terça-feira, 26 de março de 2019

SOBERANIA EM XEQUE Proposta de privatização do urânio viola Constituição e preocupa ativistas

SOBERANIA EM XEQUE

Proposta de privatização do urânio viola Constituição e preocupa ativistas

Entrega do governo Bolsonaro à iniciativa privada pode enfraquecer capacidade de fiscalização pelo Estado brasileiro
por Rafael Tatemoto, Brasil de Fato publicado 24/03/2019 11h07
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Mina de Caetité, na Bahia: a maior do país
Brasília  O anúncio do governo Bolsonaro (PSL) de que pretende quebrar o monopólio estatal sobre a exploração do urânio, garantido pela Constituição brasileira, causa apreensão em organizações sociais e trabalhistas ligadas à mineração. Isso porque a entrega para a iniciativa privada pode ampliar os riscos para a população e trabalhadores nas áreas onde o minério existe. 
A informação foi dada no dia 4 de março pelo ministro das Minas e Energia, Bento Albuquerque, em entrevista ao jornal Valor durante um encontro da indústria de mineração em Toronto. O Brasil é o sétimo maior produtor de urânio do mundo, atrás de Austrália, Cazaquistão, Rússia, África do Sul, Canadá e Estados Unidos.
Beniezio Eduardo de Carvalho, militante do Movimento pela Soberania Nacional na Mineração (MAM), lembra que o urânio tem características bastante especiais, por conta de sua utilidade em áreas complexas como a energia nuclear. De outro lado, a privatização coloca “em risco nosso povo”, já que a iniciativa privada tem protagonizado episódios recentes e graves na mineração. Em um minério envolvendo radioatividade, os efeitos poderiam ser ainda mais profundos. 
“Hoje, a mineração de urânio é um monopólio estatal, controlado pelas Indústrias Nucleares do Brasil (INB). Esse propósito [de quebrar o monopólio] corresponde aos interesses desse governo controlado por uma visão entreguista. A proposta é muito grave, é um recurso mineral estratégico”, critica. 
No Brasil, 99% do urânio é usado para geração de energia. O 1% restante é usado para medicina e agricultura. Esse elemento também pode ser usado para fabricação de armas nucleares, mas o Brasil não o utiliza para esse fim. As duas minas de extração de urânio no país ficam em Lagoa Real (BA)Santa Quitéria (CE).
O ativista ressalta que, apesar da vedação constitucional, há diversas Propostas de Emenda Constitucional que pretendem alterar a regra, além de tentativas de burlar a proibição. No caso, por exemplo, do consórcio Santa Quitéria, no Ceará, as INB se associaram ao grupo Galvani, privado. O Ibama, entretanto, não concedeu licença ambiental para o projeto. 
Lourival Andrade, integrante da Rede Ibeids e da Ação Sindical Mineral, diz que é possível se associar a entes privados para a exploração do urânio, mas que o Estado deve manter um rígido controle sobre a atividade, o que já é inexistente atualmente.
“Eu acho que tem possibilidade de ter mais efetividade de aproveitamento do recurso natural com parcerias na iniciativa privada, mas controle e gestão de maneira nenhuma [o Estado pode abrir mão]. [O caminho é] O controle social para o controle estatal. Como? A comunidade organizada, com conhecimento tecnológico, com capacidade e direito de paralisação”, diz.
O sindicalista defende que haja agentes socioambientais da própria comunidade que sejam capacitados para fiscalizar a exploração de urânio. Além disso, é necessária a implementação imediata da Norma Regulamentadora número 22 da mineração. Essa regra estipula um Plano de Gestão de Risco elaborado pelos próprios trabalhadores da mineração e o direito de paralisação citado por Andrade, que cabe à Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa) de unidades mineradoras.

