sábado, 9 de outubro de 2021

Informativo Semanal do Prof. Ernesto Germano Pares

 


 

 

 


Sob o governo de Nix?

Em seu histórico trabalho, “Teogonia”, o mestre Hesíodo nos diz que “Nix é filha do Caos” e tem um irmão gêmeo chamado “Érebo, a escuridão”. Logo após Caos teria criado “Tártaro, as trevas abismais”.

Nix aparece ora como uma Deusa benéfica que simboliza a beleza da noite, ora como a cruel Deidade que amaldiçoa e castiga com terror noturno (Hécate e Astéria). Nix é também uma Deusa da Morte, a primeira rainha do mundo das Trevas.

Nesta semana, tentando compreender o governo desse insano e todas as crueldades que levam o povo a estar comprando ossos e carcaças de peixes para algum alimento, lembrei de Hesíodo e seus relatos sobre Nix. E creio que vocês entenderão no decorrer desse Informativo.

Um governo de “empresas fantasmas”. O ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, movimentaram empresas em paraísos fiscais e mantiveram os empreendimentos depois de terem entrado para o governo do ex-militar demente, no início de 2019. Segundo reportagem investigativa dos "Pandora Papers", são três companhias com movimentação milionária, sediadas nas Ilhas Virgens Britânicas, onde não se cobram impostos para abertura de offshores.

As informações constam de documentos sigilosos obtidos pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ), composto por 150 veículos de imprensa no mundo. Os Pandora Papers reúnem 11,9 milhões de papéis obtidos pelo consórcio através de 14 escritórios especializados na abertura de offshores em diversos paraísos fiscais.

Paulo Guedes tem o seu nome ligado à offshore de nome Dreadnoughts International Group Limited, criada em setembro de 2014, com um depósito de US$ 8 milhões. A empresa permanece ativa, e segundo registros obtidos pelo Poder360, a cifra foi elevada para US$ 9,5 milhões até agosto de 2015, o valor era equivalente a R$ 23 milhões na época e R$ 51 milhões no câmbio atual.

Já Campos Neto teria duas empresas registradas em seu nome, a Cor Assets S/A e ROCN Limited, com as iniciais do seu nome (Roberto de Oliveira Campos Neto). A Cor Assets foi criada em 2004, com um aporte inicial de US$ 10 mil. A empresa chegou a ser citada na investigação Panama Papers por ter realizado uma transferência ilegal de US$ 1,08 milhão (cerca de R$ 5,8 milhões) do Brasil a Luxemburgo através do escritório Mossack Fonseca. Mais tarde, em setembro de 2020 foi encerrada por Roberto Oliveira Campos Neto e sua esposa. Enquanto a ROCN deixou de existir em 2016.

Também a Prevent Senior! Donos do plano de saúde Prevent Senior, os irmãos Andrea, Eduardo e Fernando Parrillo têm quatro empresas abertas em paraísos fiscais. Trata-se das offshores Shiny, Luna, Hummingbyrd e a Grande Developments. A informação é do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ, na sigla em inglês), que nos últimos meses investigou milhares de documentos sobre essas empresas obtidos junto a uma fonte anônima.

De acordo com o site Metrópoles, que integra o consórcio, a Shiny e a Luna são ligadas a Andrea Parrillo. Dados da companhia atualizados em 2018 mostram que a empresária informou que a Shiny foi aberta para manter portfólio de investimentos e uma conta corrente, ambos no banco Raymond James, da cidade de Coral Gables, na Flórida.

A offshore detém US$ 3,7 milhões em ações, títulos de dívida pública e participações em fundos mútuos de investimento, modalidade que reúne uma série de ativos cujo rendimento é dividido entre seus cotistas. Os valores viriam, segundo o site, de rendimentos da Prevent Senior.

Conforme os documentos do Pandora Papers, a offshore Hummingbyrd é ligada a Fernando Parrillo e mantém US$ 3 milhões em investimentos diversos, também em contas no Raymond James. Pelo formulário da companhia, atualizado em janeiro de 2018, sua função exclusiva seria investimentos.

E muitos outros que “mamam”. Dos brasileiros que mais devem à União - cerca de R$ 16,6 bilhões em impostos não pagos - 65 mantêm offshores com milhões depositados em paraísos fiscais, segundo reportagem investigativa dos “Pandora Papers” dos jornalistas Lucas Marchesini e Guilherme Amado, do Metrópoles.

