O dia está chegando!
A cada dia nos aproximamos mais do momento que todos
esperam: ver o sacripanta na cadeia!
Na semana passada, vieram à tona mensagens no celular
do ex-ajudante de ordens do ex-capitão demente, Mauro Cid, que evidenciaram a
tentativa de golpe de Estado promovida pelo entorno do ex-presidente para
mantê-lo no poder após a derrota nas urnas.
Na sexta-feira (16), novos documentos e mensagens foram
publicadas pela revista Veja e mostram não só que a tentativa de golpe foi
encorajada, como uma pressão feita por membros das Forças Armadas para
convencer o ex-presidente de seguir com a ação, assim como a elaboração de um
roteiro para tal.
A maioria das mensagens estimulando Cid a conversar com
o canalha vieram do subchefe do Estado-Maior do Exército, coronel Jean Lawand
Junior, durante dezembro do ano passado.
“Cid, pelo amor de Deus, o homem [refere-se ao pilantra]
tem que dar a ordem. Se a cúpula do EB [Exército Brasileiro] não está com ele,
da divisão para baixo está. Assessore e dê-lhe coragem”, dizia uma mensagem.
Em outra, Junior afirmava que o “chefe” poderia ser
preso: “Pelo amor de Deus, Cidão. Pelo amor de Deus, faz alguma coisa, cara.
Convence ele a fazer. Ele não pode recuar agora. Ele não tem nada a perder. Ele
vai ser preso. O presidente vai ser preso. E, pior, na Papuda, cara”.
A Polícia Federal também encontrou um roteiro para o
golpe de Estado com três páginas intitulado de “Forças Armadas como poder
moderador”.
O passo a passo seria pilantra encaminhar um relato das
inconstitucionalidades praticadas pelo Judiciário aos comandantes das Forças
Armadas, que avaliariam os argumentos. Se concordassem, nomeariam um interventor
investido de poderes absolutos. De início, ele fixaria um prazo para o “restabelecimento
da ordem constitucional”.
Mauro Cid, que está preso desde o começo de maio e foi
autorizado, na quinta-feira (15), pelo ministro Alexandre de Moraes a prestar
depoimento na CPI do Senado que investiga as invasões aos prédios dos três
Poderes em Brasília, segundo a Agência Brasil.
Lula preocupado com Assange. O presidente Lula expressou preocupação no sábado com
a iminente extradição do ativista e fundador do Wikileaks Julian Assange para
os EUA.
Por meio de mensagem em sua conta no Twitter, Lula afirmou
que a prisão de Julian Assange vai contra a liberdade de imprensa e a defesa da
democracia. E destacou que o ativista australiano realizou um trabalho
importante ao denunciar as ações ilegítimas de um estado contra o outro. O
chefe de Estado brasileiro convocou uma mobilização em defesa de Julian
Assange.
Julian Assange está preso no Reino Unido desde abril de
2019, depois de ter sido preso após quase sete anos na Embaixada do Equador em
Londres.
O fundador do Wikileaks enfrenta 18 acusações criminais
nos EUA e terá que responder a acusações de espionagem caso seja finalmente
transferido para lá.
Comitiva da Marinha da China chega ao Brasil. Força chinesa chega ao país com comitiva de alto nível
e agenda a ser cumprida em Brasília, Rio de Janeiro e Manaus. A Marinha
Brasileira pretende aproveitar o momento e abordar a fiscalização da pesca ilegal
no Atlântico Sul.
A comitiva da Marinha da China desembarcou na
quinta-feira (15) para uma visita de cortesia e sem expectativa sobre
fechamento de acordos bilaterais, segundo a Folha de São Paulo.
Os chineses serão recebidos em Brasília pelo comandante
da força brasileira Marcos Sampaio Olsen, e pelo chefe do Estado-Maior da
Força, almirante José Augusto Cunha. O grupo visitará a Escola de Guerra Naval,
no Rio de Janeiro, e encerrará o périplo em Manaus (AM), onde conhecerá o
Comando do 9º Distrito Naval, relata a mídia.
“A vinda da comitiva é resultado de iniciativa para a
retomada de visitas a nível da Defesa iniciada em 2019. Ocorre somente agora
por ter sido adiada durante a pandemia”, disse uma nota da Marinha brasileira citada
pelo jornal.
Entretanto, a Folha afirma ter apurado que o encontro
foi viabilizado após pedidos de Lula da Silva, e que a confirmação da agenda
foi feita em data próxima à visita, com uma organização mais rápida do que o
usual, o que denotaria uma aproximação com Pequim.
