domingo, 19 de julho de 2020

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Em entrevista a CartaCapital, escritor contou sobre seu novo livro: ‘História do Presente: Conciliação, Desigualdade e Desafios’

Em entrevista a CartaCapital, escritor contou sobre seu novo livro: ‘História do Presente: Conciliação, Desigualdade e Desafios’

Quanto tempo é preciso esperar para reagir à ascensão da extrema-direita? Para muitos, pode não ter chegado nem mesmo a estalada, aquele sopapo necessário que dá a certeza: a ideologia fascista se revigorou no Brasil. A análise dos processos políticos pode exigir a passagem do tempo, em nome do rigor e da segurança da escrita da História. Mas foi no “calor da hora” que o escritor Roberto Amaral, de 81 anos, registrou cada passo dos novos movimentos ultraconservadores do país, desde que tornou-se colunista semanal de CartaCapital, em 2011.
Agora, Amaral reúne as suas principais publicações dos últimos anos no livro A história do presente: conciliação, desigualdade e desafios, pela editora Expressão Popular, com primeira edição lançada em junho deste ano em formato de e-book.
Cientista político, jornalista e professor, Amaral tornou-se ainda mais notório quando ocupou a chefia do Ministério da Ciência e Tecnologia na primeira gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Também presidiu o Partido Socialista Brasileiro (PSB). No entanto, deixou a legenda em 2014 após a então candidata Marina Silva apoiar Aécio Neves (PSDB) contra a reeleição de Dilma Rousseff (PT).
Nascido em Fortaleza, no Ceará, teve um passado marcado por sua atuação no movimento estudantil. Talvez a experiência no “fazimento” da política tenha nutrido a sua habilidade na imediata observação dos fatos. E é esse gosto da temperatura do momento que o leitor saboreia em seu novo livro. “Cada artigo, isoladamente, tem uma mensagem. Mas quando você os reúne, eles passam a ter outra proposta, resultante do conjunto”, explica o autor.
Segundo ele, o novo título completa uma trilogia, que já conta com A crônica dos anos Geisel (Forense Universitária, 1987), sobre um dos períodos mais controversos da ditadura militar, e A serpente sem casca (Fundação Perseu Abramo, 2015), que mergulha no impeachment contra Dilma.
“Na verdade, não existe presente. Só existe passado. Quando você termina de agir, o ato já é passado. Então, a história presente é a história que está em construção, ela está no fazimento.”
Num momento em que o presidente Jair Bolsonaro torna mais popular a sua hostilidade à democracia, Roberto Amaral faz questão de lembrar em seu livro que o fato social não nasce quando se manifesta. Diante dos atos a favor do impeachment incentivados por Aécio Neves, em 2016, o autor já descrevia os “elementos clássicos do fascismo” na expressão dos manifestantes, como o anticomunismo arcaico e o desprezo pelo rito democrático.
Para Amaral, o diálogo do liberalismo com o fascismo está evidente até hoje, quando os representantes das elites brasileiras parecem mais preocupadas com as reformas econômicas do ministro da Economia, Paulo Guedes, do que com o reacionarismo violento do chefe do Palácio do Planalto.
“Diante da opção entre o Haddad e o Bolsonaro, os liberais brasileiros e a social-democracia brasileira optaram pela proposta fascista. Eles são responsáveis por isso”, aponta o escritor. Nas eleições de 2018, Bolsonaro teve ativa colaboração até de João Doria (PSDB), que fez campanha aberta ao então candidato a presidente e hoje se diz arrependido. Mas não são só os liberais que sustentaram o processo que nos levou até aqui. Para Amaral, os militares também são culpados, tanto por terem comandado um período ditatorial do qual o Brasil ainda não se recuperou, quanto por ainda hoje chancelarem um governo que recusa o combate à pandemia do novo coronavírus: “A sociedade vai responsabilizar as Forças Armadas por esse crime do qual elas são coatoras”, acusa.
O livro também não poupa a autocrítica para a esquerda. Conforme o autor, as gestões do PT pensaram que estavam promovendo a conciliação com as classes dominantes, e com isso ignorou o ataque às bases do capitalismo e a denúncia da luta de classes e da desigualdade social. Em tom emocionado de tristeza, lembra-se de quando viu uma sociedade desmobilizada frente ao golpe contra Dilma, importante ingrediente da ameaça à democracia que vivemos hoje. “Quando terminou aquilo, eu senti a profunda solidão. Pouca gente conosco, as pessoas chorando, mas nenhuma rebelião”, recorda-se.
Hoje, para Amaral, a esquerda deve mirar uma frente em que possa compor com outras forças, já que não é capaz de enfrentar o bolsonarismo sozinha. Ao mesmo tempo, o norte deve ser a construção de um projeto nacional, como ensina “a lição chinesa”, e a volta às bases populares, segundo mostra “a presença do chavismo nas massas”.
No prefácio, o diretor de redação de CartaCapital, Mino Carta, escreve que Amaral pertence a uma categoria rara de cidadãos destemidos, que não tarda em suas percepções sobre a marca implacável da dicotomia entre a casa-grande e senzala, ainda tão assinalante do autoritarismo no Brasil. Um dedo ousado na ferida, imputa Mino: a casa-grande detesta o país e seu povo. Como avisa o prefácio, “este livro prova, sem deixar dúvidas”.
Confira a seguir, na íntegra, a entrevista de Roberto Amaral a CartaCapital.
CartaCapital: Vamos começar pelo título, “A História do Presente”. Em geral, a história é escrita com certo espaço de tempo depois do acontecimento histórico. Mas o senhor deixa claro no livro que os artigos foram escritos “no calor da hora”. Por que o elemento do “calor da hora” contribui para compreendermos os últimos tempos políticos?
Roberto Amaral: Tem várias questões. Primeiro, na introdução, do professor Lincoln [Abreu Penna, que escreve a apresentação do livro], ele traz a definição de história presente, que é uma tendência da historiografia. A segunda questão é que, na verdade, não existe presente. Só existe passado. Quando você termina de agir, o ato já é passado. Então, a história presente é a história que está em construção, ela está no fazimento. É este o sentido do título e da coletânea. Cada artigo, isoladamente, tem uma mensagem, um significado, uma proposta. Mas quando você os reúne, eles passam a ter outra proposta, resultante do conjunto.
Leia a entrevista completa em: https://tinyurl.com/y6jh89to  
 
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Roberto Amaral é escritor e ex-ministro de Ciência e Tecnologia
 

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