quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

Batochio lista as incoerências da condenação de Lula no TRF4





https://youtu.be/4hy4biRnKqY

20 Minutos - Quais os cenários depois do julgamento de Lula?




https://youtu.be/i0BQ9SZx_iY

Quem estava no jantar do Poder 360 no qual a ministra Cármen Lúcia arremeteu contra Lula


Quem estava no jantar do Poder 360 no qual a ministra Cármen Lúcia arremeteu contra Lula

Quando você quer saber como foi uma festa, comece olhando a lista de convidados. A principal notícia de hoje é afirmação da presidenta do STF, Cármen Lúcia, de que o órgão se apequenaria se debatesse agora a regra da prisão após segunda instância. Porque isso beneficiaria Lula. A ministra falou isso num rega bofe organizado pelo site Poder 360, que não tem uma publicidade sequer (pausa pra gargalhadas, como diria o Paulo Nogueira). Mas taí a lista de convidados do jantar. E termino assim, sem fazer comentários. Deixo-os pra vocês leitores.
Estiveram presentes, além da presidente do STF, Cármen Lúcia, e da assessora Mariangela Hamu, os executivos André Araújo (presidente da Shell no Brasil), Flávio Ofugi Rodrigues (chefe de Relações Governamentais da Shell), Tiago de Moraes Vicente (Relações Governamentais e Assuntos Regulatórios da Shell), André Clark (presidente da Siemens no Brasil), Camilla Tápias (vice-presidente de Assuntos Corporativos da Telefônica Vivo), Wagner Lotito (vice-presidente de Comunicação e Relações Institucionais da Siemens na América Latina), Victor Bicca (diretor de Relações Governamentais da Coca-Cola Brasil), Camila Amaral (diretora jurídica da Coca-Cola Femsa), Júlia Ivantes e Delcio Sandi (Relações Institucionais da Souza Cruz) e Marcello D’Angelo (representante da Q&A Associados).
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Além dos jornalistas do Poder360, participaram Cláudia Safatle (Valor Econômico), Denise Rothenburg (Correio Braziliense), Leandro Colon (Folha de S.Paulo) e Valdo Cruz (GloboNews).
Foto: Metal Revista
Fonte: Blog do Rovai

Texto de Fernanda Teles

Texto que Fernanda Teles, Professora de História.

É inadmissível que tenhamos uma geração inteira que não compreende a importância da luta, que não se reconhece como proletariado, que não percebe que é explorado. 
O seu diploma, a sua Pós, não te faz membro da elite. Você não é diferente do gari, da empregada doméstica, do pedreiro. Você apenas vive numa grande ilusão social.
Elite não parcela a compra de um carro em 60 meses, a casa em 20 anos.
Elite não utiliza o FGTS para se sustentar, em caso de desemprego, muito menos, precisa de seguro desemprego. Elite não conta moedas no final do mês e não briga em aniversário de mercado pelo litro de óleo. 

Não importa se você tem um cargo de chefia com carteira assinada numa grande empresa ou é um microempresário que precisa, volta e meia, de empréstimos para manter sua empresa. 

A diferença entre você e a auxiliar de serviços gerais, que você despreza porque limpa o banheiro da sua empresa, é que ela tem consciência da exploração em que vive. 

A luta, a GREVE,  não é algo de esquerdopata, de petralha. A luta é um DIREITO legítimo do trabalhador, para manter a sua dignidade, num sistema opressor como o sistema neoliberal.

Mas, você só luta pelo  seu  lugar na pirâmide.  Não tenha dúvida,  você está bem na base da pirâmide..

Entenda que se você está criticando aqueles que estão lutando pela manutenção de um direito seu, só demonstra o quanto você está alienado.

Afinal de contas o capitão do mato também era explorado e escravo."

Uma nova lição

26 de janeiro de 2018

POR EUGÊNIO ARAGÃO

Uma nova lição

(Geraldo Vandré, “Para não dizer que não falei das flores”).