Os políticos corruptos, criminosos, bilionários e personalidades procuram paraísos fiscais por várias razões, entre elas, ocultar patrimônio obtido por meio de corrupção ou de delitos praticados por organizações criminosas, pelos que querem economizar no pagamento de impostos e até proteger o dinheiro contra o risco político ou confiscos, como o que ocorreu no Brasil em 1990, no governo de Fernando Collor de Mello.

Dentre os caloteiros com dinheiro escondidos em paraísos fiscais está o empresário Eike Batista, que tem débito de R$ 3,8 bilhões inscrito na Dívida Ativa da União. O nome dele está ligado a duas offshores, a Farcrest Investment e a Green Caritas Trust.

Já Jonathan Couto de Souza, mais conhecido por sua carreira como cantor e influenciador digital do que por sua atividade empresarial na Clean Indústria e Comércio de Cigarros, na qual possui 21% do capital, tem R$ 1,2 bilhão inscrito na Dívida Ativa da União. E possui a offshore Ranfed Investments, criada em 2016. A empresa não consta na declaração de bens feita por Jonathan em 2020, quando se candidatou para o cargo de vereador no Rio de Janeiro.

Enquanto “nadam” em trambiques e sonegações... Segundo boletim divulgado pelo consórcio de veículos de imprensa, o país acumula 600.077 óbitos e 21.893.752 casos da doença desde o início da emergência sanitária, em março de 2020.

A triste marca é atingida no momento em que a situação epidemiológica está registrando uma desaceleração no território brasileiro, tendo em vista que a média de mortes diárias está em 438, o menor número desde novembro do ano passado, e apresentando queda. Em abril, no pior momento da pandemia no Brasil, a média móvel de vítimas chegou a 3.125.

Valor da cesta básica continua subindo. O custo médio da cesta básica de alimentos aumentou em 11 cidades e diminuiu em seis, de acordo com a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) em 17 capitais. As maiores altas foram registradas em Brasília (3,88%), Campo Grande (3,53%), São Paulo (3,53%) e Belo Horizonte (3,49%). As capitais com quedas mais intensas foram João Pessoa (-2,91%) e Natal (-2,90%).

A cesta mais cara foi a de São Paulo (R$ 673,45), seguida pelas de Porto Alegre (R$ 672,39), Florianópolis (R$ 662,85) e Rio de Janeiro (R$ 643,06). Entre as capitais do Norte e Nordeste, onde a composição da cesta tem algumas diferenças em relação às demais cidades, Aracaju (R$ 454,03), João Pessoa (R$ 476,63) e Salvador (R$ 478,86) registraram os menores custos.

Ao comparar setembro de 2020 e setembro de 2021, o preço do conjunto de alimentos básicos subiu em todas as capitais que fazem parte do levantamento. Os maiores percentuais foram observados em Brasília (38,56%), Campo Grande (28,01%), Porto Alegre (21,62%) e São Paulo (19,54%).

Todos “mamando”. O Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos apresentou uma investigação classificada como "Pandora Papers" que revela informações sobre contas em paraísos fiscais em uma análise de 11,9 milhões de documentos, na qual envolve altos líderes políticos.

O documento destaca que dentro dos arquivos figuram “embaixadores, prefeitos e ministros, assessores presidenciais, generais e o governador de um banco central”.

Na investigação, foram identificados 35 chefes e ex-chefes de Estado: 14 na América Latina, em particular o chileno Sebastián Piñera, o dominicano Luis Abinader, o equatoriano Guillermo Lasso e mais de 330 altos funcionários e políticos de 91 países.

Também estão presentes o ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair, o ex-diretor-gerente do FMI, Dominique Strauss-Kahn, o rei Abdullah II da Jordânia; o ministro da Economia do Brasil, Paulo Guedes, os cantores Julio Iglesias e Shakira e o técnico Pep Guardiola.

O ICIJ especificou que os Estados Unidos se tornaram um destino cada vez mais atraente para riquezas ocultas, embora esse país e seus aliados ocidentais “condenem os países menores por permitirem o fluxo de dinheiro e ativos vinculados à corrupção e ao crime”.

Añez vai seguir na prisão! Um Tribunal de Investigação Criminal da cidade de La Paz, Bolívia, estendeu no sábado (02) por mais cinco meses a prisão preventiva da golpista Jeanine Añez, bem como de dois ex-ministros investigados pelos crimes de terrorismo, sedição e conspiração.

