terça-feira, 16 de outubro de 2018

Como a mídia ajudou a construir o “mito” que ameaça a democracia

Política

Opinião

Como a mídia ajudou a construir o “mito” que ameaça a democracia

por Intervozes — publicado 16/10/2018 16h54, última modificação 16/10/2018 16h58
Décadas de discurso anti-política, anti-PT e em prol da intolerância forjaram o caminho para que fascistas chegassem onde estão
Marcelo Camargo/Agência Brasil
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'É preciso chamar atenção para outra instituição, que contribuiu muito na construção desse pensamento conservador: a mídia'
Por Helena Martins*
Nos últimos dez anos, o crescimento de candidatos de extrema-direita e, inclusive, fascistas marcou e transformou o cenário político em diversos países. Da França à Colômbia, dezenas sofreram com o avanço conservador. Aqui, seguimos caminho semelhante, com o pêndulo da consciência social tendendo radicalmente à direita.
Um fenômeno tão profundo só pode ser explicado por múltiplos fatores. Entre eles, é inegável o papel da permanência da cultura machista, racista e homofóbica. E do estímulo ao individualismo que, em contexto de aumento do desemprego e da desigualdade, transforma o outro – como o imigrante ou os setores atendidos por políticas sociais – em inimigo.
A permanente crise econômica é acompanhada pela busca de respostas fáceis, ainda que falsas. A esquerda também tem parcela de responsabilidade, seja pela adoção de políticas de austeridade ou por seu envolvimento em práticas de corrupção.
Mas aqui também é preciso chamar atenção para outra instituição, que contribuiu muito na construção desse pensamento conservador: a mídia. Muito tem sido falado sobre o impacto de notícias falsas e do uso de dados pessoais para o direcionamento de mensagens moldadas na constituição da extrema-direita brasileira. Mas é preciso lembrar: foram os chamados grandes meios que produziram o colchão sobre o qual hoje se deitam candidatos como Jair Bolsonaro.
A abordagem conferida à política, o direcionamento quase exclusivo da crítica ao Partido dos Trabalhadores (PT) e o posicionamento das empresas diante de questões como a crise econômica e a segurança pública foram os tecidos usados para a confecção desse cenário.
O problema tem raízes profundas. Os meios de comunicação, em especial a televisão, dada sua abrangência, historicamente funcionam não como uma representação da realidade, mas como “a própria realidade”, como escreve o professor da UnB Venício Lima em seu livro “Mídia: teoria e política”. No Brasil, o fato de haver um alto índice de concentração de meios faz com que a diversidade de ideias e opiniões seja pequena, o que reforça o poder de poucos grupos construírem determinados sentidos e visões de mundo.
Essa construção ocorre quando a mídia atua na definição dos temas relevantes para a discussão na esfera pública, na geração e transmissão de informações políticas, na fiscalização das administrações públicas, na crítica das políticas públicas e na canalização de demandas da população junto ao governo. Trata-se, portanto, de uma construção paulatina, cotidiana, que agora encontra outros canais de disseminação, como a Internet.
Parte dos eleitores que votam em Jair Bolsonaro estão desencantados com a política, veem nele o candidato da mudança e da ética ou nele votam por considerá-lo uma expressão da antipolítica. Tais percepções encontram pouca base de realidade, já que o candidato ocupa cargo parlamentar desde 1991, usou de sua influência para eleger também os filhos, e também está envolvido em diversos casos de corrupção e de favorecimento político.
O que explica em parte esse sentimento é a postura adotada pela mídia contra a política. Foi assim antes do Golpe Militar de 1964, quando a chamada Rede da Democracia assumia a representação e a expressão da opinião pública e desqualificava instituições clássicas como partidos, sindicatos, o Congresso, etc. A Rede era liderada por João Calmon, então deputado federal, presidente da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert).
Após o fim da Ditadura, a mídia novamente operou a construção de um discurso adversário em relação à democracia, expresso na crítica permanente à política e aos políticos. O mesmo posicionamento tem sido visto nos últimos anos, com raras exceções – como durante o governo de Fernando Henrique, quando a imprensa adotou uma postura complacente com o poder central e seu projeto. No início dos anos 2000, após a eleição de Lula, apesar da ausência de enfrentamento da concentração midiática por parte do governo federal, volta a regra da postura adversária aos políticos e à polícia, sobretudo após a Ação Penal 470, chamada de “mensalão”, na Operação Lava-Jato e no processo de impeachment da Presidenta Dilma.
De uma cobertura crítica ao governo a decisão editorial de apoiar o golpe, o impeachment de Dilma foi legitimado perante à opinião pública pela divulgação seletiva das acusações, especialmente das denúncias de corrupção; pela exaltação e convocação a  protestos favoráveis à destituição da Presidenta; e pela fixação de argumentos por meio da repetição e da eliminação do contraditório. 
Neste blog, analisamos diversos momentos dessa construção. Em todos eles, verificamos a centralidade dada ao PT como causador de todos os problemas e mazelas sociais. Não se trata aqui de redimir o partido de seus erros. Mas é fato que a corrupção, a crise econômica e outros problemas não nasceram nem são exclusivos dos petistas. Ao passo em que alimentava essa percepção ilusória, a mídia abria espaço para figuras do Movimento Brasil Livre (MBL) – eleitos nos dois últimos pleitos – e para expressões ultra-conservadoras, sem cobrar delas nada mais que frases fáceis, embora incapazes de solucionar problemas complexos.
Os discursos reiterados em torno da defesa das reformas trabalhista e previdenciária, apresentadas na Globo e demais como “necessárias” e “essenciais” para “sanar as contas públicas”, agora também legitimam as propostas de retirada de direitos e de privatização defendidas por Bolsonaro. Nada se analisa das experiências de diversos países que, ao adotarem políticas de austeridade, não conseguiram sair da crise.
Assim, o país padece de debate sobre programa e de aprofundamento, ficando suscetível a discursos rasos que circulam pelas redes e ganharam a mente de milhões de brasileiros alicerçados no tripé anti-política, anti-PT e conservadorismo.
Por meio da forma enviesada de tratar questões como a segurança pública e a situação econômica do país, os meios de comunicação também ajudaram a construir o “mito” e seus asseclas. Agora estamos todas e todos assustados com os discursos violentos proferidos por Bolsonaro, mas falas semelhantes ocupam, há anos, a TV. Ou não ganharam popularidade, por meio dos programas policialescos, expressão como “bandido bom é bandido morto”, “direitos humanos para humanos direitos” e tantas mais? Tudo isso ocorreu sem que a sociedade e os órgãos públicos responsáveis pela proteção aos direitos humanos agissem contra tais violações de direitos, em emissoras que são, vale lembrar, concessionárias públicas.
O mesmo país que, por não ter feito o balanço do período militar, inclusive do apoio dos principais meios de comunicação a ele, não conhece o que de fato ocorreu durante a Ditadura e então se abre a falas que naturalizam sua volta.
É este o tamanho do risco que vivemos. Mesmo assim, Record e Band já definiram seu apoio a Bolsonaro, violando inclusive a lei eleitoral. Articulistas e apresentadores da Globo seguem na linha de que não já mal maior ao país que o PT. Tudo indica que a democracia, se padecer ainda mais, o fará também por efeito do sistema midiático.
*Helena Martins e jornalista, doutora em Comunicação pela UnB, professora da Universidade Federal do Ceará e integrante da coordenação do Intervozes