Ao longo da visita, a Marinha do Brasil abordará a questão
da pesca ilegal na costa brasileira e discutirá o avanço da potência sobre o
Atlântico Sul. Segundo a Folha, chineses são acusados de impulsionar pesca
ilegal no oceano que separa a América do Sul e a África, utilizando embarcações
que saem especialmente da costa africana sem rastreio.
Integrantes da cúpula da Marinha brasileira avaliam
que, considerando conversas prévias às reuniões, Pequim está disposta a
dialogar sobre a região marítima e atuar em parceria com os países
sul-americanos.
Grande parceiro da China? Após Uruguai se distanciar de um acordo bilateral com
a China, o Brasil e a Argentina assumiram de vez o papel de maiores parceiros de
Pequim no bloco regional.
Em uma entrevista ao site Sputnik, o cientista político
Nicolás Pose destacou que o Brasil voltou a ser uma “peça-chave do Mercosul”.
Para o especialista, a posição da China de não negociar
apenas com o Uruguai era “um cenário previsível, mais além dos esforços do governo
uruguaio por negociar bilateralmente”.
Após não ter sucesso em sua investida política, o
Uruguai poderá sofrer um eventual custo político, “dando passagem” para o
Brasil assumir de vez o papel de “peça-chave” no bloco.
O especialista também considerou que o retorno de Lula
da Silva possa ter influenciado o interesse chinês de negociar bilateralmente
um acordo com os uruguaios.
Conforme o especialista, ao preferir respeitar a política
do Mercosul de negociação conjunta, em vez de negociar diretamente com os
uruguaios, a China mostra que privilegia a relação política com os parceiros maiores,
o que indica que o Brasil recuperou uma posição mais significativa no sistema
regional, voltando ser uma peça-chave.
Rússia é a maior exportadora de diesel para o
Brasil. O Brasil mantém firmemente sua
posição como parceiro comercial número um da Rússia na América Latina desde
2010. Ao longo dos anos, os indicadores do comércio bilateral se mantêm em
progressiva elevação.
A Rússia passou a ser o maior exportador de diesel para
o Brasil, superando os EUA, de acordo com a coluna de Ancelmo Gois em O Globo.
Em território brasileiro, 22% do diesel consumido
precisa ser importado e metade está vindo da Rússia. O preço é de 15% a 20%
mais barato do que o combustível proveniente dos EUA. E isso ficou bastante
evidenciado nas reuniões durante o Fórum Econômico Internacional de São
Petersburgo (SPIEF, na sigla em inglês).
Aproximação com a União Europeia? A chefe da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em
reunião com Lula da Silva, destacou pontos relevantes para integrar as cadeias
de oportunidades industriais e comerciais entre a União Europeia (UE) e o
Brasil.
Na declaração à imprensa, os líderes mencionaram que
durante sua reunião foram abordados temas como meio ambiente, acordo Mercosul-União
Europeia, ciência, direitos humanos e conflito ucraniano.
O presidente Lula destacou que “esta foi a primeira
visita de um chefe do Executivo da União Europeia nos últimos dez anos” ao Brasil,
algo que estava no radar de seu governo para estreitar laços com a região que
segundo dados da delegação europeia no país sul-americano, é o segundo maior
parceiro comercial do Brasil.
Lula chamou a atenção para o fato de que a Europa tem
adotado leis e regras unilaterais para estabelecer sanções no comércio
internacional sem levar em conta as parcerias estratégicas anteriormente
estabelecidas como no caso do Brasil, cuja cooperação com o bloco já data de 15
anos.
Von der Leyen, por sua vez, destacou a importância de
estar no país em um momento tão delicado para a democracia mundial e saudou a
liderança de Lula particularmente no que se refere à volta do Brasil ao cenário
internacional.
O grande problema é que, dois dias depois desse encontro,
o Parlamento Europeu votou uma série de medidas que dificultam qualquer
aproximação com o Brasil! E não devemos esquecer que, com o conflito na
Ucrânia, a União Europeia está totalmente manietada por Washington.
Responder à União Europeia. A ratificação para que o acordo entre a UE e o
Mercosul entre em vigor parece estar cada vez mais distante de acontecer, mesmo
com o bloco europeu indicando em recentes declarações que a procura fazer até o
final do ano.