.Dengue dispara em SP: Aumento de 2.124% em um ano

Dengue dispara em SP: Aumento de 2.124% em um ano

DESCASO

Em 2018 o então governador Alckmin e o ex-prefeito da capital e atual governador João Doria, ambos do PSDB, cortaram investimentos em vigilância da ordem R$ 120 milhões
por Redação RBA publicado 26/03/2019 17h51
OPAS
SP tem alta de 2.124% no número de casos de dengue
As infecções pelo vírus da dengue transmitido pela fêmea do Aedes aumentou 6.566% em Roraima
São Paulo – O número de casos de dengue no estado de São Paulo aumentou 2.124% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo o Ministério da Saúde. Em dados percentuais, o salto só não é maior do que o registrado em Roraima: 6.566%. 
De acordo com o Ministério da Saúde, até o dia 16 de março foram notificados 83.045 casos. No mesmo período de 2018, foram 3.734. A incidência no estado é de 182,4 casos/100 mil habitantes. São Paulo registrou 31 óbitos em decorrência da doença neste ano.
Em todo o país o aumento foi de 264,1% nos casos de dengue. Passaram de 62,9 mil nas primeiras 11 semanas de 2018 para 229.064 no mesmo período deste ano (até 16 de março).
A incidência, que considera a proporção de casos em relação ao número de habitantes, tem taxa de 109,9 casos/100 mil habitantes até 16 de março deste ano. O número de óbitos também teve aumento da ordem de 67%.
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Em Roraima foram registrados  200 casos até 16 de março. Em igual período de 2018 foram apenas 3 casos. A incidência no estado é de 34,7 casos/100 mil habitantes. Roraima ainda não registrou mortes causadas pela doença neste ano.
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A epidemia em São Paulo é reflexo da queda de investimentos pelo então governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o ex-prefeito de São Paulo e atual governador paulista, o também tucano João Doria, em medidas de prevenção da doença por meio do combate à transmissão do vírus causador pela fêmea do mosquito Aedes aegypti
Somadas, as verbas para vigilância em saúde para medidas preventivas e de controle das doenças ficaram quase R$ 120 milhões abaixo dos R$ 334 milhões previstos no Orçamento aprovado em 2017.
O corte, que impediu ações como a aplicação de inseticida e o controle de focos de proliferação do mosquito, tem reflexos também em outras doenças transmitidas pelo mesmo vetor, como a chikungunya e zika e na prevenção da febre amarela urbana, que já havia sido erradicada.

Procuradoria do Cidadão repudia iniciativa da Presidência de festejar o Golpe de 64: Soa como apologia à prática de crimes bárbaros;

VIOMUNDO 
Diário da Resistência
    

Procuradoria do Cidadão repudia iniciativa da Presidência de festejar o Golpe de 64:  Soa como apologia à prática de crimes bárbaros; leia a nota
A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão destaca que os órgãos de repressão da ditadura assassinaram ou desapareceram com 434 suspeitos de dissidência política e com mais de 8 mil indígenas. Estima-se que entre 30 e 50 mil pessoas foram presas ilicitamente e torturadas. Painel com rosto de alguns dos mortos e desaparecidos durante a ditadura militar no Brasil. Reprodução
DENÚNCIAS

Procuradoria do Cidadão repudia iniciativa da Presidência de festejar o Golpe de 64: Soa como apologia à prática de crimes bárbaros; leia a nota


