX

Temer corta Bolsa Família para desempregados e moradores de ocupações https://goo.gl/o5uCsc

Temer corta verbas contra homofobia https://goo.gl/5SSBQD

Temer corta benefício de idosos e pessoas com deficiência https://goo.gl/hyMecm

Temer corta verbas pra Policia Federal https://goo.gl/Le1kYR

Temer corta verbas para as Forças Armadas que já falam em colapso https://goo.gl/3EoF5t

Temer corta verbas do PAC https://goo.gl/kACQWr

Temer corta verbas do SUS https://goo.gl/uEmY17

Temer corta verba para agricultura familiar e reforma agrária https://goo.gl/qTgAci

Temer corta verbas para a fiscalização de trabalho escravo https://goo.gl/mS5diK

Temer corta envio de livros literários à escolas https://goo.gl/6uScbF

Temer corta verbas do Esporte e Bolsa Atleta https://goo.gl/Nog93i

Temer corta verbas para sindicatos dos servidores https://goo.gl/2N9hQX

Temer corta verbas para a transposição do São Francisco https://goo.gl/z15xro

Temer corta verbas das Farmácias Populares https://goo.gl/rx6SzK

Temer corta verbas para a Reforma Agrária https://goo.gl/akorKS

Temer corta vagas em universidades públicas federais https://goo.gl/HGsRDL

Temer corta verbas da Educação https://goo.gl/aJC3aJ

Temer corta verbas do Programa Cisternas https://goo.gl/4Mk7u8

Temer corta R$ 10,00 do salário mínimo de 2018 https://goo.gl/vv8msj

Temer corta verbas para o meio ambiente https://goo.gl/4o2zVu

Temer corta verbas para o IFMT https://goo.gl/L4Cbxd

Temer corta Verbas do transporte escolar https://goo.gl/VdkPG7

Temer reduz em 90% as verbas para as creches https://goo.gl/MDa42T

Temer reduz em 50% verbas para a FUNAI https://goo.gl/ZKNbwi

Temer reduz em 43% as verbas para o Ministério da Cultura https://goo.gl/VnXPX1

Temer reduz em 39% as verbas para atendimento de mulheres violentadas https://goo.gl/JTqmxj

Temer reduz em 95% as verbas para programa contra seca https://goo.gl/jxkHcQ

Temer ameaça cortar planos de saúde de funcionários de estatais https://goo.gl/STA2ji

Temer ameaça cortar bolsas de estudos de professores https://goo.gl/N67py6

Temer ameaça desmonte do INSS e propõe extinção do serviço social https://goo.gl/Ru5VVY

Temer ameaça cortar seguro-desemprego e abono https://goo.gl/1fgkFw

Temer ameaça cortar verbas de saúde e segurança https://goo.gl/GCKk6U

Temer ameaça autorizar empresas a limitarem uso de dados na banda larga fixa https://goo.gl/dTMfbY

Temer ameaça cortar aposentadoria por invalidez e pensões por morte https://goo.gl/8Z8EwS




Fonte: rede do 3Setor

Caravana Agroecológica no Pará percorre região da Transamazônica

RESITÊNCIA

Caravana Agroecológica no Pará percorre região da Transamazônica

Durante cinco dias a caravana visitou comunidades que desenvolvem a agroecologia frente ao modelo desenvolvimentista

Brasil de Fato | Belém (PA)
,
A caravana no Pará é um preparatório ao IV Encontro Nacional de Agroecologia que será em Belo Horizonte nos dias 31 de maio a 3 de junho / Fundo Dema / Ilustração
Pela primeira vez uma caravana percorre a região da Transamazônica e Xingu, no Pará, para conhecer as experiências exitosas em agroecologia e intensificar a luta em defesa dos direitos territoriais de povos e comunidades tradicionais da Amazônia brasileira.
A I Caravana Agroecológica do Oeste do Pará partiu da cidade de Altamira no dia 29 de janeiro. Durante cinco dias cerca de 60 pessoas de movimentos populares, organizações sem fins lucrativos e sindicatos de trabalhadores e trabalhadoras rurais vivenciaram parte da realidade de comunidades tradicionais nos municípios de Brasil Novo, Medicilândia, Uruará, Placas e Rurópolis.
O coordenador do Fundo Dema, Matheus Otterloo, explica que percorrer e conhecer as comunidades que desenvolvem a agroecologia na região da Transamazônica é uma forma de resistência aos projetos econômicos e desenvolvimentistas, que ameaçam a floresta e o modo de vida dos povos indígenas e comunidades tradicionais.
“A natureza é um elemento constituinte da vida e tem de se aprender a conviver com isso, as experiências na Transamazônica, apoiadas pelo Fundo Dema, são comprovações disto e demonstram uma potencialidade bastante animadora”, sustenta.
Uma das experiências que a caravana conheceu foi o projeto Sementes da Floresta, localizado no município de Uruará. Selma Moreira, da Associação Sementes da Floresta (ASFLOR), explica que o projeto visa o reflorestamento de áreas onde eram feitas as roças e que com o tempo foram degradadas. Ela também ressalta os benefícios de se aliar a agroecologia, o extrativismo e a agricultura familiar.
“A ideia é que essa área seja regenerada, reestruturada e se torne novamente uma floresta, assim a gente consegue um produto da agricultura familiar com qualidade, garante a sustentabilidade alimentar, a segurança alimentar das famílias, da sociedade e, dependendo do que se produz, pode se comercializar, pode gerar renda, pode ampliar a produção e isso é um benefício social incomparável”, argumenta.
Selma ainda informa que o reflorestamento é feito com árvores oleaginosas, como a Andiroba, Copaíba e Castanha do Pará. Das duas primeiras é possível extrair os óleos que essas espécies possuem, muito utilizado em medicamentos fitoterápicos e em produtos cosméticos.
A I Caravana do Oeste do Pará é um processo preparatório para o IV Encontro Nacional de Agroecologia, que ocorrerá no período de 31 de maio a 3 de junho deste ano, em Belo Horizonte (MG), realizado pela Articulação Nacional de Agroecologia (ANA).
Edição: Simone Freire