A velha democracia, isto é, a democracia burguesa, e o parlamentarismo foram organizados de modo a afastar, mais que ninguém, precisamente as massas dos trabalhadores do aparelho de administração.

(V. I. Lenin, in “Teses e Relatório sobre a Democracia Burguesa e a Ditadura do Proletariado”, 1919).

Nove horas de revirar o estômago. Assim pode ser descrito o julgamento da apelação de Lula contra a sentença condenatória de um juiz vaidoso e exibicionista do grau de piso. A cena era digna de ópera bufa, se não fosse mais um momento dramático do conturbado cenário político nacional. Três julgadores aparentemente sem estatura para a responsabilidade que lhes foi confiada a se manifestarem raivosos, truculentos contra o apelante e se perdendo completamente do contexto fático posto na acusação. Arrogantes, primários e infantis.

“Autodefesa do judiciário”, no melhor jargão corporativista: não negavam que se viam na condição de “vítimas” de ofensiva popular, sem qualquer capacidade de guardarem imparcialidade. Portavam-se mais como advogados de Sérgio Moro do que como magistrados. E, rábulas do colega que eram, tinham infinitamente mais tempo para promover sua defesa do que a defesa propriamente dita, à qual o regimento só reserva quinze minutos.

Entristecemo-nos, chocados, com indivíduos a influenciarem decisivamente nosso destino sem qualquer apego às regras do jogo consensuadas na constituição de 1988. Querem mostrar que são eles que mandam. Ponto. E quem se colocar no seu caminho será atropelado, esteja com o direito ou não. Juízes que mais parecem militantes do MBL do que autoridades da república.

Depois da violência consumada, em desafio a multidões que, de véspera, se expressaram em defesa de Lula no país inteiro, cabe-nos um esforço de reflexão sobre os caminhos a trilhar.

Muitos de nós, apegados ao jogo da democracia liberal, ainda acreditavam que, em Porto Alegre, haveria juízes capazes de colocar a mão na consciência e de desfazer a enorme injustiça praticado pelo lambão Sérgio Moro em Curitiba. Não nego que também assim pensei. Enganamo-nos. Tivemos a mais crua confirmação de que o TRF da 4ª Região é parte do mecanismo institucional do golpe, preocupado em não permitir que Lula concorra à reeleição para presidente da república.

Temos que entender que esse movimento da classe burguesa tem uma lógica cristalina. As instituições, o direito, a mídia e até as forças armadas do estado têm como missão precípua garantir que os trabalhadores e os despossuídos não cheguem ao poder. A democracia, como lembrou Lênin, não é uma categoria abstrata, mas, assumindo concretude, é sempre uma democracia de classe.

A democracia burguesa e seu liberalismo vendem a ilusão de direitos para todos, todos os humanos, como seu houvesse o humano formal, genérico, titular abstrato de “direitos humanos para todos, sem discriminação”. Mas, no fundo, ela disfarça forma truculenta de opressão, para garantir a prevalência dos interesses da economia financista sobre as necessidades mínimas da maioria da sociedade.

A reversão dessa ilusão por movimentos populares que desmascaram a hipocrisia do falso “consenso democrático”, pondo a nu a discriminação dos sem-terra, dos negros, dos povos indígenas, dos sem-teto e moradores de rua, encontra a mais brutal resposta da expressão do poder burguês. Desqualificam-nos como atores da desordem, como fora-da-lei, criminosos, a merecerem dura repressão. E se, dentro de suas contradições, a democracia burguesa acaba por abrir a porta, pelo sufrágio universal, a um representante da massa despossuída, deserdada e desempoderada que chega ao poder e abraça agendas que possam vir a interferir com os interesses hegemônicos burgueses, sua destituição passa a ser o objetivo maior das forças políticas dominantes.

Fazem-no ao dificultar a governabilidade com chantagens congressuais; ao movimentar o judiciário e o poder repressivo contra os atores populares e, em último caso, ao romper com a própria ordem estabelecida e promover um golpe de estado, seja por meios suaves (uso fraudulento de mecanismos constitucionais de destituição), seja por meios contundentes (golpes militares).