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil está
preparando um documento rejeitando as novas exigências ambientais para a
assinatura do acordo UE-Mercosul. Atualmente, o texto está sendo analisado
pelas áreas técnicas dos ministérios envolvidos na discussão, segundo a Folha
de São Paulo.
A resposta brasileira deve trazer a discordância com a
mudança e a avaliação de que, se forem aplicadas sanções, elas devem valer para
os dois lados, e não somente para os países sul-americanos, relata a mídia.
O presidente argentino, Alberto Fernández, também
defendeu, na terça-feira (13), que a nova legislação derivada do Pacto Verde
Europeu se baseie em provas científicas, para que não se constitua um “meio de
discriminação arbitrário ou injustificável” no âmbito do acordo.
Nesta semana, durante a declaração conjunta entre o presidente
Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der
Leyen, Lula criticou a exigência ambiental extra que europeus querem no acordo
com o Mercosul e disse que a premissa das negociações não deve ser “desconfiança
e sanção”.
Zelensky tenta dar golpe em Lula! Chefe de gabinete de Zelensky diz querer Brasil em
cúpula para implementar plano de paz de Kiev.
Na segunda-feira (12), o chefe de gabinete da
presidência da Ucrânia, Andrei Yermak, declarou intenção de convidar o Brasil
para participar da Cúpula da Paz promovida por Kiev. Segundo ele, Brasília
poderá ter papel de liderança nos debates sobre questões ambientais.
“Estamos trabalhando na organização da primeira Cúpula
Internacional da Paz para discutir a fórmula proposta pelo presidente [da
Ucrânia, Vladimir] Zelensky”, disse Yermak, em entrevista à CNN Brasil. “Queremos
ver o Brasil como um dos líderes da implementação do nosso plano de paz”.
A Cúpula proposta por Kiev terá como objetivo garantir
apoio internacional ao seu plano de paz composto de dez pontos, apresentado
durante a cúpula do G7, realizada no Japão no mês de maio.
De acordo com o The Wall Street Journal, líderes
europeus que estão financiando e armando a Ucrânia apoiam a realização da
cúpula, que poderá ser sediada pela Dinamarca. Em maio, o primeiro-ministro dinamarquês
solicitou, no entanto, que países do Sul global, como China, Índia e Brasil
também estejam representados, conforme reportou a Reuters.
No entanto, a ausência da Rússia na cúpula inviabiliza
a possibilidade de resultado concreto rumo à paz, acredita o jornalista. Todos
os países convidados por Zelensky apoiam a Ucrânia e enviam armas para o conflito.
Ou seja, Zelensky quer fazer uma cúpula apenas com os “países amigos” e tenta
enredar Lula nessa falcatrua.
“FMI é problema fundamental da Argentina”. A vice-presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, declarou
na noite de quinta-feira (15) que a dívida de 45 bilhões de dólares com o Fundo
Monetário Internacional (FMI), adquirida durante o governo do ex-presidente
Maurício Macri (2015-2019), é o principal problema do país.
Na ocasião, Kirchner expressou a necessidade de “refletir
e promover o diálogo entre todas as forças políticas para abordar a questão do
endividamento com o FMI, porque esse é o principal problema da Argentina, e não
fomos nós que o adquirimos”.
A mandatária declarou ser necessário “o fim da economia
bimonetária urgentemente”. Também enfatizou a necessidade de renegociação com o
FMI, não apenas para pagar a dívida, mas também “para apoiar a indústria”.
Ao falar do FMI, a vice-presidenta aproveitou para
elogiar Axel Kicillof, governador de Buenos Aires, um dos políticos argentinos
que planeja ser o candidato governista à Presidência.
“Quando se discutiu na Câmara dos Deputados o acordo
com os fundos-abutre, foi Axel Kicillof que advertiu que se a gente pagasse
essa dívida, terminaríamos de novo no FMI, o que acabou acontecendo”, declarou
a vice.
Fundos abutres são fundos de investimento especializados
em comprar ativos de alto risco visando altos retornos, muitas vezes por meio de
demandas judiciais. (matéria em Opera Mundi)
Marcha contra o FMI. Centrais Sindicais, organizações sociais e políticas
da Argentina se mobilizaram na sexta-feira (16) na capital e nas principais
cidades para exigir um aumento salarial emergencial e a rejeição da
interferência do FMI nas decisões econômicas do país.
O secretário-geral da Central de los Trabajadores de la
Argentina Autónoma (CTAA) e da Associação Estatal de Trabalhadores (ATE), Hugo
Godoy, destacou que, dada a situação econômica que o país atravessa, é
necessário se mobilizar para aumentar a emergência e acabar com as imposições
do FMI.
