sábado, 14 de outubro de 2017

Al Capone, um exemplo

Crise Política

Al Capone, um exemplo

por Mauricio Dias — publicado 14/10/2017 07h15
Até que ponto a gangue de Chicago era diferente da quadrilha comandada por Michel Temer, a lhe conferir “a necessária segurança”, como sublinhou o ex-procurador Rodrigo Janot?
Michel Temer
Capone foi condenado por sonegação de impostos. O que haverá de condenar Temer?
Semanas antes de deixar a Procuradoria-Geral da República, Rodrigo Janot entregou a primeira denúncia encaminhada ao Supremo Tribunal Federal contra o presidente ilícito Michel Temer. Nela o procurador equiparava o acusado a um chefe de quadrilha apoiado em três crimes: corrupção passiva, obstrução de Justiça e organização criminosa. 

Por ter julgado os indícios apontados como consistentes, o relator da Lava Jato, ministro Edson Fachin, autorizou a abertura de investigação. “Temer dava a necessária estabilidade e segurança ao aparato criminoso, figurando ao mesmo tempo como cúpula e alicerce da organização”, Janot apontou na denúncia. Isso significa que Michel Temer comprou a consciência da Câmara. 

Ele estabeleceu a diferença entre os parlamentares que tradicionalmente cobravam verbas para os municípios e aqueles prontos para protegê-lo por interesses absolutamente pessoais. O mesmo ocorreria quando a Câmara julgou a segunda denúncia contra Temer.
Em um país no qual alguns cidadãos navegam na corrupção com profundo conhecimento de causa e muita tranquilidade, a acusação contra o ilícito presidente da República, uma ou duas vezes, não provocou alvoroço. 

A vergonha do País parece ter voado pela janela. Atestam os dados recentíssimos do índice de corrupção no Brasil divulgado pela Transparência Internacional. No apogeu da Operação Lava Jato, o rastreamento dessa entidade sustentou uma verdade crucial, mas não surpreendente: 78% dos brasileiros acreditam que o nível da corrupção aumentou.

Como isso aconteceu? Não era para o majestoso Moro acabar com a corrupção? Ao contrário, a corrupção da política no Brasil continua na ordem do dia e se sobrepõe a outros problemas nacionais.
Muitos deles, certamente, mais graves, como é o caso da fome e do desemprego. Os corruptos são antigos e parecem acomodados. Talvez seja assim desde os tempos da Sé de Braga.

Por coincidência, acredite-se assim, está aberta na sede da Associação Paulista de Medicina uma mostra sobre Al Capone, ícone da criminologia mundial. A exposição conta com apoio da Interpol. São 23 imagens do lendário gângster. O espírito dele está por aqui. 

Al Capone era chefão de uma gangue. Talvez, guardada a distância, como aquela composta, principalmente, por militantes do PMDB. Temer e Al Capone, no entanto, são iguais e diferentes. Capone foi preso por sonegação de Imposto de Renda. Ainda não se sabe o que, hoje ou amanhã, levará Michel Temer para a cadeia.

INVESTIGAÇÕES MOSTRAM QUE MILITARES SÃO TÃO CORRUPTOS QUANTO OS CIVIS

Investigações mostram que militares são tão corruptos quanto os civis


Registros da Procuradoria-Geral de Justiça Militar, obtidos com exclusividade por ÉPOCA, expõem os abusos com dinheiro público nas Forças Armadas.

São 255 processos pelo crime de peculato (desvio de dinheiro público em proveito próprio) e 60 por corrupção ativa ou passiva – todos abertos nos últimos cinco anos.

Sim, também há corrupção no Exército, na Marinha e na Aeronáutica.

O material foi remetido ao Tribunal de Contas da União (TCU); investigadores da Corte estão destrinchando irregularidades encontradas nas três Forças, com prejuízos milionários aos cofres públicos.

Os casos restringem-se a danos ao Erário superiores a R$ 100 mil. ÉPOCA teve acesso à documentação do processo sigiloso do TCU e traça nesta reportagem um panorama de casos detalhados envolvendo militares.

O valor estimado de prejuízo aos cofres públicos nesses principais casos é de R$ 30 milhões, mas, a depender do avançar das investigações, pode se revelar maior.
O levantamento não inclui processos contra militares ajuizados na Justiça comum – os casos da Justiça Militar são de crimes que provocam prejuízo apenas às Forças Armadas.

Num país acostumado a flagrantes de malas de dinheiro rodando com políticos e desvios na casa de bilhões de reais na Petrobras, parece mixaria. Esses R$ 30 milhões são pouco mais que a metade da fortuna encontrada no apartamento associado ao ex-ministro Geddel Vieira Lima, apenas um entre mais de uma centena de investigados pela Operação Lava Jato. Mas é uma questão de escala.