Sim, a “autodefesa” de classe se impõe como “autodefesa das instituições”, no discurso de dominação. A crítica ao atuar dos órgãos do estado burguês é vista como descompromisso com o “jogo democrático” e, assim, os golpistas invertem a realidade e transformam os golpeados, eles sim, em “golpistas”. A insubmissão à truculência institucional, promovida na mais cínica teratologia jurisdicional, é vista como risco à ordem e implica resposta repressiva.

As manifestações de rua em todo o país que antecederam o julgamento da apelação de rua foi retratada pela mídia e pelos julgadores nas entrelinhas de seus votos como baderna intolerável. Como disse um certo Marcelo Bretas, juiz de piso do Rio de Janeiro, a justiça tem que ser “por todos” reverenciada é temida “pelos bandidos”. Pobres que querem chegar ao poder contra “a ordem natural das coisas” só podem ser bandidos. Eles devem temer a justiça. E ai daqueles que ousam se manifestar nas ruas contra suas arbitrariedades!

Juízes e seus irmãos siameses do ministério público estão a fazer de tudo para nos incutir medo. Agravaram a pena de Lula e, depois, outro pretor federal, determinou, sem qualquer causa concreta e qualquer relação com o caso sob sua competência, o confisco de seu passaporte, como se fosse “óbvio” que um ex-presidente da república, candidato aclamado à reeleição, se escafedesse da “aplicação da lei penal”. O judiciário, diante do que entende por “risco iminente” de eleição dos “atores da desordem” para o governo do país, reage histrionicamente. Usa vocabulário de moleques fascistas, no desespero pela diluição das chances de manutenção do poder burguês com mero uso dos mecanismos constitucionais.

A Constituição, porque agora se revela disfuncional, precisa ser violada. Às favas com as garantias processuais, às favas com o devido processo legal, às favas com a presunção de inocência, às favas com os direitos do réu, com os “direitos humanos para todos”! O que vale para Aécio, Temer, Padilha, Moreira Franco evidentemente não pode valer para Lula! Porque se valer, a hegemonia de classe da burguesia corre perigo.

Titubeia todo o judiciário, da base até o STF. As manobras de jurisprudência inconsistente de Gilmar Mendes, por exemplo, encontram absoluta coerência dentro dessa lógica do poder. A publicidade criminosa de interceptação ilegal por Sérgio Moro se presta a impedir que Lula venha a ser nomeado chefe da Casa Civil para impedir o golpe parlamentar. A condução coercitiva de Lula sem qualquer fundamento legal é recebida por Gilmar com ironia e piadinhas bobas.

Mas, agora que, pela incoerência da militância corporativa dos atores da repressão, os representantes do poder burguês estão ameaçados, Gilmar se torna um “garantista penal” para desmontar o punitivismo que também pende sobre os pescoços dos golpistas. E, se numa dada situação, se revela generoso com José Dirceu, apenas o faz para constituir “ativo jurisprudencial” na forma de precedente para beneficiar os seus. Mas isso também está dentro da lógica da “autodefesa” das instituições e da democracia burguesa.

Essa constatação dramática, tornada evidente com o julgamento do dia 24 passado,pode levar muitos de nós a pensar que toda e qualquer ação defensiva por meio do judiciário passa a ser inútil, improdutiva. “É claro que vamos perder em todas as instâncias”. As alternativas, por isso, só poderiam ser estas: ou se submeter, arrumar “um plano B”, ou, então, romper com as instituições e passar para a ação direta de resistência nas ruas.

É compreensível que cresça a desconfiança nas vias legais, no melhor sentido das guerrilhas urbanas das décadas de setenta e oitenta do século passado na Itália e na Alemanha: “macht kaputt was uns kaputt macht“ – “destruam o que nos destrói”. É a lógica do desespero.

Mas há razões para não jogar para o alto a via institucional, mesmo com todas as suas limitações e sua hipocrisia.

