quinta-feira, 7 de abril de 2016

ELEIÇÕES DO SINDIFISCO-PB

Inúmeros motivos comprovam que é indispensável, para a Categoria Fiscal, eleger a CHAPA 1, com Manoel Isidro(presidente) e Guilherme Carvalho(Novinho)(vice).
Vou resumir alguns:
. Os membros da CHAPA 1 foram cuidadosamente escolhidos ao longo de muitas reuniões, obedecendo, entre outros, aos seguintes critérios: comprometimento com a Categoria, dedicação ao Sindifisco, experiência sindical comprovada, espírito conciliador/agregador, vontade de trabalhar por todos, disposição para o diálogo, capacidade de trabalho.
. Manoel Isidro fez excelentes gestões no Sindifisco e na Fenafisco, o que o credenciam para mais uma gestão exitosa na direção do Sindifisco. Lembro sua luta nas maiores conquistas de nossa Categoria Fiscal: PCCR e Lei do Subsídio. Em fase final, a PEC 186.
. Manoel Isidro dialogou com secretários e governadores de quase todos os Estados, mediando conflitos das administrações tributárias com os fiscos, adquirindo uma experiência inestimável que nos será de fundamental importância para a recuperação de nossos direitos e no caminhar para novas conquistas.
. Isidro vem expondo, com muita segurança, seus planos para a direção do Sindifisco, o que é uma garantia para todos nós. Se você não teve oportunidade de ouvi-lo, procure conhecer esses planos.
. Isidro tem uma rara capacidade de agregar pessoas em torno de um objetivo comum, o que é condição indispensável para promover o retorno da união em uma categoria tão dividida(atualmente) e que sempre foi coesa. Isidro não é uma possibilidade: é uma certeza de conquistas.

Muito obrigado por seu apoio.

Glauco dos Santos Gouvêa


No dia 10(domingo próximo) vamos todos votar CHAPA 1

PS: solicito repassar para, pelo menos, dez colegas.






Super-ricos”, pequena elite que não paga impostos



“Super-ricos”, pequena elite que não paga impostos

Eles ganham acima de R$ 300 mil mensais, mas recolhem apenas 7% — muito menos que a massa dos assalariados. Seu segredo: a docilidade do Congresso Nacional com as elites.


Os brasileiros super-ricos pagam menos imposto, na proporção da sua renda, que um cidadão típico de classe média alta, sobretudo assalariado, o que viola o princípio da progressividade tributária, segundo o qual o nível de tributação deve crescer com a renda.

Essa é uma das conclusões de artigo publicado em dezembro pelo Centro Internacional de Políticas para o Crescimento Inclusivo (IPC-IG), vinculado ao Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

O estudo, que analisou dados de Imposto de Renda referentes ao período de 2007 a 2013, mostrou que os brasileiros “super-ricos” do topo da pirâmide social somam aproximadamente 71 mil pessoas (0,05% da população adulta), que ganharam, em média, 4,1 milhões de reais em 2013.

De acordo com o levantamento, esses brasileiros pagam menos imposto, na proporção de sua renda, que um cidadão de classe média alta. Isso porque cerca de dois terços da renda dos super-ricos está isenta de qualquer incidência tributária, proporção superior a qualquer outra faixa de rendimento.

“O resultado é que a alíquota efetiva média paga pelos super-ricos chega a apenas 7%, enquanto a média nos estratos intermediários dos declarantes do imposto de renda chega a 12%”, disseram os autores do artigo, Sérgio Gobetti e Rodrigo Orair, que também são pesquisadores do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).

Essa distorção deve-se, principalmente, a uma peculiaridade da legislação brasileira: a isenção de lucros e dividendos distribuídos pelas empresas a seus sócios e acionistas. Dos 71 mil brasileiros super-ricos, cerca de 50 mil receberam dividendos em 2013 e não pagaram qualquer imposto por eles.

Além disso, esses super-ricos beneficiam-se da baixa tributação sobre ganhos financeiros, que no Brasil varia entre 15% e 20%, enquanto os salários dos trabalhadores estão sujeitos a um imposto progressivo, cuja alíquota máxima de 27,5% atinge níveis muito moderados de renda (acima de 4,7 mil reais, em 2015).

“Os dados revelam que o Brasil é um país de extrema desigualdade e também um paraíso tributário para os super-ricos, combinando baixo nível de tributação sobre aplicações financeiras, uma das mais elevadas taxas de juros do mundo e uma prática pouco comum de isentar a distribuição de dividendos de imposto de renda na pessoa física”, disseram os pesquisadores.

A justificativa para tal isenção é evitar que o lucro, já tributado na empresa, seja novamente taxado quando se converte em renda pessoal. No entanto, essa não é uma prática frequente em outros países do mundo.

