domingo, 18 de novembro de 2018

Grupo de brasileiros organiza feijoada para dar adeus a médicos cubanos

Grupo de brasileiros organiza feijoada para dar adeus a médicos cubanos

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Seis dos nove médicos cubanos que trabalham em Dourados foram recebidos com uma festa neste sábado (17). Os profissionais do “Mais Médicos” foram convidados para uma feijoada como forma de agradecimento pelos serviços prestados ao município. A iniciativa partiu do professor e advogado Tiago Botelho, que queria agradecer em nome de todos os brasileiros.
Pelas redes sociais, Tiago saiu em busca dos convidados, e através de uma amiga chegou em um dos médicos, que de início ficou ressabiado. “Essa minha amiga conversou com o amigo dela que conhecia um cubano e disse que eles podiam confiar, aí começamos a conversar e eu perguntei quantos eram e que eu estava convidando eles para uma feijoada”, conta.
O almoço seria na casa do professor, mas os amigos brasileiros começaram a pedir para participar e a feijoada ganhou status de festança, com mais de 40 pessoas. Sem conhecê-los ainda, Tiago recebeu os médicos com um discurso de agradecimento. “E eles se sentiram à vontade também para se apresentar, dizer de onde vinham e há quanto tempo estavam no Brasil”, relata.
Emotivos, tanto os cubanos quanto os brasileiros, os médicos contaram como são formados e o que pensam sobre o programa. “O mais bacana é ouvir a relação deles com a Medicina, que eles são formados para lidar com pobre, com o povo. Eles não têm essa ganância financeira como os médicos do Brasil”, compara.
“É uma relação muito diferente, que a gente não consegue entender. Todos eles estão dispostos a ir para outro país ajudar, eles são cidadãos que podem ir para o mundo todo ajudar pessoas. Eles também disseram que nunca se sentiram menosprezados, pelo contrário, que construíram uma relação de amizade, porque aqui no Brasil não é comum ir à casa dos pacientes, como é em Cuba”, descreve o professor.
Aos 32 anos, o médico que pediu para não ser identificado, conversou por telefone com o Correio do Estado. Depois de viver 1 ano e 5 meses em Dourados, ele está fazendo as malas para voltar a Cuba. “Quis me formar médico desde muito pequeno. Eu olhava as pessoas doentes e tinha este sentimento, de que podia estudar uma carreira com o objetivo de salvar vidas”, narra.
Curar pacientes foi o que levou o rapaz a estudar Medicina em Cuba. “Este é o maior sacrifício e reconhecimento de um médico. Quando chega um paciente que está doente e triste e você faz um tratamento para ele e, depois, ele chega até você e se sente agradecido, diz que vai se lembrar de você”, conta. No caso das gestantes que ele acompanhou durante nove meses, o profissional diz que até já foi homenageado. “Doutor, meu filho vai ter o seu nome. Eu tive essa experiência, e é um agradecimento realmente muito lindo. Isso é o que sente um médico que ama a profissão”, completa.
A vinda dele foi com o objetivo de trabalhar, atender a população e estar em locais que precisavam de médicos. “O objetivo do nosso País e de nós, médicos cubanos, é de chegar a essas partes onde precisam. É igual no Brasil e em outras partes do mundo. Cuba tem muitas missões nos países do sul-americanos e sul-africanos. Médico cubano é caracterizado por isso: por ajudar a curar, por dar todo o conhecimento nosso para isso”, explica.
Sobre os salários e parte deles serem direcionados para Cuba, o médico diz que muitos desconhecem a realidade de seu país de origem. “Nós recebemos uma parte do salário e a outra é destinada para a população de Cuba, porque lá nós temos uma educação gratuita, uma saúde gratuita. Você mora lá, tem sua família e você sabe que quando precisar ir a um hospital, vai ter internação, remédio e cirurgia gratuitamente. Eu me formei médico e não tive que pagar nenhum dinheiro pela minha formação”, ressalta.
“Acho errado falar que somos escravos. Nós tínhamos um contrato que sempre nos foi explicado e não somos escravos, estamos de acordo, porque nós estamos ajudando também ao nosso povo. Muitas pessoas em Cuba precisam de atendimento médico, diabéticos, hipertensos que têm suas dietas e que o governo dá gratuitamente”. “Todos nós médicos saímos de Cuba para ajudar nosso povo, para seguir melhorando dia a dia. Ninguém conhece mais de Cuba do que nós. Eu convido essas pessoas que acham que nosso País é assim para ir visitar”, reforça.
Em pouco mais de 1 ano, tempo em que esteve em Dourados trabalhando, o médico diz que aprendeu muito sobre trabalhar em equipe, com enfermeiros, agentes de saúde, odontólogos e auxiliar de enfermagem. “Isso eu aprendi aqui, a fazer um trabalho em equipe, e que não é uma só pessoa que faz a conduta e, sim, uma equipe num trabalho organizado com o objetivo de trabalhar bem”.
Se, de um lado, nos últimos dias o noticiário foi tomado de declarações infelizes por parte do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), por outro, o que o médico viveu na prática em todos esses meses se resume a elogios. “O Brasil é um país muito agradecido. Os pacientes agradecem muito e quando falamos que somos médicos cubanos, eles nos dizem que somos muito bons, que nos querem. A população nos ama”, compartilha.
Onde vão um, vão todos – Este foi o lema adotado pelos médicos cubanos em Dourados, e quando a notícia da feijoada chegou, só foram por confiar no colega que tinha recebido o convite. “Ele falou: ‘vamos lá? Eu confio, sei que não querem fazer mal para nós’. A gente tem medo e fica sentido por não conhecer as pessoas”, explica.
Entre músicas brasileiras e cubanas, além de muitas fotos, nosso personagem se sentiu grato. “Foi muito legal, estamos agradecidos pelo convite, sempre foram respeitosos conosco”. O médico volta em dezembro para casa, com o sentimento de dever cumprido. “Nossa consciência está tranquila, porque sabemos que somos médicos e estamos trabalhando por uma população. Nós vamos embora, mas com dignidade de que fiz aqui no Brasil um bom trabalho, ajudando muitas pessoas e isso era o mais importante”.
Do Correio do Estado.

