domingo, 2 de outubro de 2022

Brasil perde 800 bibliotecas públicas entre 2015 e 2020

 

Brasil perde 800 bibliotecas públicas entre 2015 e 2020

Número pode ser ainda maior, segundo especialistas; descontrole do Estado e extinção do MinC impedem prognósticos mais precisos

Foto: Alfons Morales on Unsplash

Brasil perde 800 bibliotecas em cinco anos de desmonte da cultura e da educação

Da Rede Brasil Atual

O Brasil perdeu quase 800 bibliotecas públicas entre 2015 e 2020, segundo o Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas (SNBP). Mas de acordo com especialistas do setor o número pode ser ainda maior. A falta de informação está relacionada com a extinção do Ministério da Cultura (MinC), pelo presidente Jair Bolsonaro, e o descontrole do Estado.

A professora Cibele Araújo, do curso de Biblioteconomia da Escola de Comunicação e Artes (ECA) da USP, afirma que os dados reforçam as denúncias de descaso dos últimos governos com a cultura e a educação. “As bibliotecas públicas em muitos municípios são um elo fundamental da cultura, para a formação do indivíduo, para o desenvolvimento da sua cidadania”, afirma.

As bibliotecas promovem, frequentemente, atividades como saraus literários, recitais, musicais e peças de teatro. “Esses espaços promovem a divulgação segura de informações, a cultura, a formação educacional das pessoas e a preservação da memória histórica. Cada tipo de biblioteca – pública, escolar ou circulante –, atende a necessidades informacionais e culturais específicas da sociedade”, aponta a jornalista Ana Paula Medeiros, que entrevistou Cibele Araújo para o Jornal da USP.

Mais afetados

O comprometimento do setor atinge, em especial, a população mais vulnerável. Isso porque os equipamentos públicos garantem fácil acesso a livros, muitas vezes restritos a esse público por seu preço. Cibele ressalta que “as bibliotecas públicas também são importantes para a memória brasileira por guardarem literatura, informação e história locais a partir dos livros físicos e de projetos internos para contar e recitar histórias”.

“A gente tem que ter uma pauta de defesa perante os prefeitos, governadores, vereadores e deputados. Investimento na cultura não é custo, é benefício puro para ter uma sociedade mais desenvolvida (…) Um trabalho quase de formiguinha, de fazer a defesa dessas instituições, olhando a biblioteca com uma importante instituição de informação e cultura”, completa a professora.

Em 2010, durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foi aprovada a Lei 12.244, que prevê a que escolas públicas devem ser equipadas com bibliotecas. Especialmente após o golpe que retirou a presidenta Dilma Rousseff (PT), em 2016, o caminho para atingir o objetivo ficou mais longo. “Em 2010, a gente tem que propor uma lei para exigir a existência de bibliotecas nas escolas. Isso já é uma coisa alarmante”, afirma a também professora da ECA Ivete Pietruccini. Doze anos depois, além de inconcluso o objetivo, o fechamento dos equipamentos públicos evidenciam o descaso com o tema.

Formação cidadã

O professor Valdir Heitor Barzotto, vice-diretor da Faculdade de Educação da USP, reafirma a importância das bibliotecas públicas para a formação cidadã. “Quanto menos acesso a essa memória que está no conhecimento acumulado pela humanidade, quanto menos acesso às bibliotecas a juventude tem, mais ela se torna desconectada do mundo que ela vive”, afirma.

“Não há outro espaço mais livre do que a biblioteca. A biblioteca garante que esse conhecimento seja de acesso ao público e que não vire mercadoria (…) “Cada vez mais tem esse investimento do mercado em transformar um conhecimento em mercadoria e é importante fechar a biblioteca. Essa ‘mercadorização’ do conhecimento, a transformação do conhecimento em objeto de consumo mediante pagamento, faz com que o leitor, agora transformado em consumidor, não se sinta mais desafiado a entender a dimensão de uma unidade que está nele, de se comprometer em deixar um conhecimento mais avançado para as gerações que virão, a produção de novos conhecimentos ou de uma transformação da sua própria prática”, conclui.

Informativo Semanal do Prof. Ernesto Germano Pares, nº 984

 

 

 

 


Duas questões importantes.

Excelente artigo de Jorge Elbaum, no site “El Cohete a la Luna”. Ele levanta uma questão muito séria que está sendo “esquecida” por alguns analistas políticos em nossa região.

Diz ele que, “Nos próximos dois meses, serão realizadas duas eleições-chave para o futuro da América Latina e do Caribe. A primeira será no Brasil em 2 de outubro e a segunda em novembro, quando são realizadas as eleições de meio de mandato nos EUA. O confronto entre Lula e o insano exporá cruamente a disputa central entre os dois discursos hegemônicos com os quais se processa o futuro político da região”.

“As eleições de meio de mandato nos EUA, em 8 de novembro, também terão consequências para a região. Nessa votação, 34 dos 100 senadores serão eleitos e os 435 cargos na Câmara dos Deputados serão renovados em sua totalidade. Além disso, serão eleitos 36 governadores, situação que contribuirá para manter ou modificar o mapa político interno. A eleição significará uma avaliação das políticas domésticas de Joe Biden, mas terá consequências internacionais inegáveis: uma vantagem dos republicanos – principalmente atrás de Donald Trump – colocará o ex-presidente de volta ao caminho das eleições presidenciais de 2024, empoderando, na medida em que trânsito, aos seus vários imitadores espalhados pelos cinco continentes”.

O artigo nos lembra que tais polarizações, no Brasil e nos EUA, vão trazer com muita intensidade algumas situações que já conhecemos bem: a assimilação da política com a corrupção; a criminalização jurídica dos referentes que confrontam o neoliberalismo; o uso de inteligência artificial, algoritmos e redes sociais como plataformas para a disseminação do ódio social; o apelo sistemático às notícias falsas; a reivindicação de armas  para uso pessoal e a militarização progressiva da sociedade civil.

No Brasil, as Fake News ocupam um lugar de relevante preocupação social. A propagação do medo – que se assemelha a outras operações de guerra desencadeadas na região – inclui a falsa notícia de que o PT, se vencer as eleições, fechará as igrejas. Para refutar, Lula criou um clipe de 30 segundos intitulado “Não acredite em fantasmas”, com o objetivo de desmentir a calúnia. A proliferação dessas falsidades levou várias organizações da sociedade civil a iniciar um debate sobre a regulamentação dessas operações. E o canalha brasileiro ataca: “Sabemos da luta do bem contra o mal. Defendemos a liberdade absoluta, se alguém se ofender vai a tribunal, mas não podemos criar leis como a das Fake News”. E ele tem 43 milhões de seguidores na internet –reais ou fictícios–, o triplo do candidato petista. O atual presidente conta com um apoio midiático de campanha, intitulado Lulaflix, onde são divulgadas as “verdades sobre o ex-prisioneiro”.

Armas ou livros? Desde que assumiu a presidência, no primeiro dia de 2019, o energúmeno assinou mais de 40 decretos autorizando a população civil a adquirir armas, incluindo aquelas que antes eram restritas à Polícia Militar e às Forças Armadas.

Segundo estudos de instituições de pesquisa e universidades, até junho passado, o Brasil registrava uma média de compra de 1.300 armas por dia. Com isso, os chamados CACs (Clubes de Atiradores, Caçadores e Coletores) já ultrapassam, confortavelmente, o número de armas da Polícia Militar Provincial em todo o país.

Em 2018, um ano antes dele assumir a presidência, havia 350 mil armas registradas no Brasil em nome dos CACs. Em julho passado esse volume atingiu a marca de um milhão. Quer dizer, triplicou.

Cada membro de um CAC pode ter até 60 armas de diferentes calibres e munições. Anteriormente, o número máximo era 16.

A Taurus, maior fabricante de armas do país, teve um lucro de pouco mais de oitenta milhões de dólares em 2018. Em 2021, pouco mais de trezentos milhões. Quase quatro vezes mais.

Se o que as pesquisas indicam se confirmar e o ex-presidente Lula da Silva for reeleito em outubro, ele já anunciou: em vez de armas, vai espalhar livros. E haverá uma profunda revisão do cenário atual.

Dívida brasileira cresce. No fim de 2018, a dívida bruta do governo estava em 75,3% do PIB. Em julho deste ano, alcançou 77,6%.

Na reta final do governo do insano, o Brasil é um país mais endividado do que início desse governo. Primeiro presidente brasileiro de extrema-direita, tomou posse em 1º de janeiro de 2019 e encerrará seu mandato em 31 de dezembro deste ano.

Nesse período, conforme registra neste domingo (18) a Folha de S. Paulo, ele deixou “um estoque de despesas represadas que vai impulsionar ainda mais o indicador da dívida brasileira a partir de 2023”. Parte da dívida foi contraída em decorrência da pandemia de Covid-19 – mas a crise sanitária não é a razão central.

Ao longo de sua gestão, o chefe do Executivo precisou abrir os cofres públicos para enfrentar a pandemia de Covid-19, uma crise sem precedentes que obrigou países a despejar dinheiro para socorrer famílias e dar sustentação à atividade econômica.

A Folha lembra que, desde a redemocratização, os dois governos do ex-presidente Inácio Lula da Silva (2003-2010) foram os únicos que enfrentaram o problema com êxito. “Lula reduziu o indicador em seus dois mandatos, após o aumento na gestão de Fernando Henrique Cardoso” (1995-2002) —quando a dívida subiu após o controle da inflação e as emissões do país ainda eram mais atreladas ao câmbio.