A verdade.

UM CANALHA À PORTA DO PLANALTO

UM CANALHA À PORTA DO PLANALTO
Francisco Assis
1. Carlos Alberto Brilhante Ustra foi um dos maiores, senão mesmo o maior torcionário, no tempo da ditadura militar que vigorou no Brasil entre 1964 e 1985. Em 2008 foi o primeiro oficial condenado por sequestro e tortura. Comprovadamente, maltratou física e psicologicamente centenas de pessoas e chegou ao limite de obrigar crianças a presenciarem o dilacerante espetáculo do espancamento dos respectivos progenitores. Nunca reconheceu os seus crimes nem manifestou o mais leve arrependimento pelos seus actos desumanos. Era um canalha. Morreu em 2015, em Brasília, na cama de um hospital.
Foi precisamente este torcionário miserável que o então deputado federal Jair Bolsonaro homenageou no momento em que votou a favor do impeachment da Presidente Dilma Rousseff. Nessa ocasião, Bolsonaro pronunciou uma declaração que o define integralmente: dedicou o seu voto à “memória do Coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, o pavor de Dilma Rousseff”. É impossível imaginar, naquele contexto, uma afirmação mais vil, um comportamento mais indigno, uma atitude mais asquerosa. Bolsonaro revelou-se ali o que ele verdadeiramente é: um canalha em estado puro.
O que é um canalha em estado puro? É alguém que contraria qualquer tipo de critério moral e se coloca num plano comportamental pré ou anticivilizacional. Quem elogia o torturador de uma jovem mulher absolutamente indefesa atribui-se a si próprio um estatuto praticamente sub-humano. Bolsonaro é dessa estirpe, desse rol de gente que leva à interrogação sobre o que subsiste de humano no homem que literalmente se desumaniza. Theodore Adorno levou essa questão até ao limite do pensável, quando formulou a sua célebre afirmação: “escrever um poema depois de Auschwitz é um ato bárbaro e isso corrói até mesmo o conhecimento de porque se tornou impossível escrever poemas”. E, contudo, a poesia sobreviveu. O Homem resiste ao que de desumanizador ele inscreve na história. Isso não é razão para renunciar à denúncia da barbárie.
A barbárie tem muitos rostos: é estúpida, boçal, intolerante, sectária, fanática, simplista, racista, xenófoba, homofóbica, sexista, classista, irremediavelmente preconceituosa, inevitavelmente primária. Jair Bolsonaro é um dos rostos perfeitos dessa barbárie em versão atual. Tudo nele aponta para a pequenez: é um ser intelectualmente medíocre, eticamente execrável, politicamente vulgar. Nele observa-se uma prodigiosa ausência de qualquer tipo de grandeza e uma assustadora presença de tudo quanto invalida um cidadão para o desempenho da mais humilde função pública. Por isso mesmo ele é extraordinariamente perigoso: é a expressão quase exemplar do homem sem qualidades subitamente erigido a um papel de liderança.
Bolsonaro não é Hitler, não é Mussolini, não é sequer Franco. Em bom rigor, se quisermos ater-nos a um debate intelectual de natureza escolástica, ele não é bem a representação do fascismo. Há nele, contudo, na dimensão medíocre que a sua pobre personalidade proporciona, tudo aquilo de que a tradição fascista historicamente se alimentou. O anti-iluminismo, a exaltação sumária da unicidade nacional, a apologia da violência, o culto irracional do chefe. Bolsonaro é pouco mais do que um analfabeto ideológico com todos os perigos que isso mesmo encerra. Ele e a sua prole de jovens tontos significam hoje o maior perigo com que se depara o mundo ocidental.
