quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

Cinema Filme mostra realidade do encontro histórico dos sem-terrinha em Brasília

Cinema

Filme mostra realidade do encontro histórico dos sem-terrinha em Brasília

Documentário da Brigada de Audiovisual Eduardo Coutinho, do MST, é lançado um dia após os ataques da Record e retrata a alegria de quem, desde cedo, reconhece o valor de sua história

 
12/02/2019 13:22
Ato sem Terrinha: Evento reuniu 1.200 estudantes
Créditos da foto: Ato sem Terrinha: Evento reuniu 1.200 estudantes "sem-terrinha" em Brasília no ano passado e levou manifesto ao MEC (Elitiel Guedes/MST)
 
São Paulo – Num palco, crianças tímidas leem seus textos. Sorriso no rosto e brilho no olhar expressam o orgulho de viver um momento tão especial.

As imagens do documentário Brincar, Sorrir, Lutar!poderiam ser confundidas com a festa de final de ano em alguma grande escola. Mas as palavras que brotam dos discursos e entrevistas dizem mais sobre a realidade dos 1.200 sem-terrinha que se reuniram, no final de julho de 2018, em Brasília, para falar do seu ponto de vista da luta que ajudam a travar.

Lançado nesta segunda-feira (11), o filme tem pouco mais de 15 minutos. Menos que o tempo gasto pela Record numa reportagem que chocou pela agressividade contra o 1º Encontro Nacional das Crianças Sem Terrinha.

Produzido pela Brigada de Audiovisual Eduardo Coutinho, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o documentário retrata os tem-terrinha como eles são. Dançar, correr, gritar, pular, brincar, cantar sem esquecer que dessa rotina faz parte a busca da terra para cultivar, com alimento saudável, sem veneno, saúde. Também entre os pedidos das crianças, elencados em manifesto ao final do encontro, mais escolas no campo, ônibus escolar, participação nas decisões dos sem-terra adultos. Os sem-terrinha querem cultivar sabedoria.



*Publicado originalmente na Rede Brasil Atual

REQUIÃO: FALE, BEBIANNO, E NOS LIVRE DESSE HORROR

Esse é o desgoverno do deboche.

Piauí Herald: Donata Meirelles é convidada para a secretaria da Igualdade Racial do governo Bolsonaro

Publicado em 14 fevereiro, 2019 10:22 pm
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“Inaceitável” e “nazista” dizem especialistas sobre doação compulsória de órgãos

14 DE FEVEREIRO DE 2019, 23H17

“Inaceitável” e “nazista” dizem especialistas sobre doação compulsória de órgãos

Deputado Daniel Silveira (PSL-RJ), que ficou famoso ao rasgar placa em homenagem a Marielle, propôs doar compulsoriamente órgãos e tecidos de mortos por policiais e de cadáveres com indício de morte por ação criminosa
“Inaceitável” e “reedição do nazismo” foram avaliações de especialistas na área de direitos humanos consultados por Fórum sobre projetos de lei do deputado Daniel Silveira (PSL-RJ) prevendo a doação compulsória de órgãos. O parlamentar, que ficou famoso ao rasgar placa em homenagem à vereadora do PSOL Marielle Franco, propôs doar compulsoriamente órgãos e tecidos de mortos em confronto com policiais e de cadáveres com indício de morte por ação criminosa.
“Isso é inaceitável. Vai gerar mortes encomendadas de pessoas pobres, jovens, moradores da periferia. Alguém precisa de um fígado, um rim ou um coração vai contratar policiais pra matarem alguém. É um estímulo à violência da polícia, tipo ‘salve uma pessoa de bem matando um bandido’”, disse à Fórum o advogado Ariel de Castro Alves, especialista em direitos humanos pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo e membro do Conselho Estadual de Direitos Humanos do estado.
O advogado destacou, ainda, o desvirtuamento de um tema importante como a doação de órgãos. “A doação de órgãos não é compulsória. Depende da manifestação da pessoa em vida e do consentimento da família. Os corpos dos mortos, independente quem for, não são do estado, e sim dos seus familiares”, afirmou.
Afirmou, ainda, que os projetos ferem vários princípios constitucionais, como o da dignidade da pessoa humana, da liberdade e da inviolabilidade da intimidade, vida privada e da imagem das pessoas. Além disso, Ariel lembrou a existência do Decreto Lei 2.848 de 1940, que prevê pena de detenção de um a três anos e multa por vilipêndio de cadáver.
“Essa proposta é totalmente inconstitucional e ilegal. Uma aberração total. Mais um parlamentar que quer se promover com propostas absurdas e grotescas. Infelizmente esse tipo de parlamentar tem público e respaldo desse governo constrangedor, leviano e vergonhoso”, lamentou.
Desserviço à democracia
Felipe Freitas, doutorando em direito pela Universidade de Brasília (UnB) e pesquisador do Grupo de Pesquisa em Criminologia da Universidade Estadual de Feira de Santana, afirmou que a regra de disponibilidade de órgãos, mesmo pós-morte, é o respeito à vontade da pessoa.
“Qualquer coisa diferente disso é reeditar sistemas perversos na história da humanidade como o nazismo”, disse. Ele acredita que dificilmente os dois projetos de lei irão adiante.
“É uma proposta esdrúxula de um deputado violento e inexpressivo que quer obter visibilidade à custa de propostas toscas. Portanto, espero que o projeto seja arquivado já na CCJ [Comissão de Constituição e Justiça]”, destaca. No entanto, acredita que a mera proposição de algo do tipo é “um desserviço à democracia”.
“É verdade que os parlamentares devem representar diferentes visões de mundo e que é cabível que em parlamentos democráticos setores de direita mais radical estejam representados. No entanto, é preciso que todas as visões políticas contidas no parlamento estejam contidas dentro do marco da constitucionalidade”, afirmou.
“A eleição deste tipo de parlamentar diz muito sobre um certo ódio social que o Brasil sempre cultivou e que aflora no momento da crise de modo visceral e explosivo. Isso pra mim ajuda a entender a eleição desses parlamentares, que não têm um projeto efetivo para garantia de direitos e que debocham da cidadania ao desenvolver condutas como essa de quebrar a placa em homenagem a Marielle. Figuras como este deputado passam a representar um tipo de catarse onde o desejo de segurança das pessoas toma forma de ódio contra os mais pobres e não a forma de luta por direitos e por cidadania”, acrescentou.