A felicidade segundo o filósofo Zygmunt Bauman

A felicidade segundo o filósofo Zygmunt Bauman

 

Bauman

O filósofo Zygmunt Bauman, morto em 9 de janeiro aos 91 anos, falou com Valeria Arnaldi, do jornal italiano Il Messaggero, sobre felicidade. Foi uma de suas últimas entrevistas. A tradução é do Unisinos.
Professor Bauman, o que significa hoje “felicidade”?
A declaração de independência americana proclamou, entre os direitos invioláveis do ser humano, a sua busca: um marco para a civilização ocidental. As ideias de felicidade são muitas, mas que podem ser remetidas a duas categorias. A visão mais popular é a de uma vida plena de momentos agradáveis, sem problemas e desafios. A outra nos foi mostrada por Goethe. Já idoso, ele foi perguntado se a sua vida tinha sido feliz. Ele respondeu que sim, mas que não se lembrava de uma única semana em que o tivesse sido. Isso implica que ser feliz não significa não ter dificuldades, mas superá-las.
A atualidade mudou essas visões?
Definir o que significa ser feliz é muito complexo. A própria ideia de felicidade parece conter em si o pressuposto da sua não existência no mundo. A felicidade deve ser conquistada, mas, no nosso sistema de consumidores, vendem-se promessas de promessas de algo que nos fará nos sentirmos melhor. O mercado, em teoria, deveria aspirar a satisfazer todas as necessidades.
Na prática, porém…
Satisfazer os consumidores, na realidade, é o pesadelo do mercado: envolveria não ter mais nada para vender. Os especialistas, portanto, sabem nos manter continuamente insatisfeitos. A publicidade nos promete que seremos felizes com o novo celular, por exemplo, mas ela tinha feito o mesmo para o modelo anterior e vai refazer o mesmo para o posterior. Porém, milhões de pessoas correm para comprar.
O capitalismo está condenado, portanto, à infelicidade?
A atitude do sistema encoraja a ideia de que há algo que pode resolver todos os problemas e alimenta constantemente tal convicção. Isso torna os momentos de felicidade muito curtos. O problema é que somos constrangidos a gastar o dinheiro que ainda não ganhamos para comprar coisas das quais não precisamos para impressionar pessoas que não nos importam muito. Esse é o caminho para alongar os momentos de infelicidade.
É preciso repensar o nosso modo de nos imaginarmos satisfeitos?
É preciso redescobrir o prazer de comunicar. Eu não me refiro aos tuítes, mas a conversas de verdade. Há uma grande diferença entre encontros virtuais e tradicionais. Para voltar aos acontecimentos ao estilo antigo, cada um deveria diminuir as suas próprias demandas, mas o mercado tenta levantar as expectativas e faz isso nos forçando a pensar, desde crianças, que cada momento de felicidade deve ser melhor do que o anterior. Cada instante desperdiçado é uma chance de felicidade perdida.
A sociedade líquida ainda é capaz de ser feliz?
A ideia da sociedade líquida é de que nada permanece por muito tempo. Vivemos em um mundo de constante novidade, em que envelhecemos cada vez mais rápido do que antes. Estamos em um espaço vazio. Gramsci definiu essa situação como um interregno em que as velhas regras desapareceram, e as novas não foram inventadas. Isso gera ansiedade.
E para que cenários a ansiedade nos leva?
Quando eu era estudante, os professores diziam que aprender nos torna mais ricos. Eu acho que a cultura contemporânea não está mais fundamentada na capacidade de aprender, mas de esquecer. Para aprender outros conceitos, você deve eliminar os velhos. A maior qualidade seria, por isso, a habilidade de esquecer. Na Itália e na Espanha, vê-se menos isso. Na França, Alemanha, Inglaterra, a questão é evidente e é uma reação ao medo.
A crônica nos revela que muitos gostariam de respostas mais duras por parte da política: o medo está criando espaço para o retorno de regimes fortes?
Estamos voltando 200 anos atrás nas lutas por democracia e liberdade. Agora, desejam-se mais regras. Segurança e liberdade são valores fundamentais para a dignidade humana. A segurança sem liberdade é escravidão. A liberdade sem segurança é um tipo de deficiência. As pessoas, por séculos, procuraram equilibrar as coisas, e isso não funcionou. Cada passo em frente para a liberdade requer que se renuncie a uma parte da segurança. Cada passo rumo a uma maior segurança envolve renunciar a um pouco de liberdade. Não há um caminho direto para ter cada vez mais de uma ou da outra. É um pêndulo que oscila, empurrando para a mudança.
Hoje, oscilamos para a segurança.
Muitas pessoas, em diferentes partes do mundo, parecem ir na direção da renúncia a mais liberdades em favor da segurança, desejando uma situação mais estável. É a tendência atual. Ainda estamos em uma sociedade líquida, mas em que nascem sonhos de uma sociedade menos líquida.