O país mais desigual do mundo. O Relatório de Riqueza Global 2022, publicado pelo Credit Suisse Research Institute (CSRI), revela crescimento recorde de riqueza em 2021. O 13º relatório mostra o aumento em todas as regiões, lideradas pela América do Norte e China.

A participação do 1% mais rico aumentou pelo segundo ano consecutivo para atingir 45,6% da riqueza total em 2021, acima dos 43,9% em 2019.

A desigualdade é alta na América Latina, especialmente no Brasil, onde o coeficiente Gini da riqueza foi de 89,2 em 2021, acima dos 84,5 em 2000, e um dos números mais altos do mundo. A parcela de riqueza do 1% mais rico agora é de 49,3%, contra 44,2% em 2000.

Comparados a outros 9 países selecionados pelo banco suíço (Canadá, China, Índia, França, Estados Unidos, Rússia, Alemanha, Japão e Reino Unido), o Brasil é o mais desigual.

O clube global de milionários ganhou 5,2 milhões de membros no ano passado, totalizando 62,5 milhões de pessoas em todo o mundo.

A grande maioria destes milionários tinha patrimônio entre US$ 1 milhão e US$ 5 milhões: 54,1 milhões ou 87% do grupo; 5,4 milhões têm entre US$ 5 milhões e US$ 10 milhões; e 3 milhões têm patrimônio acima de US$ 10 milhões.

“Pobre está desempregado porque se 'acostumou'. Um presidente da República tem que ser muito canalha para dizer isso! Mas o ex-capitão, candidato à reeleição, voltou a minimizar o problema da fome, que aumentou em seu governo, e a desprezar o drama dos trabalhadores/as, que sofrem com as altas taxas de desemprego, que atinge 9,9 milhões de pessoas, sem contar os 39,3 milhões que estão na informalidade, 13,1 milhões trabalhando na iniciativa privada sem carteira assinada e 25,9 milhões por conta própria.

Ele afirmou, na quarta-feira (21), em entrevista à emissora católica Rede Vida que a população brasileira pobre está “acostumada” a não aprender uma profissão. E mais... “São pessoas que foram, ao longo dos anos, acostumadas a não se preocupar ou o Estado negar uma forma de ela aprender uma profissão”, pontuou o presidente, de acordo com o site Metrópoles.

Durante a entrevista, o pulha afirmou que “não é esse número todo” de pessoas que passam fome no país. Segundo o mandatário, quem vive abaixo da linha da pobreza pode recorrer ao Auxílio Brasil.

Ele “esqueceu” ou desconhece que em 12 capitais brasileiras, incluindo Brasília, a cesta básica custa mais do que valor do Auxílio Brasil. Isso significa que milhares de pessoas no país não estão conseguindo comprar sequer o mínimo para ter as calorias necessárias e se alimentar três vezes por dia, se dependerem apenas do benefício para sobreviver.

Além disso, no Orçamento da União para 2023 que o presidente mandou para o Congresso, o valor previsto para o Auxílio Brasil no ano que vem é de R$ 405.

Mas seu capanga confirma. O ministro da economia, Paulo Guedes, seguiu seu “capo” ao afirmar, na quarta-feira (21), considerar “uma mentira” os dados do 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, realizado pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede PENSSAN), que apontam que 33 milhões de pessoas sofrem com a fome no Brasil.

“33 milhões de pessoas passando fome é mentira. Nós estamos transferindo para os mais pobres, com o Auxílio Brasil, 1,5% do PIB, 3 vezes mais do que recebiam antes”, disse Guedes em um evento promovido pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), em São Paulo, de acordo com o G1.

E o “filho 01” esbanja dinheiro. Além de ter comprado 16 imóveis com pagamento parcial em dinheiro, o senador Flávio, o “filho 01”, usou dinheiro em espécie para pagar despesas pessoais, funcionários e impostos. A conta bancária de sua antiga loja de chocolates registrou também alto volume de depósitos de dinheiro vivo sem identificação. Ao todo, esse montante movimentado em espécie ultrapassa os R$ 3 milhões.

Os dados constam das quebras de sigilo obtidas pelo Ministério Público do Rio (MP-RJ). Flávio ainda foi apontado nas investigações como líder de uma organização criminosa que funcionava em seu antigo gabinete na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). O total de desvios apurado pela Promotoria foi de, no mínimo, R$ 6,1 milhões, como mostra reportagem de Juliana Dal Piva e Saulo Pereira Guimarães no UOL.

Os promotores afirmam que o dinheiro usado nas transações de Flávio vinha do esquema conhecido como “rachadinha”, no qual os funcionários do gabinete eram obrigados a devolver boa parte de seus salários, em espécie, ao então deputado.

A quebra do sigilo bancário de Flávio e demais denunciados no esquema e o cruzamento de dados obtidos junto a empresas e poder público ainda revelaram dívidas quitadas que não constavam nos extratos do atual senador nem nos de sua mulher, Fernanda Antunes Figueira Bolsonaro.

O MP-RJ identificou pagamentos feitos com dinheiro em espécie, comprovados por documentos bancários e outras evidências em diversos casos. As investigações identificaram até despesas pagas diretamente pelos próprios funcionários do gabinete.

Dívida com a ONU. A dívida atual do governo federal brasileiro com as Nações Unidas (ONU) é de cerca de US$ 298 milhões (equivalente a cerca de R$ 1,5 bilhão), dos quais US$ 56 milhões são devidos ao orçamento regular, US$ 217 milhões aos orçamentos de operações de manutenção de paz ativas, US$ 23 milhões a missões de paz já encerradas e US$ 1 milhão a tribunais internacionais, segundo informações do Ministério de Relações Exteriores.

Durante a presidência do energúmeno, a contribuição do Brasil ao orçamento de base da organização internacional caiu de US$ 92 milhões em 2018 para US$ 56 milhões em 2022. De 2016 a 2018, a contribuição brasileira passou de 3.823% para 2.013% entre 2022 a 2024, de acordo com a ONU.

Mesmo assim, o país segue devendo. Esse ano, quando o Brasil assumiu um assento rotativo no Conselho de Segurança da ONU, o governo brasileiro fez um pagamento de US$ 19,8 milhões à organização. Deste montante, US$ 456 mil foram para quitar parte da fatura com o orçamento de base. 

Vai ficar tudo “por isso mesmo”? Nos últimos meses temos visto cair por terra todas as acusações feitas contra Lula da Silva. Ao final dos trabalhos, ele foi inocentado em 26 processos “montados e armados” contra ele. Sai de cabeça erguida, sem culpa e totalmente inocente.

Agora temos mais uma vitória para comemorar. Seis anos depois de o Senado ter aprovado o impeachment de Dilma Rousseff por crime de responsabilidade baseado nas chamadas “pedaladas fiscais”, o Ministério Público Federal promoveu o arquivamento do inquérito civil movido contra o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega que investigava supostas irregularidades nas operações de crédito entre o Tesouro e o Banco do Brasil que teriam sido cometidas em 2015.

“A verdade veio à tona”, disse Dilma Rousseff. “Demorou, mas a Justiça está sendo feita”. A ex-presidente também era investigada pela Procuradoria da República no Distrito Federal no inquérito civil que buscava identificar os responsáveis pelas “pedaladas fiscais”, considerada pelos investigadores como um ato de improbidade administrativa.

A 5ª Câmara de Coordenação e Revisão de Combate à Corrupção homologou o arquivamento, sob o fundamento de que “tanto o Tribunal de Contas da União quanto a Corregedoria do Ministério da Economia afastaram a possibilidade de responsabilização dos agentes públicos que concorreram para as pedaladas fiscais do ano de 2015, seja em virtude da constatação da boa-fé dos implicados, seja porquanto apenas procederam em conformidade com as práticas do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão”.

Pois é, não é? Dilma também era inocente! Mas, e os golpistas, safados e canalhas que criaram tudo isso e causaram tanto prejuízo ao Brasil? Vão sair “frescos e garbosos”?

Colômbia devolve a Maduro empresa de fertilizantes. “O retorno da empresa às mãos de Maduro marca o fim de um arranjo negativo para prejudicar venezuelanos e colombianos”, disse o embaixador venezuelano, Felix Plasencia.

Na segunda-feira (20), o governo colombiano anunciou que a empresa venezuelana de fertilizantes com sede em seu território Monómeros, será novamente controlada pelo presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, após cerca de três anos sob a tutela do líder da oposição Juan Guaidó, relata o jornal O Globo.

“Ratificamos a vontade do governo venezuelano de nomear um conselho de administração para a Monómeros [...]. Os donos de uma empresa têm a possibilidade de escolher seus diretores. Estamos fazendo um reconhecimento legal dessa situação”, disse o superintendente de empresas da Colômbia, Billy Escobar, ao final de uma reunião em Bogotá com o embaixador venezuelano, Felix Plasencia.

Já embaixador venezuelano comemorou que Monómeros “retorne ao poder do povo da Venezuela”, entretanto, detalhes não foram citados sobre quem comporá a nova diretoria ou quando assumirão o controle da empresa.

O controle da Monómeros, filial da estatal Petroquímica de Venezuela (Pequiven), foi entregue a Guaidó em 2019, durante o governo do presidente colombiano Iván Duque. Fundada em 1967 e controlada pelo Estado desde 2007, Monómeros chegou a fornecer 37% dos fertilizantes usados ​​na Colômbia.

