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'Governo não vai gastar um minuto com polêmica', diz Salles em visita ao litoral de PE DITADURA É ASSIM!

'Governo não vai gastar um minuto com polêmica', diz Salles em visita ao litoral de PE

JOÃO VALADARES



CABO DE SANTO AGOSTINHO, PE, 22.10.2019 - RICARDO-SALLES - O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, visita na manhã desta terça-feira, 22, a praia de Itapuama, na cidade do Cabo de Santo Agostinho, litoral de Pernambuco. O local foi mais um alvo do derramamento de óleo que atinge várias praias do nordeste brasileiro. (Foto: Veetmano Prem /Fotoarena/Folhapress) 1817179
Em visita-relâmpago ao litoral sul de Pernambuco nesta terça-feira (22), o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, voltou a dizer que o óleo que atingiu 201 praias nordestinas nos nove estados da região é venezuelano. Salles afirmou que o governo federal não vai gastar tempo para polemizar ou politizar a questão.
"Nosso trabalho é técnico, nosso trabalho é de dedicação, remoção e identificação do óleo desde o início da crise que afeta todo o Nordeste. Nós não gastamos nem um minuto em polemizar ou politizar esse assunto", afirmou.

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Salles desceu de helicóptero na praia de Itapuama, litoral sul do estado. A visita durou aproximadamente dez minutos. Ele destacou o trabalho de militares do Exército, da Marinha e de servidores do Ibama, ICMBio, de prefeituras e voluntários. "Nós sabemos que o óleo é venezuelano, mas a investigação é no sentido de como esse óleo chegou na costa brasileira", declarou.
Ele participa nesta manhã de uma reunião na Capitania dos Portos, no centro da cidade. Os ministros da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, e o comandante da pasta do Desenvolvimento Regional do Brasil, Gustavo Canuto, também devem chegar a Pernambuco nesta terça.
Nesta segunda-feira (21), dia em que o ministro da Justiça, Sérgio Moro, visitou o estado para detalhamento de um programa de combate à violência, o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, disse que o governo federal trata no improviso a questão do óleo que afeta a costa nordestina.O ministro Ricardo Salles não entrou em contato com o governador e nem divulgou oficialmente sua agenda.
Fermando Azevedo e Silva e Gustavo Canuto comunicaram oficialmente a vinda ao estado. O governador deve se encontrar com o ministro da Defesa no fim da manhã e com Canuto no período da tarde.
O ministro da Defesa autorizou o reforço de 5.000 militares da 10ª Brigada de Infantaria Motorizada, sediada no Recife, nas ações desenvolvidas para minimizar a poluição ocasionada pelas manchas de petróleo. O Ministério do Desenvolvimento Regional comunicou ontem que vai disponibilizar equipamentos de proteção individual para as pessoas que atuam na limpeza das praias.
"É o maior acidente ambiental da história do Brasil e não pode ser e não pode ser tratado, depois de 50 dias, da forma improvisada como a gente está vendo nos dias de hoje", criticou, nesta segunda-feira, Paulo Câmara.
Ele disse esperar que, após determinação da Justiça Federal em Pernambuco, o governo Jair Bolsonaro ponha em funcionamento o Plano Nacional de Contingenciamento para Incidentes de Poluição por Óleo.
Câmara fez ainda um clamor para que o governo federal tenha um trabalho mais focado com o objetivo de que as manchas sejam contidas ainda na água.
A cobrança do governador foi feita logo após participação em um evento, no município de Paulista, no Grande Recife, ao lado do ministro da Justiça, Sergio Moro, para detalhamento do programa Em Frente Brasil.
As manchas de óleo que atingem o litoral nordestino desde o dia 30 de agosto voltaram com força a Pernambuco e Alagoas desde a quarta-feira (16) da semana passada.
Na quinta-feira (17), o governo de Pernambuco conseguiu capturar uma tonelada de óleo, em São José da Coroa Grande, litoral sul do estado, antes de chegar à areia da praia.
Nesta sexta-feira (18), a praia dos Carneiros, joia do litoral pernambucano, amanheceu coberta por óleo. Um mutirão, que envolveu mais de 500 pessoas, incluindo donos de pousadas, pescadores e servidores do estado e da prefeitura, removeu o material.
No fim de semana, a mancha avançou ainda mais e as praias de Serrambi, Toquinho, Pontal de Maracaípe, Cupe, Muro Alto, em Ipojuca, e Itapuama e Suape, no Cabo de Santo Agostinho, acabaram afetadas pelo petróleo. O óleo invadiu o estuário de quatro rios pernambucanos e o manguezal de Suape.Nesta segunda-feira (21), a mancha chegou até a praia de Itapuama e do Paiva, também no Cabo de Santo Agostinho.
A grande preocupação agora é de que o material chegue à praia de Boa Viagem, no Recife. A prefeitura está mobilizada e planejou uma grande operação para retirada do material. Neste domingo, a Marinha informou que, até o momento, cerca de 900 toneladas do material tinham sido retiradas do litoral. Foram contaminados 2.250 km da costa litorânea nordestina. O dano pode prejudicar o trabalho de 144 mil pescadores e marisqueiros que sobrevivem do mar e dos rios.