26/03/2019 - 18h21
PFDC contesta recomendação de festejos ao Golpe de 64
Para o órgão do Ministério Público Federal, iniciativa da Presidência soa como apologia à prática de atrocidades massivas e crimes internacionais
A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC), do Ministério Público Federal, lançou nesta terça-feira (26) nota pública em que se posiciona acerca da recomendação feita pela Presidência da República ao Ministério da Defesa para que seja comemorado o aniversário de 55 anos do golpe de Estado de 1964 no Brasil, no próximo dia 31.
No documento, a PFDC destaca que o ato se reveste de enorme gravidade constitucional, pois representa a defesa do desrespeito ao Estado Democrático de Direito, já que celebra um golpe de Estado e um regime ditatorial que resultou em violações sistemáticas aos direitos humanos, além de crimes internacionais.
“O golpe de Estado de 1964, sem nenhuma possibilidade de dúvida ou de revisionismo histórico, foi um rompimento violento e antidemocrático da ordem constitucional. Se repetida nos tempos atuais, a conduta das forças militares e civis que promoveram o golpe seria caracterizada como o crime inafiançável e imprescritível de atentado contra a ordem constitucional e o Estado Democrático previsto no artigo 5°, inciso XLIV, da Constituição de 1988”, destaca o texto.
O órgão do Ministério Público Federal destaca que o apoio de um presidente da República ou altas autoridades a um golpe de Estado, na atualidade, seria um crime de responsabilidade – previsto no artigo 85 da Constituição e na Lei 1.079/1950.
Por isso, tampouco se admite que possam esses agentes celebrar um golpe anterior. Ademais, “as alegadas motivações do golpe – de acirrada disputa narrativa – são absolutamente irrelevantes para justificar o movimento de derrubada inconstitucional de um governo democrático, em qualquer hipótese e contexto”.
Crimes contra a humanidade – De acordo com a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, não bastasse a derrubada inconstitucional, violenta e antidemocrática de um governo, o golpe de Estado de 1964 deu origem a um regime de restrição a direitos fundamentais e de repressão violenta e sistemática à dissidência política, a movimentos sociais e a diversos segmentos, tais como povos indígenas e camponeses.
“Transcorridos 34 anos do fim da ditadura, diversas investigações e pesquisas sobre o período foram realizadas. A mais importante de todas foi a conduzida pela Comissão Nacional da Verdade (CNV), que funcionou no período de 2012 a 2014. A CNV foi instituída por lei e seu relatório representa a versão oficial do Estado brasileiro sobre os acontecimentos. Juridicamente, nenhuma autoridade pública, sem fundamentos sólidos e transparentes, pode investir contra as conclusões da CNV, dado o seu caráter oficial”.
O relatório final da Comissão Nacional da Verdade confirmou que o Estado ditatorial brasileiro praticou graves violações aos direitos humanos que se qualificam como crimes contra a humanidade.
A igual conclusão chegou a Corte Interamericana de Direitos Humanos, ao julgar o caso Vladimir Herzog, em 2018. Também a Procuradoria Geral da República assim entende, conforme manifestação na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental n° 320 e em outros procedimentos em trâmite no Supremo Tribunal Federal.
Assassinatos e desaparecimentos – Em sua manifestação, a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão destaca que os órgãos de repressão da ditadura assassinaram ou desapareceram com 434 suspeitos de dissidência política e com mais de 8 mil indígenas. Estima-se que entre 30 e 50 mil pessoas foram presas ilicitamente e torturadas.
“Esses crimes bárbaros – execução sumária, desaparecimento forçado de pessoas, extermínio de povos indígenas, torturas e violações sexuais – foram perpetrados de modo sistemático e como meio de perseguição social. Não foram excessos ou abusos cometidos por alguns insubordinados, mas sim uma política de governo, decidida nos mais altos escalões militares, inclusive com a participação dos presidentes da República”.
A PFDC aponta que a gravidade desses fatos é de clareza solar e ressalta que, se fossem cometidos atualmente, receberiam grave reprimenda judicial, inclusive por parte do Tribunal Penal Internacional, criado pelo Estatuto de Roma em 1998 e ratificado pelo Brasil em 2002.
“Festejar a ditadura é, portanto, festejar um regime inconstitucional e responsável por graves crimes de violação aos direitos humanos. Essa iniciativa soa como apologia à prática de atrocidades massivas e, portanto, merece repúdio social e político, sem prejuízo das repercussões jurídicas. Aliás, utilizar a estrutura pública para defender e celebrar crimes constitucionais e internacionais atenta contra os mais básicos princípios da administração pública, o que pode caracterizar ato de improbidade administrativa, nos termos do artigo 11 da Lei 8.429/1992”.