Desta forma, o juiz responde positivamente ao pedido de medida judicial do Ministério Público (Ministério Público), que inclui o ex-Ministro da Justiça, Álvaro Coimbra e das Energías, Rodrigo Guzmán, que deve permanecer detido na prisão de San Pedro, em La Paz.

Áñez está em prisão preventiva acusado de cometer os crimes de sedição, terrorismo e conspiração durante o golpe de estado de novembro de 2019, que deixou um saldo de 37 mortos, 804 feridos e milhares de perseguidos e torturados, segundo denúncias de diversos humanos organizações de defesa dos direitos humanos e do próprio Ministério Público.

Cristina é inocente. Após mais de meia dúzia de audiências orais com o objetivo de determinar se o julgamento oral e público deve ser realizado, foi tomada a decisão de exonerar os envolvidos.

O Tribunal Oral Federal No. 8 de Buenos Aires decidiu por unanimidade nesta quinta-feira a destituição da vice-presidente da nação, Cristina Fernández de Kirchner, e outros réus no caso que investigava a assinatura do Memorando com o Irã como um possível ato de encobrimento do ataque à Associação Mutual Israelita Argentina (AMIA) perpetrado em 1994.

O Tribunal concluiu que o acordo firmado entre Argentina e Irã em 2013 para esclarecer os incidentes do atentado terrorista contra a sede da AMIA, “não constituiu crime”.

Apesar do pacto nunca ter entrado em vigor, Fernández de Kirchner foi processado por crime de ocultação e traição em 2017 (durante o governo Macri) com prisão preventiva ditada por juiz de primeira instância.

A decisão, de mais de 300 páginas, foi assinada pelos juízes María Gabriela López Iñiguez, Daniel Obligado, José Michilini, o que significa que tanto o vice-presidente, Carlos Zannini, Andrés Larroque, Juan Martín Mena, Luis D'Elía e outros seis réus foram demitidos.

O processo judicial contra Fernández de Kirchner por suposto encobrimento do ataque foi iniciado em janeiro de 2015 pelo promotor federal Alberto Nisman, que aludiu que o pacto com o Irã tinha o objetivo oculto de remover os alertas vermelhos da Interpol contra cidadãos iranianos identificados como perpetradores de o atentado contra a AMIA, que deixou 85 vítimas.

Na Bolívia, a luta continua! O líder máximo da Central Obrera Boliviana (COB), Juan Carlos Huarachi, convocou esta quinta-feira uma marcha nacional em apoio à democracia e ao Governo Constitucional presidido por Luis Arce, a ser realizada no dia 12 de outubro em Santa Cruz de la Sierra.

Huarachi afirmou que esta manifestação será "em defesa da democracia e dos símbolos nacionais" e que as organizações sociais do país "não vão permitir que a direita desestabilize" mais uma vez o governo legítimo.

O dirigente sindical mencionou os insultos aos indígenas bolivianos de alguns dos setores mais conservadores do país, os que lideraram o golpe de 2019. “Os homens do campo ficaram ofendidos”, disse.

O COB, ademais, condenou as tentativas de frear e dificultar as iniciativas de progresso econômico levadas a cabo pelo Governo, aludem que são tentativas suaves de romper com a constitucionalidade da nação.

O chefe de estado deverá estar presente na marcha anunciada pelo COB, que também tem sido coordenada pelo Pacto de Unidade.

O encontro está marcado para 12 de outubro às 14h30 (hora local) no Parque Urbano de Santa Cruz de la Sierra e o principal evento da atividade será uma hora e meia depois, no próprio parque Chiriguano da cidade.

Estão forçando um confronto? Sete dias depois de ser intimado, ele declarou por meio de terceiro que está fora do país e pretende voltar no final do mês.

O ex-presidente da Argentina, Mauricio Macri, anunciou na quinta-feira (14) que não comparecerá à investigação para depor sobre a acusação de espionagem ilegal a familiares de tripulantes do submarino ARA San Juan, cujo naufrágio em novembro de 2017 causou a morte de 44 marinho.

Macri enviou mensagem por meio da líder do partido da Proposta Republicana (PRO, fundado por ele) e ex-ministra da Segurança de seu gabinete, Patricia Bullrich, na qual afirma que está fora do país e planeja voltar no final de outubro.

O juiz Bava considera que Macri é o maior responsável pela interferência telefônica ilegal em parentes e amigos no período entre dezembro de 2017 e o final de 2018.

