GENERAL DESISTE DE CARGO E ABRE CRISE NO GOVERNO BOLSONARO
O general Oswaldo Ferreira desistiu de de ocupar um cargo no governo do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) e abriu a primeira crise no governo do capitão reformado; decisão do general Ferreira é reflexo de um racha na equipe de transição pela disputa de cargos no governo; o general havia se tornado um dos mais próximos aliados de Bolsonaro e trabalhava desde 2017, a pedido do presidente eleito, na coordenação de infraestrutura
247 - O general Oswaldo Ferreira desistiu de de ocupar um cargo no governo do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) e abriu a primeira crise no governo do capitão reformado.
A decisão do general Ferreira é reflexo de um racha na equipe de transição pela disputa de cargos no governo. O general, no entanto, afirmou à Folha de S. Paulo ter motivos pessoais para não ficar.
Ferreira se tornou um dos mais próximos aliados de Bolsonaro e trabalha desde 2017, a pedido do presidente eleito, na coordenação de infraestrutura. Naquele momento, Bolsonaro procurava apoio entre os militares para fazer decolar sua campanha à Presidência.
O general Ferreira, que participa da transição desde o primeiro dia, embora sem cargo formal, apresentou um plano a Bolsonaro para o que seria o superministério da Infraestrutura. O presidente eleito deu aval ao plano mas não nomeou o general para o cargo que, no desenho proposto, estaria vinculado à Presidência.
BNDES ESCOLHE GESTORA CRIADA POR PAULO GUEDES PARA GERIR FUNDO DE INFRAESTRUTURA
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou nesta sexta-feira que escolheu a JGP, gestora que teve o futuro ministro Paulo Guedes como um dos fundadores, para gerir o novo fundo de investimento em direitos creditórios (FIDC) que investirá em debêntures incentivadas de projetos de infraestrutura
Reuters - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou nesta sexta-feira (16) que escolheu a JGP, gestora que teve o futuro ministro Paulo Guedes como um dos fundadores, para gerir o novo fundo de investimento em direitos creditórios (FIDC) que investirá em debêntures incentivadas de projetos de infraestrutura.
Segundo o banco de fomento, a escolha seu deu ao final de processo seletivo público, contou com a participação de oito instituições, na qual a JGP apresentou a melhor combinação de nota técnica e nota comercial. As gestoras Votorantim Asset Management e Itaú Asset Management, respectivamente segunda e terceira colocadas no certame, formam o cadastro de reserva.
Com patrimônio estimado em cerca de 500 milhões de reais, o fundo terá um portfólio com ativos que compõem a carteira de debêntures de projetos do BNDES, que não será cotista do fundo.
Guedes, que será o super ministro da economia do governo do presidente eleito Jair Bolsonaro, fundou a JGP em 1998 em sociedade com André Jakurski e Arlindo Vergaças, que também o acompanharam na fundação, em 1986, do Pactual, que deu origem ao BTG Pactual. Guedes deixou a JGP em 2004.
No governo Bolsonaro, que toma posse na virada do ano, o BNDES será comandado pelo ex-ministro da Fazenda Joaquim Levy, indicado por Guedes.
DINO: TIRAR A ESTABILIDADE DOS SERVIDORES NÃO RESOLVERÁ O PROBLEMA
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), usou sua conta no Twitter para rechaçar a reivindicação de alguns governadores eleitos, que reivindicam o fim da estabilidade dos servidores públicos; "Esclareço que não me incluo nesse conjunto; o problema do Brasil é a falta de crescimento econômico, que arrasou com as finanças públicas; tirar estabilidade dos servidores não vai resolver o problema", ressalta Flávio Dino
247 - O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), usou sua conta no Twitter para rechaçar a reivindicação de alguns governadores eleitos, que reivindicam o fim da estabilidade dos servidores públicos.
Por meio de uma carta entregue ao presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) durante uma reunião realizada esta semana em Brasília, os governadores eleitos pediram a flexibilização dos critérios que regem a estabilidade dos servidores públicos. Objetivo, segundo os gestores, é que uma mudança na legislação, permitindo a demissão de servidores, auxilie no cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) para despesas com pessoal.
"Esclareço que não me incluo nesse conjunto. Problema do Brasil é a falta de crescimento econômico, que arrasou com as finanças públicas. Tirar estabilidade dos servidores não vai resolver o problema", ressalta Flávio Dino.
RAQUEL DODGE PEDE MAIS 60 DIAS PARA INVESTIGAÇÃO SOBRE AÉCIO
De acordo com o Uol, "a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, solicitou ao ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a prorrogação do inquérito que investiga o senador Aécio Neves (PSDB-MG) por suposto recebimento em 2014 de valores indevidos pela Construtora Norberto Odebrecht, do grupo Odebrecht, para a sua campanha eleitoral
247 - De acordo com o Uol, "a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, solicitou ao ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a prorrogação do inquérito que investiga o senador Aécio Neves (PSDB-MG) por suposto recebimento em 2014 de valores indevidos pela Construtora Norberto Odebrecht, do grupo Odebrecht, para a sua campanha eleitoral. Datado de 12 de novembro, o parecer de Raquel Dodge pede mais 60 dias para a conclusão do inquérito".
Os pagamentos teriam sido feitos através de contratos fictícios com a empresa PVR Propaganda e Marketing Ltda, segundo relataram os delatores ouvidos no caso.