Informativo Semanal do Prof. Ernesto Germano Pares






Pior que um capacho.
A visita do ex-militar aos EUA mostrou de vez a verdadeira face do entreguismo fascista do novo desgoverno brasileiro. A badalada visita presidencial a Donald Trump foi uma verdadeira festa de horrores para o nosso país, mas o paraíso para as pautas estadunidenses.
Suspender a exigência de vistos de entrada no Brasil para cidadãos dos EUA, do Canadá, do Japão e da Austrália significa não só um prejuízo para nossos cofres no valor de mais de 60 milhões de reais anualmente, o valor correspondente às taxas referentes a legalização da entrada dos estrangeiros. Os dados foram divulgados pelo próprio Itamaraty, o conhecido Ministério de Relações Exteriores.
Como se não bastasse, o ex-capitão resolveu entregar também a Base de Alcântara, no Maranhão. O ato de lesa-pátria foi assinado pelos ministros Ernesto Araújo (Relações Exteriores) e Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia). É claro que nossa Constituição diz que o acordo ainda precisa ser aprovado pelo Congresso Nacional, mas não dá para esperar muito dos vendilhões que temos.
Essa covardia já foi rejeitada pelo Congresso brasileiro em 2001 (Governo FHC). Mais tarde o ilegítimo Temer tentou o mesmo golpe, mas sem sucesso frente às resistências entre políticos, militares e acadêmicos. Em 2002, plebiscito organizado por mais de 60 entidades, entre elas a CNBB e a UNE, perguntou a opinião dos brasileiros sobre o acordo com os EUA. Mais de 99%, ou 10.006.740 eleitores, manifestaram-se contrários à cessão da base de Alcântara.
Mas agora, com um entreguista comandando os destinos da nação, os EUA serão senhores do local mais estratégico em todo o planeta para lançamento de satélites, além de colocar nosso país como alvo de atos terroristas internacionais.
E, como se não bastassem todas as besteiras, o capacho brasileiro resolveu aproveitar a viagem para conversar com os verdadeiros senhores. Foi visitar a sede da CIA, a Agência Central de Inteligência. O encontro não foi divulgado na agenda oficial. Participaram da comitiva o ministro da Justiça e Segurança, Sérgio Moro, e o deputado federal Eduardo Bolsonaro.
Adeus ao pré-sal? E aquele ministro que manda em tudo no governo do ex-capitão não perdeu o tempo para agradar seus patrões. Paulo Guedes afirmou, na segunda-feira (18), que o governo brasileiro pretende, em alguns meses, vender o petróleo da faixa do pré-sal. A declaração foi dada durante discurso na Câmara de Comércio em Washington, durante o qual pediu a empresários que investissem no Brasil.
“Vocês podem ir lá ajudar a financiar nossas rodovias, ir atrás de concessões de petróleo e gás. Daqui a três, quatro meses, vamos vender o pré-sal”, afirmou.
Demonstrando toda a subserviência possível, o ministro disse que “o governo brasileiro ama” os Estados Unidos. Guedes ainda lembrou que, ao contrário da China, o Brasil tem déficit comercial com os EUA e pediu apoio para o país entrar na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Será que “ele” acreditou? Chegaria a ser ridículo, se não se tratasse de um país como o Brasil que já teve um futuro nas mãos e deixou ser levado por um bando de golpistas e vendilhões. Mas essa é a realidade da visita do militar aposentado aos seus patrões.
“Tenho a intenção de indicar o Brasil como um aliado fora da OTAN e, inclusive, até mesmo um aliado que pode entrar na OTAN; isso melhoraria nossa cooperação”, disse Trump depois de uma reunião com capacho brasileiro, na Casa Branca. Mas a reação de seus “outros” aliados foi imediata.
Trump conseguiu irritar seus parceiros na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) ao fazer essa sugestão pois, sendo uma “major non-Nato ally” (aliado da OTAN) daria ao Brasil privilégios militares similares aos recebidos pelos aliados estadunidenses. O Brasil poderia, por exemplo, participar oficialmente do desenvolvimento de tecnologias de defesa, realizar exercícios militares conjuntos e receber ajuda financeira para a compra de equipamento militar.
Na sede da Otan, em Bruxelas, representantes da aliança ressaltaram que a organização não prevê a admissão de outros países não europeus. Liderada por Washington, a organização tem atualmente 29 membros plenos, todos, com exceção de Canadá e Turquia, na Europa.
O governo da Alemanha, país-membro da Otan, também afirmou que o acesso à organização está reservado a países europeus. A porta-voz do Ministério do Exterior alemão, Maria Adebahr, destacou o artigo 10 do tratado de fundação da Otan.
“A Otan é uma aliança de países vinculados por uma cláusula de defesa coletiva, cujo campo de aplicação geográfica está claramente definido do Tratado de Washington de 4 de abril de 1949”, afirmou uma porta-voz do Ministério do Exterior da França, país-membro da aliança.
