quarta-feira, 7 de outubro de 2020

Projeto Brasil Popular

 


 

Projeto Brasil Popular

 

Qual o Brasil que queremos?

Hoje, 07 de outubro às 16h, vamos conversar com João Pedro Stédile, Direção Nacional do MST, e Eliane Martins, Direção Nacional do MTD, sobre o desafio de pensarmos um projeto para o Brasil que aponte saídas populares para a crise.

ASSISTA! ÀS 1

DOCUMENTÁRIO MOSTRA NAZISMO NOS EUA

 https://www.facebook.com/watch/?v=2720283651547485


DOCUMENTÁRIO MOSTRA NAZISMO NOS EUA

Em fevereiro de 1939, a milícia germano-americana promoveu um comício
nazista no Madison Square Garden, que reuniu mais de 20 mil pessoas. O
evento ficou esquecido como uma obscura e assustadora nota de rodapé
obscura na história do pré-guerra dos Estados Unidos até o
documentarista Marshall Curry recuperar e reeditar as imagens do
encontro em A NIGHT AT THE GARDEN, indicado ao Oscar de curta metragem
de documentário em 2019. Para Curry, o filme funciona como “um banho
gelado de história na discussão sobre supremacia branca que estamos
tendo agora”.

Curry compilou imagens de arquivos e de agências de notícias de todo o
país, rastreando e combinando imperceptivelmente imagens de
cinejornais com os registros da milícia. Curry decidiu juntar as
fontes díspares com o mínimo de edição, já que “as imagens eram fortes
o bastante, sem explicação”.

“Isso demonstra que as táticas dos demagogos são as mesmas ao longo
dos tempos. Eles atacam a imprensa, usando sarcasmo e humor. Eles
dizem a seus seguidores que são os verdadeiros americanos (ou alemães
ou espartanos ou...). E eles encorajam seus seguidores a ‘retomar seu
país’ de qualquer grupo minoritário que o tenha arruinado”, explica
Curry.

O cineasta ficou impressionado com o fato de que tal evento possa ter
acontecido no coração de uma cidade progressista como Nova York e que
os símbolos da América possam ter sido usados para vender a ideologia
nazista tão pouco antes de uma guerra na qual milhares de americanos
morreram lutando. Para ele, as imagens evocam as palavras de Halford
E. Luccock: “Quando e se o fascismo chegar na América, não será
rotulado ‘made in Germany’; não será identificado com uma suástica;
nem mesmo será chamado de fascismo; será chamado, claro, de
‘americanismo’”.

A NIGHT AT THE GARDEN
Diretor:Marshall Curry
EUA, 2017, 7 min

onde: bit.ly/3jCP8FV

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#documentario #Oscar #fascismo #nazismo

Grécia declara partido neonazista como grupo criminoso

 POLÍTICA E ECONOMIA

Grécia declara partido neonazista como grupo criminoso

Tribunal considerou membro do grupo fascista culpado pelo homicídio de rapper, em 2013; manifestantes antifascistas acompanharam julgamento

Um tribunal de Atenas, capital da Grécia, determinou nesta quarta-feira (07/10) que o partido neonazista Aurora Dourada é uma "organização criminosa".

O movimento fascista ganhou força após a crise financeira de 2008 e chegou a ser o terceiro mais votado nas eleições legislativas de 2015. No entanto, entrou na mira da Justiça em 2013, após um membro do partido, Giorgos Roupakias, ter assassinado a facadas o rapper e ativista de esquerda Pavlos Fyssas.

O inquérito culminou em um processo contra 68 réus - incluindo o líder da legenda, Nikólaos Michaloliákos -, iniciado em 2015. Segundo o procurador Isidoros Doyiakos, membros do Aurora Dourada usaram o partido como instrumento político para realizar atividades ilícitas.

Roupakias, réu confesso no julgamento, foi considerado culpado do homicídio de Fyssas e arrisca pegar prisão perpétua. Já Michaloliákos, negacionista do Holocausto e admirador do nazismo, foi condenado como líder de uma "organização criminosa".