Entre as reivindicações dos organizadores da
mobilização estavam também o fim da precarização, mais justiça social e o fim
dos ajustes governamentais por imposição do FMI.
Novo golpe em andamento? Precisamos estar sempre alertas contra os golpes planejados
por Washington em Nossa América. A notícia a seguir, publicada na íntegra pelo
site Opera Mundi, nos dá bem a dimensão de um possível novo golpe.
O presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da
Venezuela, Pedro Calzadilla, renunciou ao cargo na quinta-feira (15), dando
início a um processo de renovação no órgão.
O diretor principal da instituição, Alexis Corredor,
também apresentou sua renúncia, junto com todos os diretores suplentes. O
anúncio conjunto da saída das autoridades dos cargos obriga legalmente que a
Assembleia Nacional da Venezuela inicie um processo de renovação no CNE.
Durante um curto pronunciamento realizado nesta
quinta-feira, na sede do órgão, no centro de Caracas, Calzadilla não apresentou
motivos para sua renúncia, apenas disse que continuará no cargo até que o
Legislativo conclua o processo de definição de novos diretores.
A saída de Calzadilla e o rápido início do processo de
reformas no CNE pegaram de surpresa o mundo político venezuelano. A ausência de
motivos claros para a renúncia colocaram em dúvida a intenção dos diretores
próximos ao governo e até mesmo a participação da instituição no processo de
primárias da oposição.
Reunidos no que chamam de Plataforma Unitária, os
principais partidos de oposição de direita na Venezuela estão organizando um
processo eleitoral interno para tentar definir um candidato presidencial único
para o pleito de 2024. A votação está marcada para o dia 22 de outubro e, há algumas
semanas, a Comissão de Primárias anunciou que os partidos haviam chegado a um consenso
sobre utilizar os recursos do CNE para realizar a votação.
Tudo cheirando a um novo golpe a ser tentado pela Casa
Branca!
Presidente do Irã esteve na Venezuela. Aqui pode estar uma das razões da pressa de Washington
em desestabilizar o processo político na Venezuela.
O presidente do Irã, Ebrahim Raisí, partiu na segunda-feira
para a Venezuela para iniciar sua primeira turnê pela América Latina que inclui
visitas a Cuba e à Nicarágua.
Antes de embarcar no avião para a Venezuela, o presidente
iraniano destacou as relações amistosas de seu país com os países latino-americanos
e revelou que Teerã defende o estreitamento dos laços com essas nações.
Raisi considerou “estratégicas” as relações com os países
latino-americanos e afirmou que esta visita vai significar “uma viragem” no
aprofundamento das suas relações.
O presidente do Irã também manteve encontros com
empresários locais e iranianos e ativistas econômicos durante sua passagem pela
América Latina.
Equipamentos para a Venezuela. Claro que tem algum motivo para Washington se mover
rapidamente contra Maduro. O Irã espera fornecer equipamentos tecnológicos,
técnicos e de engenharia para plantas petroquímicas na Venezuela, declarou o
presidente da comissão de segurança nacional e relações exteriores do
Parlamento iraniano, Vahid Jalalzadeh. Isso acontece no marco da passagem do
presidente do Irã, Ebrahim Raisi, pela América Latina.
“Suprir as necessidades tecnológicas, técnicas e de
engenharia das refinarias e plantas petroquímicas venezuelanas é uma boa
oportunidade econômica para o Irã”, disse Jalalzadeh, citado pela agência de
notícias local Irna.
A agência Mehr esclareceu que os acordos abrangem áreas
como tecnologias de informação e comunicação, energia, seguros, transporte
marítimo, ensino superior, agricultura, medicina, mineração e cultura. Segundo
a agência de notícias árabe Fars News, o Irã planeja se tornar acionista de
três novas refinarias offshore em Cuba, Nicarágua e Venezuela.
Presidente do Irã visita Nicarágua. O presidente do Irã, Ebrahim Raisi, reuniu-se na
quarta-feira com os deputados da Assembleia Nacional da Nicarágua, no segundo
dia da sua visita oficial àquele país centro-americano, e afirmou que a
resistência dos povos contribui para a atual mudança na ordem mundial e o declínio
dos EUA.
Em discurso perante o Legislativo, o chefe de Estado
expressou que o imperialismo estadunidense sempre foi contrário aos governos
populares na América Latina. A principal característica do imperialismo mundial
é que, com suas demandas ilegítimas, procura explorar os povos e se opor à sua
vontade.