Maduro enfrenta Biden. O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, exigiu que seu colega nos EUA, Joe Biden, não manipule a América Latina e o Caribe com a questão da migração.

“Exigimos que o presidente Joe Biden não manipule a questão da migração da América Latina e do Caribe, e muito menos com a questão da Venezuela, vítima das mais cruéis sanções do Império estadunidense”, disse Maduro em discurso por meio do governo venezuelano. canal de televisão estatal.

Maduro destacou que os EUA buscam criminalizar a migração e disse que Biden mente sobre Cuba, Nicarágua e seu país. “Joe Biden aparece hoje atacando Venezuela, Cuba e Nicarágua mentindo sobre Venezuela, Cuba e Nicarágua, Joe Biden mente sobre nossos países, eles apertaram nosso país ao máximo para destruí-lo e então começam as campanhas mundiais sobre a questão da migração para manipular e instrumentalizar a questão da migração e criminalizar.

Encontro Maduro e Petro! Os Ministros dos Transportes da Colômbia e da Venezuela elaboraram um roteiro para a reativação das conexões terrestres, aéreas e marítimas a partir de 26 de setembro.

Os presidentes da Venezuela e o da Colômbia se reunirão em 26 de setembro para liderar a cerimônia de reabertura da fronteira comum, informou uma fonte oficial nesta terça-feira.

“No dia 26 de setembro, os dois presidentes, o presidente Nicolás Maduro e nosso presidente Gustavo Petro, poderão se (reunir) em um ponto a ser determinado, certamente será a ponte Simón Bolívar, onde ocorrerá este ato de abertura” informou o ministro dos Transportes colombianos, Guillermo Reyes.

Reyes esteve em Caracas na terça-feira e manteve reuniões com seu homólogo venezuelano, Ramón Velásquez, e o vice-ministro Claudio Farías, com quem traçou um roteiro para a reativação das conexões terrestres, aéreas e marítimas a partir de 26 de setembro.

Ele anunciou que em 26 de setembro serão retomados os voos entre Colômbia e Venezuela, sendo que o primeiro será operado pela companhia aérea venezuelana Conviasa, com a rota Caracas-Valência-Bogotá, e será seguido pela companhia aérea colombiana Wingo, em 3 de outubro. com a rota Bogotá-Caracas.

Discurso de Arce na ONU. O Presidente do Estado Plurinacional da Bolívia participou do 77º Período de Sessões das Nações Unidas, onde afirmou que este fórum “deve nos permitir continuar fortalecendo o multilateralismo para enfrentar com mais eficácia as novas e velhas ameaças que aguardam a humanidade”.

Na ocasião, Arce declarou que “hoje estamos diante de uma crise capitalista múltipla e sistemática que coloca cada vez mais em risco a vida da humanidade e do planeta”, que é preciso identificar “a origem de um sistema que reproduz a dominação, a exploração e exclusão das grandes maiorias, que gera concentração de riqueza em poucas mãos e que prioriza a produção e reprodução do capital antes da produção e reprodução da vida”.

Entre suas propostas, Arce propôs substituir a construção de armas de destruição em massa por uma compensação justa para os pobres do mundo. Hoje, 9 países coletam 9.705 ogivas nucleares; 9.440 deles estão em reservas militares, prontos para serem usados.

Em outra de suas propostas, ele defendeu “reconstruir as capacidades produtivas dos países da periferia, atingidos pela lógica concentradora irreprimível do capital. “É por isso que hoje devemos respeitar os princípios de solidariedade, complementaridade e respeito pela autodeterminação dos povos. A dívida externa deve ser aliviada para que nossos países possam implementar soberanamente políticas sociais abrangentes e sustentáveis. Devemos mudar as condições de troca que hoje continuam a beneficiar apenas o norte. No caso da Bolívia, não aceitamos e não aceitaremos imposições do Fundo Monetário Internacional. Somos guiados pelo princípio civilizatório do Viver Bem que emerge de nossas raízes indígenas originais”.

Trabalhadores uruguaios param! Os sindicatos uruguaios mais uma vez desafiaram o Executivo de Luis Lacalle Pou. Na quinta-feira, 15 de setembro, um milhão de pessoas apoiaram a greve de 24 horas exigindo melhores salários e um orçamento maior para habitação e educação, desafiando o governo de direita.

Chamada pelo PIT-CNT, a central que reúne a maioria dos sindicatos e sindicatos do país, esta é a quarta greve geral no Uruguai desde que Lacalle assumiu a presidência. A primeira data de 2020, que paralisou o funcionamento das atividades públicas uruguaias. As outras foram a greve nacional em 8 de março, Dia Internacional da Mulher; e a greve parcial de 7 de julho por "crescimento desigual".

Apelando para José Artigas e sua frase “que os infelizes sejam os mais privilegiados”, o sindicato dos trabalhadores convocou uma greve geral em defesa dos salários e do trabalho. Marcelo Abdala, secretário-geral da central sindical PT-CNT, declarou em entrevista coletiva: »As pessoas não estão conseguindo sobreviver. Há uma estratégia que é concebida como um modelo de crescimento e acumulação excludente que é para poucos” e acrescentou: “É um sinal muito forte, muito forte que o movimento sindical está emitindo”. A central informou que foram realizados “diálogos com a população, bairros e distribuição de materiais” em todo o território conforme relatado por mais de uma centena de filiais distribuídas por todo o país.

Itália caminha para a extrema direita. A extrema direita está confiante na vitória neste domingo (25), no que pode significar a primeira dirigente de um partido pós-fascista a ocupar a chefia de governo do país, um dos fundadores da União Europeia. A campanha eleitoral se encerrou na noite de sexta-feira (23), com todos os candidatos submetidos à lei do silêncio até o fechamento das urnas.

Giorgia Meloni, líder do partido Fratelli d'Italia (Irmãos da Itália), realizou o último comício de campanha em Napoli, símbolo do sul da Itália empobrecido, dizendo ser “uma patriota”. “Tudo que ela diz, ela faz”, comentou à AFP Leone Carmelo, um cozinheiro de 71 anos.

As últimas pesquisas de intenções de voto, publicadas há duas semanas, apontam que ela deve conseguir entre 24 e 25% das cédulas, suficientes para vencer o Partido Democrata, com 22%, e o Movimento Cinco Estrelas, com 13 a 15%. Até a data limite para a publicação de pesquisas, havia de 20 a 25% de indecisos.

A margem dá esperança ao partido de centro esquerda, que teve o seu último comício em Roma. Um militante idoso ouvido pela reportagem RFI disse que nasceu durante o fascismo e não querer morrer com a Itália de novo à extrema direita.

Reino Unido com sérios problemas. O governo britânico apresentou na sexta-feira (23) ao Parlamento um pacote de medidas para estimular a economia e atenuar a inflação, que inclui o congelamento das contas de energia, uma redução dos impostos e a desregulamentação do setor bancário.

O pacote da primeira-ministra conservadora Liz Truss pode ter efeitos colaterais graves para as finanças públicas do Reino Unido, à beira da recessão e com uma inflação de 10%, o maior nível em 40 anos.

Mas o ministro das Finanças, Kwasi Kwarteng, espera promover um alívio para as famílias e as empresas e "inverter o círculo vicioso da estagnação". "Durante a pior crise energética em gerações, este governo está ao lado da população", afirmou Kwarteng no Parlamento.

No caso das empresas, o governo financiará quase metade das contas durante seis meses. Os preços do gás e da energia elétrica dispararam desde o início da guerra na Ucrânia, uma consequência das limitações no abastecimento de combustíveis procedentes da Rússia.

A ONG de luta contra a pobreza Oxfam destacou uma "política que é todo lucro para os mais ricos".

Alemanha caminha para recessão. A economia da Alemanha, a maior da Europa, caminha para uma recessão que pode durar até o próximo ano, disse o banco central do país na segunda-feira (19).

“Os sinais de recessão para a economia alemã estão se multiplicando, no sentido de um declínio claro, amplo e prolongado da produção econômica”, afirmou o Bundesbank em seu relatório mensal, avisando que a população do país deve se preparar para uma inflação de dois dígitos nos próximos meses.

A instituição aponta como o principal motivo para isso "os desenvolvimentos desfavoráveis no mercado de gás", depois que a Rússia fechou o gasoduto Nord Stream 1 no início de setembro.

A Alemanha era altamente dependente das importações de energia russa antes da invasão da Ucrânia, com a Rússia respondendo por 55% do fornecimento de gás da Alemanha na época.

No último trimestre, a economia alemã conseguiu crescer 0,1%. No entanto, os economistas do Bundesbank preveem uma ligeira contração neste trimestre, com um declínio mais acentuado na produção econômica nos últimos três meses do ano e em 2023.

Tormenta na Europa! Com o clima mais frio a caminho e o acesso dos países europeus ao gás natural da Rússia cortado, o aumento das despesas e o escasso fornecimento de energia podem criar um “tsunami” econômico para muitas empresas europeias, disse um economista à agência de notícias Xinhua.

Devido ao impacto do conflito entre a Rússia e a Ucrânia, os preços do gás natural dispararam este ano, o que afetou outras fontes de energia e levou a inflação a níveis recordes. Lorenzo Codogno, economista-chefe da LC Macro Advisors, disse que o pior provavelmente ainda está por vir.

De acordo com o Eurostat, a inflação nos 19 países da zona do euro atingiu um novo recorde de 9,1% em agosto, com os preços de alimentos e energia continuando a subir. “No momento, você tem um cabo de guerra entre a crise do custo de vida, por um lado, e a resiliência em muitos setores e aspectos da economia, por outro”, disse Codogno. “Mas se você olhar para os dados, é como se um tsunami estivesse chegando.”