Os militares administram um orçamento anual de R$ 86 bilhões, quase tudo atrelado a salários e pensões; apenas R$ 7 bilhões são gastos ou investimentos e estão, portanto, sujeitos a desvios como esses investigados.

Militares não têm acesso aos maiores cofres do governo federal, não fazem campanha eleitoral e não têm conexões no Congresso para aprovar leis. Ou seja, têm menos oportunidades de fazer negociatas.


Informativo Semanal do Prof. Ernesto Germano Pares






O Brasil de Temer.
Em 2016, ainda com o orçamento deixado por Dilma Rousseff, 885 trabalhadores foram resgatados de condições de trabalho escravo. Número em 2017? Na era Temer, até setembro, foram resgatados apenas 73 trabalhadores! Os dados são do Observatório Digital do Trabalho Escravo, do Ministério Público do Trabalho (MPT), conforme organização feita por Matheus Magalhães, assessor político do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), em nota técnica divulgada pela organização.
O Inesc aponta um “estrangulamento fiscal da inspeção do trabalho”, a inviabilizar a sua realização, respondendo a “interesses econômicos com extensa representação política nas mais altas instâncias de poder do Estado brasileiro”. Afinal de contas, por que deram o golpe?
Segundo a organização, foram realizadas até julho apenas 49 fiscalizações do trabalho escravo. Ou seja, os 73 libertados até setembro significam um número 38 vezes menor que aquele de quatro anos atrás. Em 2014 foram 1.752 trabalhadores libertados; em 2013, 1.010.
O Inesc confrontou dados orçamentários para concluir que não há recursos para novas fiscalizações. Em agosto, em audiência na Câmara, o chefe da Divisão de Erradicação do Trabalho Escravo do Ministério do Trabalho, o auditor fiscal André Esposito Roston, relatou que R$ 1,776 milhão da dotação para a fiscalização do trabalho escravo já estava comprometida, de um total de R$ 1,783 milhão. Saldo = R$ 6.630. Questionado sobre o custo de uma ação do grupo móvel, ele respondeu que cada uma custa, em média, entre R$ 60 e R$ 70 mil. Mas nós sabemos que o motivo dos cortes de verbas não é, como diz Meirelles, uma questão de “conter os gastos públicos”. O problema é atender aos interesses dos grandes empresários que utilizam esse método.
“Os números explicitam a acentuação dos efeitos do processo de desfinanciamento da fiscalização do trabalho escravo, protagonizada pelo governo federal por meio dos contingenciamentos de 2017”, analisa o Inesc. “Em conjunto com fatores como o esforço institucional de setores do próprio Ministério do Trabalho para impedir a publicização da Lista Suja do Trabalho Escravo, o desfinanciamento expõe o teor político que envolve o manejo do orçamento público e o perverso compromisso de autoridades do Executivo Federal com os setores mais cruéis da sociedade no que diz respeito à exploração do trabalho”.
O assessor político do Inesc informa que o principal contingenciamento ocorreu por meio do Decreto 9.018/2017, que resultou em uma redução de R$22,2 milhões da verba para a Secretaria de Fiscalização do Trabalho. “Um corte de 70,9%”, resume Matheus Magalhães. Os valores são descritos em meio a uma redução geral de despesas no Ministério do Trabalho. (Com matéria do Portal da CUT)
Sai da frente que eles querem passar! Tarde de terça-feira (10) no Senado Federal. Aprovado o PLC 44/2016, que transfere para a Justiça Militar o julgamento crimes cometidos por militares em missões de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), como a que ocorre atualmente na cidade do Rio de Janeiro. Uma das principais críticas ao projeto é que ele impede o julgamento de militares pela Justiça Comum em crimes dolosos (intencionais) contra civis quando envolverem ações de Estado. O texto vai agora para sanção do golpista.
Mera questão de segurança? Certamente que não. Como escrevemos recentemente em um Informativo, estão determinados a usar as forças militares para resolver o problema social.
Segundo os senadores que apoiaram o PLC, a proposta dará mais garantias jurídicas às “tropas” que atuam no policiamento das cidades (leia-se “podem reprimir sem medo”). Na avaliação da Anistia Internacional, tradicional ONG da área de Direitos Humanos, a proposta aprovada no Senado faz a legislação brasileira retroagir no tempo, se igualando à lei vigente durante o regime militar e acabando com a possibilidade de julgamentos imparciais e independentes.