"A perícia deverá analisar os dados referente a data de criação/modificação dos arquivos (metadados), entre outras informações que possam comprovar que o contrato foi elaborado em data posterior apenas para 'cobrir' pagamento de propina ao senador Aécio Neves", escreveu Raquel Dodge, que também manifestou-se contrária aos pedidos de arquivamento e de declínio de competência feitos pela defesa de Aécio Neves.
Uma tragédia para a vida e a saúde de 30 milhões de brasileiros.
Um caos para a organização do SUS, que depende da atenção básica para coordenar o acesso às redes regionais e garantir a universalidade e a integralidade da saúde.
Colapso no sistema de saúde nas 2.885 prefeituras que participam do programa e contam com médicos cubanos, em particular em 1.575 municípios, a maioria com menos de 20 mil habitantes, distribuídos em todas as regiões do país e que dependem exclusivamente dos médicos do Programa Mais Médicos (PMM).
Um vexame internacional que abala a relação do país com a Organização Pan-Americana de Saúde (OMS) e que desencadeará um cenário de desconfiança generalizada nas relações com outros países, parceiros do Brasil em inúmeros projetos na área da saúde.
Sem mais de 8.500 equipes de Saúde da Família completas com médicos cubanos, voltaremos ao dramático quadro vigente até 2013. Antes do Mais Médicos, brasileiros que viviam em áreas de alta vulnerabilidade não tinham acesso às ações de promoção, prevenção, diagnóstico e tratamento. Estavam à própria sorte ou eram obrigados a procurar PS ou hospitais para cuidados básicos.
A atenção básica é capaz de resolver mais de 80% dos motivos que levam alguém a procurar serviços de saúde. Tudo isso será perdido e quem pagará a conta serão os que mais precisam do SUS, graças ao total despreparo do presidente eleito, incapaz de medir suas palavras.
Aos que festejam o rompimento da parceria do Ministério da Saúde com a OPAS e Cuba, certamente por nunca terem tido problemas para conseguir uma consulta médica em suas vidas, é preciso relembrar que as UBS onde estão lotados os médicos cubanos estão localizadas na floresta amazônica, nas aldeias indígenas, no semiárido nordestino, nos municípios do G-100, quilombolas e povos ribeirinhos, no Vale do Ribeira, Vale do Jequitinhonha e na periferia dos grandes munícipios brasileiros.
Lugares onde os médicos brasileiros não querem ir. Os argumentos utilizados são falácias corporativas. A maioria dos médicos brasileiros não querem e não sabem fazer atenção básica. Foram formados apenas para serem especialistas, num modelo elitista, restritivo e sem compromisso social. Não tem nenhuma preocupação com os 30 milhões de brasileiros que ficarão sem nenhum atendimento médico.
Fingem querer uma carreira de Estado, mas sabemos todos que não largarão seus consultórios particulares para se embrenharem Brasil afora. Nem o presidente eleito alocará mais recursos para isso, como deixou claro essa semana. Aliás, o orçamento aprovado para 2019, graças a EC-95 (teto dos gastos), será quase 2 bilhões menor do que o de 2108, incapaz até de recompor a inflação e manter o que hoje já precariamente funciona.
Acompanhei a chegada dos médicos cubanos como Ministro da Saúde. Todos tinham mais de 10 anos de formados. Todos tinham residência em medicina geral e comunitária, mais de 50% uma segunda especialização e 40% tinham pelo menos mestrado. Além disso, os dois mil primeiros que vieram ao Brasil já tinham participado de pelo menos uma missão no exterior.
Bolsonaro, ao lançar desconfiança pública sobre a capacidade e veracidade da formação médica dos cubanos e impor mudanças na forma de contratação e funcionamento do PMM de forma unilateral, autoritária e inconsequente, desrespeitando os canais de negociações estabelecidos e a soberania do país parceiro, implodiu o PMM e junto com ele o SUS e a esperança de milhões de brasileiros.
As ações do PMM voltadas à abertura de novas escolas médicas só garantirão número de médicos brasileiros formados em quantidade suficiente a partir de 2026 para suprir nossas necessidades. Portanto, é inconsequente a postura do presidente eleito que culminou nessa decisão do governo cubano sem sequer se preocupar com um plano alternativo.
Mais inconsequente e risível ainda é a proposta do quase-indicado para o comando do Ministério da Saúde (quase, já que os problemas enfrentados como ex-gestor municipal de saúde em Campo Grande parece que não permitirão que seja alçado ao cargo), que liderou incansavelmente os ataques ao PMM no Congresso Nacional nos últimos anos. Agora, sugere o serviço médico militar obrigatório para os recém-formados. Será interessante assistir aos médicos que lideraram a oposição ao PMM verem seus filhos trabalharem por 3 anos em favelas, aldeias indígenas, e quilombolas... Talvez mudem para Miami ou peçam aos colegas cubanos que voltem com urgência...
Portanto, o que têm a comemorar os opositores do PMM? Bolsonaro e seus apoiadores serão responsabilizados pelo aumento da mortalidade infantil, materna, por hipertensão, diabetes, doenças respiratórias e outros problemas sensíveis à atenção básica que serão profundamente afetados com o fim do PMM.
É um crime contra quem mais precisa de saúde. É uma lástima terminar assim um programa reconhecido e elogiado internacionalmente e que, como tem sido demonstrado por inúmeros estudos, pesquisas e teses, teve um impacto excepcional sobre a saúde do povo brasileiro.
Venceu a insensatez. Perde o Brasil. Só me resta pedir aos médicos e ao povo cubano desculpas e agradecê-los por tudo que fizeram por nossa gente.