The Guardian informando a verdade


Bolsonaro appoints judge who helped jail Lula to lead justice ministry

Sérgio Moro, who led ‘Car Wash’ investigation that jailed ex-president, accepts offer from president-elect
Judge Sérgio Moro leaves the house of the Brazilian president-elect Jair Bolsonaro after a meeting, in Rio de Janeiro on Thursday.
 Judge Sérgio Moro leaves the house of the Brazilian president-elect Jair Bolsonaro after a meeting, in Rio de Janeiro on Thursday. Photograph: Mauro Pimentel/AFP/Getty Images
The corruption-busting Brazilian judge who helped pave the way for Jair Bolsonaro’s stunning electoral win on Sunday by jailing his main rival has accepted a position in the far-right president’s government.
In a highly controversial move, Bolsonaro announced that Sérgio Moro, who became a celebrity in Brazil thanks to his role spearheading the sprawling “Car Wash” corruption investigation, would be his justice and public security minister when he takes power in January.
“We will be guided by his anti-corruption and anti-organized crime agenda, as well as his respect for the constitution and the laws!” Bolsonaro tweetedto his 2.2 million followers to announce the move.
Bolsonaro’s invitation – and Moro’s decision to accept – caused immediate waves in Brazil.
Moro was responsible for jailing former Brazilian president Luiz Inácio Lula da Silva, who polls had suggested would have beaten Bolsonaro to the presidency but is instead now serving a 12-year sentence for corruption and money laundering.
In a 2016 interview Moro told one Brazilian newspaper he would “never” go into politics. “I’m a justice man … not a politics man,” Moro said.
Gleisi Hoffman, the president of Lula’s Workers’ party (PT), denounced what she called “the fraud of the century”.
“Judge Sérgio Moro will be Minister of Justice in Jair Bolsonaro’s Government, who has only got elected because Lula was unfairly convicted and prevented from participating in the elections,” she tweeted in English.
In a second tweet Hoffman added: “He helped elect [Bolsonaro], now he’ll help him govern.”
The Brazilian journalist Eliane Brum tweeted: “This is indecent in so many different ways that we will need to find new words. For now, though, I’ll choose one: obscenity.”
Brian Winter, the editor-in-chief of Americas Quarterly, described the wisdom of Moro’s decision as questionable.
“Some people are going to use this to just destroy him – including some people who were previous fans of his. It’s unavoidable. The narrative of a judge who jailed Lula and then took a job in his opponent’s government will be too compelling for some people to resist. And I suspect he knows that and I suspect he believes the benefits are greater than the risks.”
Monica de Bolle, the director of Latin American studies at Johns Hopkins University, said she was disappointed by Moro’s “troubling” decision.
“I think at the beginning ‘Car Wash’ was pure from political interference … [But Moro’s move] does send a message that … at some point it took a political turn – and it is going to be very hard not to believe in that.
“I don’t think Moro was intentionally persecuting the PT. But I do think the signal that ‘Car Wash’ at some point did become political is very unfortunate,” De Bolle added.
Winter, who knows Moro, said he was both “heartbroken and encouraged” by his decision.
“Heartbroken because I think it does irretrievably rewrite the history of ‘Car Wash’ and gives tremendous ammunition to people who believed it was a partisan crusade all along. I also think it poses tremendous risks to Moro personally because of Bolsonaro’s authoritarian tendencies and the risk that he will seek to trample institutions once in office.”
“I’m encouraged because I think that Moro will defend the independence of the judiciary [and] seek to change policy in order to nationalize the anti-corruption fight that he led … This is a big promotion for him and it gives him the ability to make actual policy changes that will strengthen the enforcement against corruption in Brazil.”
In a statement Moro said: “The prospect of implementing strong policies against corruption and organized crime, while respecting the constitution, the law and rights, lead me to this decision.”
Moro said he believed in his new role he would be able to “consolidate the advances against crime and corruption we have achieved in the last few years and reduce the risks of steps backwards, for a greater good”.
Moro, who at 46 will now become one of Brazil’s most powerful men, shot to fame three years ago for his central role in investigating what some have called the world’s biggest corruption scandal.
In July 2017 Moro handed Lula – Brazil’s president from 2003 until 2011 – a nine-year prison sentence after he was found guilty on corruption and money-laundering charges stemming from that inquiry.
Lula’s sentence was subsequently increased to 12 years and he was jailed in April this year with supporters labelling the former president a political prisoner. Forced from the presidential race, Lula was replaced by Fernando Haddad, a little-known former São Paulo mayor, who lost to Bolsonaro last Sunday by more than 10m votes.
“I believe in Sérgio Moro. I know Sérgio Moro. But his decision today makes him much more difficult to defend politically,” Winter said.