Assinalou que os imperialistas têm medo da justiça, da
consciência e do povo, pois esses pilares são contrários aos seus interesses.
Assegurou que a consciência dos povos, dos Governos e das Assembleias Legislativas
dos países soberanos é necessária para orientar a luta pela liberdade e pela
justiça.
Na noite de terça-feira, o presidente da Nicarágua,
Daniel Ortega, e a vice-presidente, Rosario Murillo, receberam Raisi, a
primeira-dama, Dra. Jamileh-Sadat Alamolhoda, e a delegação do governo que o
acompanha na Plaza de los Non-Aligned, em Manágua.
Expressou que ambos os países têm revoluções gêmeas,
que triunfaram em 1979, e se conjugam numa luta permanente em defesa do
bem-estar dos seus povos e contra os impérios e as suas medidas restritivas
unilaterais.
Nesse cenário, Raisi afirmou que o Irã mantém uma excelente
relação fraterna com a Nicarágua. Ele apreciou que não são relacionamentos
tradicionais, mas estratégicos. Queremos estreitar nossos laços nas áreas
política, econômica, cultural e outras, principalmente na área de ciência e
tecnologia, afirmou.
Raisi em Cuba. O presidente do Irã, Seyed Ebrahim Raisi, chegou a
Cuba na noite de quarta-feira (14), encerrando sua primeira viagem diplomática
pela América Latina, que também incluiu visitas na Venezuela e Nicarágua.
Ao chegar ao Aeroporto Internacional José Martí, em
Havana, o presidente iraniano foi recebido pelo ministro das Relações Exteriores
de Cuba, Bruno Rodríguez.
Irã e Cuba mantêm relações bilaterais há mais de 40
anos, desde seu restabelecimento em 8 de agosto de 1979.
Os laços entre os dois países são marca dos líderes
históricos de Cuba e do Irã, Fidel Castro e Ayatollah Khomeini, respectivamente.
Em mais de quatro décadas de diplomacia, Havana e Teerã
assinaram e consolidaram vários acordos bilaterais em áreas como transferência
de produtos biotecnológicos, nanotecnologia, indústria farmacêutica, e
segurança alimenta.
Golpe depois de golpe, no Peru. Em um pronunciamento em rede nacional realizado na
sexta-feira (16), a golpista Dina Boluarte anunciou um decreto que encerra a
discussão do último projeto de lei que propunha a antecipação das eleições
presidenciais no país.
No vídeo, a bandida golpista apareceu junto com o chefe
do Conselho de Ministros, Alberto Otárola, e com o ministro da Economia, Alex
Contreras. “Está encerrada esta questão das eleições antecipadas, vamos
continuar a trabalhar com responsabilidade, no respeito pelo Estado de direito,
pela democracia e pela Constituição, até julho de 2026”, frisou a presidente.
A antecipação das eleições era a principal demanda dos
movimentos sociais desde o início da mais recente crise política peruana,
originada pela destituição do ex-presidente Pedro Castillo em dezembro de 2022
e sua substituição por Boluarte, cujo governo foi considerado ilegítimo por
diversos setores.
A situação gerou uma intensa onda de protestos exigindo
novas eleições no país ainda em 2023, além da realização de um plebiscito para
criar uma assembleia constituinte e escrever uma nova constituição, substituindo
a atual, imposta em 1992 pelo então ditador Alberto Fujimori.
A indignação popular contra o governo de Boluarte,
surgida do que foi considerada pelos movimentos sociais como uma “transição
ilegítima” após a queda de Castillo em função de um processo de impeachment,
foi reforçada pela fortíssima repressão do Estado contra os protestos
realizados no país.
Honduras pede entrada no Banco do BRICS. A presidente de Honduras, Xiomara Castro, apresentou no
sábado (10) uma solicitação formal ao Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), o banco
do BRICS, para a admissão do país na instituição.
Castro está em sua primeira visita oficial à China, a convite
de seu homólogo chinês Xi Jinping após o estabelecimento de laços diplomáticos
entre os dois países. Sua viagem começou na sexta-feira (09/09) em Xangai e
durará até quarta-feira (14/09).
A solicitação foi realizada após Castro se encontrar
com Dilma Rousseff, que preside o banco, e quem recebeu o pedido formalmente.
Segundo o governo hondurenho, nos próximos dias, uma comissão técnica do país
dará início ao processo.