Tanto a inflação ao consumidor quanto a produção industrial serão atingidas simultaneamente, disse Codogno, que também é professor visitante no Instituto Europeu da London School of Economics and Political Science.

Insônia na Suécia. A Suécia está mal preparada para possíveis cortes de energia com a proximidade de um inverno (no Hemisfério Norte) de racionamento de energia, disse o chefe de preparação de fornecimentos da agência sueca de contingências civis MSB, Jan-Olof Olsson.

“Infelizmente, a preparação é em geral muito ruim. Em 2011, identificamos 50.000 empresas socialmente importantes na Suécia que dependiam do fornecimento de energia”, disse Jan-Olof Olsson à emissora pública SVT.

A emissora informou que o racionamento de energia pode afetar semáforos, bondes, aquecimento e comunicações, bem como as fechaduras eletrônicas de propriedades. Os custos de energia aumentaram 29% em agosto, de acordo com a agência de estatísticas sueca. Os preços da energia têm impulsionado outros índices que impactam o custo de vida para cima, com uma disparada da alta de preços dos alimentos por nove meses consecutivos.

E o povo sueco está perdendo o sono, preocupado com os próximos meses!

E o poder no mundo vai mudando... Os EUA inventaram e incentivaram a atual crise entre a Ucrânia e a Rússia. Agora estão vendo um novo mundo, multipolar, surgindo e colocando em xeque a sua dominação que durou décadas! E alguns países que antes viviam sob a influência da Casa Branca começam a mudar de opinião ou posição.

De acordo com o jornal francês Le Monde, apesar da pressão do Ocidente, a Índia não condenou a operação russa e pede apenas para que as partes voltem à mesa de negociações.

O jornal afirma que a situação ficou especialmente patente quando Narendra Modi foi à cúpula da Organização de Cooperação de Xangai (SCO, na sigla em inglês) pouco depois de receber a chanceler francesa Catherine Colonna, com quem discutiu a criação de uma força de cooperação e defesa para enfrentar a China na região do Indo-Pacífico.

Com isso, a Índia demonstra seu “jogo de paradoxos”, com um pé no Ocidente e outro na Rússia, sem manter vínculos, indicando que o Ocidente falhou em levar os indianos para o seu lado e forçá-los a impor sanções contra os russos. A Índia segue comprando armas e petróleo de Moscou a preços acessíveis, com a Rússia substituindo a Arábia Saudita como seu principal fornecedor de petróleo, além do fornecimento de fertilizantes.

Por outro lado, o presidente iraniano, Ebrahim Raisi, afirmou que os EUA, ao imporem sanções contra diversos países, acabam por os aproximar.

De acordo com o presidente iraniano, as sanções políticas de Washington estão fadadas ao fracasso. “Alguns países estão sob sanções. Agindo assim, eles os forçam a se aproximarem e isso faz com que as sanções se tornem ineficazes”, afirmou.

Após o início da operação especial russa na Ucrânia, o Ocidente passou a utilizar a pressão das sanções contra Moscou, que resultou no aumento dos preços dos combustíveis e alimentos na Europa e nos EUA.

E a Rússia vai lucrando... As sanções ocidentais, que tinham por objetivo destruir a indústria de gás russa, têm tido o efeito oposto, já que os altos preços da energia ajudaram a gigante russa Gazprom a aumentar suas receitas.

Apesar da queda abrupta dos suprimentos à União Europeia, a empresa russa dobrou as suas receitas de exportação, de acordo com Oliver Hortay, chefe de pesquisas de política energética e climáticas de um think tank húngaro.

“A Gazprom está fornecendo 43% menos gás à Europa neste ano do que no ano passado, mas, em média, os preços triplicaram. As receitas da empresa provenientes da exportação para a UE crescerão de US$ 53 bilhões (R$ 278,5 bilhões) para 100 bilhões (R$ 525,45 bilhões)”, escreveu ele nas redes sociais na semana passada.

A postagem faz eco de uma matéria recente do Financial Times, segundo a qual os preços mais altos do gás ajudam a Gazprom a compensar a redução das entregas para a UE. De acordo com o jornal, a empresa russa agora entrega diariamente cerca de 84 milhões de metros cúbicos de gás aos consumidores europeus através da Ucrânia e Turquia diariamente, em comparação com os 480 milhões de metros cúbicos em média no ano passado.

Ucrânia e o “tiro no pé”. O governo ucraniano, devidamente orientado e armado pela Casa Branca, parece ter dado o famoso “tiro no pé”. Desde 2014, como sabemos, as regiões de Donetsk e Lugansk tiveram o reconhecimento para se tornarem independentes da Ucrânia, como aconteceu com a Criméia. A OSCE (Organização para Segurança e Cooperação na Europa) acompanhou a negociação e, em 1 de outubro de 2019 foi assinado um acordo para tentar encerrar a guerra em Donbass. O documento ficou conhecido como “Fórmula Steinmeier” (a proposta foi feita pelo então presidente alemão Frank-Walter Steinmeier) e o acordo previa a realização de eleições livres nos territórios de Donetsk e Lugansk, sob observação e verificação da OSCE.

A Ucrânia recusou-se a admitir tal acordo e durante anos invadiu e ocupou a região que já tinha votado sua independência.

Em 24 de fevereiro de 2022, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou o início de uma operação especial militar para “desmilitarização e desnazificação da Ucrânia”. As regiões independentes receberam a ajuda das tropas russas e expulsaram os ucranianos invasores. Mas isso originou um confronto militar que se arrasta até hoje, porque os EUA e seus “cupinchas” europeus ficam alimentando e armando a Ucrânia.

O tiro pode sair pela culatra. Desde sexta-feira (23), as regiões em questão estão realizando um novo plebiscito, mas agora querem ser anexadas à Rússia! Para piorar, outras duas regiões ucranianas, Kherson e Zaporozhie, também estão realizando o plebiscito. Ou seja, a Ucrânia pode perder muito de seu território.

Vai valer a Constituição da Rússia. A Constituição da Rússia será válida na República Popular de Donetsk, República Popular de Lugansk e nas regiões de Kherson e Zaporozhie em caso de sua integração à Rússia, confirmou na sexta-feira (23) o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.

O referendo sobre a integração dos territórios libertados à Rússia começou na sexta-feira nas Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk e também nas regiões de Kherson e Zaporozhie.

A iniciativa de realizar imediatamente referendos foi sugerida às autoridades regionais pela população local. Como disseram os representantes das repúblicas e regiões, fazer parte da Rússia garantirá a segurança destes territórios e restaurará a justiça histórica.

Sim, são criminosos! O Ministério da Defesa da Rússia revelou na segunda-feira que entregou provas materiais à Convenção de Armas Biológicas e Toxínicas (BTWC) com sede em Genebra, na Suíça, que confirmaria que os Estados Unidos (EUA) desenvolveram programas biomilitares na Ucrânia.

De acordo com o chefe das Forças de Proteção Radiológica, Química e Biológica da Rússia, Igor Kirillov, uma cúpula foi realizada em seu país entre 5 e 9 de setembro, convocada depois que os EUA e a Ucrânia violaram dois artigos da CABT, e apenas representantes de 89 nações compareceram, dos 184 signatários, que receberam cópias dos documentos que comprovam a execução de tais atos.

Kirillov afirmou que nenhum dos presentes duvidou da autenticidade dos documentos fornecidos, com dados sobre o acúmulo de patógenos em laboratórios ucranianos, incluindo o Instituto de Pesquisa Epidemiológica Mechnikov, onde biomateriais perigosos foram alojados nas frestas das escadas e nenhum sistema de controle havia detectado eles.

O alto comando russo também informou que tanto os EUA quanto a Ucrânia se recusaram a dar explicações relacionadas à destruição urgente de documentos sobre atividades biomilitares na Ucrânia.

Estão se desintegrando? De acordo com o jornal estadunidense The New York Times, o exército ucraniano está sofrendo grandes perdas em Donbass e, por isso, estaria deixando suas posições.

“Os militares ucranianos estão sofrendo grande baixas em Donbass, e os russos estão nos atacando todos os dias”, afirmou uma fonte do Exército ucraniano citada pelo jornal.

Além disso, a fonte afirmou que os militares russos estão gradualmente empurrando as forças ucranianas de suas posições.

Anteriormente, o Ministério da Defesa da Rússia anunciou sobre a tentativa fracassada de uma ofensiva ucraniana.

Em 16 de setembro, parte das tropas ucranianas caiu em um cerco tático em três regiões em Donbass.

Mais uma voz contrária. O ex-vice-chanceler austríaco Heinz-Christian Strache afirmou que o apoio militar a Kiev e o efeito das sanções contra a Rússia são ações mal calculadas que estão atingindo os próprios países ocidentais.

“Os EUA e a OTAN lançaram uma guerra indireta contra a Rússia na Ucrânia, que também representa uma ameaça à Europa”, declarou o ex-vice-chanceler austríaco que se soma a outros políticos europeus.

Além disso, Heinz-Christian Strache declarou que aqueles que pensam que os fornecimentos de armas dos EUA e da OTAN ajudarão a Ucrânia estão muito enganados.

“Os que pensam que os fornecimentos de armas dos EUA e da OTAN ajudarão a Ucrânia, simplesmente não pensam de forma realista e acabarão dando conta de seu erro. A ajuda militar ocidental agravará a situação, provocará um terrível sofrimento humano e um número inimaginável de vítimas”, enfatizou.

