sábado, 8 de janeiro de 2022

Divulgação para nota de R$ 200 custou mais do que campanha de prevenção contra Covid-19

 

Divulgação para nota de R$ 200 custou mais do que campanha de prevenção contra Covid-19

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A publicidade feita para disseminar a nota é o sexto principal investimento entre 2020 e 2021. Foto: Getty Images.
A publicidade feita para disseminar a nota é o sexto principal investimento entre 2020 e 2021. Foto: Getty Images.
  • A Secretária Especial de Comunicação Social (Secom) gastou R$ 18,8 milhões para divulgar cédula;

  • Em contrapartida, apenas R$ 14,4 milhões foram usados para anúncios de cuidados com a pandemia;

  • Segundo economista e professor da FGV, um dos motivos da baixa adesão da nota seriam os meios digitais de pagamento.

Durante os quase dois anos de pandemia de Covid-19, a Secretária Especial de Comunicação Social (Secom) do governo de Jair Bolsonaro desembolsou R$ 18,8 milhões para divulgar a cédula de R$ 200, valor maior do que o gasto em propagandas sobre prevenção contra o coronavírus.

Em contrapartida, gastos com anúncios relacionados a cuidados a serem tomados na pandemia, como a utilização de álcool em gel e máscaras, foram de apenas R$ 14,4 milhões.

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De acordo com levantamento baseado em pagamentos da Secom entre 2020 e 2021, a publicidade feita para disseminar a nota é o sexto principal investimento desse período, atrás de propagandas de agenda positiva, economia de água, combate ao mosquito da dengue e até da campanha de vacinação.

Contudo, de acordo com o Sistema de Administração do Meio Circulante, depois de um ano e dois meses do lançamento da cédula de R$ 200, a mesma representa apenas 1,11% de todas as notas que circulam no Brasil. Ou seja, é uma porcentagem menor do que a das notas de R$ 1, não mais produzidas.

Segundo Joelson Sampaio, economista e professor da Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV), um dos fatores que esclarecem a baixa adesão da cédula é a utilização de outras tecnologias.

Desde o começo da pandemia, diversas transações passaram a ser feitas digitalmente, como é o caso do Pix.

As informações são do jornal O Globo.