Em primeiro lugar, temos que levar em conta que o nível de organização dos despossuídos é ainda frágil. Há incompreensão extensa sobre o papel do estado burguês e, em especial, de seu poder judiciário e do ministério público no golpe contra a própria democracia burguesa que ajudaram a construir. Ainda nutrem esperança na reversão do processo de destituição de direitos. Os próprios representantes intelectuais dos despossuídos têm aplaudido a democracia civil pós-1988 e têm feito uso reiterado de seus mecanismos para garantir direitos.

Algumas vezes, até com a sorte do sucesso. O ministério público recorrentemente se apresentou como defensor de vulneráveis, cuidando de seus interesses com sinceridade de propósito, ainda que, hoje, muito de seus agentes mais pareçam verdugos do que protetores de oprimidos. É natural que tudo isso cause confusão, cause desestímulo na reação fora da vias legais. O resultado é que muito trabalho de esclarecimento e de organização será preciso para possibilitar a mobilização das massas contra a opressão de classe. Antecipar a luta será, com certeza, a tragédia de mortes, torturas e desaparecimentos de preciosos companheiros, que mais podem contribuir vivos do que mortos ao avanço do poder popular.

Em segundo lugar, a democracia burguesa tem mostrado, no Brasil, enorme fragilidade, fragmentação e inconsistência. Não é à toa que nos qualificam mundo afora como “democracia de baixíssima intensidade”. Ela se desmascara como a mais crua das ditaduras de classe a cada vez que o “poder constituído” é desafiado. Mas, precisamente por isso, ela se perde em contradições. O só fato de Lula estar à frente de todos outros candidatos na corrida presidencial é demonstração dessas contradições. Esse é um ativo que não pode ser desperdiçado. É importante expor as entranhas da ditadura de classe, fazê-la supurar em suas chagas visíveis.. Ela vai se desgastando com seus conflitos internos enquanto o trabalho de organização da resistência dos despossuídos progride.

Claro que o desmascaramento das contradições tem que se fazer tanto pela via das próprias instituições e, também, pela exibição de força das massas. A rua e a via legal se completam e não devem ser abandonadas. Nenhuma delas. Por essa razão, manter a candidatura de Lula, mesmo com a pífia manutenção da condenação do TRF, é a síntese dessa luta, em que insistimos em participar da via institucional, mas nos mobilizamos para demonstrar que quem quer romper a institucionalidade é o judiciário com apoio da mídia. No seu esquema formal,nós é que nos afirmamos como democratas e eles como golpistas! Essa sua desmoralização os aproxima cada vez mais de seu abismo.

Não devemos alimentar nem ilusões e nem desesperança, entendendo o processo de luta de classes e tendo claro que a história não pára com os golpes de tiro curto dos atores da repressão. Ela está inexoravelmente a nosso favor, pois golpes não são capazes de fazer desaparecer as contradições que enfraquecem o que é e abrem o caminho para o que será, muito melhor amanhã do que hoje.. Somos muitos e eles poucos

Pré-sal é recorde, de novo. Até n’O Globo, onde era “patrimônio inútil”

Pré-sal é recorde, de novo. Até n’O Globo, onde era “patrimônio inútil”

Todo mundo se lembra que O Globo saiu-se com um editorial, há apenas dois anos, dizendo que o pré-sal seria um “patrimônio inútil”.
Não é preciso mais que reproduzir a nota de agora há pouco de  seu colunista Lauro Jardim para expor todo o ridículo a que o jornal é levado por seu ódio ao Brasil e à Petrobras:

Produção do pré-sal supera pela 
primeira vez a do pós-sal

A produção do pré-sal em dezembro em barris de óleo equivalente (ou seja, soma das produções de óleo e de gás natural) superou a do pós-sal, de acordo com dados inéditos da ANP.
Como diria certo político, nunca antes na história desse país aconteceu algo parecido.
Aos números: a produção brasileira foi de 3,325 milhões de barris por dia. A  do pré-sal representou 50,7% desse total.
A velocidade do pré-sal é estonteante: o primeiro óleo do pré-sal foi extraído do campo de Tupi (depois rebatizado, ainda sob o petismo de Lula) em 30 de abril de 2009.
É “só” isso que estes criminosos estão entregando para as multinacionais e tirando do povo brasileiro.