Um novo bloco vai se criando. O pavor do Ocidente é o crescimento de um novo bloco que vai consolidar a mudança definitiva no planeta. Chega de mundo unipolar! Vamos viver um mundo multipolar!

Rússia e China estão motivadas a desenvolver a Organização de Cooperação de Xangai (OCX) como resposta à pressão do Ocidente. A cúpula da Organização de Cooperação de Xangai (OCX) foi realizada na cidade do Uzbequistão nos dias 15 e 16 de setembro. Como resultado da cúpula, 44 documentos foram assinados.

Em particular, o Irã assinou um memorando de compromisso com o OCX, abrindo caminho para que este país se torne membro da organização. Também foi assinado um documento sobre o início do procedimento de admissão de Belarus à organização.

É claro que a principal direção de desenvolvimento da OCX não é a segurança militar, mas a segurança econômica, não é uma organização fechada e hostil, como as ocidentais, mas uma estrutura multilateral e inclusiva para o desenvolvimento da cooperação. Na cúpula da OCX em Samarcanda, foram assinados memorandos sobre a concessão do status de parceiros de diálogo ao Egito e ao Catar. Bahrein, Maldivas, Kuwait, Emirados Árabes Unidos e Mianmar também receberão o status de parceiros do grupo.

O chanceler alemão, Olaf Scholz, disse na terça-feira (20) estar “muito irritado” com as tentativas da Turquia de se juntar a uma organização de segurança da Ásia Central dominado por Rússia e China.

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, disse no sábado (17) que a Turquia, membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) pretende ingressar na Organização de Cooperação de Xangai (OCX).

Exercícios militares conjuntos. Na quinta-feira (22), o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas iranianas, Mohammad Bagheri, anunciou que Rússia, Irã e China realizarão exercícios navais conjuntos nos próximos meses na parte norte do oceano Índico.

A declaração de Bagheri foi citada pela agência iraniana ISNA. "Neste outono [do Hemisfério Norte], realizaremos exercícios navais conjuntos na parte norte do oceano Índico com a Rússia e a China."

A autoridade iraniana acrescentou que outros Estados, como o Paquistão e Omã, podem participar nos exercícios militares programados. Bagheri não especificou a data exata dos exercícios. O outono no Hemisfério Norte teve início nesta quinta-feira (22) e termina em 21 de dezembro.

A cooperação entre Moscou, Pequim e Teerã tem crescido nos últimos anos, e essa não será a primeira vez que Rússia, Irã e China realizam exercícios militares conjuntos. A atividade mais recente desse tipo ocorreu em janeiro, quando os três países realizaram exercícios navais coordenados no golfo de Omã.

Informativo Semabnal do Prof. Ernesto Germano Pares


 

 

 


O “Dia do Basta”!

Domingo, 02 de outubro de 2022, dia de dar um “basta” ao energúmeno que assaltou o poder através de golpes e juízes comprados com favores e promessas de ministérios. Dia de acabar com a farra de uma família que conseguiu, em quatro anos, comprar 51 imóveis em dinheiro vivo!

Dia de se livrar de um governo que congelou a aposentadoria dos aposentados, cortou a verba para as merendas escolares, não deu reajustes ao salário mínimo, desprezou os direitos trabalhistas e alimentou o crime organizado no país.

Nossa América merece! O futuro político e econômico da América Latina e do Caribe para os próximos trinta anos está centrado no momento presente nas eleições no Brasil, cuja população qualificada de cento e sessenta milhões de eleitores definirá não apenas o destino do país mais extenso territorialmente no continente, mais populoso, com uma economia situada entre as treze maiores do mundo, extrema desigualdade social e uma cultura multifacetada, mas sim as projeções da integração emancipatória e independente dos países da região, diante de grandes desafios e significado histórico marcado por fortes contradições geopolíticas e econômicas e uma luta mundial multipolar entre as potências.

Assim, após sofrer perseguições e prisões impostas pela decisão política da burguesia brasileira e das oligarquias internas, executada pelo promotor Sergio Moro, e após ter denunciado o fracasso do governo do demente, que gerou maior desemprego, pobreza, marginalização e crise econômico-financeira de grande magnitude, o líder do Partido dos Trabalhadores (PT), Lula da Silva, se levanta com força incontrolável para vencer as eleições presidenciais de 2 de outubro e se projetar no governo da principal potência latino-americana.

A prisão de Lula por um ano e sete meses, com julgamento inventado pelos poderes, foi precedida pelo golpe de Estado contra Dilma em 2016 e pela investida da estratégia dos Estados Unidos e da violência política, midiática, judicial e de violência contra o países da América Latina e do Caribe que assumiram uma posição de integração nacionalista, libertadora, anti-imperialista e emancipatória.

A volta da fome é obra do insano! O jornal francês Le Monde publicou, na quinta-feira (29), uma reportagem especial sobre a volta da fome no Brasil. A reportagem é ilustrada com imagens da pobreza em Duque de Caixas, no Rio de Janeiro.

O texto contextualiza os dados da pesquisa da rede Penssan, que revelou em junho que 33 milhões de brasileiros hoje passam fome, o dobro do índice de 2020. A piora do quadro é uma sequela da pandemia de coronavírus e da guerra da Ucrânia, observa Le Monde, mas também é uma consequência do abandono do governo federal.

Em entrevista ao jornal, um dos autores do estudo constata que o governo do insano “simplesmente acabou com as políticas de combate à fome”, ao desmantelar o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, enfraquecer programas alimentares e vetar até o reajuste do orçamento das cantinas escolares. Desta forma, em menos de quatro anos de governo, o país retrocedeu uma década no combate à fome.

Sigilo nas maracutaias! O ex-capitão, candidato à reeleição que está em segundo lugar em todas as pesquisas de intenções de voto, impôs sigilo de 100 anos em 65 casos entre 2019 e 2022.

Até os nomes das pessoas que visitaram a primeira-dama Michelle Bolsonaro no Palácio da Alvorada viraram segredo protegido por 100 anos.

A onda de sigilos começou com o governo rejeitando pedidos de informações feitos com base na Lei de Acesso à Informação (LAI). A alegação era que documentos pedidos a 11 ministérios continham informações pessoais.

Além das visitas recebidas pela “Micheque”, o insano considerou “segredo de Estado” para impor sigilo de 100 anos nos seguintes casos: a) telegramas do Itamaraty; b) a carteira de vacinação do presidente; c) pedidos ao Exército sobre a apuração disciplinar do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, pela participação em um ato político ao lado do presidente, em maio de 2021; d) também são sigilosas as informações sobre os crachás de acesso ao Palácio do Planalto emitidos em nome dos filhos, reveladas pela CPT da Covid; e) a Receita Federal impôs um sigilo de 100 anos no processo conhecido por “rachadinhas” do senador “filho 01”, alegando que os documentos, antes disponibilizados publicamente,  possuem informações pessoais; f) a Polícia Rodoviária Federal (PGR) impôs sigilo aos procedimentos administrativos que investigam a conduta dos agentes envolvidos na morte de Genivaldo de Jesus Santos, de 38 anos, em Umbaúba (SE), durante uma abordagem em 25 de maio. Ele morreu após os policiais usarem uma espécie de "câmara de gás" improvisada no porta-malas da viatura depois de ser parado por andar sem capacete; g) em abril, o governo federal negou acesso a dados sobre entradas e saídas dos pastores Gilmar dos Santos e Arilton Moura ao Palácio do Planalto, em Brasília – eles são acusados e corrupção no Ministério da Educação (MEC) mesmo sem fazer parte da equipe. Após a repercussão negativa do caso, divulgou os dados, revelando que os pastores visitam o Palácio 35 vezes desde 2019.

Covardia do demente. O governo brasileiro vai obrigar que os eleitores que vivem na Venezuela se desloquem até Bogotá, capital da Colômbia, para votar nas eleições presidenciais. Isso porque o Brasil não mantém sedes diplomáticas no país vizinho desde 2020, quando o insano ordenou o fechamento dos consulados e da embaixada, ato que praticamente rompeu relações com a Venezuela.

A situação diplomática, entretanto, não fez com que o governo retirasse a obrigação eleitoral de 1.322 eleitores que estão em solo venezuelano. Ao contrário, os brasileiros agora terão que viajar cerca de 1,5 mil quilômetros (distância entre Caracas e Bogotá) por conta própria para votar.

Sem golpe (01). O Senado dos EUA aprovou por unanimidade, na noite de quarta-feira (28), uma resolução apresentada pelo senador Bernie Sanders e outros cinco senadores democratas para defender a democracia no Brasil.

Em sua defesa da medida, no plenário do Senado, Sanders afirmou que o texto não era favorável a qualquer candidato e sim favorável ao rompimento de relações e assistência militar entre países em caso de um golpe.

“Não estamos tomando lado na eleição brasileira, o que estamos fazendo é expressar o consenso do Senado de que o governo dos EUA deve deixar inequivocamente claro que a continuidade da relação entre Brasil e EUA depende do compromisso do governo do Brasil com democracia e direitos humanos”.

A medida não contava com apoio declarado de nenhum republicano, mas, pelas regras da Câmara Alta, se nenhum senador objeta a um texto de resolução, ele é aprovado por unanimidade na casa.