Viva Temer! Indústria brasileira cai do 7º para 9º lugar no mundo. O desempenho da indústria de transformação no mundo registrou desaceleração em 2016, crescendo 2,6% contra 2,8% em 2015, segundo a United Nations Industrial Development Organization (Unido). Boa parte da queda se deve à eleição presidencial nos EUA e ao Brexit, bem como ao aumento dos preços das commodities.
O Brasil perdeu espaço. Apesar de ainda figurar entre as dez maiores indústrias de transformação do mundo, caiu da sétima posição para a nona, ultrapassado pela Coreia do Sul (que pulou do nono para o sexto lugar) e pela Índia (de 13º para quinto).
Não foi apenas o forte crescimento da produção industrial de outros países, mas também as dificuldades enfrentadas pela própria indústria brasileira, segundo análise do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi).
Incluindo a China, o valor adicionado da indústria nos países em desenvolvimento aumentou consistentemente na última década, atingindo a média de 21% do PIB em 2016. Quanto ao Brasil, o valor adicionado das manufaturas em 2016 representou 10% do PIB.
O latifúndio precisa de mais espaço! Afinal de contas, por que teriam apoiado e financiado o golpe contra Dilma? Por que são democratas?
As áreas consideradas urbanas no Brasil representam menos de 1% do território nacional (0,63%) e concentram 190,7 milhões de pessoas, ou seja, 84,3% da população brasileira. Os dados vieram do mais detalhado trabalho de identificação de áreas urbanas já feito no país. Executado por profissionais da Embrapa Gestão Territorial, o estudo “Identificação, Mapeamento e Quantificação das Áreas Urbanas do Brasil” levou três anos para ser concluído e exigiu observação minuciosa de centenas de imagens de satélite.
O trabalho permitiu, entre várias outras aplicações, relacionar os municípios com maior densidade populacional urbana, lista que tem no topo Nilópolis, localizado na Baixada Fluminense, cujos 158.309 habitantes ocupam menos de 10 km², resultando em mais de 16 mil habitantes por quilômetro quadrado. Entre as cidades com mais de 200 mil habitantes, Diadema, na Grande São Paulo, é a que apresenta a área urbana mais densamente povoada, com média de 13.875 moradores por quilômetro quadrado. Na comparação entre unidades da federação, o Estado de Alagoas é o que apresenta maior densidade demográfica urbana, com 4.880 pessoas por quilômetro quadrado.
Teoricamente, esses resultados deveriam servir para subsidiar políticas públicas, estudos demográficos, projetos de desenvolvimento urbano e investimentos em infraestrutura e logística. Mas devemos lembrar que o golpista congelou todos os investimentos por 20 anos e fez um corte de 35% na área social.
Enquanto isso, as grandes propriedades rurais improdutivas, consideradas por definição como latifúndio, vão crescendo. Ao todo, 228 milhões de hectares estão abandonados ou produzem abaixo da capacidade, o que os torna sem função social e, portanto, aptos para a reforma agrária de acordo com a Constituição. Mas isso o golpista não fará.
O sindicalismo na encruzilhada? (8)
(Ernesto Germano)
“As máquinas são o novo proletariado. A classe trabalhadora está recebendo seu bilhete azul”. (Jacques Attali – “Vencedores e perdedores na futura ordem mundial”, 1991, Nova Iorque)
Ainda que eu tenha algumas discordâncias dessa afirmação, é inegável que o fenômeno merece atenção. Basta ver como funciona a moderna indústria automobilística. E nem precisa ir muito longe para constar. Aqui mesmo, no Brasil, qualquer pesquisa que seja feita vai mostrar a imensa redução da mão de obra, substituída pela automação.
Basta ver as notícias nos jornais dizendo que montadores pretendem investir mais de R$ 15 bi no Brasil, mas não pretendem contratar. No início de outubro, Mercedes-Benz, Volkswagen e Scania anunciaram os investimentos, mas destacaram fazer investimentos para “modernizar” as fábricas em São Bernardo do Campo. Rogelio Golfarb, vice-presidente da Anfavea (Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores), diz que “o período de contração acabou e entramos em tempos de recuperação”.
“A generalização da experiência japonesa bem como as tentativas de sua padronização mundo afora estão inseridas na globalização - fase da expansão capitalista que envolve não só o processo de reestruturação produtiva como também a hegemonia econômica dos Estados Unidos e demais países industrializados, conformando a moderna divisão internacional do trabalho”. (José Carlos Pereira Peliano - Reestruturação Produtiva e Qualificação para o Trabalho)
