sexta-feira, 20 de agosto de 2021

FPABRAMO - Aula ao vivo do curso "Economia para a transformação social: descomplicando o economês"

 

Fundação Perseu Abramo  < formacao@fpabramo.org.br >
PARA :GLAUCO DOS SANTOS GOUV�A
Sex, 20 de agosto às 9h13

Aula ao vivo do curso "Economia para a transformação social: descomplicando o economês"

Segunda-feira, 23 de agosto, às 17h - Neoliberalismo e as transformações globais

Apresentação:
Juliane Furno

Comentários:
Pedro Rossi

Convidado Especial:
Luiz Gonzaga Bello

Aberto a todo público, a transmissão do debate será pelo canal da Fundação no YouTube, dentro da programação do Pauta Brasil. https://www.youtube.com/FundacaoPerseuAbramo

IMPORTANTE! Atendendo pedidos, informamos que as inscrições para o curso foram reabertas . Portanto, caso ainda não esteja participando, não perca essa oportunidade! Acesse o link:https://bit.ly/fpa_curso_economia .

Lembramos que as novas aulas gravadas são disponibilizadas, semanalmente, todas as segundas-feiras!

Silêncio alguma dúvida , nosso chame no WhatsApp da Diretoria de Formação: http://bit.ly/zapfpabramo . Ou encaminhe um e-mail para formacao@fpabramo.org.br .

Diretoria de Formação / FPAbramo

 

FUNDAÇÃO PERSEU ABRAMO

Diante do nariz da sociedade

 

Diante do nariz da sociedade


Entre as produções jornalísticas que abordaram a volta da fome no Brasil, confirmada pela Pesquisa de Orçamento Familiar (POF), divulgada nesta semana, chamou minha atenção a entrevista de Natuza Nery no podcast “O Assunto” com o repórter Marcelo Canellas, da TV Globo. Canellas foi convidado a falar do tema porque, em 2001, fez uma série de reportagens sobre a fome no Jornal Nacional, de grande impacto, e voltou a cobrir o assunto há alguns meses, quando já havia oficialmente 19 milhões de pessoas passando fome (os números da POF se referem ao biênio 2017/2018, certamente cresceram com a pandemia).

Perguntado sobre o que mais o marcou na cobertura de 20 anos atrás, Canellas disse: “primeiro, a intensa repercussão, afinal tratava-se de um ‘anti-furo’ de reportagem, todo mundo sabia que isso acontecia, estava no nariz da sociedade”. E completou: “o que acontece é que às vezes as pessoas se acostumam com o inaceitável”.

Há muitos fatores que explicam a volta da fome, fruto não apenas da histórica desigualdade social, do racismo e da concentração de renda e terra, mas do desemprego em alta desde 2015, do salário mínimo defasado diante da inflação, da imposição do teto dos gastos públicos, e do abandono da educação e dos programas sociais - um “arsenal” de combate à pobreza e a fome, dilapidado a partir do governo Temer, como explicou o economista Walter Belik, também entrevistado por Natuza. Mais difícil é justificar, como disse o repórter, por que as pessoas se acostumam ao inaceitável, o que vemos todos os dias no país. 

Tenho cá para mim que a imprensa tem seu dedinho de culpa nesse conformismo coletivo. E a dica está na própria frase de Canellas, quando ele diz que falar de fome é um “anti-furo”, já que está na cara de todos nós. Em outra entrevista sobre a mesma série, ele também conta que levou tempo para convencer seus superiores de que valia a pena investir em um tema, digamos, tão óbvio.  

Assim como o jornalismo revela, ele também esconde. Racismo, violência policial, feminicídio, pobreza, desigualdade, tudo aquilo que nos define como sociedade, é “corriqueiro”. Precisa ser um caso escandaloso ou atípico para virar notícia. 
Todos sabíamos que a fome vinha se agravando há alguns anos, tanto é que a Pública fez uma série de reportagens sobre insegurança alimentar na periferia de São Paulo em 2018, e um especial sobre fome em 2019, quando pesquisadores e organizações internacionais já tinham a dimensão do problema. Por que então não falamos de uma aflição tão grande com muito mais frequência?
Assim como a fome, a indiferença diante das injustiças sociais também é uma antiga mazela nacional e, como elas, perpetua-se no silêncio. 



Marina Amaral, diretora executiva da Agência Pública 

PODCAST CIENTISTAS NA LINHA DE FRENTE 3. Em abril deste ano, Larissa Bombardi, professora da Universidade de São Paulo (USP), pegou os seus dois filhos pequenos e foi se refugiar na Bélgica. A razão? Larissa estava prestes a publicar uma nova pesquisa sobre agrotóxicos. Ela diz sofrer ataques porque o trabalho dela incomoda uma poderosa indústria que usa estes produtos: o agronegócio. Ouça agora.

O que você perdeu na semana

 

TSE planeja regra para 'secar' receita de canais de conteúdo político na internet. O Tribunal Superior Eleitoral prepara uma resolução específica para barrar a monetização de canais utilizados para fins políticos durante as eleições, tanto em nome de candidatos como de apoiadores. O entendimento de parte da corte é o de que a prática já pode ser considerada ilegal pelas normas atuais. Leia na Folha.

O governo brasileiro expõe cerca de 400 mil pessoas a novos despejos. O que se vê no país é um crescente número de famílias passando a integrar o déficit habitacional, com a anuência do próprio Estado, que não promove e sim viola os direitos humanos. Como evidencia Socorro Leite em texto publicado no Le Monde Diplomatique Brasil, as pessoas não escolhem morar em locais de risco ou na rua. 

O Agro brasileiro alimenta o mundo? Estudo da Embrapa usa regra de três para provar que sim, mas os fatos dizem que não.  Fontes ouvidas pelo O Joio e o Trigo criticam a metodologia e tacham a pesquisa como ‘peça de propaganda’. Perdas, desigualdades de consumo e destinação da produção ficaram de fora da conta.

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Levantamento inédito da UFRJ, publicado em primeira mão pela Pública, mostra os caminhos da desinformação entre religiosos: metade dos evangélicos entrevistados afirmam já ter recebido notícias falsas nos grupos das comunidades de fé no WhatsApp. Os dados foram coletados antes da pandemia da covid-19.
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Documentos publicados pelo WikiLeaks revelam a mobilização dos grupos ultraconservadores de extrema direita HazteOir e CitizenGO, que promovem agendas antidireitos, como iniciativas contra o aborto legal e contra pautas LGBTQIA+, em vários países. Entre os mais de 17 mil arquivos, a Pública encontrou uma lista que cita mais de 200 brasileiros que seriam sócios das organizações.
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Os relatos de estupros como arma de guerra no conflito na Etiópia. Relatório da Anistia Internacional aponta casos de estupros e violência sexual contra mulheres e crianças da etnia tigré, em meio a um conflito que dura desde novembro de 2020. O Nexo explica o conflito na região, traz os principais pontos do relatório citado e mostra quais as possibilidades de julgamento para esses crimes.

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Enviado por Partido dos Trabalhadores