“É imperativo que o Senado dos EUA deixe claro por meio desta resolução que apoiamos a democracia no Brasil”, disse Sanders. “Seria inaceitável que os EUA reconhecessem um governo que chegou ao poder de forma não democrática e enviaria uma mensagem horrível para o mundo inteiro. É importante que o povo brasileiro saiba que estamos do lado deles, do lado da democracia. Com a aprovação desta resolução, estamos enviando essa mensagem”.

Sem golpe (02). Parlamentares europeus enviaram na quarta-feira (28) uma carta à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e ao chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell, pedindo que o bloco pressione o governo brasileiro a respeitar a Constituição no caso de uma derrota nas urnas do presidente Jair Bolsonaro.

O texto pede que, diante da proximidade do primeiro turno das eleições brasileiras, a UE atue para impedir uma possível ruptura institucional provocada pelo atual presidente. “Tememos que ele possa impedir uma transferência pacífica de poder caso perca”, diz a carta.

“A UE deve declarar que usará diferentes mecanismos, incluindo o comércio, para defender a democracia e os direitos humanos do Brasil”, pede a carta.

"O texto é assinado por um grupo de 51 eurodeputados, que dizem ter “profunda preocupação” com os “ataques sistemáticos às instituições democráticas no Brasil”.

A carta também lembra da afirmação do insano durante uma entrevista na TV em 19 de setembro, em que insinuou que haveria fraude caso ele não vença com cerca de 60% dos votos no primeiro turno.

Os eurodeputados pedem que a delegação da UE no Brasil, assim como o Serviço Europeu de Ação Externa (SEAE), “acompanhem de perto a situação e apoiem as instituições brasileiras e organizações da sociedade civil que defendem a democracia”.

Colômbia inicia a reforma agrária. Começa a reforma agrária na Colômbia. Após décadas de conflito pela posse da terra, o governo do país iniciou a titulação de 681 mil hectares de terra para comunidades historicamente marginalizadas. Populações rurais, indígenas e afrodescendentes serão as beneficiárias.

Os títulos emitidos este mês virão acompanhados de uma oferta social completa em benefício de mais de 1 mil famílias em Cauca, Putumayo, Antioquia, Córdoba, Tolima, Risaralda, Amazonas, Huila e Vichada.

“Não basta entregar os títulos de propriedade, que são uma ótima notícia para essas famílias. São mais de 1.800 famílias que receberão, nas próximas semanas, seus títulos de propriedade, com os quais poderão dormir tranquilamente, por tê-los em suas casas e em suas terras. Mas será preciso monitorar a geração de renda, a economia alimentar local nas comunidades e também interligar as cadeias produtivas nos seus territórios”, diz Diego Bautista, presidente da Agência de Desenvolvimento Rural.

Durante essa primeira etapa de entrega de títulos e terras, o governo nacional fez um chamado pelo fim das invasões de territórios, que foram notícia nas últimas semanas por dificultar o plano da reforma agrária.

Uma das apostas do governo de Petro é a implementação do cadastro multifuncional, que buscará arrecadar mais impostos sobre latifúndios que se beneficiaram principalmente de megaprojetos de infraestrutura.

Fronteira reaberta! Venezuela e Colômbia reabriram oficialmente suas fronteiras na segunda-feira, após sete anos de restrições e relações complexas com o país vizinho, que iniciou uma nova etapa após a retomada do diálogo entre os presidentes venezuelanos Nicolás Maduro e seu colega colombiano Gustavo Petro.

Em um ato cerimonial na Ponte Internacional Simón Bolívar, no estado fronteiriço de Táchira, autoridades de ambos os governos encenaram a reabertura de suas respectivas fronteiras.

A ponte Simón Bolívar liga Cúcuta à cidade venezuelana de San Antonio del Táchira, e a ponte Francisco de Paula Santander liga a capital do departamento colombiano de Norte de Santander à cidade de Ureña.

No âmbito do restabelecimento das relações comerciais entre a Colômbia e a Venezuela, a partir desta segunda-feira, 26 de setembro, os veículos de carga poderão passar inicialmente pelas pontes internacionais Simón Bolívar e Francisco de Paula Santander.

Os delegados dos dois governos estiveram presentes neste ato protocolar: para a Colômbia está o embaixador colombiano no país vizinho, Armando Benedetti; o Ministro do Comércio Exterior, Germán Umaña; o Ministro dos Transportes, Guillermo Reyes; o governador do Norte de Santander, Silvano Serrano; e o prefeito de Cúcuta, Jairo Yáñez.

O ato protocolar começou com a interpretação dos hinos nacionais e aperto de mão das duas delegações, acontece na ponte internacional Simón Bolívar, principal posto fronteiriço entre os dois países, e inclui a passagem dos primeiros caminhões que carregam nos dois sentidos

Pela paz na região. O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ordenou na quinta-feira que todas as forças de segurança nacional se coordenem com as autoridades militares colombianas, a fim de aderirem ao plano de paz total promovido pelo presidente do país vizinho, Gustavo Petro.

“Ordeno (...) que todos os postos fronteiriços, sob a direção do CEOFANB (Comando Operacional Estratégico das Forças Armadas Nacionais Bolivarianas), entrem em contato com as forças militares e policiais colombianas, para fazer o Plano de Paz Total dos 2.219 quilômetros de fronteira com nossa irmã e amada Colômbia”, declarou o presidente.

Liderando a celebração do 17º aniversário do CEOFANB, o chefe de Estado lembrou a reunião realizada em 24 de setembro entre os ministros da Defesa da Venezuela e da Colômbia, na qual foi acordada a coordenação da segurança fronteiriça.

Nessa ocasião, os ministros da defesa concordaram em formar comissões técnicas, entre os vice-ministros de ambos os países, para poder tratar de questões relacionadas ao tráfico de drogas e tráfico de combustíveis, entre outros crimes transfronteiriços.

O discurso de Petro na ONU. Muito interessante a matéria de Fernando Dorado, ex-deputado colombiano, analista política e ativista social, publicada no site Rebelión.

Diz ele que “Por ocasião do discurso de Gustavo Petro na Assembleia Geral da ONU em Nova York, que muitos qualificaram como lírico, poético, grosseiro, agressivo, explosivo, desafiador e até cruel, trago alguns aspectos de sua atuação política”.

Diz ele que “Petro se expressou como vítima ou representante das vítimas de um modelo econômico injusto, predatório e irracional. Ele usou o tema da coca e da cocaína, a guerra às drogas e a luta contra as mudanças climáticas para fazer uma crítica profunda e sincera ao capitalismo. Embora se assumisse como porta-voz dos colombianos e defensor da Amazônia, incluiu estadunidenses que morrem de overdose, comunidades negras (“afros”) discriminadas e presas, migrantes que são rejeitados e/ou expulsos, e muitos outros setores da população global. Ele falou como humanidade e para a humanidade”.

Fernando Dorado assegura que “Da mesma forma, o Petro começou a se mover em vários níveis no campo internacional. Desenvolver relações bilaterais; promove a comunidade andina; construir alianças ambientais; Seu eixo é a América Latina, mas não perde de vista o que está acontecendo no mundo. Ele é crítico do capitalismo, mas sabe que tem que “agir dentro dele”. Ele está ciente de que não pode confrontar o governo dos EUA porque eles podem facilmente isolá-lo. Nem pode fazê-lo diante do Banco Mundial ou do FMI, pois deve estar relacionado a eles. Por isso, é capaz de rejeitar guerras (todas) e não se alinha com nenhum bloco ou poder. E tudo isso lhe permite tomar decisões que nenhum governo “linha-dura” progressista ou de esquerda ousaria assumir”.

O chefe da segurança falsificava passaportes! Alejandro Astesiano, chefe da equipe de custódia do Presidente da República do Paraguai, Luis Lacalle Pou, foi preso e o juiz impôs prisão preventiva por 30 dias, como medida cautelar enquanto prossegue a investigação por falsificação de passaportes russos.

Astesiano teve vinte inquéritos policiais desde 2003, por crimes como roubo, fraude, dano e apropriação indébita e continuou no cargo. Ele foi indiciado por crime continuado de suposto estado civil como coautor, em real reiteração com crime de associação para cometer crime e crime de tráfico de influência, conforme solicitado anteriormente pela promotora Gabriela Fossati, que dirige a investigação. .

Presume-se que o chefe da custódia presidencial faça parte de uma rede dedicada a falsificar as certidões de nascimento de uruguaios falecidos, aos quais foram atribuídos filhos russos que nunca tiveram e, assim, essas pessoas poderiam realizar outros procedimentos para a emissão de documentos uruguaios documentação, como identidade e passaporte.

Astesiano foi preso no domingo, 25 de setembro pela Polícia, com mandado de prisão e detenção incomunicável do Ministério Público. Trabalhou no Quartel-General da Polícia de Montevidéu em um grupo de patrulhamento tático. Esteve também na Direcção de Investigações e posteriormente foi para a Direcção Nacional de Identificação Civil. Em seguida, ele deixou a polícia.

E Cuba dá mais um exemplo. O presidente cubano Miguel Diaz-Canel e o presidente da Assembleia Nacional do Poder Popular, Esteban Lazo Hernández, assinaram e endossaram a Lei do Código de Família, após a vitória no referendo realizado no domingo passado, regulamento que entrou em vigor nesta terça-feira com sua publicação no Diário Oficial.

Após a assinatura, o presidente cubano destacou que a vitória do Sim é uma homenagem ao líder histórico da Revolução Cubana, Fidel Castro; a eterna presidente da Federação de Mulheres Cubanas, Vilma Espín, e o general do Exército Raúl Castro, que promoveram a iniciativa que agora obteve a maioria dos votos.