2. Alguns analistas políticos, uns por ignorância, outros por má-fé, tentam convencer-nos que os brasileiros terão de escolher nas eleições presidenciais entre a cólera e a peste. Isso não corresponde minimamente à verdade. *Equiparar Haddad a Bolsonaro constitui um ato moral e politicamente inqualificável.* Quem o faz torna-se cúmplice de Bolsonaro, da sua vertigem protofascista, da sua propensão para o culto da violência. É por isso que não pode haver hesitações neste momento da história do Brasil e, de certa maneira, da própria história da Humanidade. *Haddad é um intelectual sofisticado, um democrata respeitador dos princípios fundamentais das sociedades abertas e pluralistas, um homem de reconhecida integridade cívica e moral. O PT cometeu erros nos anos em que governou o Brasil? Cometeu decerto, como todos os demais partidos que desempenharam funções governativas durante muito tempo em qualquer parte do mundo. Há, porém, uma coisa que é preciso afirmar enfaticamente nesta hora especialmente dramática: nem Lula, nem Dilma Rousseff alguma vez puseram em causa o Estado de Direito brasileiro. Ambos pugnaram por um Brasil mais justo e contribuíram fortemente para o alargamento das condições de afirmação da liberdade individual de milhões de brasileiros a quem o destino aparentava não conceder outra vida que não fosse a miséria, o sofrimento e absoluta exclusão social. Fizeram-no sempre no respeito pelas regras da democracia liberal, enfrentando a hostilidade de uma comunicação social globalmente desfavorável e os ferozes ataques dos grandes oligopólios económicos. Muitas vezes é difícil percebermos o que isso significa a partir de uma perspectiva europeia. Mas quem viajou dezenas de vezes para a América Latina, como eu fiz nos últimos anos, sabe bem o que isso traduz naquele sacrificado continente. Ali, ser pobre corresponde a ser muito mais pobre do que no nosso velho continente europeu; ali, ser mulher, ser homossexual, ser indígena, ser desempregado, ser mãe solteira, comporta uma carga sem correspondência com o que se passa no mundo que nós próprios habitamos.
Uma vitória de Bolsonaro significaria um retrocesso civilizacional para o Brasil e para o mundo. Não estamos, por isso, a falar de um confronto político e ideológico normal. Estamos perante um verdadeiro confronto entre a civilização, por mais ténue que esta seja, e a barbárie. Haddad é hoje mais do que Haddad, é mais do que o PT, é mesmo mais do que o Brasil. Haddad é o símbolo da luta da razão crítica contra o obscurantismo, da liberdade face ao despotismo, da aspiração igualitária diante do culto das hierarquias de base biológica ou social. É por isso que este combate nos interpela a todos. Estamos perante um momento de divisão clara entre o que no Homem há de apelo à razão, ao culto da liberdade, ao sentido da fraternidade, e o que no mesmo Homem há de impulso básico para o autoritarismo, a servidão e a anulação da inteligência crítica. Há horas na história em que tudo se reconduz a uma dicotomia simples que é ela própria o oposto de uma redução ao simplismo. Sejamos claros, no Brasil, hoje, a opção é evidente: Haddad significa a civilização, Bolsonaro representa a barbárie.
3. Fernando Henrique Cardoso tem a absoluta obrigação de se pronunciar num momento decisivo da vida do seu país. Este é o momento em que verdadeiramente se ajuizará do seu papel histórico. Até aqui prevaleceu a figura do intelectual brilhante, do ministro das finanças eficaz, do Presidente da República naturalmente polémico, mas reconhecidamente superior. O seu passado responsabiliza-o especialmente nas presentes circunstâncias históricas. Fernando Henrique Cardoso tem a obrigação moral de apoiar Haddad. Se o não fizer apoucar-se-á perante os seus contemporâneos e, sobretudo diante dos futuros historiadores do Brasil.
Transcrito de AAN-Agência Aureliana de Notícias