Se fizermos uma avaliação crítica do movimento operário durante o período da chamada “Era de Ouro do Capitalismo”, forçosamente seremos levados a concluir que houve importantes avanços nas suas conquistas e uma evolução política importante. Ainda que reprimidas pelo sistema, as muitas participações dos trabalhadores deixaram marcas no movimento social e conquistaram importantes espaços políticos e direitos trabalhistas.
Isto se deve ao próprio modelo de produção em massa que colocava, lado a lado, multidões de operários dentro de uma mesma fábrica. O modelo de produção fordista baseava-se no uso intensivo da mão de obra e permitia que a vida em comum no interior das fábricas desenvolvesse entre os operários sentimento de solidariedade e formas de organização política. E esta participação política da classe trabalhadora se acentuou no final dos anos 1960 e início da década seguinte quando uma onda de mobilização social atingiu quase todos os países (de centro ou de periferia). Como destaca Hobsbawm, “... o período de 1950 a 1975 (...) assistiu à mudança social mais espetacular, rápida, abrangente, profunda e global já registrada na história mundial." (Eric Hobsbawm - "A Era dos Extremos) Não por acaso, é também o início das mudanças no modelo e na nova lógica global.
A primeira grande mudança produzida no modelo é quando o sistema troca a utilização da mão de obra intensiva, característica do fordismo, pelo uso do capital intensivo, exigência da implantação das novas tecnologias. O desemprego estrutural passa a ser parte do mundo do trabalho e os sindicatos perdem força, uma vez que o poder de barganha dos trabalhadores começa a ser minado. Os índices de sindicalização caem vertiginosamente durante os anos 1990: em Portugal e Nova Zelândia há um declínio de 45%; na França a queda é de 30% e nos EUA, no final da década, o índice de trabalhadores sindicalizados não ultrapassava 10%.
E outro fator que serve para reduzir a ação sindical é a facilidade que as empresas globais têm para se transferir de uma região para outra, ou de um país para outro. Agora muito menores e com boa parte de sua produção subcontratada, as empresas usam como arma de negociação a ameaça de deixarem a região ou o país, causando um desemprego em massa. Um estudo recente do Banco Mundial, em 600 empresas nos EUA, mostrou que mais da metade delas já usou como argumento para negociações com os trabalhadores a ameaça de transferir suas instalações para outros locais. E 10% delas cumpriram a ameaça e foram para o México!
Muitas são as mudanças atuais no chamado “mundo do trabalho” que afetam diretamente o movimento sindical.
O professor Leôncio Martins Rodrigues chega a colocar a questão no seguinte ponto: “Estariam os sindicatos, como certos espécimes animais, condenados a desaparecer pela destruição de seu habitat?" (Leôncio Martins Rodrigues – Perspectivas para o sindicalismo no século 21).
A verdade é que, no caso da América Latina, a classe trabalhadora já convive com índices de desemprego acima de 13% e, como demonstra recente pesquisa da OIT, o chamado setor informal já atinge mais de 60% do mercado de trabalho.
(Este artigo continua)
Cresce a desnutrição na América Latina. Golpe neoliberal em Honduras; golpe neoliberal no Paraguai; golpe neoliberal na Argentina; golpe neoliberal no Brasil... Qual o resultado?
A Organização Pan-americana da Saúde (OPS) e a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) apresentaram na terça-feira (10) um relatório mostrando que a situação piorou muito na América Latina. O número de pessoas que sofrem com a fome na América Latina e Caribe aumentou em 2,4 milhões entre 2015 e 2016. Agora somos um continente com 42,5 milhões de famintos!
“A região passou por um grande retrocesso na luta que vinha vencendo: “não podemos aceitar os atuai níveis de fome, já que paralisará toda uma geração”, disse Julio Berdegué, representante regional da FAO.
As duas organizações advertem que, se a região não modificar essa tendência, não poderá erradicar a fome e a má nutrição até 2030, como se comprometeu a fazer para alcançar os objetivos do Desenvolvimento Sustentável.
ONU preocupa-se com Colômbia. O secretário geral adjunto da ONU, Andrew Gilmour, fez um pronunciamento da terça-feira (10) dizendo de sua preocupação com a Colômbia e que os defensores dos direitos humanos naquele país continuam sendo assassinados em um ritmo alarmante.
Segundo ele, o fim dos conflitos armados, com o acordo de paz das FARC-EP, não resolveu o problema. Em sua visita à Colômbia, disse que o acordo ainda não produziu os resultados esperados e que o governo não está encaminhando as políticas necessárias para prevenir esses ataques contra líderes sociais de todos os setores e camponeses.