Em sua justificativa do caso, Bava afirmou que "não só as autoridades máximas da AFI estavam plenamente cientes das ações ilegais (...), mas também as transmitiram ao Presidente da Nação".

Na opinião do jurista, “é mais um argumento que mostra que o então Presidente da Nação, Mauricio Macri, tinha plena consciência do especial interesse e acompanhamento realizado pela AFI em relação aos familiares dos tripulantes do submarino ARA San Juan”.

Ao saber que Macri não compareceria ao ato judicial, parentes dos mergulhadores disseram à mídia que pediram ao juiz que declarasse Macri à revelia e, por isso, solicitasse a comparência de sua captura internacional.

O alerta vem dos EUA. O economista estadunidense Nouriel Roubini, que previu a crise financeira de 2008, compartilhou suas especulações sobre a situação econômica mundial atual e possibilidade de uma nova crise, bem como expressou sua opinião a respeito das moedas digitais.

Em uma entrevista com a Forbes, o especialista afirmou que no mundo existem “vulnerabilidades de vários tipos - econômicas e financeiras - que estão se acumulando e podem levar a uma crise nos próximos anos”. 

Roubini acrescenta que mesmo existindo Estados mais fortes que outros, “no final, a inflação e a crise da dívida afetarão todos [...] A crise pode acontecer nos próximos três a cinco anos. No entanto, é um problema global”, rematou o economista, citado pela mídia.

Segundo o especialista, para estabilizar a economia é necessária a cooperação entre os países em vez da “concorrência destrutiva [...] o mundo deve se unir para lidar com a pandemia e cooperar para alcançar a estabilidade financeira e evitar a catástrofe climática”.

Nouriel Roubini declarou que não considera as moedas digitais moedas reais, e que “os meios de pagamento devem ser estáveis”. Afinal, “por que um vendedor aceitaria como pagamento algo que poderia perder 20% de seu valor no dia seguinte?”, questionou Roubini, citado pela Forbes.

Mas o problema está nos EUA. O relatório Pandora Papers demonstra que os EUA são a maior lacuna fiscal no mundo, apesar de suas declarações sobre o combate à corrupção e à lavagem de dinheiro, disse aos jornalistas o porta-voz do presidente russo.

“Talvez, o único que realmente atrai a atenção é mesmo a demonstração de qual país é a maior lacuna de offshore e lacuna fiscal do mundo. São certamente os Estados Unidos. Isso de nenhuma maneira corresponde às declarações sobre intenções de combater a corrupção, evasões fiscais etc., lavagem de dinheiro. Mas essa é a realidade”, disse Dmitry Peskov.

No domingo (3), o Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ, na sigla em inglês) divulgou o relatório Pandora Papers, sobre alegado envolvimento de uma série de líderes em esquemas de offshore, em particular a ocultação de ativos em paraísos fiscais.

Cerca de 35 atuais e ex-líderes mundiais, bem como mais de 330 políticos e funcionários públicos em todo o mundo são mencionados no relatório. A investigação envolveu mais de 600 jornalistas de 117 países, bem como o vazamento de mais de 11,9 milhões de arquivos. O consórcio denominou a sua investigação de revelação do maior escândalo de segredos financeiros.

A covardia do Estado Genocida. Nos últimos 15 anos o exército israelense impede que as comunidades palestinas tenham acesso à água para expulsá-las e tomar suas terras.

Negar água aos palestinos nas colinas do sul de Hebron é um dos muitos métodos brutais de expulsar a população local para tomar suas terras e entregá-las aos colonos judeus.

Essa brutalidade, é claro, não pode ser aplicada sem a presença de um exército de ocupação. Eu testemunhei isso na semana passada, quando 50 ativistas israelenses, incluindo membros do Knesset Mossi Raz (Meretz) e Ofer Cassif (Lista Conjunta), acompanharam Abu Hani e seu caminhão-tanque da aldeia de A-Tuwani à comunidade de Al -Mugafara, onde ele vidas.

O Vale do Jordão está ocupado por tropas israelenses há 15 anos. Milhares de palestinos na área não têm acesso à água em temperaturas que podem chegar a 40 graus Celsius (104 graus Fahrenheit) no verão. As famílias palestinas devem viajar a cada três dias através de zonas de fogo real do IDF (que abrangem mais de 46 por cento do Vale do Jordão) para trazer água em contêineres enferrujados ao preço de NIS 1.700 (US $ 530) por mês.