“Entre os 34 países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), que reúne economias desenvolvidas e algumas em desenvolvimento, apenas três isentavam os dividendos até 2010”, disseram os pesquisadores, citando México, Eslováquia e Estônia.

Contudo, o México retomou a taxação em 2014 e a Eslováquia instituiu em 2011 uma contribuição social para financiar a saúde. Restou somente a Estônia, pequeno país que adotou uma das reformas pró-mercado mais radicais do mundo após o fim do domínio soviético nos anos 1990 e que, como o Brasil, dá isenção tributária à principal fonte de renda dos mais ricos.

Em média, a tributação total do lucro (somando pessoa jurídica e pessoa física) chega a 48% nos países da OCDE (sendo 64% na França, 48% na Alemanha e 57% nos Estados Unidos). No Brasil, com as isenções de dividendos e outros benefícios tributários, essa taxa cai abaixo de 30%.

Além disso, o estudo concluiu que o Brasil possui uma elevada carga tributária para os padrões das economias em desenvolvimento, por volta de 34% do Produto Interno Bruto (PIB), equivalente à média dos países da OCDE.

Mas, diferentemente desses países — nos quais a parcela da tributação que recai sobre bens e serviços é residual, cerca de um terço do total, e há maior peso da tributação sobre renda e patrimônio — cerca de metade da carga brasileira provém de tributos sobre bens e serviços, o que, proporcionalmente, oneram mais a renda dos mais pobres.

“Enquanto o avanço conservador está sendo parcialmente revertido na maioria dos países da OCDE, que estão aumentando a taxação sobre os mais ricos, inclusive os dividendos (…); no Brasil, nenhuma reforma de fôlego com o objetivo de ampliar a progressividade do sistema tributário foi realizada nos últimos 30 anos de democracia, dos quais 12 anos sob o governo de centro-esquerda do Partido dos Trabalhadores (PT)”, disseram os pesquisadores, acrescentando que a agenda da progressividade tributária é um dos grandes desafios do país na atualidade.

Paraísos Fiscais, Déficit Público e Concentração do Poder Econômico



Paraísos Fiscais, Déficit Público e Concentração do Poder Econômico

No Brasil, além de uma estrutura tributária extremamente regressiva, há o escape de recursos para empresasoffshore localizadas em paraísos fiscais.


O vazamento de mais de um milhão de informações das operações da empresa panamenha, especializada na criação de empresas em paraísos fiscais, está tirando o sono de muitos poderosos pelo mundo. Os chamados “Panama Papers” expõem à luz do sol o submundo das operações pessoais e empresariais cujos efeitos têm sido, sobretudo, o empobrecimento fiscal dos países. Um estudioso dos paraísos fiscais, Gabriel Zucman, autor do livro “The Hidden Wealth of Nations”, calcula que 8 % de toda a riqueza mundial esteja denominada em paraísos fiscais.

Essas operações não estão, necessariamente, ligadas a ações ilegais, na ponta, ou seja, na abertura das empresas. Há, evidentemente, políticos que fizeram fortunas com propinas; há empresários com ganhos ilegais; há ricos e famosos que obtiveram ganhos por fora; e há mafiosos que lavam dinheiro. Para esses casos, a resposta é a ação da polícia e do fisco de cada país, obedecida a legislação vigente. Zucman estima que 80% daquela riqueza sejam ilegais.

Mas também preocupam as ações legais, os 20 % restantes, avalizadas pelas brechas legais das legislações superadas dos países e da inação com respeito ao assunto ao nível mundial. Os paraísos fiscais são legais. As empresas delas se beneficiam e pessoas no topo da pirâmide da distribuição de renda também.

Um exemplo paroquial. O que fez o ex-ministro Joaquim Barbosa exemplifica essa ação fiscalmente danosa, mas legal, acreditando que, de fato, assim tenha sido. Ele evitou pagar os necessários tributos pela transferência de recursos ao exterior, pela abertura de uma empresa em paraíso fiscal somente com uma intenção: a de comprar um apartamento no exterior sem pagar os tributos que lhe incorreriam se o fizesse sem a triangulação pela empresa offshore, criada apenas para isso. É uma burla. Mas, ao que tudo indica, uma burla legal.

Do ponto de vista das contas públicas do Brasil a operação do ministro pode ser uma agulha no palheiro. Não digo o mesmo do ponto de vista ético, até porque usou como endereço um apartamento funcional, o que não poderia, além de sinalizar para a sociedade que faça o que digo, mas não faça o que faço. Mas as coisas de fato se tornam grandiosas se somarmos a circulação de dinheiro por essas vias feitas pelos grandes grupos financeiros, como, por exemplo, as Organizações Globo. Quanto escapa dos cofres públicos por esse logro, ainda que “dentro da lei”? Em pleno período de escassez gritante de recursos fiscais, essas manobras tributárias são responsáveis por quanto do déficit público hoje?