Vídeo de policiais chilenos cheirando cocaína antes de atacarem estudantes

https://www.reddit.com/r/brasil/comments/dl3lgm/chile_v%C3%ADdeo_de_policiais_cheirando_coca%C3%ADna_na_rua/

Com caos no Chile, Paulo Guedes desaparece à la Queiroz e articula aprovação de reforma da previdência no Senado

22 DE OUTUBRO DE 2019, 09H47

Com caos no Chile, Paulo Guedes desaparece à la Queiroz e articula aprovação de reforma da previdência no Senado

Guedes, que classifica o Chile como "Suíça da América Latina", não compareceu nem mesmo na cerimônia em Washington para receber o prêmio de melhor ministro da Economia da região, concedido pela revista GlobalMarkets, porta-voz de instituições como o Fundo Monetário Internacional (FMI)
Bolsonaro, Guedes e a guerra no Chile (Montagem)
Chicago Boy, formado nas mesmas cadeiras em que Milton Friedman doutrinou economistas da Universidade Católica para fazer do Chile o laboratório da experiência neoliberal durante a ditadura de Augusto Pinochet, Paulo Guedes desapareceu – à la Queiroz – desde que explodiu a revolta popular no país em que ele chegou a chamar de “Suíça da América Latina”.
O último compromisso público de Guedes foi na segunda-feira passada, dia 16, quando participou da cerimônia de assinatura de uma MP ao lado de Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto. De lá prá cá, o ministro só tem tido compromissos internos, em especial relacionados à votação da reforma da Previdência, baseada em modelo chileno, que acontece nesta terça-feira (22) no Senado.
Guedes não compareceu nem mesmo na cerimônia de entrega do prêmio de melhor ministro da Economia da América Latina, em Washington, no sábado (19). A honraria foi concedida a ele pela revista GlobalMarkets, porta-voz de instituições como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
Nesta segunda-feira (21), Guedes teve um encontro com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e o senador Fernando Bezerra (MDB-PE), líder do governo na casa. A pauta tratou de acertar os detalhes para a votação da reforma da Previdência.
Suíça latino americana
A reforma da Previdência, com regime de capitalização que foi retirado do texto e deve ser apresentado em MP paralela pelo governo, é apenas uma das medidas neoliberais copiadas por Guedes da economia chilena, que entrou em colapso e explodiu nos últimos dias, com a ascenção de uma nova ditadura militar convocada às pressas pelo presidente Sebastián Piñera, deixando ao menos 11 mortos até o momento.
Modelo neoliberal, com a privatização de vários setores da economia, o Chile é considerado por Guedes a Suíça da América Latina, como ele disse em palestra em fevereiro em evento na Sociedade Nacional de Agricultura (SNA).
“Hoje é muito fácil dizer “ah, o sistema chileno não funciona”. Eu sempre respondo “não, o que funciona é o brasileiro né? O chileno não funcionou não”. O Chile cresceu 5,5%, 6% ao ano 30 anos seguidos, virou a Suíça na América Latina, a renda per capita é quase o dobro do Brasil, 26, 27 mil dólares hoje, o Brasil tá com 15, 16 (mil dólares)”, disse na ocasião, sem ressaltar que a renda não chega às mãos dos trabalhadores do país andino.
Articulando nos bastidores, Guedes não se declara sobre o que acontece no Chile e segue articulando o modelo neoliberal que pretende implantar sob a ignorância econômica de Jair Bolsonaro.
Para o sociólogo português Boaventura de Sousa Santos, as medidas do governo Bolsonaro armam uma bomba e o Brasil deve ser o próximo país da América Latina a explodir em uma convulsão social. Tic-Tac.

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