Fundada quatro anos após o fim da Segunda Guerra Mundial, a missão da Otan foi por muito tempo conter a influência da antiga União Soviética, mas desde a desintegração desta, em 1991, a Aliança Atlântica decidiu não se restringir apenas à Europa e colaborar com outros parceiros globais.
Até a Fox News? Conhecida por seu reacionarismo e o apoio que dá ao governo de Trump, nem mesmo a emissora Fox News conseguiu mostrar uma imagem razoável do ex-militar brasileiro. É conhecida por sua linha conservadora, ligada a membros do Partido Republicano, que tem um forte histórico de apoio a Trump que costuma assistir aos programas e comentar pelo Twitter.
Mas, na noite de segunda-feira (18), a Fox passou uma entrevista com o pulha e afirmou que o presidente brasileiro tem um histórico de fazer comentários que não coadunam com “valores americanos”, além de destacar as “relações” dele e da família com “policiais corruptos e paramilitares”.
“O ex-capitão de extrema direita tem um longo histórico de fazer comentários que são antagônicos a valores americanos, especialmente quando se trata da comunidade LGBTQ. Ele defendeu a violência contra brasileiros LGBTQ, chegando ao extremo de dizer que preferia que 'um filho morresse em um acidente do que aparecer com um cara. Para mim, ele realmente teria morrido'. Mas é a relação dele e a da sua família com policiais corruptos e gangues paramilitares que tem aparecido nas manchetes no momento. Na semana passada, dois ex-policiais do Rio de Janeiro foram presos pelo assassinato de uma vereadora no ano passado. E a mídia brasileira tem publicado fotos com Bolsonaro abraçado com um dos suspeitos. A polícia diz que um dos filhos de Bolsonaro chegou a namorar a filha do outro suspeito. É difícil imaginar que Bolsonaro não será perguntado ao menos uma vez na conferência de imprensa de amanhã [hoje, terça-feira]”, afirmou a apresentadora Kristin Fisher.
É claro que ele negou que tenha ligação com milícias e com os dois ex-policiais acusados pela morte de Marielle. “Sou ex-capitão do Exército brasileiro e muitos policiais militares do Rio de Janeiro são bons amigos meus. Por coincidência um desses supostos assassinos de Marielle morava do lado oposto da minha rua”!
Vergonha no Chile. A chegada do ex-capitão ao Chile foi marcada por dezenas de manifestações de protestos contra a sua estadia no país.
O presidente do Senado chileno, Jaime Quintana Leal, ganhou destaque na imprensa internacional por ter recusado um convite do governo chileno para participar de um almoço com o pulha brasileiro. Em entrevista à BBC News Brasil, o parlamentar chileno disse que “os admiradores de Pinochet não são bem vindos no Chile”. Uma resposta à declaração do militar aposentado dizendo ser admirador do ditador Augusto Pinochet, que, segundo ele, “fez o que tinha ser feito” no período em que comandou o país, desde o golpe militar - que o levou ao poder, - em 1973, até 1990, quando teve de entregar a presidência a um civil eleito após um plebiscito.
Quintana Leal diz que declarações recentes do ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, elogiando Augusto Pinochet, jogaram sal em uma ferida profunda ainda aberta na sociedade chilena. Lorenzoni disse que Pinochet “teve de dar um banho de sangue” para ajeitar a economia do país.
Segundo dados oficiais, mais de 3 mil pessoas foram assassinadas e mais de 30 mil foram torturadas nos anos Pinochet. “Quando ele se declara um admirador de Pinochet, isso é muito forte. Os admiradores de Pinochet não são bem vindos ao Chile”, afirma Quinta Leal, manifestando preocupação com o que a presença do capacho brasileiro “representa”.
Os deputados da coalizão de esquerda Frente Ampla do Chile entregaram na sexta-feira (22) uma petição ao governo chileno solicitando que o presidente brasileiro seja declarado “persona non grata” no país, por incitar a “violência e a discriminação”. E pedem a suspensão de “todos os atos oficiais que estão programados durante sua estadia, invocando assim a Convenção de Viena”.
Por sua vez, organizações defensoras dos direitos da população LGBT, como o Movimento de Integração e Liberação Homossexual (MOVILH), realizaram uma marcha no sábado (23) em Santiago, acusando o brasileiro de “humilhar e denegrir as diversidades”.
Lá vai o “governo” descendo a ladeira! Ou deveríamos dizer “desgoverno” uma vez que a avaliação do ex-capitão vai despencando e já atingiu o mais baixo nível entre os presidentes mais recentes do país?
