quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

LAVA JATO ACABOU COM A DEMOCRACIA, DIZ O JURISTA AFRÂNIO JARDIM


Temer, a quem ninguém chorará

Temer, a quem ninguém chorará

Michel Temer parece fadado a ser um destes personagens que a história lançará no quarto de despejo.
Mesmo que Jair Bolsonaro seja um grotesco reacionário, Michel Temer, sem ser tão reacionário como o sucessor, ganha dele porque junto a pompa à mediocridade.
No fecho de seu período como usurpador da Presidência, presenteia-se com memoriais não se sabe do quê e pronunciamentos que ninguém ouve ou lê.
Já não é o homem “bonito” ou “romântico” com que os bajuladores da mídia o alcunhavam – com o perdão do trocadilho – no início, quando tudo seriam flores de pois do “desastre Dilma”.
Alguns colunistas “sinceros” ainda têm a decência de reconhecer que ele prestou “bons serviços”: cortou os gastos sociais, iniciou a preparação da venda de nosso petróleo, entregou a Embraer e o que resta como estatal do setor elétrico para a venda.
De “quebra”, ajudou a desmoralizar a política, com a sua pequenez sempre cercada de imundícies ministeriais.
Mas Temer é um caso perdido para a História, como Café Filho, que reverteu a política econômica varguista com nomes como Eugênio Gudin e Otavio Gouveia de Bulhões,personagens reacionários que, numa definição interessante de Paulo Nogueira Batista Jr, valia a pena ler, mesmo discordando, em lugar dos “gestores” de hoje mais perto da condição de contadores que da de economistas.
Michel Temer é um hiato.
Viverá seus últimos momentos de notoriedade, talvez, com a prisão temporária que algum juiz de 1a. instância, se for surdo aos conselhos de que, pelos serviços prestados, não a merece. Mas logo será relaxada por algum ministro dos Tribunais Superiores, atentos como sempre a quem serve ao verdadeiro poder deste país.
Mas que não se conte muito com isso, porque é costume de quem não tem virtudes a mostrar apontar defeitos alheios. Tanto que, diz a Folha, o novo governo prepara um “pente-fino” para “reavaliar os atos normativos legais ou infralegais publicados nos últimos 60 (sessenta) dias do mandato anterior”.
Ou seja, as lambanças da turma que não tem futuro ou tem apenas o governo João Dória como esconderijo.
Temer, “acostuma-te à lama que te espera!”: bem cair-lhe-ia o verso de Augusto dos Anjos, se à lama Michel Temer não fosse acostumado, nos ambientes de penumbra.
Algum bem, entretanto, Temer deixa ao Brasil. É das poucas figuras que desestimula à sordidez, à traição, à vaidade, ao cinismo.
Ele mérito, com Justiça, reconheça-se: Temer é um bom mau exemplo para as novas gerações.

TOMA LÁ, DÁ CÁ: Presidente do DEM, ACM Neto dá secretaria para marido de deputada do PSL

Presidente do DEM, ACM Neto dá secretaria para marido de deputada do PSL

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Três meses depois de conquistar 136 mil votos com um discurso contra a corrupção e o fisiologismo, a deputada federal eleita Dayane Pimentel (PSL-BA), 32, já tem um cargo para chamar de seu.
O prefeito de Salvador e presidente nacional do DEM, ACM Neto, nomeou nesta quinta-feira (27) Alberto Pimentel, marido de Dayane Pimentel, para ocupar a secretaria do Trabalho e Esportes da prefeitura de Salvador.
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A costura já vinha sendo feita há algumas semanas, num movimento que aconteceu paralelamente à aproximação do DEM com o presidente eleito Jair Bolsonaro.
A nomeação pavimenta a aliança entre DEM e PSL na Bahia, fortalecendo o indicativo de que os dois partidos caminharão juntos na esfera nacional.
Ao justificar a indicação de Alberto Pimentel para a prefeitura, ACM Neto destacou a experiência do futuro secretário.
“É um quadro técnico, com vinculações políticas. Se agrega. Tem uma bela experiência na iniciativa privada”, afirmou o prefeito, em entrevista à rádio Metrópole na última semana.
Com 36 anos, Alberto Pimentel, marido de Dayane, é sócio de uma loja de perfumes e cosméticos no centro de Feira de Santana (distante 109 km de Salvador) e não tem militância política na capital baiana. O PSL não tem nenhum vereador na Câmara Municipal de Salvador.
Procurados, Dayane e Alberto Pimentel não atenderam às ligações da reportagem. Em uma rede social, Dayane comemorou a nomeação do marido.
“Tenho certeza que Alberto irá, dentro de seus anseios direitistas republicanos, contribuir imensamente através de seu trabalho e compromisso. […] Através desses espaços iremos mostrar o quanto somos capazes de gerar resultados positivos. Parabéns ao prefeito pela escolha”, disse.
Eleita deputada federal com 136 mil votos, quarta maior votação na Bahia, Dayane Pimentel nunca tinha disputado cargos eletivos e foi eleita deputada na esteira da popularidade do presidente eleito Jair Bolsonaro.
Professora, ela notabilizou-se na internet nos últimos dois anos após gravar vídeos nos quais tietava Jair Bolsonaro. Diz ser uma ex-esquerdista que foi convertida aos valores de direita após uma temporada nos Estados Unidos.
Os vídeos gravados por Dayane chegaram ao então deputado federal Bolsonaro, que quis conhecê-la pessoalmente. Meses depois, estava comandando o PSL da Bahia.
Antes da eleição, Dayane chegou a ser cotada para vice de Bolsonaro. Mulher e nordestina, era considerado o perfil ideal para ajudar Bolsonaro a avançar nessas duas fatias do eleitorado. A ideia foi deixada de lado porque Dayane ainda não tem os 35 anos exigidos pela Constituição para quem disputa o cargo.
Da FSP