Após 11 meses, Anistia Internacional pressiona por solução de assassinatos de Marielle e Anderson

Após 11 meses, Anistia Internacional pressiona por solução de assassinatos de Marielle e Anderson

 
Após onze meses se solução, a Anistia Internacional amplia a pressão pela solução dos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Pedro Gomes. Eles foram mortos a tiros no centro do Rio de Janeiro depois um evento político.
O bárbaro crime completou nesta quinta-feira (14) 11 meses sem conclusão, sem que a autoria fosse determinada.
“O assassinato de uma defensora dos direitos humanos não é apenas o assassinato de uma pessoa, é um ataque aos direitos como um todo”, diz Renata Neder, coordenadora de pesquisa da Anistia Internacional Brasil.
No mês de janeiro passado, o jornal Folha de S. Paulo chegou a divulgar um powerpointapontando o clã Bolsonaro como parte de organização criminosa e de milícia no Rio. Segundo o jornalão, familiares do presidente da República teriam ligação com suspeitos de matar Marielle e Anderson.
As investigações são resguardadas por sigilo. Não faltam hipóteses para o crime. O mais provável, segundo investigadores e autoridades que acompanham o assunto, é que o crime tenha sido cometido por milicianos.
Em nota, o Comando Militar do Leste informou que as investigações estão com a Secretaria Estadual da Polícia Civil. Por sua vez, a Polícia Civil disse, também em comunicado, que as investigações sobre o caso Marielle estão sob sigilo. A Polícia Federal afirmou que não comenta.
Paralelamente, o PSOL, partido de Marielle, trabalha para instalar a CPI das Milícias na Câmara Federal.

Mulher que ajudou em acidente de Boechat luta contra doença rara


Redação Pragmatismo
SAÚDE14/FEB/2019 ÀS 14:53COMENTÁRIOS

Mulher que ajudou em acidente de Boechat luta contra doença rara

A coragem de Leiliane na cena da tragédia contrastou com a apatia de diversos homens, que apenas observavam ou faziam registros fotográficos. O que ninguém sabia é que ela sofre de uma doença rara e também luta pela vida