A decisão da juíza Maria Lepenioti foi recebida com aplausos do público presente no tribunal. Do lado de fora, a polícia entrava em confronto com milhares de manifestantes antifascistas que esperavam a condenação. "A democracia venceu hoje", disse o primeiro-ministro da Grécia, Kyriakos Mitsotakis.

Reprodução
Membros do partido neonazista são julgados por homicídio e tentativa de assassinato

Entre os condenados, também estão o ex-porta-voz do Aurora Dourada Ilias Kasidiaris, o eurodeputado Yiannis Lagos, que deixou o partido no ano passado, e ex-parlamentares que haviam sido eleitos em 2012.

Michaloliákos e outros expoentes condenados por organização criminosa podem pegar penas de cinco a 15 anos de prisão, mas as sentenças serão anunciadas em uma nova audiência. As acusações também diziam respeito a uma série de agressões promovidas por membros do partido, que, segundo o Ministério Público, usava táticas paramilitares para intimidação política.

Em junho de 2012, um pescador egípcio foi espancado por integrantes do grupo neonazista com barras de metal e pedaços de madeira. Um ano depois, ativistas comunistas que afixavam cartazes em um muro foram atacados com barras cravejadas de pregos.

O partido de extrema-direita chegou a conquistar 18 cadeiras no Parlamento de 300 assentos da Grécia em 2015, tornando-se o terceiro mais votado no país. No entanto, a investigação dos últimos anos provocou inúmeras deserções. Nas eleições de 2019, o Aurora Dourada não conseguiu eleger nenhum deputado.

(*) Com Ansa.

Justiça do Equador pede que Interpol emita ordem de prisão contra Rafael Correa Perseguição absurda!

 POLÍTICA E ECONOMIA

Justiça do Equador pede que Interpol emita ordem de prisão contra Rafael Correa

Ex-presidente do país classificou como 'ridícula' a decisão judicial e denunciou perseguição política contra ele e aliados

A Justiça do Equador solicitou na tarde desta terça-feira (06/10) que a Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) emita uma notificação vermelha, que implica uma ordem de prisão, contra o ex-presidente Rafael Correa e outras 15 pessoas. 

O juiz Ivan León, autor do pedido, alega que já se passaram 13 dias desde que as autoridades equatorianas ordenaram a execução da prisão de Correa por envolvimento em um suposto caso de corrupção que teria acontecido durante o mandato do ex-presidente. 

"Não foi possível localizar e capturar os condenados, além do fato de que é de conhecimento público que alguns deles não estão no país, determina-se que se proceda com a notificação vermelha da Interpol para todos os sentenciados", afirmou a Justiça. 

Pelo Twitter, o ex-presidente classificou como "ridículo" o novo episódio da justiça equatoriana e afirmou que León é "completamente corrupto".

"Novo [episódio] ridículo para o Equador, mas, é claro, [agora] terei que gastar novamente com advogados, sofrerei limitações de viagens etc. É assim que eles buscam nos destruir. Iván León, juiz temporário, é completamente corrupto", disse.

UN Geneva/Flickr
Ex-presidente, que vive na Bélgica desde 2017, acusa justiça equatoriana de perseguição política

Correa e outras 15 pessoas foram condenadas a pena de oito anos de prisão por supostamente terem recebido propina de várias empresas durante seus mandatos (2006-2017), entre elas a construtora brasileira Odebrecht. Além da sentença que impossibilitou Correa de exercer funções públicas pelos próximos 25 anos, o equatoriano não pôde apresentar sua candidatura à vice-presidência nas eleições que acontecerão no Equador em fevereiro de 2021.

Segundo a defesa de Correa, a Justiça do país age de forma arbitrária para perseguir as forças progressistas. Diversos organismos internacionais já denunciaram o uso do lawfare contra o ex-presidente, ou seja, quando a justiça é utilizada para perseguir adversários políticos. 