“Desde o início do ano houve ainda mais assassinatos de defensores de direitos humanos, líderes sociais e comunitários, em particular nas áreas antes ocupadas pelas FARC-EP”, disse.
Ele exigiu que o governo colombiano, o Congresso e a Justiça tomem medidas para que os responsáveis pelos crimes sejam buscados, perseguidos e punidos. “E não estamos apenas falando dos que puxaram o gatilho, mas também de quem ordenou e pagou pelas mortes”, afirmou.
Segundo ele, a paz só será sustentável quando os militantes das FARC-EP e estiverem devidamente integrados na sociedade e tenham condições de trabalhar por um salário digno.
Novas jornadas na Colômbia. Greves, marchas populares e grandes mobilizações em diferentes setores acontecerem na Colômbia nesta quinta-feira (12), chamada de “Semana de Indignação”.
Foram realizadas manifestações em várias cidades, incluindo a capital Bogotá, exigindo mais rapidez na implementação dos acordos de paz e também exigindo o cumprimento de acordos relacionados com saúde e educação.
No mesmo dia foi realizada uma manifestação convocada pela Cúpula Agrária e Camponesa, Étnica e Popular para denunciar o massacre de camponeses na localidade de Tumaco, no diz 05 de outubro.
Os maiores sindicatos do país, a Central Unitária dos Trabalhadores e a Confederação Geral do Trabalho, participaram de todas as manifestações.
O que Obama veio fazer na América Latina? Lembram do Obama? Aquele que ganhou um Prêmio Nobel da Paz e foi o presidente que mais guerras espalhou pelo planeta? Isso, aquele que salvou as grandes financeiras de Wall Street da quebra, em 2008, com dinheiro público e levou o mundo à crise que ainda sobrevive. Esse mesmo, aquele que chegou ao poder com uma campanha financiada por grandes empresas e grandes milionários que logo passaram a fazer parte do governo. Pois é, esteve visitando o nosso continente na surdina e poucos souberam.
Obama visitou nossa região no início de outubro. Esteve no Brasil e na Argentina para promover a sua Fundação que está sendo criada e defender “os valores morais do neoliberalismo”. A Fundação Obama é apoiada e financiada pela Fundação Bill y Melinda Gates, pela Grosvenor Capital Management, pelo Center Bridge Partners (empresa de investimentos de capital privado e crédito), pela Center Bridge Partners (empresa que promove investimentos com impacto social, ambiental e financeiro) e pela DE Shaw & Co. (empresa de investimentos de fundos). Deu para entender?
No Brasil ele participou de um Fórum Global em São Paulo, promovido pelo jornal Valor Econômico (leia-se O Globo), pelo Banco Santander Brasil e pelo Advantage Program. O tema do encontro foi “Mudar o mundo? Sim, você pode”. E ele recebeu 450 mil dólares, mas isso não é problema para quem financiou o encontro, não é?
Os vínculos de Obama com os neoliberais brasileiros é antigo e foram estabelecidos através do grupo O Globo e do banco espanhol Santander (aquele que financia e apoia o Opus Dai).
Participaram do encontro mais de 300 empresários, incluindo a presença de Roberto Irineu Marinho (O Globo) e Sergio Ríal (Santander). Vale destacar que a Fundação Obama e a Fundação Roberto Marinho são parceiras e trocam informações sobre suas agendas.
Na Argentina, o evento com a participação de Obama aconteceu na cidade de Córdoba e teve a organização da Advanced Leadership que escolheu a dedos os 300 convidados ao encontro. Mas é bom lembrar que essa fundação está diretamente vinculada ao governo dos EUA e se especializa em “capacitar” líderes neoliberais, incluindo a formação empresarial e o intercâmbio de profissionais para que visitem Washington. Recebe financiamento direto do BID, da OEA, da Fundação Mediterrâneo e da Boston Seguros.
Puigdemont vacila na Catalunha. O Governo espanhol já decidiu que não vai permitir a independência da Catalunha, e conta com apoio da França e da Alemanha que declararam que não reconhecerão a separação.
Na quarta-feira (11), o chefe do Governo espanhol, Mariano Rajoy, enviou formalmente uma mensagem ao presidente da Generalitat da Catalunha, Carles Puigdemont, pedindo que ele esclarece de vez se declarou ou não a independência da região depois do referendo que aprovou a separação. Ele ameaça com o uso do Artigo 155 da Constituição que dá ao Gabinete a faculdade de assumir diretamente funções que são desempenhadas por autoridades autônomas.