Não há elementos para prisão, diz delegada de caso de agressão filmada

27 DE DEZEMBRO DE 2018, 17H27

Não há elementos para prisão, diz delegada de caso de agressão filmada

“Se Victor difamar ou desqualificar L.S. na internet ou perturbar o trabalho de investigação, por exemplo, ele pode ser preso”, afirmou a delegada Ana Elisa Gomes da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam)
A delegada Ana Elisa Gomes da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) disse que o piloto Victor Augusto do Amaral Junqueira não foi preso por falta de elementos. Ele aparece em vídeo que viralizou na internet agredindo a ex-namorada, a advogada Luciana Sinzimbra.
“O inquérito foi concluído na sexta-feira e remetido ao poder judiciário na data de hoje [quarta]. A vítima foi orientada sobre as medidas protetivas de urgência enquanto as investigações estão em andamento”, afirmou Ana Elisa ao Mais Goiás.
Segundo a delegada, não há elementos para prisão porque Victor “não está prejudicando o trabalho dos investigadores ou praticando outros crimes contra a vítima. O fato não foi em flagrante, ele tem residência fixa e compareceu à delegacia acompanhado de um advogado, portanto não ocorrerá a prisão por hora”.
Ana Elisa ainda destacou que “se Victor difamar ou desqualificar L.S. na internet ou perturbar o trabalho de investigação, por exemplo, ele pode ser preso”. De acordo com a delegada, o mais importante antes de questionar o porquê de Victor não estar detido, é saber que a vítima foi à delegacia e todo atendimento foi feito de imediato. “As diligências foram feitas e agora o inquérito será concluído.”

A era Bolsonaro rebaixou e desmoralizou até os laranjas

A era Bolsonaro rebaixou e desmoralizou até os laranjas. Por Moisés Mendes

 
Fabrício Queiroz, um chinelão
PUBLICADO ORIGINALMENTE NO FACEBOOK DO AUTOR
Cheguei a pensar que Fabrício Queiroz seria alguém com o glamour do malandro carioca. O laranja com ginga, uma mistura musical e cinematográfica do trambiqueiro da Lapa e da empáfia do policial militar com anos de rua e quartel.
Imaginei que Queiroz seria um Zé Carioca capaz de passar a conversa nos eleitores dos Jardins e do Parcão que votam em Bolsonaro e até nos que sabiam que era um operador da família. Esperava que Queiroz tivesse um mínimo de capacidade de argumentação e convencimento.
Cheguei a temer que ele surgisse de repente e hipnotizasse o Brasil com sua conversa de pilantra que aprendeu a movimentar fartos dinheiros com a maestria dos melhores estelionatários cariocas.
Mas Queiroz me decepcionou. Nem amador ele é. Queiroz é um chinelão que desonra os ajudantes de corruptos, os laranjas com um mínimo de categoria como contraventores. Seria bom se não tivesse aparecido. Que continuasse escondido.
Queiroz ofende mulas e laranjas, o PC Farias de Collor, o Paulo Preto de José Serra, o Rocha Loures do jaburu, o primo de Aécio, o Pedro Barusco que roubava para os tucanos na Petrobras.
Queiroz é um laranja charlatão que achou, como seus chefes deviam achar, que nunca seria pego, porque nem os Bolsonaros acreditavam que o líder do clã seria um dia presidente.
Queiroz, o cara de negócios, é a cara dos Bolsonaros. Como um deles era seu comandante, espero que não se ofendam com o elogio. Estamos diante da maior chinelagem produzida pela política brasileira.
O motorista-cofre que arrecadava dinheiro e repassava trocos para a mulher de Bolsonaro é a imagem e o caráter do Brasil bolsonarista.
É alguém sem condições de entrar na galeria de retratos dos grandes laranjas verde-amarelos.
Queiroz não é nem mesmo uma goiaba. O motorista faz-tudo que movimentou R$ 1,2 milhão materializa a imagem do governo antes do governo existir.
A extrema direita rebaixou e desmoralizou até os laranjas.
.x.x.x.x.
Moisés Mendes, jornalista, trabalhou para alguns dos mais importantes jornais do Rio Grande do Sul.