quarta-feira, 15 de agosto de 2018

STJ SOLTA CANDIDATO PRESO NA PAPUDA E PERMITE SUA CANDIDATURA

Lava Jato: STF decide que denúncias baseadas apenas em delação devem ser rejeitadas

Lava Jato: STF decide que denúncias baseadas apenas em delação devem ser rejeitadas

Publicado em 14 agosto, 2018 7:50 pm
O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (Foto: Carlos Moura/STF)
Uma decisão tomada nesta terça-feira pelo Supremo Tribunal Federal (STF) deve reduzir o fôlego das investigações da Lava-Jato. Por três votos a um, os ministros da Segunda Turma, que conduz os processos sobre os desvios da Petrobras, declarou que uma denúncia baseada apenas em delação premiada não pode ser recebida. Ou seja, se houver apenas os depoimentos dos delatores e as provas apresentadas por ele, um inquérito não pode ser transformado em ação penal — e, portanto, deve ser arquivado.
Foi com essa tese que a Segunda Turma rejeitou nesta terça-feira uma denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o senador Ciro Nogueira, presidente do PP do Piauí, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro na Lava-Jato. Para a maioria dos ministros não havia prova suficiente para justificar a abertura da ação penal. Em julgamentos anteriores, o colegiado tinha esse entendimento em relação à condenação de um réu. Agora, também há restrição às delações sozinhas para uma fase anterior: a da transformação de inquérito em ação penal.
A tese foi levantada pelo ministro Dias Toffoli e recebeu o apoio de Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski. Como de costume, o relator da Lava-Jato, Edson Fachin, ficou isolado no julgamento em defesa do recebimento da denúncia. Celso de Mello, que também integra a Segunda Turma, não compareceu à sessão. A maioria dos ministros alegou que a lei de delações premiadas não permite a condenação de um réu com base apenas nos depoimentos de colaboradores.
Fachin alertou para o fato de que, nesse momento, estava em jogo apenas a abertura da ação penal, e não a condenação do investigado. Os demais ministros, no entanto, concordaram que se não houver uma prova mínima que possa levar à condenação depois das investigações, não seria o caso de abrir a ação.

(…)

Fonte: DCM

"BOMBA - EX-CHEFÃO DA GLOBO CONFESSA GLOBO ODEIA LULA"

https://youtu.be/hOXaQf7rFPY

PASTORAIS SOCIAIS DA IGREJA CATÓLICA DENUNCIAM GOLPE E PRISÃO DE LULA

#LULAÉCANDIDATO Presente na marcha, Dirceu diz que Lula está firme e digno. 'Ele comanda a luta'


#LULAÉCANDIDATO

Presente na marcha, Dirceu diz que Lula está firme e digno. 'Ele comanda a luta'

Ex-ministro participa de caminhada para apoiar registro candidatura no TSE e enaltece resistência. "Lula é exemplo para todos nós. Não me arrependo de me manter firme e do lado certo da história"
por Redação RBA publicado 15/08/2018 16h57, última modificação 15/08/2018 18h14
MARIANA ZOCCOLI
Marcha Lula Livre
Caminhada com multidão percorreu Esplanada em clima pacífico
CLÁUDIA MOTTAJosé Dirceu
Dirceu elogia protagonismo dos sem-terra. 'Mostram a força da maioria que temos no país para eleger o Lula'
Brasília – "Dentro do cárcere também se combate, mantendo-se de pé, com dignidade e continuando a luta. O Lula está dando exemplo para nós todos." A avaliação é do ex-ministro José Dirceu, presente à Marcha Lula Livre desde o início da caminhada, no início da tarde desta quarta-feira (15), que vai culminar no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com o ato de registro da candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República.
Segundo Dirceu, Lula segue no comando. "Está firme, sereno, tranquilo e está no comando. Está articulando, nos orientando e combatendo", afirmou.
O ex-ministro, também ele alvo de perseguição judicial e de encarceramentos desde a crise do chamado "mensalão" e continuados com a Lava Jato, mencionou a atitude de se manter "firme" ao lado do que acredita – "o lado certo da história" –, em referência ao ambiente de pressões por meio da qual operadores da Justiça tentam extrair depoimentos e delações que convenham à estratégia dos acusadores.
"Não me arrependo em nenhum momento de ter ficado firme, porque isso aqui mostra que nós temos do nosso lado o povo trabalhador", enfatizou. "A coragem de estar aqui quem me dá é o apoio e a solidariedade da militância e a certeza de que estamos do lado certo da história, o lado do povo."
Muito assediado e procurado por participantes da marcha, Dirceu afirmou tratar-se um momento de extrema felicidade, por coroar uma relação de muitos anos de militância em um momento histórico para o país. E fez questão de elogiar o protagonismo do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) na manifestação.
"Marchamos pela liberdade do presidente Lula, que a gente vai conquistar. É só o começo. E fico muito orgulhoso da importância dos sem-terra nesse movimento, mostrando a força da maioria que temos no país para eleger o Lula. Por isso querem bani-lo da vida política. Mas nós vamos lutar, libertá-lo e elegê-lo presidente", afirmou.
Dirceu defendeu a escolha de Fernando Haddad como vice de Lula na chapa e também a estratégia que inclui a presença da deputada gaúcha Manuela D'Ávila (PCdoB) na chapa, como possível vice de Lula ou de Haddad. Mas observa que tudo terá seu tempo. 
"Temos que lutar para registrar o Lula e torná-lo candidato. No caso de não acontecer, nós já temos a indicação do Fernando Haddad, que vai assumir essa bandeira. Mas agora é hora do registro do Lula", ressalta, sugerindo que o ex-prefeito de São Paulo, como vice, percorra o Brasil junto com a Manuela e com todos as demais força partidárias e sociais apoiam o Lula.
"A Manuela, além de ser uma mulher, parlamentar, mãe, representa também o acúmulo histórico do PCdoB. E essa aliança cria base para uma aliança mais ampla, além do PCdoB, com PSB, Psol e outros para o segundo turno", acredita.