Em uma coletiva com a imprensa, Rajoy disse que seu governo pode convocar novas eleições na Catalunha e que conta com apoio de opositores ao separatismo.
Pelas informações que estamos acompanhando através da imprensa local, Puigdemont ainda não se pronunciou e parece que “botou o galho dentro”, como dizemos por aqui.
Servidores públicos franceses realizaram greve na terça. Servidores públicos franceses realizaram uma greve, na terça-feira (10), para protestar contra a ausência de aumento salarial e o corte de 120 mil funcionários previstos pelo governo de Emmanuel Macron.
Nove sindicatos que representam 5,4 milhões de funcionários públicos, convocaram a manifestação para expressar a “profunda divergência” com as reformas de Macron.
A mobilização acontece no momento em que Macron, descrito pela oposição como o “presidente dos ricos”, continua utilizando expressões depreciativas em relação aos trabalhadores.
Curiosamente os funcionários apoiaram Macron na campanha presidencial, mas agora os servidores “têm a sensação de que vão pagar pelas políticas do governo”, afirmou Frederic Dabi, do instituto de pesquisas Ifop, laboratório de ideias independente, à Agência France Presse. Muito parecido com o funcionalismo público brasileiro que gritou “Fora Dilma” e agora amarga as medidas contra a categoria do golpista.
Os funcionários franceses estão descontentes com o congelamento de salários, o aumento dos descontos e o corte de 1.600 postos de trabalho em 2018, as primeiras medidas de um plano no qual Emmanuel Macron pretende cortar 120.000 empregos até 2022. (com o Portal CTB)
Israel e Trump contra a Unesco. Depois do anúncio oficial de Trump, o gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, informou na quinta-feira (12) que deu instruções para “preparar” a retirada de Israel da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), acompanhando a posição dos EUA.
“A decisão do presidente Trump é corajosa e moral, porque a Unesco se tornou um teatro do absurdo e porque, ao invés de preservar a história, ela a distorce”, declarou o premier.
A decisão dos EUA entrará em vigor no dia 31 de dezembro de 2018. O governo estadunidense também indicou a Bokova (Irina Bokova, diretora da Unesco) seu desejo de continuar colaborando como Estado observador e “levar opiniões, perspectivas e conhecimentos especializados” sobre questões como “a proteção do patrimônio mundial, defendendo a liberdade de imprensa e promovendo a colaboração científica e a educação”.
Washington não aceita, desde 2011, a posição da Unesco reconhecendo os direitos palestinos e criticando autoridades israelenses por estar acabando com a cultura palestina nas áreas ocupadas.
A recente decisão da Unesco declarando a cidade de Hebron, na Cisjordânia, como Patrimônio da Humanidade foi tomada pelo governo Trump como uma “desobediência” imperdoável.
Em um comunicado oficial, Bokova disse “Lamento profundamente a decisão dos EUA de retirar-se da Unesco”. Mas segue dizendo que “A universalidade é essencial para a missão da Unesco de construir a paz e a segurança internacionais diante do ódio e da violência, através da defesa intransigente dos direitos humanos e da dignidade”.
Salários miseráveis no pais mais rico! Nos EUA, um salário mínimo abaixo de 10 dólares por hora é um crime tão grande como o período da escravidão.
Uma economia com trabalhos mal pagos, que vê seus trabalhadores como produtos, como máquinas baratas, onde trabalhar mais de 40 horas não garante cobrir os gastos diários com comida e dar provimento para a família é uma economia deficiente, discriminatória, é uma economia que alimenta a enorme desigualdade entre pobres e ricos.
Como pode um jovem pensar em ir para a faculdade ganhando 8 dólares? Como esperar que alguém a quem se paga um salário de fome melhore seu nível de vida? Como justificar que o país mais rico do mundo pague a milhões de trabalhadores salário de pobreza? Essas são algumas perguntas que estão sendo feitas por sociólogos estadunidenses no momento.
Desculpe, foi engano. Lamonte McIntyre é um homem negro, de 41 anos, erroneamente condenado nos EUA por um duplo assassinato. Foi libertado nesta sexta-feira (13) em uma prisão no Kansas, depois de passar mais da metade da sua vida em uma cela.
Ele foi originalmente condenado, quando tinha 17 anos, pela declaração de duas testemunhas que o acusaram de um duplo homicídio, mas que agora descobriram estar erradas. Na época não foram apresentadas quaisquer evidências físicas ou motivo que o ligasse aos homicídios cometidos em 1994, mas ele é um negro, não é?