Após estabelecer relações com a China e as romper com
Taiwan, o país latino-americano demonstrou vontade de também aprofundar as
relações com o BRICS.
Importante o momento no Equador. Faltando 70 dias para o primeiro turno das eleições
gerais antecipadas no Equador, o partido que aparece como favorito nas
pesquisas apresentou oficialmente sua chapa presidencial, e com uma surpresa: a
presença de uma mulher encabeçando a fórmula, o que poderia resultar na
primeira vez na história que o país não será governado por um homem.
A novidade foi revelada na noite de sábado (10), quando
o Revolução Cidadã, partido de esquerda fundado e liderado pelo ex-presidente
Rafael Correa (2007-2017), anunciou oficialmente a sua candidatura presidencial,
que será liderada pela advogada e ex-congressista Luisa González, de 45 anos,
com o economista e ex-ministro Andrés Arauz, de 38 anos, como vice-presidente.
A indicação de Luisa González é resultado de uma
ascensão meteórica como uma das congressistas mais destacadas da oposição ao
presidente Guillermo Lasso desde maio de 2021.
A única pesquisa de opinião realizada no Equador desde
o decreto que levou à antecipação das eleições indicou um favoritismo do
partido Revolução Cidadã para o pleito de agosto.
A medição foi divulgada em 25 de maio, pela consultora
Click Report, e mostrou que 32,3% dos entrevistados disseram estar dispostos a
votar na opção “candidato do Revolução Cidadã”. Naquele momento, o nome de
González era apenas um entre quatro especulados para essa candidatura.
Vale lembrar que o próprio Correa não poderá se candidatar,
já que se encontra em asilo político na Bélgica, em função de processos que
responde na Justiça por denúncias de corrupção – os quais ele acusa de serem
“operações de lawfare”, inclusive comparando sua situação com a enfrentada por
Cristina Kirchner na Argentina e com as que enfrentou o presidente Luiz Inácio
Lula da Silva no Brasil, antes de ser eleito para o seu terceiro mandato.
Gigantes da Rússia e da China negociam em moedas
nacionais. Mais uma “pancada” no dólar
que vai rolando pela encosta.
A petroleira russa Rosneft e a China National Petroleum
Corporation (CNCP) concordaram em 16 de junho em começar a fazer pagamentos em
suas respectivas moedas, segundo a estatal de Moscou.
Durante o 26º Fórum Econômico Internacional de São
Petersburgo, o CEO da Rosneft, Igor Sechin, reuniu-se com o presidente do conselho
do CNCP, Dai Houliang. Os empresários discutiram perspectivas de implementação
de projetos de produção conjunta, bem como cooperação na área tecnológica,
segundo nota.
“A cooperação entre a Rosneft e a CNPC contribui
significativamente para atingir a meta estabelecida pelos líderes dos dois
países de alcançar um volume de negócios de US$ 200 bilhões. O volume de
comércio mútuo entre a Rússia e a China deve exceder esse nível até o final de
2023”, aponta o pronunciamento.
Ele acrescentou que o diálogo entre empresas de energia
russas e chinesas continua sendo uma das ferramentas mais eficazes para
aumentar o comércio bilateral.
OPEP do gás? Significativas mudanças na arena mundial afetam todas
as esferas da cooperação internacional, incluindo o mercado global de energia,
onde os concorrentes podem unir forças para um propósito maior.
Tendo em conta o papel primordial do setor energético
ao nível do poder do país, os recentes passos que a Rússia está dando com os
seus parceiros são motivo de grande preocupação para o Ocidente, noticia o jornal
Al-Watan Syria.
Segundo colunistas, a Rússia, “que está imersa em uma
luta fatídica contra a hegemonia ocidental”, desenvolve projetos capazes de
mudar completamente todo o mercado global de gás. Nesse sentido, muita atenção
é dada não apenas à criação de um hub de gás turco, mas também ao hub de
energia iraniano.
Durante anos, o “combustível azul” iraniano foi um
concorrente direto do gás russo, razão pela qual a cooperação da Rússia e do
Irã nessa esfera foi recebida com espanto.
A cooperação no domínio do gás permitiria a ambos os
Estados exercer uma influência considerável no mercado mundial do gás. Moscou e
Teerã já estão promovendo inúmeros acordos na área de recursos energéticos que
em perspectiva fortalecerão suas posições até conquistarem o mercado de gás,
lê-se no texto.