Os contêineres são frequentemente confiscados ou destruídos pelo exército, deixando famílias inteiras sem uma gota d'água por longos períodos, como aconteceu na aldeia de Khirbet Humsa ou Ras a-Tin no auge do calor do verão de julho. Outras vezes, se os palestinos decidirem comprar sua água da Autoridade Palestina, o exército destruirá seus encanamentos.

Esperanças na França. O governo francês estimou nesta semana que o desemprego atingiu 7,6 por cento da população ativa no terceiro trimestre, ante os 8 por cento registrados no período abril-junho.

Em nota, o Instituto Nacional de Estatística e Estudos Econômicos (Insee) atribuiu o avanço à retomada desde meados do ano na geração de empregos, após o forte impacto da pandemia Covid-19 e da crise econômica causada pela referida doença.

Embora o ritmo de recuperação dos empregos deva desacelerar um pouco no final do ano, o saldo continuará positivo, com cerca de 500 mil empregos gerados, 200 mil a mais do que o prejuízo líquido registrado em 2020, frisou.

O Insee previu que no período de outubro a dezembro o desemprego permanecerá em 7,6 por cento, um cenário melhor do que o esperado alguns meses atrás.

A instituição especializada apontou em julho que a taxa de desempregados franceses encerraria o ano em 8,2 por cento, bastante semelhante à que prevalecia no início de 2021 (8,1 por cento).

Submarino dos EUA se chocou com objeto desconhecido. No sábado (2) um submarino nuclear estadunidense se chocou com um objeto desconhecido debaixo de água, com 11 marinheiros recebendo “ferimentos moderados a leves”.

A Marinha dos EUA disse que o submarino agora seguirá para Guam, local de destacamento da Sétima Frota dos EUA, e onde deverá chegar até sexta-feira (8).

A Frota do Pacífico da Marinha dos EUA disse em uma declaração que o submarino está em “condições seguras e estáveis”, e que a usina de propulsão nuclear permanece intacta e totalmente operacional. Ao mesmo tempo, referiu que “a extensão dos danos ao resto do submarino está sendo avaliada”, e que o caso será investigado.

A última vez que um submarino estadunidense se chocou com um objeto debaixo de água foi em 2005, quando, a caminho de Guam, o USS San Francisco (SSN-711) bateu em uma montanha subaquática a toda a velocidade. Um marinheiro morreu na época.

Pequim está “seriamente preocupada”. A China expressou suas preocupações com o incidente que ocorreu no sábado (2) com o submarino nuclear USS Connecticut. Enquanto isso, um almirante-submarinista revelou à Sputnik uma possível causa do ocorrido.

Pequim está profundamente preocupada com o incidente que se passou nas águas internacionais do Indo-Pacífico com o submarino nuclear dos EUA, disse Zhao Lijian, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, nesta sexta-feira (8).

O submarino, que não emitiu nenhum sinal de socorro, chegou nesta sexta-feira (8) à base de Guam, conforme o canal CNN, citando uma declaração da Marinha dos EUA.

Uma colisão com um objeto industrial subaquático, tal como uma plataforma de petróleo, poderia ser a causa do incidente com o submarino estadunidense, afirmou à Sputnik o almirante-submarinista e ex-comandante da Frota do Báltico Vladimir Valuev.

“A causa de colisão, provavelmente, pode ter sido uma plataforma industrial de petróleo recentemente construída ou que ainda esteja sendo construída, sobre a qual o comando da Marinha americana ainda não foi informado”, disse Valuev.

O navio é da classe de submarinos nucleares mais avançados da Marinha dos EUA, por isso é pouco provável que tenha havido uma falha no equipamento de navegação que levasse à colisão do USS Connecticut com um recife ou uma rocha.

A verdadeira “Caixa de Pandora” está lá! Os 400 estadunidenses mais ricos aumentaram sua riqueza total em 40% no ano passado, em meio à pandemia, a mesma que devastou milhões de pessoas neste país e no resto do mundo, e elevou a quantidade de sua fortuna coletiva para 4,5 trilhões de dólares, de acordo com a lista anual da revista Forbes dos 400 mais ricos dos Estados Unidos.