Pesquisa da agência Hello Research intitulada Hello Monitor Brasil, aponta que entre janeiro e fevereiro de 2019 a proporção de pessoas que acreditam que o Brasil está no rumo certo caiu sete pontos e a das pessoas que acreditam que estamos no rumo errado aumentou 11, atingindo 51% da população. Os movimentos ultrapassam a margem de erro do estudo, que é de três pontos percentuais para mais ou para menos. As maiores diferenças foram sentidas entre o público masculino e de classe A/B, exatamente os públicos que demonstraram as melhores avaliações no primeiro mês dessa administração.
Sobre o sentimento que os entrevistados nutrem em relação ao futuro do Brasil, a soma das respostas positivas “Entusiasmo + otimismo” caiu 10 pontos percentuais entre janeiro e fevereiro, representando hoje o sentimento de 40% da população. Esse movimento inverteu a balança, e agora 50% da população diz sentir-se preocupada ou revoltada com o futuro do Brasil. A avaliação da administração do ex-militar perdeu oito pontos entre a soma das respostas “ótimo e bom”, indo de 39% em janeiro para 31% em fevereiro. Na outra ponta, oscilou quatro pontos para cima as respostas com avaliações “ruim + péssimo”, que agora representa a opinião 21% da população.
O aumento da criticidade no segundo mês de presidência ainda refletiu sobre a perspectivas dos brasileiros em sair da crise econômica. Isso porque, em janeiro, 56% da população acreditava que a crise econômica não seria superada em 2019, e em fevereiro essa parcela cresceu para 66%.
Enquanto “ele” mete a mão na previdência... Os salários de generais do Exército, almirantes da Marinha e tenentes-brigadeiros, que são de R$ 22.631,28 com gratificações, subirão para R$ 30.175,04, caso a proposta de reestruturação das carreiras enviada ao Congresso pelo capitão da reserva seja aprovada nos moldes apresentados. O aumento seria de 33,33%.
Fazem parte dessa remuneração os adicionais de habilitação (73%), para aqueles que concluem cursos de capacitação, de disponibilidade militar (41%), recebido pelo trabalho sem jornada definida, e a gratificação de representação (10%), recebida por generais que chefiam unidades militares. Esses percentuais incidem sobre o soldo básico, de R$ 13.471.
Atualmente, generais, almirantes e tenentes brigadeiros já recebem 30% de adicional de habilitação, 10% da gratificação de representação e mais 28% de adicional por tempo de serviço. Com isso, o salário chega a pelo menos R$ 22.631,28.
Os militares tiveram aumento de soldo durante o governo Michel Temer. O reajuste médio foi de 25,5% para os salários dos militares da ativa, inativa e pensionistas. Esse percentual foi divido em quatro parcelas.
Venezuela é ideia fixa de Trump. Tudo planejado a partir da CIA e das recentes viagens do vice-presidente estadunidense à América do Sul. Agora, durante a visita do ex-capitão ao Chile, concretiza-se mais uma artimanha contra a Venezuela.
Os presidentes de sete países da nossa região garantem a criação de um novo bloco que vai receber o nome de Prosur, na verdade mais uma etapa do projeto estadunidense de impor a ALCA que eles nunca abandonaram, mas que teve a resistência dos governos progressistas.
A intenção é mudar a correlação de forças na América Latina e dar à região uma face nitidamente de direita, para substituir a União das Nações Sul-americanas (Unasur) criada a partir dos conceitos progressistas e nacionalistas de alguns governos que deram início à resistência ao neoliberalismo imposto a partir de Washington.
Estavam presentes em Santiago do Chile, para assinatura do golpe, os presidentes da Colômbia (Iván Duque), da Argentina (Mauricio Macri), do Equador (Lenín Moreno), do Paraguai (Mario Abdo), do Peru (Martín Vizcarra), do anfitrião chileno (Sebastián Piñera) e, é claro, do capacho brasileiro.
O principal motivo para a criação do tal “bloco” é legitimar uma intervenção na Venezuela, uma vez que Trump não conseguiu o apoio do chamado Grupo de Lima, como esperava.
Rússia assina novo acordo com a Venezuela. Em abril será assinado um novo acordo de cooperação entre Venezuela e Rússia para o desenvolvimento da região de mineração no país, segundo anunciou o Ministério para Desenvolvimento de Mineração e Ecologia do país.
O ministro informou ainda que haverá uma cooperação na área de mineração com pesquisadores da Universidade de Ciência e Tecnologia da Rússia e uma delegação com técnicos venezuelanos já está naquele país para desenvolver novos projetos em mineração com baixo impacto ambiental.
A máscara vai caindo e o golpe é claro. O ministro de Interior, Justiça e Paz da Venezuela confirmou a prisão de Roberto Marreno, chefe de gabinete do “opositor” Juan Guaidó, acusado de fazer parte de uma célula terrorista no país.
“A informação foi obtida com a prisão de Roberto Eugenio Marrero Borjas, 49 anos, que é o responsável direto da organização de grupos criminosos e que guardava em sua casa armas de guerra e dinheiro em divisas estrangeiras durante uma batida em sua casa”, disse o ministro Néstor Reverol em rede nacional de TV.