O novo e discutido Código de Família, que legaliza o casamento homoafetivo, a adoção homoafetiva e a barriga de aluguel, não foi votado com o projeto da nova Constituição aprovado por referendo em 2019, devido à rejeição dessa extensão do casamento e da adoção de casais homossexuais de igrejas e outros setores sociais.

O novo texto do Código de Família está dividido em onze títulos e 474 artigos entre os quais, em primeiro lugar, reforçam-se o afeto e a solidariedade como eixos sobre os quais se baseiam as relações familiares. As famílias são vistas como a união de pessoas ligadas por um vínculo afetivo, sentimental e psicológico, valorizando, dessa forma, o afeto como valor jurídico e onde não há distinção de gênero.

Além disso, são previstas sanções por violência doméstica para pessoas em situação de vulnerabilidade, sejam mulheres, meninos ou meninas ou pessoas com deficiência, para as quais serão desenvolvidas instituições de apoio, como as Convenções sobre os Direitos da Criança e os Direitos da Criança das Pessoas com Deficiência.

Os gastos de um pulha! Um relatório revelou que o líder da oposição venezuelana Juan Guaidó gasta mais de US$ 9.000 por dia em suas atividades e, em dois anos, distribuiu milhões entre uma equipe de 100 funcionários e 6.000 militantes. Além das doações dos EUA e da Europa, Guaidó se financia com o sequestro de bens do governo venezuelano no exterior.

Desde 2019, quando o ex-deputado da oposição Juan Guaidó decidiu se proclamar “presidente interino” da Venezuela, os venezuelanos pagaram mais de 34 mil dólares por mês para custear uma estrutura governamental de cerca de 100 pessoas.

A cifra faz parte de um relatório revelado por Eduardo Semtei, líder do partido Progressive Advance, uma formação política contrária ao governo de Nicolás Maduro, mas que denunciou o uso indiscriminado de fundos venezuelanos no exterior apropriados por Guaidó e seu governo 'paralelo.

Os dados divulgados pela Avanzada Progresista mostram que, nos últimos 24 meses, a estrutura paralela montada por Guaidó gastou um total de 828.480 dólares. O valor foi usado para manter uma equipe de aproximadamente 100 pessoas entre advogados, guarda-costas, secretários, comunicadores, administradores de redes sociais e até “jornalistas independentes”.

Mais um problema para os EUA? China disse às instituições financeiras estatais para se prepararem para vender suas participações em dólares e estocarem yuans offshore, enquanto Pequim tenta reforçar a moeda nacional, informou Reuters citando fontes com conhecimento do assunto.

Espera-se que a liquidação do dólar dos EUA em simultâneo com a compra do yuan evitem quedas da moeda chinesa, que atualmente está caminhando para a maior desvalorização anual em relação ao dólar em quase três décadas. Até agora neste ano o yuan caiu mais de 11% em relação ao dólar.

Vale ressaltar que na China continental (onshore) o comércio é conduzido no yuan chinês referido como CNY. Fora da China continental (offshore), o comércio é realizado no yuan chinês referido como CNH. As características da moeda e as taxas diferem entre os dois.

Segundo a mídia, o esquema de intervenção envolveria principalmente o uso de reservas em dólares dos credores estatais, enquanto o valor total da venda ainda não foi determinado, uma vez que os movimentos da moeda chinesa normalmente dependem dos movimentos do dólar e das políticas restritivas prosseguidas pelo banco central dos EUA.

Desconto para empresas indianas. As empresas indianas mudaram para pagamentos que excluem os dólares estadunidenses para garantir negócios lucrativos com a Rússia. Após as sanções anti-Rússia, muitas empresas não ocidentais expressaram o desejo de continuar o comércio em moedas nacionais, em meio ao que agora é um esforço global para “desdolarizar”.

As empresas indianas receberam grandes descontos da China para liquidar suas transações em yuans, resultando em uma enorme economia em suas importações no contexto dos preços elevados das commodities, revelaram várias fontes separadas à Sputnik.

Em particular, as empresas de aço e cimento da Índia se beneficiaram mais com a oferta chinesa, segundo as fontes. Os fabricantes de aço e cimento importaram carvão russo com desconto, enquanto os preços permanecem elevados em outros mercados alternativos, como Indonésia e Austrália. A Índia importou mais de 8 milhões de toneladas de carvão russo desde março.

Como resultado, aquelas que lidam com máquinas pesadas e produtos farmacêuticos também estão negociando com a China acordos de yuan para transações russas.

Enquanto isso, a Índia e a Rússia estão empenhadas em fazer arranjos permanentes para o pagamento rupia-rublo de seu comércio bilateral em expansão.

Alemanha já está em recessão. A economia alemã já está em recessão como resultado da crise energética, das altas taxas de inflação e do encolhimento do comércio global, disse nesta quarta-feira o Instituto de Pesquisa Econômica (DIW Berlin) do país.

“Infelizmente, não há luz no fim do túnel no momento”, disse o especialista econômico da DIW Guido Baldi, que estima que o Produto Interno Bruto (PIB) da maior economia da Europa encolherá aproximadamente 5% em 2022 e 2023.

“Enormes aumentos nos preços da energia estão levando a perdas dramáticas no poder de compra e ameaçam tornar a produção não lucrativa em muitas empresas”, disse a DIW Berlin, de acordo com a agência de notícias Xinhua.

A taxa de inflação da Alemanha subiu para um recorde de 7,9% em agosto, de acordo com o Departamento Federal de Estatística (Destatis). Isso foi impulsionado pelo aumento dos preços dos produtos energéticos, que subiram 35,6% ano a ano.

A crise energética está se tornando o maior problema para a indústria alemã. “Para algumas empresas, pode surgir em breve a questão de saber se atualmente vale a pena manter a produção”, alertou a especialista econômica da DIW Laura Pagenhardt.

Ao mesmo tempo, as encomendas domésticas e internacionais começaram a diminuir. “Pelo menos os gargalos até então persistentes nas cadeias de suprimentos internacionais parecem estar diminuindo gradualmente, permitindo que a ainda alta carteira de pedidos seja processada com mais eficiência”, disse a DIW.

Economia mundial piorando em 2023. A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) disse na segunda-feira que o crescimento econômico global deve permanecer moderado no segundo semestre de 2022, antes de desacelerar ainda mais em 2023 para um crescimento anual de apenas 2,2%.

“Um fator-chave para desacelerar o crescimento global é o aperto generalizado da política monetária, impulsionado pela superação das metas de inflação acima do esperado”, explicou a OCDE em seu Panorama Econômico de setembro.

A organização observou que a inflação se tornou ampla em muitas economias. “Uma escassez mais grave de combustível, especialmente de gás, pode reduzir o crescimento na Europa em mais 1,25 ponto percentual em 2023 e aumentar a inflação europeia em mais de 1,5 ponto percentual”, observou. Enquanto isso, “a China continua tendo uma inflação relativamente baixa e estável”, acrescentou.

Uma terrível crise! Os bancos centrais dos países ocidentais, em uma tentativa de parar a inflação, estão elevando as taxas de juros, o que causa o colapso dos títulos públicos, escreve a Bloomberg.

"Os mercados de títulos soberanos em todo o mundo estão à beira de seu pior desempenho desde 1949, quando a Europa estava em ruínas, se recuperando após a Segunda Guerra Mundial", disseram especialistas do Bank of America.

O Federal Reserve (Fed) dos EUA e outros bancos centrais ocidentais pararam de manter a taxa de juros de referência perto do zero para apoiar a economia, como fizeram durante a pandemia.

Os EUA e os países europeus enfrentam uma inflação recorde em décadas. A imposição de sanções contra Moscou e a política de abandono dos combustíveis russos levaram a um aumento nos preços, principalmente do gás. Como resultado, a indústria no Ocidente perdeu grande parte de suas vantagens competitivas, o que afetou outros setores da economia.

A bomba plantada por Washington. A valorização do dólar está provocando alta nos preços das commodities básicas em outras moedas e quem sofre são os países importadores mais pobres, disse, em entrevista à agência russa Prime, Oleg Syrovatkin, analista da empresa de investimento Otkrytye Investitsii.

De acordo com suas palavras, neste caso, os países que importam matérias-primas terão que gastar mais dinheiro, fundos que poderiam ser alocados para o seu desenvolvimento. O dólar forte, ressalta o especialista, também aumenta as despesas públicas para pagar os empréstimos denominados na moeda americana.

Além disso, a maioria das importações no mundo, inclusive a compra de recursos energéticos e produtos alimentícios, é paga em dólares, mesmo que nem todos os produtos adquiridos sejam fabricados nos EUA.

Assim, quase todo o mundo depende da dinâmica do dólar de um jeito ou de outro e, para a economia mundial, a sua desvalorização é vantajosa.

Portugal continuou comprando petróleo e gás da Rússia. Depois do início da operação militar especial da Rússia na Ucrânia, empresas portuguesas teriam seguido importando significantes quantidades de petróleo e gás, e facilitado o transporte de carvão russo à Europa.

Portugal importou mais de 300.000 toneladas de hidrocarbonetos da Rússia depois que ela começou uma operação especial na Ucrânia e foram impostas sanções ocidentais em resposta, segundo reportagem de quinta-feira (29) do jornal português Público.