As investigações policiais sobre o tiroteio ocorrido em pleno dia nunca estabeleceram um vínculo entre Lamonte McIntyre e as vítimas, segundo a imprensa local. Mas ele foi preso depois de 20 minutos de entrevistas com os acusadores.

Para europeus, EUA são maiores influenciadores de eleições alheias, diz pesquisa


Para europeus, EUA são maiores influenciadores de eleições alheias, diz pesquisa


Quanto à Rússia, apenas 21% dos britânicos, 27% dos franceses, 28% dos alemães e 29% dos poloneses, respectivamente, acreditam que Moscou interfere nas eleições
Recentemente, a Rússia foi acusada de suposta interferência em eleições estrangeiras, nomeadamente as presidenciais nos EUA em 2016 e as na França. No entanto, os resultados da pesquisa do Sputnik-Opinião mostram que a maioria dos cidadãos da França, Alemanha, Polônia e Reino Unido, acredita que são os EUA que influenciam nas eleições estrangeiras.
A enquete perguntou aos respondentes que países intervêm nas eleições de outros Estados levando em consideração influência econômica e política, bem como as capacidades de inteligência. As opções eram EUA, Rússia, União Europeia, outros países ou nenhum.
De acordo com os resultados da pesquisa, mais de 40% da França (43%), Alemanha (41%) e Polônia (43%) acham que os Estados Unidos influenciam nas eleições de outros países. Quanto à Rússia, apenas 21% dos britânicos, 27% dos franceses, 28% dos alemães e 29% dos poloneses, respectivamente, acreditam que Moscou interfere nas eleições.

Reprodução

Resultados da pesquisa do Sputnik-Opinião mostram que a maioria dos cidadãos da França, Alemanha, Polônia e Reino Unido, acredita que são os EUA que influenciam nas eleições estrangeira
 

O que está em jogo nas eleições para governadores da Venezuela, em 15 de outubro

É possível ter havido um 'ataque sônico' contra a embaixada dos EUA em Cuba? Cientistas duvidam

Brasileiras disputam cargos no Legislativo e no Executivo em eleição municipal nos EUA

 
Vale ressaltar que o Reino Unido apresentou a maior porcentagem dos que culpam a União Europeia pela intervenção nas eleições de outros países — 18% dos entrevistados partilham tal opinião, comparados com 8% da França, 10% e 12% da Alemanha e Polônia, respectivamente.
Segundo indicam os resultados da enquete, entre adultos (maiores de 35) há mais pessoas que acreditam que os EUA interferem nas eleições.

Educação também tem importância na hora de tomar a decisão — pessoas com nível superior optaram pela opção dos EUA mais frequentemente do que as com baixo nível de formação.
Se tomar em conta o sexo dos respondentes, na França, Alemanha e Polônia, mulheres mais do que homens indicaram os EUA.
A enquete foi realizada pela empresa de opinião pública mais antiga da França, aIFop, para a Sputnik entre 20 e 27 de setembro de 2017. Da pesquisa participaram um total 3.228 respondentes maiores de 18 anos da França (807), Alemanha (803), Reino Unido (802) e Polônia (816). A amostra é representativa da população por sexo, idade e localização geográfica. A margem de erro é de aproximadamente 3,1%, com um nível de confiança de 95%.

Via Sputinik News

Ministro Luiz Fux suspende extradição de Cesare Battisti para Itália até decisão do STF

Ministro Luiz Fux suspende extradição de Cesare Battisti para Itália até decisão do STF


Decisão final será tomada pela Primeira Turma da Corte no próximo 24 de outubro; empate pode beneficiar ex-ativista
O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu nesta sexta-feira (13/10) liminar que sobre o pedido de habeas corpus preventivo feito pela defesa do ex-ativista italiano Cesare Battisti.  A decisão impede eventual extradição de Battisti e deve se manter até que a Primeira Turma da Corte julgue de forma definitiva o pedido no dia 24 de outubro.
A defesa do italiano apresenta pedido de reconhecimento da “decadência administrativa” do ato de 2010, negando a extradição e afirma que “o paciente não pode restar, ad eternum, submetido ao sabor das alterações do cenário político brasileiro e à consequente possibilidade de ser entregue a seu país de origem”.

Agência Efe

Decisão definitiva sobre habeas corpus será dada no dia 24 de outubro
Em sua decisão, Fux considerou que é preciso refletir o entendimento adotado pelo Supremo no sentido de que o ato presidencial negando a extradição não poderia ser posteriormente revisto pelo Judiciário. “Há que se verificar a possibilidade, ou não, de o atual Presidente da República suplantar decisão presidencial anterior, no afã de atender ao pedido do Estado requerente”, destacou. 

O ministro observou também a questão do perigo da demora da decisão, diante da alegação da defesa de Battisti sobre ele se encontrar em vias de sofrer a entrega ao governo estrangeiro. Nesta sexta-feira, o ministro da Justiça do Brasil, Torquato Jardim confirmou que o governo decidiu extraditar o ex-italiano.