Segundo as informações colhidas, Marrero era chefe de uma “célula terrorista” que tinha o objetivo de assassinar líderes políticos, militares, juízes e realizar atos de sabotagem nos serviços públicos do país. E na sua residência foram encontrados ainda veículos, telefones e outras evidências de “um grande lote de armas” que estaria para chegar.
Cuba cala a boca dos coxinhas brasileiros. Durante muito tempo, desde o governo Lula e passando principalmente pelo governo de Dilma, os coxinhas usaram o discurso do dinheiro emprestado ao governo de Cuba para a construção do porto de Mariel. Já naquela época o nosso Informativo falava que era um grande engano e que o porto teria uma situação estratégica muito em breve, pela sua posição próxima dos EUA e por ser rota natural para navios de grande porte que levavam produtos para lá. Um grande e moderno terminal de contêineres que logo estaria dando grandes lucros.
Mas a pressão da nossa direita deu o golpe em Dilma e o Brasil parou de investir no porto de Mariel. Agora estamos tomando conhecimento de que o projeto está em grande avanço e novos usuários estão sendo aprovados para operação de grandes empresas internacionais e está despertando um enorme interesse entre empresários estrangeiros, em particular os europeus, que estão investindo recursos para a ampliação da área.
O governo cubano está investindo na infraestrutura da região e dos serviços necessários para agilizar o estabelecimento de novos concessionários. No final de fevereiro foi anunciado que a empresa de capital canadense WYM Group, S.A, aprovada como usuário da Zona, produzirá e comerciará papel toalha e produtos de limpeza. Autorizada a operar na ilha por 25 anos a partir de sua inscrição no Registro Mercantil, esta filial cubana da sociedade canadense Group Wym INC. produzirá detergentes multiusos e distintos tipos de papel toalha, segundo informação divulgada no site da Zona.
Suas produções incluirão guardanapos, lenços descartáveis, papel para cozinha e detergentes líquidos para uso doméstico e comercial. Com altos padrões de qualidade os produtos estarão destinados tanto à exportação como para o mercado nacional, diz a nota.
Também em fevereiro, a empresa de capital espanhol Profood Service, S.A. iniciou suas operações na Zona para a elaboração e comercialização de produtos alimentícios e máquinas dispensadoras. Seus produtos são destinados ao setor hoteleiro e à rede nacional de lojas, incluem sucos e coquetéis concentrados, bebidas para coquetelaria, licores, frutas secas, cereais e produtos liofilizados como café e cacau, divulgou a ZEDM em sua conta no Twitter.
E o Brasil já está perdendo milhões de reais!
Sábado: França amanheceu com tropas nas ruas de Paris. Na sexta-feira (22) a chefatura de polícia de Paris confirmou que a cidade seria tomada por tropas para impedir novas manifestações dos coletes amarelos.
O governo de Macron decidiu proibir a manifestação nos Campos Elísios, a principal avenida na capital francesa e a medida já havia sido anunciada durante a semana.
Ainda assim, pelas notícias que recebemos no final da tarde de sábado, o movimento foi para as ruas e conseguiu levar muita gente para os protestos. As primeiras notícias falavam de seis pessoas presas e que uma mulher havia ficado ferida durante a evacuação do local. Mas a rede BFMTV falava em 51 presos, segundo informes da polícia local. E 29 pessoas foram multadas por estarem na “área proibida”.
Itália desenterra o terror das ditaduras na América Latina. O Ministério Público italiano, a Procuradoria-geral e a advocacia do Estado pediram, na segunda-feira (18), prisão perpétua para os 24 acusados do desaparecimento e morte de 23 italianos durante a Operação Condor (1970-1980) na América Latina. Para eles, os autores “sabiam o que estavam fazendo, são os executores materiais das mortes”.
A Corte de Assis, na sentença de primeiro grau, ditada em 17 de janeiro de 2017, condenou apenas 8 pessoas, justamente as que pertenciam a cúpula dos governos, absolvendo 19, sem considerá-las co-autores dos crimes. Os acusados são ex-membros das juntas militares do Chile, Peru, Bolívia e Uruguai que operaram na Operação Condor, uma rede de colaboração entre as ditaduras da América do Sul para reprimir a oposição.
O procurador geral Francesco Mollace disse que “O Plano Condor era um plano de extermínio sistemático das organizações políticas e de seus militantes. Nenhum dos líderes dessas organizações fez viagem de retorno após ser preso, isso é um fato”, disse. “Esses acusados torturavam, passavam informação para as várias agências de inteligência, tinham uma participação voluntária nesta máquina de guerra”, disse. “Existe sim uma responsabilidade difusa. Não é culpa de ninguém? Estas vítimas morriam como moscas pulverizadas. Os agentes sabiam o que estavam fazendo, cada um deles deu o seu contributo ao desaparecimento dessas pessoas, do sequestro para fins de desaparecimento. É justo que se faça justiça e estes imputados paguem por seus crimes”, finalizou o advogado.
