sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Informativo Semanal do Prof. Ernesto Germano Pares, nº 561, de 9/8/14

Opus Dei & Santander (1)
(Ernesto Germano Parés – Agosto/2014)
Recentemente, através do Informativo Semanal, denunciei dois fatos curiosos e relacionados: um comunicado oficial do Banco Santander aos seus clientes “prevenindo” sobre uma possível crise financeira no caso de Dilma Rousseff ser reeleita; uma nota que corre na internet dizendo que “verdadeiros católicos” não votam no PT. Publiquei as duas notas no Informativo, mas vários companheiros escreveram-me pedindo que desdobrasse os temas, o que estou agora fazendo em uma série de artigos. Este é o primeiro...
Então, para dar início ao nosso estudo, vamos lembrar a organização conhecida como Opus Dei (Obra de Deus), fundada na Espanha, em 1928, pelo padre espanhol Josemaria Escrivá de Balanguer. Oficialmente, foi reconhecida pelo Vaticano em 1947 e, em 1982, depois de um processo muito suspeito e controvertido, foi reconhecida como “prelazia”. Ou seja, dentro do Direito Canônico, significa que só presta contas diretamente ao Papa e que seus membros não se submetem a bispos ou cardeais.
Em seu livro, Josemaria diz que recebeu uma “iluminação divina” quando tinha 26 anos, durante sua clausura em um mosteiro de Madri. Segundo ele, passou a se preocupar com o avanço das esquerdas no país e aquela “iluminação” o teria motivado a criar uma organização secreta para interferir nos rumos da Espanha. Passou a lutar contra a República recém formada e, a partir de 1936, quando tem início a Guerra Civil espanhola, passa a dar apoio aberto ao general Francisco Franco. Mas, temendo represálias, pediu asilo na embaixada de Honduras e, pouco depois, fez-se internar em um manicômio como “louco”. Dali, fugiu para a França onde viveu até a vitória final do ditador Franco.
Segundo o jornalista Henrique Magalhães (revista “A nova democracia”), “O Opus Dei praticamente se fundiu ao Estado espanhol, ao qual forneceu inúmeros ministros e dirigentes de órgãos governamentais”.
Em seu livro “Caminho”, Josemaria Escrivá escreve, na “máxima” 643, que a meta “é ocupar cargos e ser um movimento de domínio mundial”. Em 1962, quando o Papa João XXIII convocou o Concílio Vaticano II, marcando uma mudança na Igreja para aproximá-la das questões sociais e populares, Escrivá não acatou a decisão e passou a criticar abertamente o fim da missa rezada em latim, com os padres de costas para os fiéis. Condenou violentamente que o Concílio tenha abolido o chamado “Index Librorum Prohibitorum”, um antigo dogma do século XVI que listava os livros “perigosos” que não poderiam ser lidos pelos fiéis.
Na década de 1950, influenciado pelo Opus Dei, Franco cedeu o território espanhol para os Estados Unidos montarem bases militares que serviriam à manutenção e expansão da “guerra fria”. Na década de 1960, dos 19 ministros do novo governo de Franco, 12 eram membros ativos do Opus Dei.
Em 2002, Emilio J. Corbière escreveu “Opus Dei. O totalitarismo católico.” Nesse livro vamos encontrar a seguinte passagem: “A mais forte manifestação integralista de poder na Igreja é, sem dúvida, o Opus Dei, de origem espanhola...; tem grande número de cátedras universitárias na Espanha e recentemente abriu uma universidade própria em Pamplona...”.
Mas o grande salto “ao poder” do Opus Dei se deu no caso do Banco Ambrosiano, em 1985.
Quando estourou o escândalo do Ambrosiano, quebrado e falido, o Papa João Paulo II foi “convidado” a prestar esclarecimentos à Justiça e as finanças da Igreja ficaram comprometidas, em particular as contas do Instituto de Obras Religiosas que tinha todos os seus investimentos naquele banco. Mas o Opus Dei correu para “salvar” o Vaticano. Através de seus representantes no Continental Illinois Bank e em seu poder em outras instituições como o Banco Atlantas, Bankunion,  e outras, desembolsou 250 milhões de dólares e evitou a quebra do Vaticano!