Na Europa a palavra de ordem do momento é “austeridade fiscal”. A crise de 2008 gerou uma escassez de recursos públicos em razão tanto da redução do crescimento econômico e, em boa parte, da queda do próprio PIB, quanto da necessidade de socorro aos bancos premidos por dívidas não pagas. Receita em queda, despesa em alta: aumento do déficit público. A solução proposta tem sido a “austeridade” que significa, na verdade, a perda de direitos sociais e redução de salários e benefícios, enquanto, ao lado, uma pletora de recursos financeiros são desviados do que deveria ser receita pública para bolsos privados.

A outra consequência que faz par com a questão fiscal é a contribuição à crescente concentração de renda e da riqueza, fenômeno que ninguém mais desconhece como característico das últimas décadas, o que devemos muito à excepcional discussão provocada pelo livro de Thomas Piketty. Uma das consequências da extrema concentração de renda e da riqueza pouco discutidas, entretanto, é o desequilíbrio no poder que cria, no caso, o poder de influenciar a legislação tributária. Essa a razão pela qual os países europeus e os Estados Unidos têm conseguido avançar no combate ao uso ilegal dos paraísos fiscais, mas menos do que se poderia esperar. Qualquer medida que afete os interesses dos mais ricos, eles constituem poderosos “lobbies” junto às autoridades impedindo o avanço das medidas que atingiriam não só os ilegais, mas também os legais.

No Brasil, o silêncio cauteloso da mídia com a matéria faz ver como funciona esse poder. Entre os dez homens mais ricos do Brasil estão os três Marinhos, donos das Organizações Globo. Já é conhecida a ligação com a Mossack& Fonseca. Seu poder fez interromper a investigação que em fevereiro estava a pleno vapor na Lava Jato, inclusive com a invasão da sua sede no Brasil pela PF. E agora consegue o silêncio de quem tem a chave das informações sobre os “Panama Papers”, no caso, o Estadão, a UOL, e a Rede TV.
No Brasil, além de uma iníqua estrutura tributária, extremamente regressiva, há o escape do recurso de rendimentos elevados para empresas offshore localizadas em paraísos fiscais.

Um último registro. É escassa a ação de economistas e outros profissionais à busca de informações sobre as consequências para o poder público da evasão fiscal legal (da ilegal existe em maior número). Isso ocorre no Brasil e no exterior. São os poderes em ação. Mais uma consequência da perversa concentração de renda.

Fonte: Carta Capital, 05/04/2016

Lutar!



Lutar!
Samuel Pinheiro Guimarães

1.      Em defesa da soberania popular
2.      Em defesa da democracia
3.      Pela democratização dos meios de comunicação e pela liberdade de expressão
4.      Contra qualquer tipo de golpe
5.      Contra o impeachment, sem provas
6.      Contra os abusos de magistrados e sua violação da Lei e dos direitos individuais
7.      Contra a influência do poder econômico no Legislativo
8.      Contra a influência do poder econômico no Executivo
9.    Contra a influência do poder econômico no Judiciário
1.  Contra a corrupção, os corruptos e os corruptores
1.  Pelo desenvolvimento econômico, social e ambiental do Brasil
1.  Pela redução dos desequilíbrios regionais
1.  Por políticas de desconcentração de renda e de riqueza
1  Pelo fim da violência e da discriminação racial, de gênero, de religião
1.  Contra qualquer política de ajuste fiscal recessivo
1.  Contra uma política absurda de taxas de juros Selic
1.  Por um ajuste fiscal que não penalize os trabalhadores e os excluídos
1.  Em defesa da reforma tributária
1.  Pelo fim da isenção tributária sobre rendimentos do capital
2.  Contra a agiotagem legal praticada pelos bancos
1.  Contra a sonegação, os sonegadores e os coniventes
2.  Pela cobrança enérgica dos devedores inscritos na Dívida Ativa da União
2.  Em defesa da legislação do trabalho
2.  Contra a terceirização do trabalho
2.  Em defesa de uma política de valorização do salário mínimo
2.  Em defesa da ampliação e fortalecimento da reforma agrária
2.  Em defesa da reforma urbana
2.  Em defesa da educação em tempo integral para todas as crianças e jovens
2.  Em defesa da preservação, ampliação e fortalecimento do Bolsa Família
3.  Pelo saneamento básico como prioridade absoluta da política de saúde
3.  Em defesa do fortalecimento da indústria de capital nacional
3.  Em defesa das empresas estatais, em especial da Petrobras
3.  Pela construção de um bloco da América do Sul
4.  Pela capacidade de defesa da soberania brasileira
3.  Por uma política externa soberana, ativa e altiva

* Ex-ministro de Assuntos Estratégicos

06 de abril de 2016