2017: o ano do bico

2017: o ano do bico

Não houve “geração de emprego” em 2017.
O que houve, em grandes linhas, foi o deslocamento da população desocupada para atividades informais, trabalho doméstico  e micronegócios que pudessem dar-lhe, mal e mal, sustento.
Os números da PNAD Contínua do IBGE encerrada em dezembro são claros, como você vê no gráfico e dispensam as especulações que se lê na mídia.
Basta a transcrição do trecho do relatório do instituto que resume a movimentação da força de trabalho:
O número de empregados com carteira de trabalho assinada (33,3 milhões) ficou estável frente ao trimestre anterior (julho-setembro) e recuou 2% (menos 685 mil pessoas) em relação ao mesmo trimestre de 2016. Comparando-se as médias anuais de 2014 para 2017, esse contingente se reduziu em 3,3 milhões.
O número de empregados sem carteira de trabalho assinada (11,1 milhões de pessoas) apresentou estabilidade em relação ao trimestre anterior e subiu 5,7% (mais 598 mil pessoas) em relação ao mesmo trimestre de 2016. Entre as médias anuais de 2014 para 2017, houve um aumento de 330 mil pessoas nesse contingente.
A categoria dos trabalhadores por conta própria (23,2 milhões de pessoas) cresceu 1,3% na comparação com o trimestre julho-setembro (mais 288 mil pessoas). Em relação ao mesmo período de 2016, houve alta de 4,8% (mais 1,1 milhão de pessoas). Nas médias anuais, em 2012, o trabalho por conta própria envolvia cerca de 22,8% dos trabalhadores (20,4 milhões) e, em 2017, passou a representar 25,0% (22,7 milhões).
O contingente de empregadores (4,4 milhões de pessoas) cresceu 3,9% em relação ao trimestre anterior e, em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, apresentou aumento de 6,4%, ou seja, mais 263 mil pessoas. Já a comparação com a média anual de 2012 apontou alta de 19,3% nessa categoria (mais 687 mil empregadores).
A categoria dos trabalhadores domésticos (6,4 milhões de pessoas) cresceu 3,1% no confronto com o trimestre de julho a setembro de 2017. Frente ao trimestre de outubro a dezembro de 2016, houve alta de 4,3%, ou seja, mais 262 mil pessoas. De 2014 a 2017, cerca de 204 mil pessoas entraram nesta forma de inserção do mercado de trabalho.

O protesto do povo em Salvador: Lula, Lula, Lula… Assista

O protesto do povo em Salvador: Lula, Lula, Lula… Assista

Os baianos estão sofrendo, desde o início do mês, com a confusão causada pelo recadastramento biométrico promovido pela Justiça Eleitoral, cujo prazo termina hoje e que , até ontem, havia regularizado a situação de menos de 75% dos eleitores da capital baiana.
O resultado é que ontem, no posto da Estação Ferroviária da Calçada, no subúrbio que leva o mesmo nome, um protesto tomou conta da multidão, que esperava há horas por uma senha.
Revoltados, os gritos primeiro eram de “ACM, Fora” e, em seguida, para um coro de Lula, Lula, Lula…
O vídeo chegou até o Tijolaço e o reproduzo, mas é possível ver que muitas outras câmaras, inclusive de emissoras comerciais, o gravaram.
Prestem atenção, os senhores que acham que com a sentença condenatória “o assunto está encerrado”. Prestem atenção.
Vocês tiram um nome da urna e o põe na boca do povo como forma de reclamar de tudo o que lhe fazem.


O que fazer com o apoio de Temer?

O que fazer com o apoio de Temer?