Depois do escândalo superado, a viúva de Roberto Calvi – presidente do Banco Ambrosiano que supostamente suicidou-se – movimentou a imprensa ao dizer que seu marido havia sido assassinado depois de negociar em Londres as dívidas do Vaticano com o Opus Dei.
Na Itália, segundo denúncias mais recentes, a célula maçônica de tendências fascistas P2 (Propaganda Due) está intimamente ligada ao Opus Dei e é uma das colaboradoras do banco papal, junto com a Cosa Nostra. Na Bolívia, os envolvidos na fracassada tentativa golpista em 2008 eram todos membros da maçonaria local e do Opus Dei!
Para conhecer as entranhas do Opus Dei é necessário ler o livro “Opus Dei: os bastidores”, escrito por Jean Lauand, Marcio da Silva e Dario Fortes, três brasileiros que foram membros do Opus Dei e resolveram contar o cotidiano da organização. Eles continuam sendo católicos praticantes, mas denunciam o Opus Dei como um “cancro” dentro da Igreja. Descrevem as práticas de auto-flagelação a que são obrigados os membros, falam dos livros que são “proibidos” para os que pertencem à organização e denunciam o uso comum de remédios para entorpecer os que começam a se rebelar.
No livro “O mundo secreto do Opus Dei”, o jornalista canadense Robert Hutchinson afirma que esta organização acumula uma fortuna de 400 bilhões de dólares e que financiou o sindicato Solidariedade, na Polônia, que teve papel central na queda do Leste Europeu e o fim da União Soviética. Isto explicaria a sólida amizade com o papa Karol Wojtyla, um polonês e visceral anticomunista. Já Henrique Magalhães, numa excelente pesquisa na revista A Nova Democracia, confirma o anticomunismo de Wojtyla e relata que “fontes da Igreja Católica atribuem o poder do Opus Dei à quitação da dívida do Banco Ambrosiano, fraudulentamente falido em 1982”.
Josemaria Escrivá sabia da importância de “conquistar corações e mentes”. Percebeu a importância estratégica dos meios de comunicação. Em seus escritos chegou a dizer que “temos de embrulhar o mundo em papel-jornal”. Uma das suas ações nesse sentido foi criar, com a ajuda de Franco, a Universidade de Navarra. Jornalistas do mundo inteiro, iludidos com a publicidade feita, são formados nos cursos de pós-graduação desta instituição. O Opus Dei exerce hoje forte influência sobre a mídia. Um relatório confidencial entregue ao Vaticano em 1979 pelo sucessor de Escrivá revelou que a influência da seita se estendia por “479 universidades e escolas secundárias, 604 revistas ou jornais, 52 estações de rádio ou televisões, 38 agências de publicidade e 12 produtores e distribuidoras de filmes”. Bem, isto em 1979... Hoje seu poder é muito maior.
Na América Latina, o Opus Dei controla o jornal El Observador (Uruguai) e grande influência nos jornais El Mercúrio (Chile), La Nación (Argentina) e O Estado de S. Paulo (Brasil). Segundo várias denúncias, o Opus Dei dirige a Sociedade Interamericana de Imprensa, braço da direita na mídia hemisférica. No Brasil, a Universidade de Navarra é comandada por Carlos Alberto di Franco, membro da Opus Dei e articulista do Estadão.
As preocupações com a ação do Opus Dei não se limitam aos membros da Igreja Católica. Pelo que sabemos, segundo o direito positivo francês, italiano e espanhol, o Opus Dei está classificado entre as “seitas destrutivas”. O Parlamento da Bélgica o classificou como uma das dez entidades mais perigosas do mundo.
Por trás de sua “fachada” religiosa, o Opus Dei é, de fato, uma empresa privada que usa a religião como motivo para atrair novos contribuintes.
(Este artigo continua)
É a Petrobras que diziam estar falida! Depois de tanta propaganda dos jornais da direita, dizendo que a Petrobras estava falida e era um peso para o Brasil, a realidade está mostrando outros números, muito diferentes.  