O dólar continua perdendo terreno. O mundo já percorreu um longo caminho rumo à
independência do dólar, enquanto o yuan assumiu como moeda de reserva global,
declarou o presidente da corporação russa VEB.RF, Igor Shuvalov.
“O mundo percorreu um longo caminho para se livrar de
sua dependência do dólar, e esse trabalho vai continuar. O yuan já é uma moeda
de reserva global, não há como negar”, disse ele a repórteres nos corredores do
São Petersburgo. Fórum Econômico Internacional (SPIEF).
Mesmo aqueles com boas relações com os EUA, para sua
própria segurança, apoiarão o desenvolvimento de outros sistemas de pagamento
além do Swift e do dólar, opinou.
A 26ª edição do Fórum Econômico Internacional acontece
na cidade russa de São Petersburgo de 14 a 17 de junho e tem como tema “O
desenvolvimento soberano é a base de um mundo justo. Unindo forças para as
gerações futuras”.
China e Palestina. O presidente chinês Xi Jinping e seu colega palestino Mahmud
Abbas anunciaram o estabelecimento de uma parceria estratégica entre a China e
o Estado da Palestina durante uma reunião em 14 de junho, informou a China
Central Television.
“Hoje [14 de junho] anunciamos conjuntamente o
estabelecimento de uma parceria estratégica China-Palestina, que significará um
marco importante na história das relações bilaterais”, disse Xi.
O presidente observou que a China planeja aproveitar esta
oportunidade “para promover plenamente a cooperação amistosa com a Palestina em
todos os campos”.
O líder chinês expressou que Pequim está disposta a
fortalecer a coordenação e cooperação para promover uma solução rápida e justa
para a questão palestina.
Egito no BRICS? A contribuição do Egito para o desenvolvimento do
BRICS fortalecerá a voz e o peso da organização nos assuntos mundiais e na
formação de regras internacionais, disse ao site Sputnik Wang Zhimin,
pesquisador da Universidade de Economia Internacional e Comércio da China,
chefe do Instituto de Pesquisa da Modernização e Globalização da China.
Na quinta-feira (15), o embaixador da Rússia no Cairo,
Georgy Borisenko, confirmou que o Egito apresentou a candidatura oficial para
se juntar ao BRICS.
Referindo-se às consequências da entrada do Egito no
BRICS, Wang Zhimin observou que, como o maior país da região, o Egito é também
o país mais influente do mundo árabe.
O Egito desempenha um papel importante na África, no
Oriente Médio e nos assuntos mundiais, exerce uma grande influência sobre os
países do Terceiro Mundo, mantém relações amigáveis com os cinco países do
BRICS. A população do Egito agora ultrapassa os 100 milhões.
“O fato de que 13 países já expressaram abertamente seu
desejo de aderir ao BRICS [...] reflete o desejo dos países em desenvolvimento
de expressar melhor sua posição e aspirações comuns. De fato, a expansão do
BRICS já está há muito tempo na agenda. No entanto, como todos os países têm
situações diferentes, é necessário que essa expansão seja feita de forma
ordenada para evitar contradições entre os países", enfatizou Wang Zhimin.
660 milhões sem acesso à eletricidade! O Relatório do Progresso Energético de 2023, divulgado
pela Organização das Nações Unidas (ONU), alerta que 675 milhões de pessoas
vivem sem eletricidade no mundo. Algumas das conclusões do estudo são o
crescimento do endividamento dos países e o aumento dos preços da energia que
estão piorando as perspectivas de acesso universal à eletricidade e à energia
limpa para cozinhar.
As projeções atuais estimam que 1,9 bilhão de pessoas
ficarão sem instalações de cozinha não-poluentes e 660 milhões sem acesso à
eletricidade em 2030. De acordo com o relatório, essas lacunas afetarão negativamente
a saúde das populações mais vulneráveis e acelerarão as mudanças climáticas.
Segundo o documento, que pede mais estímulo ao uso de
energias renováveis como forma de superar a crise energética, duas nações
lusófonas integram a lista dos 20 países com maior déficit de acesso à energia no
mundo. Moçambique, com 22 milhões de pessoas sem eletricidade e Angola, com 18
milhões.
Um mundo com mais armas nucleares. As potências nucleares, inclusive a Rússia e os EUA,
estão modernizando ativamente seus arsenais, com o número de ogivas implantadas
aumentando em meio ao conflito ucraniano, de acordo com o Instituto Internacional
de Pesquisa para a Paz de Estocolmo (SIPRI, na sigla em inglês).