Confira também o vídeo


https://youtu.be/J3HMLmireNA
Com reportagem de Cláudia Motta, especial para a RBA

ELEIÇÕES 2018 Milhares de pessoas "registram" Lula candidato

ELEIÇÕES 2018

Milhares de pessoas "registram" Lula candidato

Movimentos populares reúnem 50 mil em Brasília, para acompanhar o ato de registro no TSE

Brasil de Fato | Brasília (DF)
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"Uma mentira não é capaz de destruir com uma relação de 40, 50 anos com o povo”, disse Fernando Haddad, candidato a vice de Lula / Matheus Alves
Pela primeira vez na história do Brasil, um candidato a presidente é registrado na companhia de milhares de brasileiros e brasileiras. Nesta terça-feira (15), cerca de 50 mil pessoas se concentraram em Brasília, para protocolar o registro da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República pelo Partido dos Trabalhadores (PT).
A entrega do pedido de registro junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foi feita por uma comissão liderada pela presidenta do PT, a senadora Gleisi Hoffmann, a ex-presidenta Dilma Rousseff, o candidato a vice na chapa Fernando Haddad, ex-prefeito de São Paulo, e a parceira de coligação, a deputada federal do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), Manuela D'Ávila.
Entre os manifestantes, participaram do ato os mais de cinco mil trabalhadores rurais que marcharam por mais de 50 quilômetros nos últimos cinco dias, culminando na capital federal.
Kelli Mafort, da direção nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), afirmou que a mobilização em Brasília superou as expectativas e demonstrou que o povo brasileiro sabe o que quer.
“Quem está aqui hoje fazendo essa luta está representando aqueles milhares e milhares de brasileiros e brasileiras que já manifestaram que querem eleger presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva. E essa é uma luta histórica, porque mostra que o registro de uma candidatura não deve ser apenas um ato burocrático. Mas uma construção coletiva, como a que estamos vendo hoje”, afirmou.
Fernando Haddad disse que a consolidação da candidatura de Lula é uma demonstração de que a estratégia golpista está perto do fim.
“Eles queriam que o povo desistisse do Lula. Eles queriam a todo custo que o povo esquecesse do Lula. Mas o povo conhece o Lula. Uma mentira não é capaz de destruir uma relação de 40, 50 anos com o povo”, disse Haddad, que ainda leu uma mensagem, enviada por Lula.
"A partir de amanhã vamos percorrer o Brasil. Cada um de vocês terá que ser Lula caminhando pelo Brasil, fazendo campanha", escreveu o agora candidato, preso político desde o dia 7 de abril em Curitiba.
Pouco antes de entrar no prédio do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a senadora paranaense Gleisi Hoffmann, falou aos manifestantes.
“Estamos aqui de cabeça erguida, para dizer a eles [a direita] que nós não temos medo. Acreditamos no povo brasileiro. O registro dessa candidatura é uma vitória para nós”, declarou.
Edson Carneiro, membro da intersindical e do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), que tem candidato próprio à Presidência, também esteve no ato em Brasília e destacou a necessidade de defender a liberdade e o direito de Lula ser candidato.
“Nós temos claro que a tentativa do Judiciário, da Rede Globo, da direita, do sistema financeiro de impedir a candidatura do ex-presidente Lula é uma ação que busca aprofundar a retirada de direitos e consolidar o golpe. Portanto, nós não temos dúvidas em estar aqui para dizer que o presidente Lula tem o direito legítimo de ser candidato. E não é um direito só dele, mas dos milhões e milhões de brasileiros que querem votar nele”.
Parlamentares, governadores, artistas, intelectuais, representantes de movimentos populares e sindicais também estiveram presentes no ato em frente ao TSE.
Edição: Cecília Figueiredo