As exportações de petróleo bruto do Brasil cresceram 276% em julho, sobre o mesmo mês do ano passado, atingindo US$ 2,6 bilhões. O avanço das vendas externas da commodity foi decisiva para o superávit de US$ 1,575 bilhão da balança comercial no mês passado.
Para o diretor do Departamento de Estatísticas e Apoio às Exportações do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Roberto Dantas, o incremento das vendas externas do petróleo teve relação com oportunidades comerciais e com crescimento da produção brasileira.
Argentina: encontrado o “neto 114”. A presidenta das “Avós da Praça de Maio”, Estela de Carlotto, encontrou na terça-feira (05) o seu neto, após 37 anos de busca. Ele foi encontrado na cidade de La Plata é filho de Laura Carlotto, desaparecida durante a ditadura militar na Argentina. É o 114º neto encontrado pelo movimento das avós.
Ele tem 36 anos, realizou voluntariamente o exame de DNA, como informou seu tio, o secretário de Direitos Humanos de Buenos Aires, Guido Carlotto. “Estamos muito felizes pela notícia. Por questões legais, só podemos dizer que se trata de um músico e fez o teste voluntariamente”. 
Laura Carlotto foi sequestrada em 1977 e estava grávida de três meses. De acordo com testemunhas, a jovem estudante de História da Universidade Nacional de La Plata foi mantida no centro clandestino de detenção La Cacha, em La Plata, até dar a luz no Hospital Militar de Buenos Aires no dia 26 de junho de 1978.
A Associação Civil Avós da Praça de Maio é uma organização não-governamental, que tem por intuito localizar e retornar às famílias legítimas todas as crianças desaparecidas em sequestros pela ditadura militar.
Argentina protesta contra “Justiça” dos EUA. O governo argentino tem manifestado suas críticas ao sistema judiciário estadunidense e diz que a iniciativa do juiz Griesa ao bloquear o pagamento que estava sendo feito a alguns dos credores que aceitaram renegociar a dívida é uma afronta e uma maneira de extorsão que favorece aos fundos abutres.
O ministro da economia argentino, Axel Kicillof, disse que “Não há regras, não há essa famosa segurança jurídica, não há lei nos Estados Unidos. O governo estadunidense teria que tomar ações porque nós, gostem ou não, somos um país soberano.”
Argentina denuncia EUA em Haia. A Argentina apresentou na quinta-feira (07) uma denúncia contra os EUA na CIJ (Corte Internacional de Justiça) de Haia, na Holanda. O governo argentino argumenta que as decisões judiciais adotadas por tribunais estadunidenses no caso das ações dos fundos especulativos violam sua soberania nacional.
O documento apresentado no tribunal internacional alega que a Argentina sofreu uma “violação de suas imunidades soberanas” e da “obrigação internacional de não aplicar ou estimular medidas de caráter econômico e político para forçar a vontade soberana de outro Estado”.
Griesa marca nova audiência. Depois da denúncia da Argentina à Corte Internacional de Haia e do comunicado que foi distribuído entre os credores da dívida, o juiz estadunidense Thomas Griesa marcou uma nova audiência em Nova Iorque.
Em um encontro com a imprensa, na Casa Rosada, a presidenta Cristina Fernández reafirmou que as resoluções do juiz Griesa atentam contra a soberania do país. Ela ironizou as decisões dizendo que “se suas sentenças estão ajustadas ao direito, então que explique o motivo de impedir que o Banco de Nova Iorque cumpra com seus deveres” de distribuir os valores depositados pela Argentina para seus credores.
Os depósitos argentinos nos EUA, em especial no Banco de Nova Iorque, somam 539 milhões de dólares!
Rafael Correa cancela viagem a Israel. O presidente do Equador, Rafael Correa, anunciou oficialmente que não fará mais a visita oficial que estava programada a Israel, pois condena as ações bélicas contra a Faixa de Gaza.
A visita estava programada para o segundo semestre do ano, mas ele destacou o genocídio da população palestina como razão para suspender a viagem e chamar o embaixador equatoriano, Guillermo Bassante, uma semana depois de iniciados os ataques de Israel.