Mais de 1.200 juristas e advogados divulgam manifesto pela vitória de Haddad

16 DE OUTUBRO DE 2018, 22H05

Mais de 1.200 juristas e advogados divulgam manifesto pela vitória de Haddad

Ex-ministros, magistrados, procuradores e professores subscreveram o documento, que considera Fernando Haddad o único que pode garantir a democracia no país
Foto: Ricardo Stuckert
Um grupo composto por mais de 1.200 juristas, advogados, ex-ministros, professores de Direito e outras personalidades de destaque do cenário jurídico divulgou, nesta terça-feira (16), um manifesto pela vitória de Fernando Haddad (PT). Entre os nomes aparecem José Carlos Dias, ex-ministro da Justiça no governo FHC; Eugênio Aragão, José Eduardo Cardozo, Tarso Genro, ex-ministros dos governos Lula e Dilma; Sepúlveda Pertence, ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF); Marcelo Lavenère, ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB); Alberto Toron, advogado ligado ao PSDB; e Belisário dos Santos Júnior, ex-secretário de Justiça no governo de Mário Covas (PSDB).
Acompanhem a íntegra do texto:
Pela democracia, todas e todos com Haddad!
“O que me preocupa não é o grito dos maus, é o silêncio dos bons” (Martin Luther King).
Todos os povos têm momentos de união em torno de temas civilizatórios. A união se dá em torno de assuntos que transcendem para além dos interesses individuais, corporativos e partidários.
Parece que no Brasil é chegado esse momento.
Pensamos diferentemente sobre tantos temas.
Temos crenças, valores, ideias sobre tantos assuntos, mas em alguns pontos chegamos no mesmo lugar e isto é inegociável.
Este lugar, este ponto sobre o qual não discordamos, é algo chamado democracia, que engloba a preservação daquilo pelo qual todos nós lutamos há tantas décadas — a dignidade das pessoas, o respeito aos direitos humanos e a justiça social.
Os avanços civilizatórios são como degraus.
Subimos um a um. Unimo-nos para ajudar a todos nessa subida.
Tolerância, solidariedade, direitos iguais e respeito às diferenças.
É isso que nos move e é o combustível de todos os povos e nações que vivem e convivem em democracia.
A democracia não existe sem pluralismo político, social e moral, algo inevitável numa sociedade complexa como a nossa.
A democracia só aceita disputas entre adversários, não entre inimigos, só admite a política, não a guerra, formas pacíficas de disputa, não violentas.
A democracia só existe limitada pelos direitos dos indivíduos e das minorias, para que não se torne uma ditadura da maioria.
Democracia é a paz com voz!
Neste momento difícil da história do Brasil, nós, brasileiras e brasileiros de todos os credos, raças, etnias, profissões, filiações políticas, orientações sexuais e de gênero, damo-nos as mãos para pedir paz e, mais do que tudo, a preservação da democracia.
Que reflitamos para saber o que queremos para o futuro de nosso país. Rejeitamos o rancor e a divisão entre brasileiros.
Temos a Constituição mais democrática do mundo, que diz que nosso Brasil é uma República que visa a erradicar a pobreza, fazer justiça social, reduzir desigualdades regionais, incentivar a cultura e promover a solidariedade.
Este é o nosso desejo neste momento de crise. O respeito às leis, à Constituição e aquilo que não se pode tocar nem ver: a democracia.
Por isso, nós juristas e demais profissionais subscritores do presente manifesto, defensores da democracia e radicalmente contrários a violência física ou simbólica como forma de reprimir opiniões contrárias, declaramos apoio ao candidato à Presidência da República Fernando Haddad, independentemente de eventuais diferenças programáticas, pelo fato de ser o único, nesse segundo turno, capaz de garantir a continuidade do regime democrático e dos direitos que lhe são inerentes, num ambiente de paz, de tolerância e de garantia das liberdades públicas.
Com informações da Agência PT de Notícias

“A DITADURA MILITAR VOLTOU”, DIZ GUARDA AO PRENDER ESTUDANTES QUE PANFLETAVAM PARA HADDAD

Você sabe quem é Bolsonaro?

https://youtu.be/KAK7ddconFo?t=8

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