O pesquisador do Programa de Armas de Destruição em
Massa do SIPRI, Matt Korda, alerta que a maioria dos Estados possuidores de armas
nucleares, ultimamente tem endurecido a retórica sobre a importância das armas
nucleares.
De acordo com o cientista, a elevada competição nuclear
aumentou drasticamente o risco de que estas armas possam ser usadas pela primeira
vez desde a Segunda Guerra Mundial.
Segundo as estatísticas do SIPRI, em janeiro de 2023,
países como Rússia, EUA, Reino Unido, França, China, Índia, Paquistão, Coreia
do Norte e Israel tinham um total combinado de cerca de 12.512 armas nucleares,
das quais 9.576 estavam em depósitos para uso potencial. Isso representa um
aumento de 86 unidades em comparação com janeiro de 2022. Ao mesmo tempo, cerca
de duas mil ogivas (quase todas norte-americanas e russas) estavam em alerta
máximo.
A contraofensiva falhou! O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, mencionou
no sábado (10) “operações contraofensivas” de seu exército “no front”. No entanto,
preferiu manter o mistério sobre o ataque preparado há meses contra a Rússia com
a ajuda de países ocidentais.
As declarações foram feitas após o presidente russo,
Vladimir Putin, afirmar que a contraofensiva ucraniana havia começado, mas se
deparava com uma sólida resistência. Segundo ele, as forças de Kiev sofreram
perdas significativas e não estão conseguindo atingir seu objetivo.
Soldados de uma unidade militar ucraniana disseram que
a maior parte dos veículos blindados de infantaria M2 Bradley dos EUA foi
destruída durante a contraofensiva na região de Zaporozhie, relata a AFP. E, de
acordo com a agência francesa, os veículos foram destruídos na área da cidade
de Orekhov.
As Forças Armadas da Ucrânia enfrentam uma forte defesa
e resistência das forças da Rússia durante a ofensiva, escreveu o veículo de
imprensa estadunidense The Wall Street Journal. Os jornalistas explicaram, na
região de Orekhov, na direção de Zaporozhie, as tropas ucranianas não alcançaram
nenhum resultado.
“Mas os primeiros ataques foram dispendiosos, com
quatro veículos de combate de infantaria Bradley e dois tanques Leopard
fabricados na Alemanha destruídos, e um veículo de combate blindado francês e
um veículo de combate Oshkosh fabricado nos EUA abandonados no campo de batalha”,
informou o jornal.
A desigualdade de renda nos EUA. Dados do Federal Reserve (Fed) mostram que, em 1989, a
fortuna do 0,1% que ocupa o topo da pirâmide de renda somava US$ 1,76 trilhão e
era 2,26 vezes maior do que a dos 50% mais pobres (US$ 780 bilhões). No final
de 2022, o valor das posses dos ricaços (US$ 17,6 trilhões) era mais de quatro
vezes maior que a riqueza (US$ 4,16 trilhões) dos 50% mais pobres da população
dos Estados Unidos.
Os 10% mais ricos somavam uma riqueza de US$ 95,4
trilhões, enquanto os outros 90% da população norte-americana ficavam com US$
44,47 trilhões. Ou seja, os 10% do topo têm riqueza mais de 2 vezes superior
aos demais.
A tendência de apropriação da renda pelos ricaços vem desde
1989 (dados mais antigos do Fed). Na crise de 2007/2008, houve pequena
reversão, mas após 2010 o crescimento desigual na riqueza voltou a crescer e se
acentuou em 2021/2022, com os pacotes lançados pelo governo na pandemia que
beneficiaram proporcionalmente mais os mais ricos.
Os domicílios multigeracionais – três ou mais gerações
sob o mesmo teto – representavam 4,7% de todos os domicílios dos EUA, mas 7,2%
dos domicílios familiares em 2020, um aumento em relação a 2010.
Nova ameaça ao dólar! As empresas japonesas com projetos de energia na ilha
russa de Sakhalin começaram a receber dividendos em yuans. O jornal japonês
'Nikkei' descreveu o fato como um novo sinal da desdolarização da economia
mundial.
As empresas japonesas optaram por manter sua participação
em projetos de energia em Sakhalin, levando em consideração não apenas seus
interesses comerciais, mas também os da segurança energética do país asiático.
Apesar de o yuan não ser a moeda de liquidação
preferida em Tóquio, pois há certas restrições às remessas transfronteiriças,
as empresas japonesas, de acordo com o Nikkei, não tiveram escolha a não ser
usá-lo nos negócios com a Rússia