Leiliane doença rara mulher boechat
Ilustrador Angelo France fez desenho de Leiliane
A vendedora Leiliane Rafael da Silva, 28, ganhou destaque na imprensa após ser flagrada arriscando a própria vida para ajudar a retirar das ferragens o motorista do caminhão que colidiu com o helicóptero que levava o jornalista Ricardo Boechat.
A coragem da mulher contrastava com a apatia de diversos homens que apenas observavam a cena e até faziam registros fotográficos e vídeos. Leiliane acabou sendo inspiração para o artista Angelo France, cuja ilustração sobre a vendedora viralizou nas redes sociais (veja aqui).
Leiliane precisou dar muitas entrevistas após a tragédia e é considerada pela polícia uma das principais testemunhas do episódio. O que muita gente não sabia é que aquela mulher forte sofre de uma doença rara e também luta para sobreviver.
Leiliane recebeu o diagnóstico de Malformação Arteriovenosa (MAV) em novembro do ano passado, pouco mais de um mês após dar à luz Livia, hoje com 4 meses. “O primeiro hospital chegou a chamar minha família e falar que eu tinha um tumor cerebral maligno e que eu não tinha chance de vida.”
As malformações arteriovenosas (MAVs) são uma doença rara, provocada por defeitos no sistema circulatório, uma anormalidade vascular, que atinge principalmente o cérebro. Os sintomas mais comuns são dor de cabeça crônica, tontura, convulsões, hemorragia, perda da coordenação motora e até perda de memória.
A doença pode ser tratada com cirurgia transcraniana; tratamento endovascular por cateterismo e radiocirurgia — radiação que atinge exclusivamente o tecido cerebral doente.
“Já tinha tido minha filha e, em novembro, comecei a sentir que estava doente. Começou a adormecer o braço direito, depois a perna direita, depois a voz começou a ficar enrolada, até eu ter a convulsão e ir parar no hospital. Ninguém sabia o que eu tinha”, disse ela em entrevista ao G1.
Leiliane define a si mesma como “ligada no 220 V” e disse que pretende viver muito ainda. “Não vou morrer agora, não vou mesmo. Tenho 28 anos e se as veias não estouraram até agora, não vai estourar mais. Quero viver, quero ver meus filhos crescerem, quero ver netos. Tenho de durar muito tempo, pelos menos até uns 70 anos”.

Tratamento

Depois de ficar conhecida nacionalmente pela força e coragem, Leiliane vai ganhar acompanhamento de um médico especializado. Um neurocirurgião que tomou conhecimento da sua doença a procurou e se ofereceu para fazer o tratamento e a cirurgia.
Nas redes sociais, Leiliane agradeceu todo o carinho que tem recebido nos últimos dias. Em uma das postagens, ela dispensou o título de heroína. “Não fiz mais do que minha obrigação como ser humano de ajudar o próximo”, disse.

Tragédia

A aeronave na qual estava o jornalista Ricardo Boechat fez um pouso de emergência na última segunda-feira (11/2) e foi atingida por um caminhão no Rodoanel, região norte da cidade de São Paulo.
A explosão, segundo o capitão Paiva, da Polícia Militar de São Paulo, foi resultado da colisão após a tentativa de pouso. Além de Boechat, o piloto do helicóptero, Ronaldo Quattrucci, morreu no acidente. O motorista do caminhão ficou ferido.
A morte do âncora da Band News causou comoção no país e no mundo. Políticos, artistas, colegas de profissão e o público em geral lamentaram a partida de Boechat.

PSL ABRE GUERRA CONTRA O CLÃ E ALEXANDRE FROTA PEDE QUEIROZ PRESO (!?)

PT apresenta pacote de medidas para sustar decreto de Bolsonaro que facilita posse de arma

14 DE FEVEREIRO DE 2019, 11H24

PT apresenta pacote de medidas para sustar decreto de Bolsonaro que facilita posse de armas

Entre as propostas apresentadas por congressistas do PT está revogar decreto que afrouxa exigências para posse de arma de fogo e a retomada da política de valorização do salário mínimo
Fotos: Alessandro Dantas/ PT no Senado
A bancada do PT no Senado quer suspender o polêmico decreto de Jair Bolsonaro e Sérgio Moro que flexibilizou a posse de armas a brasileiros. A ação faz parte de um pacote de medidas apresentadas na manhã desta quinta-feira (14) pelo vice-líder do partido no Senado, Rogério Carvalho (PT/SE) e por Paulo Rocha (PT/PA).
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Segundo esses congressistas, a flexibilização da posse de armas de fogo atenta contra a segurança da população. Os petistas também criticaram a medida assinada pelo vice-presidente, Hamilton Mourão, que ampliou o número de pessoas autorizadas a decidir sobre o sigilo de dados públicos.
“Não se combate corrupção sem transparência. E um dos primeiros atos dessa gestão foi tornar sigilosos documentos que deveriam estar à disposição de toda a sociedade para acompanhar o funcionamento do governo”, criticou Carvalho.
Sobre as propostas
Em relação ao salário mínimo, o projeto petista veda o cálculo da inflação por estimativa e torna obrigatório pelo menos 1% de ganho real — acima da inflação — no calculo do reajuste do salário mínimo.
Na área de tributação o partido pretende isentar integralmente do Imposto de Renda todas as pessoas físicas que ganham até cinco salários mínimos. O PT quer também a volta da cobrança de Imposto de Renda sobre os lucros e dividendos que os donos ou sócios de grandes empresas recebem a título de remuneração. Pela proposta do PT, esses valores serão tributados em 20%.

Fonte: blog do George Marques