Os candidatos da direita – eufemisticamente chamados “de centro” pela mídia – têm um problema imenso pela frente: como se livrarem de Michel Temer, o campeão de rejeição e  cujo apoio, diz o Datafolha, espantaria o voto de nada menos de 87% dos eleitores brasileiros.
Como é que Geraldo Alckmin, Henrique Meirelles, Rodrigo Maia e outros ainda menos votados vão habilitar-se a ganhar o latifúndio de tempo de televisão do PMDB sem, em troca, assumirem também o “legado” do atual ocupante do planalto.
Recordem-se que gente muito melhor, com uma trajetória incomparável à destes aí, afundou-se pela fama do Governo Sarney, em 1989: Ulysses Guimarães e Aureliano Chaves não chegaram, respectivamente, a 5 e 1% dos votos.
Podem crer que, a esta altura, tem muito deputado colocando na balança o lucro com a liberação de algumas emendas e a pecha de votar com Temer na reforma da aposentadoria. Que dirá os presidenciáveis que, mal ou bem, serão chamados a dizer de público o que pensam deste governicho…
E Luciano Huck, se não levar o tempo do PSDB, desestabilizando Alckmin, vai ficar só com os 15 segundos do PPS?
A esta altura, melhor torcerem para Michel Temer ter uma crise de vaidade e candidatar-se, mesmo que seja para tirar-lhes votos tendo 6 ou 7% dos votos.
É menos do que vai tirar apoiando…

“If”: Se a turma do “auxílio-moradia” visse que o apê não era de Lula?

“If”: Se a turma do “auxílio-moradia” visse que o apê não era de Lula?

O velho Octavio Frias, dono da Folha de S. Paulo, morto em 2007, gostava tanto do poema “If”, de Rudyard Kipling que, na sua morte, o jornal fez questão de publicá-lo, em tradução de Guilherme de Almeida, com seus versos iniciais dizendo: Se és capaz de manter a tua calma quando/Todo o mundo ao teu redor já a perdeu e te culpa;/De crer em ti quando estão todos duvidando…
E terminando, poucas linhas depois: E se és capaz de dar, segundo por segundo,/Ao minuto fatal todo o valor e brilho,/Tua é a terra com tudo o que existe no mundo/E o que mais –tu serás um homem, ó meu filho! 
Como, claro, If, em português é “Se”, em homenagem ao velho Frias, a Folha poderia imaginar o que seria o resultado de uma pesquisa presidencial como a que publica hoje, se os juízes – tão bem aquinhoados em matéria de moradia, tivessem visto o que toda a comunidade jurídica viu: que o apartamento não era de Lula.
Hoje ainda, ou amanhã, ela deve divulgar o “julgamento” na pesquisa do “julgamento” de Lula.
Certamente, entre as perguntas, não colocou uma sobre se o eleitor/eleitora votaria no Lula caso ele fosse absolvido.
Se a pusesse, concluiria que, sem o plano cuidadosamente urdido para condená-lo, Lula, a esta altura, estaria perto dos 50% suficientes para liquidar a eleição no 1° turno, possivelmente bem acima disso.
Mas, em matéria de “Se”, é melhor ficar com o do velho Octavio e saber que o poema diz muito:
Se és capaz de arriscar numa única parada
Tudo quanto ganhaste em toda a tua vida,
E perder e, ao perder, sem nunca dizer nada,
Resignado, tornar ao ponto de partida;
De forçar coração, nervos, músculos, tudo
A dar seja o que for que neles ainda existe,
E a persistir assim quando, exaustos, contudo
Resta a vontade em ti que ainda ordena: “Persiste!”
É isso o que a geração de empavonados, que pulula em redações e tribunais, não pode compreender.