Para entrar neste clube exclusivo dos 400 mais ricos, é necessária uma fortuna mínima de 2,9 bilhões de dólares e por isso mais de cinquenta foram expulsos da lista dos ricos supremos, entre eles, o ex-presidente Donald Trump, que pela primeira vez em 25 anos não está na lista, já que sua fortuna é estimada em apenas 2,5 bilhões (ele perdeu 600 milhões).

A concentração de riquezas, explícita nesta lista da Forbes, faz parte da maior desigualdade econômica da história dos Estados Unidos desde 1928, questão que está no centro do debate político e social nacional, mas pelo fato de terem enriquecido do que nunca durante uma pandemia com consequências econômicas massivas para a maioria do país, confirma o que afirmam o senador Bernie Sanders e intelectuais como Noam Chomsky, Cornel West e Robert Reich, da presença de uma oligarquia.

Jeff Bezos, fundador da Amazon, repetiu pelo quarto ano consecutivo em seu primeiro lugar na lista da Forbes dos   americanos mais ricos com uma fortuna pessoal de $ 201 bilhões (sua agora ex-mulher MacKenzie Scott está em 15º com 58,5 bilhão). Elon Musk, da Tesla, segue com uma fortuna de 190,5 bilhões e em terceiro está Mark Zuckerberg, do Facebook, com 134,5 bilhões.

O documento conhecido como “Pandora Papers”, um projeto de investigação jornalística do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ), revelou os clientes e cúmplices de uma economia subterrânea internacional para os ricos e seus métodos de operação, mas o fato de não haver muitos estadunidenses entre os muito ricos que gostam de paraísos fiscais.

É que não precisam deles para esconder suas fortunas, já que sob as leis e o sistema tributário de seu país evitam pagar impostos legalmente, como Bezos, Musk, Bloomberg, que pagam quase nada - ou nada - em impostos federais sobre sua renda, de acordo com a ProPublica, uma organização de jornalismo investigativo.

Um site na Internet chamado “Transparência Global” já havia noticiado que os EUA não aparecem entre os países mais corruptos do planeta porque lá a corrupção foi legalizada!

Um “rombo” imenso! O Departamento de Comércio dos Estados Unidos (EUA) informou, na terça-feira (05), que o déficit comercial, ou seja, o excesso das importações sobre as exportações, cresceu em agosto passado uma cifra histórica de até 73,3 milhões de dólares (4,2 por cento) em relação ao mês anterior.

Os analistas esperavam um déficit de cerca de US $ 70.500.000.000 no comércio de bens e serviços, uma estatística que superou as previsões do Bureau of Economic Analysis (BEA).

No período que decorreu este ano, o aumento é de 33,7 por cento em relação ao mesmo período de 2020 e as exportações aumentaram 17,5 por cento e as importações 21,2 por cento.

Dados publicados indicam que o maior déficit em relação aos parceiros comerciais tem sido com a China, com uma dívida de US $ 28,1 milhões, ou 38% do total.

Então em relação a essa carência está a União Europeia, com uma quantia de 19.300.000.000 dólares). O México vem em seguida, com um déficit de $ 6.600.000.000.

Salvação? Na quinta-feira (07), o Senado dos EUA aprovou a lei de aumento temporário do limite da dívida federal até início de dezembro, evitando um possível incumprimento por parte dos órgãos do governo.

Um total de 50 senadores democratas e independentes apoiou o aumento do teto da dívida federal, 48 republicanos votaram contra.

A medida é uma solução de curto prazo, que prevê o aumento do limite da dívida para cerca de US$ 480 bilhões (R$ 2,6 trilhões) até 3 de dezembro. Os legisladores deverão assim garantir a continuação do financiamento do governo.

Agora a lei passou à Câmara dos Representantes e, depois, deve ser assinada pelo presidente Joe Biden. A porta-voz da Casa Branca disse que Biden assinará a lei logo que seja aprovada pelo Congresso.

Se o teto da dívida não tivesse sido aumentado, teria sido a primeira vez que os Estados Unidos entravam em incumprimento de pagamento da dívida. Suas consequências poderiam ter causado um colapso da economia estadunidense e potencialmente impactar a economia global.

A “terra da liberdade”? Uma imagem percorreu o mundo e virou polêmica internacional, mas nós, no Brasil, não vimos em qualquer dos nossos jornais comandados pela grande mídia estadunidense e por um governo insano.

As imagens foram reproduzidas, no dia 21 de setembro, em veículos de comunicação de todo o mundo. A polícia de fronteira dos EUA, montada a cavalo, espancou migrantes haitianos com chicotes perto de Rio Grande, Texas.