Uruguai abre embaixada na Palestina! O embaixador uruguaio Enrique Ribeiro viajou na sexta-feira (08) para a cidade de Ramallah, na Palestina, para abrir uma nova sede diplomática do seu país.
O Uruguai decidiu abrir uma embaixada na Palestina para fortalecer as relações entre os dois países, segundo informou o chanceler Luis Almagro. O presidente José Mujica foi um dos primeiros a denunciar os ataques israelenses contra Gaza e a condenar as invasões de terras palestinas, mas resolveu não retirar seu embaixador em Tel Aviv porque é grande a comunidade uruguaia em Israel e ficariam sem proteção oficial.
Anistia Internacional acusa Israel. A Anistia Internacional informou na quinta-feira (07) que há cada vez mais indícios de que hospitais e profissionais de saúde estão sendo alvo de ataques deliberados do Exército israelense na Faixa de Gaza. A nota divulgada no site da organização humanitária afirma que os relatos de médicos, enfermeiros e paramédicos compõem um “quadro preocupante”.
A organização também informa que, segundo o escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários, dos cerca de 1,8 mil palestinos mortos 86% eram civis. O escritório da ONU estima ainda que cerca de 9,4 mil pessoas ficaram feridas, muitas gravemente, e que em torno de 485 mil pessoas foram deslocadas pelo conflito.
Muitos dos desalojados buscam refúgio em hospitais e escolas. Entre os depoimentos colhidos pela Anistia Internacional, há relatos de que soldados israelenses têm atirado contra ambulâncias identificadas e contra profissionais de saúde vestindo coletes fluorescentes no exercício das suas funções. A AI identifica ao menos cinco hospitais e 34 clínicas hospitalares que foram forçadas a interromper as atividades devido aos danos causados pelo ataque israelense ou pela hostilidade. Além disso, hospitais de toda a Faixa de Gaza sofrem com a escassez de combustível e a falta de água, medicamentos e energia elétrica - agravada depois que a única central elétrica da Faixa de Gaza parou de funcionar após um bombardeio do Exército israelense.
Israel pede ajuda de parlamentares dos EUA! O primeiro ministro israelense, Benjamin Netanyahu, pediu a políticos dos EUA que ajudem Israel a se defender das acusações de que o país teria cometido crimes de guerra durante a operação Margem Protetora na Faixa de Gaza. A informação foi revelada pelo congressista estadunidense Steve Israel em entrevista ao jornal New York Post.
“O primeiro ministro nos pediu que trabalhássemos juntos para garantir que essa estratégia de ir à Corte Penal Internacional não tenha sucesso”, disse o político do partido Democrata ao jornal. O congressista fez parte de um grupo de deputados dos EUA que se encontrou com Netanyahu em Israel na quarta-feira (06).
Líderes palestinos tiveram uma reunião com representantes da Corte Penal Internacional nesta semana em Haia, sede do organismo internacional na Holanda, para fazer um pedido formal para participar do tribunal internacional. “Tudo o que aconteceu nos últimos 28 dias são evidências claras de crimes de guerra cometidos por Israel”, afirmou o Ministro de Assuntos Exteriores da Palestina, Riyad al-Malki, depois do encontro.
Em Israel, protestos contra massacre na Palestina. Uri Avnery, um ex-membro do Parlamento de Israel, é o criador de um movimento social chamado “Gush Shalom” (Bloco da Paz)! Seus membros atuam em várias cidades de Israel e procuram levar as pessoas a refletir sobre a política militarista e agressiva do país em relação aos palestinos.
Avnery denuncia que Israel, depois de junho de 2013, construiu 14 mil novas casas nas colônias ilegais na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental e defende que não há alternativa na região além da criação de dois Estados. Segundo ele, pesquisas de opinião recentes indicam que a extrema-direita e a guerra de Israel contra Gaza têm apoio massivo, mas outras enquetes também concluíram, recentemente, que a maioria dos israelenses quer uma solução de dois Estados.
Entidades judaicas progressistas se manifestam. Em carta aberta, grupos brasileiros e argentinos pedem cessar-fogo imediato e retomada das negociações após cinco semanas de conflito.