Os carregamentos teriam sido transportados em cinco navios que acabaram atracando no porto de Sines, sul de Portugal, e incluíam produtos petrolíferos e gás natural liquefeito (GNL).

Questionada pela Investigate Europe, a administração do porto confirmou os atracamentos, mas recusou indicar os nomes dos compradores do gás e petróleo.

O Público nota ainda que seis navios de bandeira portuguesa transportaram carvão entre portos russos e diversos países europeus. Os barcos pertenciam a duas empresas no Funchal, no arquipélago da Madeira português, e o Registo Internacional de Navios da Madeira oferece benefícios fiscais às que decidam criar uma sede na cidade e registar aí suas embarcações.

Regiões separatistas da Ucrânia dizem “sim”. “Sim” e “sim”. Após cinco dias de consulta popular, o processo de votação no referendo para determinar a incorporação das autoproclamadas repúblicas populares de Donetsk e Lugansk e das regiões de Kherson e Zaporíjia à Rússia foi encerrado, com massivo voto favorável à adesão à República Russa.

Com 100% das urnas apuradas, 98,42% dos eleitores de Zaporíjia, famosa por sua usina nuclear, optaram por ser parte da federação russa. Em Kherson, onde agressões foram registradas durante todo o processo eleitoral, 87,05% expressaram o desejo de se unir à administração de Moscou.

Em Donetsk, o “sim” venceu com 99,23% dos eleitores, enquanto em Lugansk foi registrado 98,42% de adesão.

Com relação à participação no referendo, em Donetsk, 97,51% das pessoas aptas a votar — no território libertado e também na Rússia, na condição de refugiados —, compareceram. Em Lugansk, a resposta foi dada por 92,6%. Em Zaporíjia o comparecimento foi de 85,4% e, em Kherson, que foi atacada militarmente durante todo o período eleitoral, 76,86%.

Para ter validade internacional, um referendo deve ter participação de mais de 50% dos eleitores, mais um.

Para iniciar o processo, a responsável pelo colégio eleitoral leu as regras acordadas para o referendo — quais cédula eram válidas, como seriam registrados os votos e qual o destino dos formulários com os resultados.

O primeiro processo foi a destruição de cédulas não utilizadas, conforme determina a regra da realização do referendo, para que não fossem adulteradas. Esse material foi selado em um envelope específico.

Na sequência, foi realizada a contagem dos eleitores que votaram para que, posteriormente, os números fossem checados com a quantidade de cédulas nas urnas. Lembrando que a contagem foi dividida por região. Foi possível acompanhar a contagem de votos de refugiados das regiões de Kherson e Zaporíjia que vivem em São Petersburgo e ao redor.

Escolha inequívoca! O presidente russo Vladimir Putin discursou antes da cerimônia de assinatura dos acordos sobre adesão dos territórios libertados à Rússia.

No discurso, o presidente russo expressou confiança de que a Assembleia Federal da Rússia apoiará as leis sobre a integração dos novos territórios à Rússia.

O líder russo relembrou que o direito de igualdade e de autodeterminação é fixado na Carta da ONU. As pessoas das repúblicas de Donetsk e Lugansk e das regiões de Kherson e Zaporozhie “fizeram sua escolha inequívoca”. De acordo com suas palavras, a população destes territórios tem um destino comum com a Rússia, e a Rússia "nunca as trairá".

“Agora, no decorrer dos referendos, o regime de Kiev ameaçou com represália e morte os professores de escolas e as mulheres que trabalharam nos colégios eleitorais, ameaçou com repressões os milhões de pessoas que foram manifestar a sua vontade. Mas o povo inquebrável de Donbass, Zaporozhie e Kherson articulou a vontade dele”, afirmou Vladimir Putin.

O presidente disse que a Rússia exorta o regime de Kiev a cessar imediatamente todas as hostilidades e voltar à mesa de negociações.

Putin reconhece independência das regiões. O presidente russo, Vladimir Putin, assinou nesta quinta-feira (29) os decretos sobre o “reconhecimento da soberania e independência do Estado” das regiões ucranianas de Kherson e Zaporozhye.

Os documentos foram publicados no portal de informações jurídicas da Rússia e já entraram em vigor.

Ambas as regiões, ocupadas pela Rússia durante a guerra da Ucrânia, realizaram referendos sobre a adesão à Federação Russa entre os dias 23 e 27 de setembro. Em Kherson, 87,05% dos eleitores foram favoráveis à integração à Rússia, enquanto em Zaporozhye o número foi de 93,11%.

Segundo a legislação russa, o reconhecimento das regiões de Kherson e Zaporozhye como Estados independentes era um passo necessário para possibilitar a oficialização da anexação dos territórios, da mesma forma que foi feito com as autoproclamadas Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk em 22 de fevereiro, dois dias antes do início da guerra na Ucrânia, que ocorre em 24 de fevereiro.

Putin assina acordos de adesão dos territórios. A cerimônia de assinatura dos acordos sobre a integração de novos territórios à Federação da Rússia ocorreu na sexta-feira (30), no Grande Palácio do Kremlin, em Moscou.

A independência das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk foi reconhecida pela Federação da Rússia no dia 21 de fevereiro de 2022, após as autoridades das RPD e RPL terem solicitado o pedido para Vladimir Putin. Em 22 de fevereiro, a Rússia ratificou os acordos de reconhecimento, cooperação e ajuda mútua com duas repúblicas de Donbass pelas ambas as câmaras da Assembleia Federal da Rússia, bem como pelos parlamentos das RPD e RPL.

Os referendos sobre a adesão à Rússia das regiões de Kherson e Zaporozhie foram realizados de 23 a 27 de setembro. Todos os quatro territórios que organizaram referendos votaram a favor de fazer parte da Rússia como divisões federais.

Após apuração de 100% dos votos, na RPD 99,23% dos votantes se manifestaram a favor da entrada, na RPL – 98,42%, na região de Kherson – 87,05% e na região de Zaporozhie – 93,11%.

Na quarta-feira (28), os líderes da república de Lugansk e da região de Kherson, Leonid Pasechnik e Vladimir Saldo, respectivamente, dirigiram-se ao presidente russo, em nome do povo, com um pedido para considerar a adesão de suas regiões à Federação da Rússia.

O que muda? Com a integração das regiões das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk (RPD e RPL), de Kherson e de Zaporozhie, o mundo está com olhos voltados para o equilíbrio do poder na Europa, a defesa territorial da Rússia e a operação militar especial na Ucrânia.

Logo em seguida à assinatura do presidente da Rússia, Vladimir Putin, dos acordos de adesão dos quatro territórios, o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, anunciou a formalização de um pedido para aceleração do ingresso de seu país à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).

A aliança militar, por sua vez, descartou o ingresso da Ucrânia, mas afirmou que vai prosseguir enviando armas e suprimentos bélicos para o vizinho da Federação da Rússia.

A grande questão na Europa, em sua percepção, é a situação da Alemanha, que é um nó central dentro da União Europeia (UE).

Analistas dizem que se a Alemanha quebrar em virtude do encarecimento da energia (porque ela não tem mais o gás barato da Rússia), isso vai impactar em toda a União Europeia. O motor econômico da UE é a Alemanha, e com ela em uma situação difícil, vai ficar muito complicado para os outros países se sustentarem economicamente. O cenário ainda está muito nebuloso, mas eu acredito que uma grande crise vai assolar a Europa.

Só para lembrar. Muita gente está se perguntando se o ocidente, em especial os EUA, vão aceitar a anexação dos territórios depois dos plebiscitos. Em uma rápida memória histórica, vamos lembrar outras anexações que foram reconhecidas pelo ocidente.

01) Em 2 de julho de 1990, o parlamento da Eslovênia declarou a soberania do território, e em 23 de dezembro foi realizado um referendo sobre a independência, com 88,5% de votos a favor. A Eslovênia declarou sua secessão da Iugoslávia em 25 de junho de 1991; 02) Em 19 de maio de 1991, a Croácia realizou um referendo sobre a secessão da Iugoslávia, com 90% dos votos a favor. Em 15 de junho, o parlamento croata aprovou uma resolução de secessão da Iugoslávia, e em janeiro de 1992 os países da então Comunidade Econômica Europeia, hoje União Europeia, reconheceram a independência da Croácia; 03) Em 8 de setembro de 1991, a Macedônia apoiou com 74% dos votos em um referendo sobre a secessão da Iugoslávia, e em 17 de setembro o parlamento declarou a Macedônia um Estado independente; 04) Em 15 de outubro de 1991, o parlamento da Bósnia e Herzegovina aprovou um memorando sobre soberania. De 29 de fevereiro a 1º de março de 1992, houve um referendo sobre a independência, com 63% a favor, apesar de um boicote dos moradores sérvios; 05) Em 28 de julho de 1989, o Conselho Supremo da Letônia declarou soberania, e em 3 de março de 1991 foi realizada uma “consulta eleitoral sobre independência”, com 88% dos votantes a favor, apesar de seus resultados supostamente não terem importância. Isso só para citar algumas que foram reconhecidas.

Sem falar na anexação do Texas que fazia parte do México, até que os colonos estadunidenses apoiados pelos EUA se revoltaram e assumiram o controle de todo o estado. Em 1836, uma convenção de “representantes do povo do Texas” proclamou sua secessão do México. O território tentou se juntar aos EUA, mas a Casa Branca rejeitou a ideia. No entanto, após Texas se estabelecer como um país independente, Washington mudou de ideia e o anexou em 1845, o que levou a uma guerra com o México entre 1846 e 1848, que os EUA venceram.