Auler: AGU não recorreu de “auxílio-duplex” para Bretas

Auler: AGU não recorreu de “auxílio-duplex” para Bretas

Extensa e cuidadosa reportagem de Marcelo Auler mostra que a Advocacia Geral da União, a quem compete zelar para que o Poder Público não pague vantagens indevidas a servidores, não recorreu da sentença de 1ª instância que concedeu a juiz Marcelo Bretas – ex-estrela do Twitter – e a sua mulher, Simone, o pagamento duplicado de auxílio-moradia a casais de juízes, o que é vedado por resolução do Conselho Nacional de Justiça.
A mesma AGU, porém, recorreu ao Supremo e conseguiu a proibição do mesmo benefício quando, em lugar de juízes federais eram os magistrados da Justiça do Trabalho que pediam a benesse, por decisão de Ricardo Lewandowski.
Cada vez fica mais claro, não só por isso, mas pela reação das Associações de Juízes, que assumem a intolerável posição de justificar o recebimento absurdo e indevido como “complemento salarial”, pois seus salários estariam “defasados”.
Espera-se que os caixas de bancos, que ganham imensamente menos e cujos salários são arrochados há muito mais tempo não passem a usar os mesmos argumentos na hora de fechar o movimento do dia.
Leia a reportagem no Blog do Auler e, como explicação aos muitos leitores que pediram detalhes de outros benefícios do casal Bretas, fica a informação de que estamos apurando com responsabilidade, por que os números não estão discriminados o suficiente para serem expostos sem medo de errar.
Aqui não tem “domínio do fato”.

Previdência perde contribuintes; centrais mobilizam contra a reforma É O "VAMPIRO" ATACANDO A PREVIDÊNCIA

Previdência perde contribuintes; centrais mobilizam contra a reforma

Duas informações importantes para quem se preocupa com a proteção ao trabalhador.
A primeira ajuda a entender os problemas de caixa da Previdência Social: só em 2017, perdeu-se quase 1,1 milhão de contribuintes. Por conseguinte, não apenas o seu desconto previdenciário, mas também as contribuições patronais associadas.
É o resultado da política de “bico”, em lugar de emprego.
Isso é atacar no esteio um sistema atuarial que depende de ter mais contribuições do que dispêndios. Quer-se, com a reforma, cortar os gastos, mas em política econômica e em redução da regulação trabalhista, corta-se a receita das contribuições.
A segunda, ajuda a reagir a este crime. As centrais sindicais ( CUT, CSB, CTB, Força Sindical, Nova Central, UGT e Intersindical) decidiram iniciar imediatamente uma Jornada de Luta contra a Reforma da Previdência, e marcar, para o dia 19, quando está prevista a votação do projeto de reforma enviado por Michel Temer à Câmara, uma série de manifestações e greves, sob o lema: “Se Botar Pra Votar, o Brasil vai Parar”.
Quase toda esta turma que fala em favor da reforma, não se iluda, é formada de empresários ou “PJ” e paga, proporcionalmente, menos imposto que você.
Leia a nota das centrais e pense no que pode fazer para que não se consume mais este crime contra os trabalhadores.
Em reunião manhã desta quarta-feira (31), as centrais sindicais (CSB, CTB, CUT, Força Sindical, Nova Central, UGT, Intersindical) aprovaram a realização de uma Jornada Nacional de Luta contra a Reforma da Previdência.
Na oportunidade, as centrais repudiaram a campanha enganosa do governo Michel Temer para aprovar a Reforma da Previdência. E orientam para o próximo dia 19 de fevereiro um Dia Nacional de Luta.
Com a palavra de ordem “Se botar pra votar, o Brasil vai parar”, as centrais orientam suas bases a entrarem em estado de alerta e mobilização nacional imediata, com a realização de assembleias, plenárias regionais e estaduais, panfletagens, blitz nos aeroportos, pressão nas bases dos parlamentares e reforçar a pressão no Congresso Nacional.
As centrais sindicais conclamam suas bases a reforçar o trabalho de comunicação e esclarecimento sobre os graves impactos da “reforma” na vida dos trabalhadores e trabalhadoras.
A unidade, resistência e luta serão fundamentais para barrarmos mais esse retrocesso.
Antonio Neto, presidente da CSB; Adilson Araújo, presidente da CTB; Vagner Freitas, presidente da CUT; Paulo Pereira da Silva, presidente da Força Sindical; José Calixto, presidente da Nova Central; Ricardo Patah, presidente da UGT