O objetivo dos agentes era que os migrantes voltassem ao México, do outro lado da fronteira (milhares deles estavam acampados embaixo de uma ponte). Em 29 de setembro, a CNN (em espanhol) informou - citando fontes do Departamento de Segurança Interna - que os Estados Unidos expulsaram por via aérea, do Texas, cerca de 4.600 haitianos em dez dias.

Os gastos militares dos EUA em 2020 foram próximos a US $ 778 bilhões, 39% dos gastos militares mundiais (SIPRI, abril de 2021). Também em 2019, as cinco maiores empresas fabricantes de armas do mundo estavam sediadas nos Estados Unidos: Lockheed Martin, Boeing, Northrop Grumman, Raytheon e General Dinamics (SIPRI, dezembro de 2020); todos os cinco venderam armas naquele ano por uma soma total de US $ 166 bilhões.

A outra face do sonho americano são os sem-teto ou “descartados do sistema”. Esta afirmação também pode ser inferida de documentos oficiais. O Departamento de Habitação e Desenvolvimento Urbano (HUD) dos Estados Unidos observou em março que, em uma noite de janeiro do ano anterior, havia 580.466 desabrigados no país (39% eram negros ou afro-americanos). Pelo quarto ano consecutivo, houve um aumento dos desabrigados.

Espiões em perigo. A CIA está em estado de alarme interno procurando motivos para explicar como é possível que agentes e informantes recrutados no exterior estejam sendo misteriosamente descobertos, mortos ou capturados nos países onde operavam.

O alarme foi dado por um memorando confidencial interno, mas revelado na quarta-feira pelo The New York Times.

No documento, que circulou por todas as emissoras e bases da agência no mundo, argumenta-se que o número de mortos é “preocupante”, embora o jornal não divulgue números. Ele diz que o centro de operações clandestinas da CIA examinou dezenas de casos nos últimos anos envolvendo informantes estrangeiros assassinados, presos e provavelmente comprometidos.

O texto destacou as dificuldades da agência em recrutar espiões em todo o mundo em ambientes operacionais difíceis. Nos últimos anos, os serviços de inteligência de países como Rússia, China, Irã e Paquistão têm procurado fontes da CIA e, em alguns casos, transformando-as em agentes duplos.

Reconhecendo que o recrutamento de espiões é um negócio de alto risco, o documento menciona os problemas que têm atormentado a agência nos últimos anos, como comércio deficiente; depender muito de fontes; subestimar agências de inteligência estrangeiras; e mover-se rápido demais para recrutar informantes sem prestar atenção suficiente aos riscos potenciais de contraespionagem, um problema que eles chamam de colocar "missão acima da segurança".

A elite do atraso na vacina

 


Sábado, 9 de outubro de 2021
A elite do atraso na vacina


No Amapá, vice-lanterna da vacinação, os ricos jogam a favor da covid-19.

Era agosto. Boa parte do país celebrava o avanço da vacinação contra a covid-19, que chegava então aos menores de 18 anos. As mortes diárias pela doença diminuíam. Para a médica e representante do Conselho Federal de Medicina no Amapá, Maria Teresa Renó, porém, a vacinação das crianças e adolescentes não era algo a ser comemorado, mas combatido. 

Durante uma reunião com os outros conselheiros, em 20 de agosto passado, um dia antes do calendário de vacinação incluir os adolescentes de 17 anos em Macapá, a médica defendeu que o CFM tinha que divulgar um posicionamento contrário à obrigatoriedade da imunização, “principalmente frente ao início da vacinação de crianças”. Segundo a ata do encontro, que está disponível no site do CFM, para Renó “os pais devem ter o direito de escolher se querem vacinar seus filhos ou não”.

No Twitter, em janeiro, quando mais de 50 países já haviam começado sua vacinação, a médica havia dado “graças a Deus” que o tratamento precoce tinha funcionado para ela e para seus familiares. É uma boa notícia, mas provavelmente ela e a família teriam se curado sem grandes sequelas se tivessem tomado só aspirina – em 85% dos casos, a doença é assintomática. Mas, segundo a médica, ali, em janeiro, havia dúvidas sobre a eficácia de uma vacina  contra a covid-19. 