28 DOCUMENTÁRIOS PARA DEBATER RACISMO

28 DOCUMENTÁRIOS PARA DEBATER RACISMO

1) Menino 23

2) Chacinas nas periferias

3) The Colour of Money - A História do Racismo e do Escravismo

4) Raça Humana

5) O negro no Brasil

6) Ninguém nasce assim

7) Racismo Camuflado no Brasil

8) Negro lá, negro cá

9) Vidas de Carolina

10) Negros dizeres

11) Mulher negra

12) Negro Eu, Negro Você

13)A realidade de trabalhadoras domésticas negras e indígenas

14) Espelho, Espelho Meu!

15) Open Arms, Closed Doors

16) The Brazilian carnival queen deemed 'too black'- A Globeleza que era negra demais

17) Boa Esperança - minidoc

18) Você faz a diferença

19) Memórias do cativeiro

20) Quilombo São José da Serra

21) 7%

22) Olhos azuis

23) Pele Negra, Máscara Branca

24) Introdução ao pensamento de Frantz Fanon

25) Invernada dos Negros 

26) A negação do Brasil

27) Sua cor bate na minha

28) História da Resistência Negra no Brasil

Gleisi Hoffmann para Sérgio Moro: “ministro é cargo político sim. Se fosse técnico haveria concurso”

Gleisi Hoffmann para Sérgio Moro: “ministro é cargo político sim. Se fosse técnico haveria concurso”

Publicado em 18 novembro, 2018 4:04 pm
Do Twitter de Gleisi:
Toda vez q vejo entrevista de Sérgio Moro lembro do filme o Advogado do Diabo e de seu pecado favorito. Nesta última, chegou a ser comovente seu esforço pra dizer q não é político, categoria q ajudou a desacreditar. Ministro é cargo político sim. Se fosse técnico haveria concurso
Gleisi Hoffmann. Foto: Divulgação/Twitter

Toda vez q vejo entrevista de Sérgio Moro lembro do filme o Advogado do Diabo e de seu pecado favorito. Nesta última, chegou a ser comovente seu esforço pra dizer q não é político, categoria q ajudou a desacreditar. Ministro é cargo político sim. Se fosse técnico haveria concurso
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