O Equador viveu uma mudança de hegemonia política com a vitória do atual presidente Lenín Moreno nas eleições de 2017. Moreno, que é ex-vice de Correa, foi eleito com uma proposta de continuidade dos mandatos progressistas correístas, mas abandonou o programa após a vitória e adotou uma política neoliberal de austeridade e repressão contra movimentos populares. O ex-mandatário vive na Bélgica desde 2017.

Relatório da Plenária Nacional do Comitê Lula Livre,

 

SGeral <sgeral@mst.org.br>
À :SGeral
mer. 7 oct. à 12:30

 

Companheiras e companheiros,

 

enviamos em anexo o relatório da Plenária Nacional do Comitê Lula Livre, realizada no dia 5 de outubro;

A atividade contou com a presença do ex-presidente Lula e mais 100  dirigentes de partidos, centrais sindicais, movimentos populares, entidades representativas da sociedade e comitês estaduais.

 

Em anexo, enviamos também o relatório sobre os processos contra o Lula, produzido por Tania Oliveira (ABJD), e o texto do manifesto internacional de solidariedade ao Lula com orientações para que todos que tenham relações com personalidades e organizações no exterior possam ajudar na coleta de assinaturas.

 

Lula livre! Anula STF!

Fora Bolsonaro!

 

SECRETARIA DO COMITÊ NACIONAL LULA LIVRE

 

 

Uma bússola para quem vai a campo fazer reportagem

 


Quando fazemos reportagens sobre questões agrárias nem sempre falamos sobre os riscos envolvidos nesse tipo de cobertura. Após oito anos investigando conflitos de terra na Amazônia e a luta dos povos indígenas, ribeirinhos e agricultores familiares por seu território, a equipe da Pública aprendeu lições valiosas sobre como manter nossa equipe segura em campo e não agravar as situações de risco que nossas fontes já enfrentam. Agora, estamos compartilhando esses aprendizados com o público na cartilha de segurança no campo e digital, na esperança de que ela ofereça orientações e dicas para quem trabalha com esse tema tão importante. 

Na newsletter de hoje, o repórter Ciro Barros conta um pouco sobre sua primeira viagem à Amazônia para cobrir conflitos agrários, e explica por que as recomendações da cartilha são essenciais para a segurança do repórter, da fonte e da informação. 

Envie seu comentário para as Cartas dos Aliados! É só responder a este email. 


Um abraço, 

Giulia Afiune
Editora de Audiências
Uma bússola para quem vai a campo fazer reportagem
por Ciro Barros

Eu queria ter em mãos a Cartilha de Segurança Digital e Atuação no Campo, lançada neste mês pela Pública, quando fui fazer minha primeira reportagem em campo na Amazônia. A primeira viagem que fiz para cobrir conflitos agrários no maior bioma do país foi quase um curso intensivo de pós-graduação em Jornalismo. Além das dificuldades habituais da cobertura de Direitos Humanos, havia as grandes distâncias percorridas em estradas difíceis, os longos períodos em que não há possibilidade alguma de comunicação com a redação – quando se está a horas (ou dias) de distância de qualquer cidade –, e as regiões de conflito em si, onde frequentemente se acumulam cadáveres e a impunidade. 

Os repórteres que residem em regiões de conflitos e atuam neste tipo de cobertura na Amazônia vão se habituando a transitar por esse cenário, onde também arriscam suas vidas, já que as taxas de mortalidade de jornalistas são frequentemente mais altas nas regiões afastadas dos grandes centros urbanos. Para um moleque urbanóide como eu era em 2016, a experiência foi um grande choque.