Governo brasileiro tem plano para extraditar Cesare Battisti para Itália direto do Mato Grosso do Sul

Cesare Battisti é libertado de prisão no MS após juiz conceder habeas corpus

Itália: 'Extradição seria me entregar à morte', afirma ex-ativista Cesare Battisti

 
Julgamento
O caso do ex-ativista será analisado pela Primeira Turma, composta pelos ministros Marco Aurélio, Rosa Weber, Alexandre de Moraes, além de Fux, relator do habeas corpus. O ministro Luís Roberto Barroso atuou como advogado de Battisti em 2009, quando o STF julgou o caso pela primeira vez, e deverá se declarar impedido de julgar o caso. Dessa forma, o colegiado atuará com quatro votantes. O ex-ativista poderá ser beneficiado caso ocorra um empate durante a apreciação da Primeira Corte. 
Entenda o caso
O ex-ativista foi condenado à prisão perpétua na Itália acusado do assassinato de quatro pessoas na década de 1970. Num julgamento à revelia, Battisti foi condenado à prisão perpétua na Itália, em 1993, acusado de quatro assassinatos durante os anos 1970. Exilado, viveu na França e no México antes de fugir para o Brasil em 2004, onde foi preso em 2007.
O governo italiano pediu a extradição do ex-ativista, aceita pelo Supremo. Contudo, no último dia de seu mandato, em dezembro 2010, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu que Battisti deveria ficar no Brasil e o ato foi confirmado pelo STF. 

A Corte entendeu que a última palavra no caso deveria ser do presidente, porque se tratava de um tema de soberania nacional. Battisti foi solto da Penitenciária da Papuda, em Brasília, em 9 de junho 2011, onde estava desde 2007. Em agosto daquele ano, o italiano obteve o visto de permanência do Conselho Nacional de Imigração. Em entrevista essa semana para a ANSA Battisti reafirmou que nunca matou ninguém. "Não faz sentido que me desculpe pelo que outros fizeram", afirmou o ex-ativista.
Na semana passada, Battisti foi solto pela Justiça Federal brasileira após ter sido preso e indiciado pela Polícia Federal pelos crimes de evasão de divisas e lavagem de dinheiro. Ele foi detido quando tentava atravessar a fronteira com a Bolívia com euros e dólares acima não declarados. Segundo o ex-ativista, o dinheiro encontrado em sua posse não era apenas dele e junto com mais dois amigos estava indo comprar casacos de couro e pescar na região e não uma tentativa de fuga do Brasil.

*Com informações da ANSA.

MEMBROS DO MBL SÃO ACUSADOS DE ESTELIONATO E LAVAGEM DE DINHEIRO

MEMBROS DO MBL SÃO ACUSADOS DE ESTELIONATO E LAVAGEM DE DINHEIRO



247 - O Movimento Brasil Livre (MBL) de Kim Kataguiri, Renan Santos e Fernando Holiday foi alvo de uma denúncia apresentada ao Ministério Público Federal em Brasília que acusa o grupo dos crimes de lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, associação criminosa, evasão de divisas e estelionato.

A informação é do site BuzzFeed. As acusações partiram da associação de mesmo nome, Movimento Brasil Livre, que tem sede em Brasília e é presidida pelo advogado Vinícius Carvalho Aquino. Seu vice-presidente é o ator Alexandre Frota.

O principal argumento da denúncia é que o MBL é uma espécie de nome fantasia para o Movimento Renovação Liberal (MRL), uma sociedade de direito privado, liderada por integrantes da família de Renan Santos.

Segundo a entidade presidida por Vinícius Aquino, nunca houve prestação de contas das doações pedidas a filiados. Em seu site, o MBL pede mensalidades de R$ 30 a R$ 10 mil a seus apoiadores.


Cunha quis R$ 1 milhão para ‘sacramentar’ impeachment. Assista

Cunha quis R$ 1 milhão para ‘sacramentar’ impeachment. Assista

Em um novo trecho vazado da delação de Lúcio Funaro, o doleiro disse que Eduardo Cunha, de última hora, pediu-lhe R$ 1 milhão para comprar mais alguns votos pelo impeachment de Dilma Rousseff.
Cunha já tinha certeza da vitória, mas queria “sacramentar” o resultado que lhe permitiria depor a o presidenta da República eleita, Dilma Rousseff.
Funaro transferiu o dinheiro e quitou as suas “promessas”.
Usando o poder de Presidente da Câmara, que o Supremo só depois lhe tirou.
Nas barbas do ascético ministro Teori Zavascki.
Funaro conta até do “calote” que Cunha tomou de Aníbal Gomes,  que recebeu adiantado e “ficou doente”  no dia da votação.
Ou a Vladimir Costa, aquele do famoso “Temer” tatuado (a hena) no peito, que segundo Funaro cunha “comprava a toda hora”.
Ms não tem problemas, não é, Excelências.
“A instituições funcionaram e o Brasil deu um exemplo ao mundo” em matéria de respeito aos ritos democráticos”.
P processo de anulação dessa patranha azeitada dinheiro está parado e parado ficará.
Não há ali um ministro ou ministra com envergadura moral para dizer que não podem validar um processo corrupto.
Não fica bem para o clube do “data vênia”
Assista ao estarreceder depoimento.