“Nós, judeus brasileiros e argentinos, não podemos ficar calados frente aos últimos acontecimentos em Israel e na Faixa de Gaza. A escalada bélica está transformando Gaza, uma das regiões mais pobres e densamente povoadas do planeta, em gigantesca pilha de escombros e cadáveres. Não são poupados mercados, escolas, mesquitas, residências de todos os tipos. Do outro lado da fronteira, israelenses vivem sobressaltados com o lançamento maciço de foguetes vindos da Faixa de Gaza, que visam, principalmente, a população civil”, diz o manifesto divulgado no domingo (03).
Em outra parte, o texto diz que “A ocupação de territórios palestinos por colonos israelenses, condenada inúmeras vezes pela comunidade internacional, nunca parou desde 1967 e é a grande causa estrutural do conflito israelense-palestino. Há uma ampliação permanente dos assentamentos ilegais, com chancela estatal e recursos portentosos dos aliados de Israel. A ocupação oprime a população palestina de diversas formas, que vão do terror militar às crescentes dificuldades de locomoção. Os israelenses acabam sendo, também, vítimas desta política colonial.”
UE adota sanções contra a Rússia. Fazendo o jogo imposto por Washington, a União Europeia anunciou sanções econômicas contra a Rússia e resolveu abandonar a busca por uma solução negociada para o caso da Ucrânia.
Em nota oficial, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia lamentou a atitude do bloco europeu e demonstra não estar muito preocupado com os efeitos para o povo russo. A nota russa diz que “O conjunto dos acontecimentos [na Ucrânia] deve-se em grande parte às decisões irresponsáveis da própria União Europeia.
Mais adiante, a nota ministerial diz que “Moscou está decepcionada pela incapacidade da UE para desempenhar seu próprio papel na política mundial”.
Por fim, a nota mostra que a União Europeia sai perdendo: “Na sua pressa em introduzir sanções, Bruxelas põe por sua própria conta barreiras à colaboração com a Rússia, em domínios tão cruciais como a energia. Trata-se de um movimento irrefletido e irresponsável que terá por consequência uma alta dos preços no mercado europeu da energia”.
Tiro no pé? EUA e União Europeia (seguindo instruções de Obama) anunciaram oficialmente sanções econômicas contra a Rússia, ainda por conta da crise na Ucrânia. A resposta veio rápida e certeira.
Na quinta-feira (07), a Rússia deu um duro golpe no setor agroalimentar do Ocidente ao proibir por um ano a importação de todos os alimentos perecíveis procedentes dos países que adotaram sanções contra Moscou.
“A Rússia adota a proibição total para a importação de carne de vaca, porco, verduras e hortaliças, frutas, aves, pescado, queijos, leite e produtos lácteos” de União Europeia, Estados Unidos, Austrália, Canadá e Noruega, anunciou o primeiro-ministro russo, Dmitri Medvedev.
A histórica medida - que afeta sobretudo os produtores da União Europeia, principal parceiro de Moscou - abre uma nova e perigosa etapa nas relações comerciais entre Rússia e os países incluídos no embargo. Só no caso da UE, as exportações do setor agroalimentar à Rússia subiram em 2013 para cerca de 12 bilhões de euros, advertiu hoje o embaixador dos 28 países em Moscou, o lituano Vygaudas Usackas.
Um dos países mais prejudicados pela medida será a Holanda. A Rússia é o segundo mercado para os produtos agroalimentares holandeses, segundo reconheceu a patronal setorial desse país.
Com a medida, a América Latina deve ser beneficiada pois aumentará a exportação de alimentos para a Rússia.
“Torturamos uns caras aí...”. É impressionante a falta de vergonha e a prepotência do presidente dos EUA! Em uma entrevista com a imprensa, na sexta-feira (01/08), Barack Obama declarou que “Torturamos uns caras aí...”.
A entrevista foi marcada depois de divulgado um extenso relatório elaborado pelo Comitê de Inteligência do Senado falando sobre a prática da CIA de usar “técnicas de interrogatório” após os acontecimentos de 11 de setembro de 2001. Em resposta, Obama disse “fizemos algumas coisas que eram erradas, fizemos muitas coisas certas... torturamos alguns caras...”.