Fomos cobrir um conflito agrário no complexo de fazendas Divino Pai Eterno, no interior do Pará, que já durava oito anos. O conflito era classificado pelo antigo Ouvidor Agrário Nacional como um dos piores do país. Desde quando os movimentos sem-terra começaram a ocupar a fazenda, situada em uma área da União, até o momento em que chegamos lá, eram seis as mortes de camponeses no local. A mais recente delas, do líder sem-terra Ronair José de Lima, havia ocorrido alguns dias antes de chegarmos. O clima ainda era de luto na fazenda. Nos levaram para visitar a tocaia montada por pistoleiros para ferir Ronair de morte. Todos os camponeses pediram para falar sem serem identificados. Contaram histórias de torturas, assassinatos, ataques de pistoleiros. Mesmo servidores públicos e autoridades tiveram medo de colocar seus nomes na reportagem. Entre os fazendeiros, alguns possuíam contra si mandados de prisão em aberto, outros, um histórico de crimes graves.

Para chegar na ocupação, eu e meu parceiro de viagens, José Cícero da Silva, viajamos um dia inteiro por uma estrada de terra em péssimas condições e repleta de caminhões de gado disparando em alta velocidade. Tivemos o apoio de fontes que nos guiaram até lá, mediaram contatos com lideranças. Havia uma divisão na ocupação, o que nos impedia de sair livremente perguntando qualquer coisa a qualquer um, já que sabidamente havia olheiros ali. Mesmo exausto após horas e horas de reportagem num sol escaldante, lembro de não ter dormido quase nada na ocupação. E lembro como eu desabei de chorar quando voltamos à cidade mais próxima. Fiquei tocado pela vulnerabilidade em que aquelas pessoas estavam e aquele sentimento me marcou muito, me acompanhou por um bom tempo. Por isso, reconheço o mérito de quem vive na Amazônia e convive com essas histórias diariamente.

Eu sempre fui avesso à ideia de uma cartilha para atuação em campo. Achava que os cuidados a serem tomados dependiam da avaliação de cada repórter, já que cada pauta é uma pauta, os riscos variam muito, há contextos muito diferentes. Ver o resultado da cartilha me fez repensar essa ideia. Ali estão reunidos alguns princípios de atuação básicos para preparar uma viagem de campo, como criar um plano de comunicação com a redação ou a elaboração de um plano detalhado de viagem, por exemplo. São pontos colhidos da vivência de diferentes repórteres com experiência significativa na área. A cartilha também recebeu o reforço da equipe de segurança digital, que atentou bastante para aspectos técnicos muito úteis para proteção das fontes, dos repórteres e do próprio material.

É claro que cobertura em campo não é uma ciência exata, há sempre as particularidades de cada história e as exigências específicas que elas trazem. A cartilha não tem pretensão alguma de ser receita de bolo. Mas penso que uma parte importante do estresse vivido na minha primeira viagem à Amazônia veio da minha inexperiência até então e que mesmo algumas questões básicas se tornavam muito grandes por falta de uma referência mais formalizada. 

Espero que a cartilha sirva para amenizar a ansiedade dos futuros repórteres que enfrentem coberturas em campo na Amazônia. E que sirva também para incutir na cabeça deles a ideia de que, sem uma segurança mínima (para o repórter, para a fonte, para a informação), não tem pauta.

Ciro Barros é repórter da Pública. 
Seu plano de saúde está distribuindo cloroquina ou ivermectina? Conte essa história e nos ajude a investigar. 

Rolou na Pública

Deu samba. Já falamos bastante do Canal Reload por aqui, mas não resistimos e vamos falar mais uma vez. Ontem saiu por lá um lyric video – um videoclipe que inclui a letra da música – baseado em uma de nossas reportagens que ficou imperdível. A história de Tiago Silva, filho não reconhecido pelo Ministro do Superior Tribunal de Justiça, Jorge Mussi, virou um samba na releitura do Reload. Assista aqui.  
 

O mundo de olho no Pantanal. Nossa reportagem sobre os incêndios em terras indígenas no Pantanal acaba de ser publicada em inglês, na Mongabay. Também saiu no espanhol El Diário e no chileno Interferencia. A reportagem foi referência para matérias publicadas nos Estados Unidos e na Itália.