Motivos para os chiliques de Trump. Enquanto o presidente estadunidense descarrega seus chiliques contra a Venezuela e alimentando o terrorismo de Israel, o cenário vai ficando cada vez mais complicado para a economia de seu país e para seus planos de expansão comercial.
O fato é que, desde o início do ano, a Rússia vem diminuindo seus investimentos em bônus governamentais dos EUA, segundo informes do próprio Departamento de Tesouro estadunidense. Em janeiro Moscou investiu apenas 13 bilhões de dólares nos bônus, uma queda em relação a dezembro do ano anterior e o suficiente para acender uma lâmpada vermelha em Washington.
Durante todo o ano passado a Rússia já vinha reduzindo seus investimentos que caíram, até agosto, 14 bilhões de dólares. E vale lembrar que a China continua sendo o principal investidor nesses bônus. Ou seja, continuar uma guerra comercial com esses países é um suicídio para a economia estadunidense.
Mas o pior ainda está por vir. Durante os últimos anos a Casa Branca tem feito “de tudo” para reduzir a influência russa na Europa, mas o tiro errou o alvo e as coisas se complicam.
A Gazprom, gigante russo de gás, anunciou que pretende enviar 200 bilhões de metros cúbicos de combustível para a Europa, neste ano. E a empresa fechou 2018 com uma exportação recorde de gás. O suficiente para deixar Trump sem dormir por algum tempo.
Trump está armando um novo “barraco” internacional! Na quinta-feira (21), Donald Trump anunciou oficialmente através da sua conta no Twitter que apoia e reconhece a ocupação das Colinas de Golan pelas tropas israelenses. Segundo se sabe, o Departamento de Estado estadunidense retirou os informes sobre a ocupação de Golan, mesmo que condenada pela ONU, em 2018, de seus relatórios sobre “direitos humanos”, mantendo as acusações contra outros países que são considerados “terroristas” por eles.
Imediatamente, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, enviou mensagem para a Casa Branca para agradecer à decisão e por considerar as Colinas de Golan como parte do território israelense.
Só para lembrar, a região foi ocupada pelo exército terrorista e genocida durante a guerra de 1967 e o Congresso provou a integração de toda a região como forma de defesa das fronteiras.
Netanyahu tem viagem marcada para a próxima semana e vai visitar pessoalmente Trump para agradecer pela posição e traçar novos rumos para a região. Abaixo, entende melhor a crise.
Repúdio mundial! O anúncio de Trump, reconhecendo as Colinas de Golan como território de Israel provocou o imediato repúdio internacional. Síria, Palestina, Turquia, União Europeia e até mesmo os aliados da Liga Árabe distribuíram notas oficiais repudiando a decisão da Casa Branca.
Imediatamente após a declaração, o Ministério de Relações Exteriores da Síria divulgou um parecer dizendo que as declarações eram irresponsáveis e dizendo que a situação na região pode se tornar complexa. A União Europeia reagiu imediatamente e seus líderes declararam total apoio às decisões da ONU que não reconhece a ocupação do território sírio por parte de Israel.
La zona desmilitarizada bajo la tutela de las Fuerzas de la ONU (presentada en color azul).

 
O Secretário Geral da Liga Árabe, Ahmed Aboul Gheit, considerou a decisão dos EUA como “ilegal” e manifestou que o grupo “apoia integralmente o direito sírio sobre o território ocupado ilegalmente”.
O porta-voz da Chancelaria chinesa, Geng Shuang, comentou a declaração de Trump conclamando todas as partes interessadas a respeitar a decisão da ONU sobre o território ocupado.
Para o governo russo, mudar o status das Colinas de Golan sem autorização do Conselho de Segurança da ONU seria uma violação direta às resoluções, segundo María Zajárova, porta-voz da Chancelaria russa.
Qual a importância da região? 1) Militar: trata-se de uma meseta em localização estratégica na questão militar que colocaria em risco a defesa de Israel. A artilharia síria seria capaz de alcançar a maior parte do território norte do país; 2) Economia: trata-se de uma das regiões mais ricas e desenvolvidas economicamente, mesmo antes da ocupação, em 1967. Ali se produz 30% de toda a água potável que chega a Israel e 50% de frutas e legumes, além de ser uma região produtora de vinho; 3) Água: nas Colinas de Golan estão as mais importantes fontes de água da região. Precisa dizer mais?
(A parte em azul é a região desmilitarizada criada pela ONU)