Renó, dona de uma clínica oftalmológica em Macapá, não é a única figura da elite amapaense a defender um tratamento sem efeito e ignorar evidências científicas – tentamos contato com a médica, que não nos retornou. Suas ideias são reforçadas desde o início da pandemia por gestores públicos, empresários e até representantes do poder Judiciário do estado.

Como mostramos na quinta, o prefeito da capital, Antonio Furlan, do Cidadania, usou profissionais do programa nacional de Estratégia de Saúde da Família para distribuir kits covid pela cidade, de porta em porta, ao menos até agosto, quando até a empresa que produz ivermectina já havia dito que a medicação não serve para combater a covid-19. Os enfermeiros que se recusaram a fazer as entregas foram demitidos. 

Antes disso, em maio de 2020, foi a vez da então desembargadora do Tribunal de Justiça do Amapá Sueli Pini colar cartas pelas ruas de Macapá defendendo o fim do isolamento social, como também mostramos no Intercept. Em uma entrevista recente a uma rádio local, a agora juíza aposentada disse que não se vacinou e nem permitiu que seus familiares o fizessem. Também defendeu que máscaras não têm “nenhuma comprovação da eficiência” para barrar o contágio pelo vírus.

O boicote da elite de Macapá no combate à covid-19 teve efeito – negativo, é claro. O estado está quase na lanterna da corrida da vacinação no Brasil – perde apenas para Roraima. Isso não acontece por falta de vacinas, mas pela baixa adesão da população. Em fevereiro, quando os idosos eram prioridade, nem 50% das doses disponíveis foram aplicadas no tempo esperado. Em março, Macapá era a cidade do Amapá que mais havia recebido doses, mas ocupava a sexta posição no ranking estadual de vacinação. 

Atualmente, apenas 54,2% da população do Amapá recebeu a primeira dose ou uma vacina de dose única, e menos gente ainda (24,3%) completou o esquema vacinal. A média nacional é de 71,7% da população com a primeira dose e 45,2% completamente vacinados.

Para gente como a médica, o prefeito e a desembargadora aposentada, os riscos do negacionismo são bem menores. Sem renda e sem o privilégio do home office, foram os pobres que mais morreram de covid-19, como mostram dados da Pnad Covid-19, elaborada pela FGV Social. Com dinheiro no bolso, é fácil jogar a favor do vírus.

Paula Bianchi
Editora 

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Pessoas estão perdendo o emprego por não entregar à população remédios que simplesmente não curam. Um cenário em que profissionais são perseguidos por fazer o certo não permite zonas cinzentas: nós não queremos o dinheiro de farmacêuticas, governos e poderosos que possam nos calar. Mais do que nunca, precisamos do apoio de pessoas como você. Ajude a manter o Intercept independente e livre para denunciar absurdos.

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O vídeo com Marcos do Val obriga a CPI da Covid a reconvocar Carlos Wizard a depor
João Filho
Reunião secreta revela que o gabinete paralelo do Ministério da Saúde não era informal, mas organizado e com amplo acesso à alta cúpula do governo, inclusive ao presidente.

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‘O padrinho’
Guilherme Mazieiro
EXCLUSIVO: Senador da CPI trabalhou com ‘gabinete paralelo’ de Carlos Wizard para popularizar cloroquina.

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A feminina anti-feminista e o orgulho de ser submissa
Fabiana Moraes
Fenômeno do conservadorismo, multiplicam-se nas redes perfis que ensinam mulheres a serem mais delicadas e a entender, através da Bíblia, que devemos ser sorridentes auxiliares dos homens.

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‘É chicote mesmo’
Paulo Victor Ribeiro
TikTok pagou menos de um salário mínimo para funcionários sem registro trabalharem até 18 horas por dia.

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Nelson Piquet paparica Bolsonaro em meio a risco de perder negócio com governo federal
Alexandre Aragão
Condenação de empresa do ex-piloto em processo tributário coloca em perigo contrato milionário com o Inmet.

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Vozes
4 grandes mentiras que o Facebook contou para você

Tatiana Dias 
Documentos revelados por uma ex-funcionária – e agora delatora – mostram que a empresa sabia exatamente como prejudicava a saúde de jovens e de democracias.

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A crise do coronavírus
Prefeitura de Macapá demitiu enfermeiros que se recusaram a distribuir kit covid

Nayara Felizardo
Profissionais do programa nacional de Estratégia de Saúde da Família foram obrigados a distribuir kits para a “profilaxia” da covid-19 com ivermectina e vitaminas ao menos até agosto.

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