Mais provocação estadunidense! A VI Frota da Marinha dos EUA informou oficialmente, na quarta-feira (06), que enviou um cruzador armado com mísseis guiados de última geração (Vella Gulf) para o Mar Negro. O texto oficial da Marinha diz que a operação tem como objetivo “assegurar a paz e a estabilidade na região”!
Por outro lado, um porta-voz militar que acompanha as operações contra os independentistas em Donetsk e Lugansk, Alexéi Dmitrashkovski, confirmou em uma entrevista a presença de mercenários estrangeiros nas tropas oficiais da Ucrânia.
A Rússia solicitou ao Conselho de Segurança das Nações Unidas, à Organização para a Segurança e Cooperação da Europa, ao Conselho Europeu e ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha que seja enviada uma missão humanitária para a área em conflito.
Para quem leu o meu artigo anterior. Para quem leu o artigo “Mesopotâmia – O que acontece no Iraque” (Informativo 557) sabe do que estou falando. Consolidou-se um dos cenários previstos e Obama autorizou um ataque contra as forças do “Exército Islâmico”. Mas, vejam o que escrevi naquele artigo, ele só tomou esta decisão quando constatou que havia perdido o controle da situação.
O fato concreto é que, provavelmente, haverá uma nova intervenção de grandes proporções no Iraque para garantir o projeto de criar “três estados”.
Estadunidenses descontentes com o sistema político. Quase 80% dos estadunidenses estão insatisfeitos como sistema político no país e 70% deles culpam os governantes pelas dificuldades econômicas, revelou uma pesquisa divulgada na quarta-feira (06).
A pesquisa realizada pelo jornal “The Wall Street Journal” e pela cadeia de TV NBC News mostrou ainda que 60% dos entrevistados disseram que o país está em uma situação de queda e 71% disseram que os EUA estão indo por um caminho errado! No total, 64% dos cidadãos estão muito insatisfeitos com a situação econômica atual.
Estadunidenses renunciam à cidadania. Pode parecer brincadeira, mas os dados estão na revista Forbes. Cada vez mais os estadunidenses estão renunciando à cidadania de seu país. Só em 2014 já foram 1.577 pessoas que saíram do país e renunciaram à cidadania para fugir da política fiscal.
Em 2013 foram 2.999 cidadãos e residentes permanentes nos EUA que renunciaram à cidadania ou a “green card”, um aumento de 221% em relação a 2012.
“Limpeza étnica” nos EUA? É realmente preocupante a matéria do jornalista Larry Downin para a agência de notícias Reuters mostrando o que os governos nos EUA estão fazendo contra os moradores de ruas nas mais diversas cidades.
Segundo o levantamento feito por Larry, as autoridades de inúmeras cidades estadunidenses estão ampliando a política de perseguir, multar e expulsar pessoas sem lar (moradores de ruas). Entrevistado por ele, um policial aposentado disse que a estratégia agora usada pelos governos locais tem “muito em comum com uma limpeza étnica”.
Arnold Abbott, com 90 anos, antigo chefe de Polícia da Pensilvânia, explicou como tratam as pessoas moradoras de rua: “A ideia era pegar essas pessoas, enfiar em um ônibus e mandar para Miami ou Palm Beach. Isto é muito parecido com uma limpeza étnica”.
O mesmo problema foi noticiado por outro jornalista, do “The Independente”, em Fort Lauderdale (Flórida). Ali as autoridades adotaram leis que proíbem “deixar objetos pessoais no espaço público” e estão preparando outras leis para complicar a vida dos que não possuem lar e moram nas ruas.

Um estudo feito pelo Centro NLCHP revelou que em outras 187 cidades dos EUA já estão em vigor leis e políticas criminalizando os “sem teto”. Desde 2011, segundo o relatório, houve um aumento de 60% nas leis que proíbem acampar em local público. O número de leis proibindo sentar-se ou deitar-se em lugares como parques ou praias aumentou em 40%!