A FORÇA DA VERDADE
Glauco dos Santos Gouvêa
“Ver bem não é ver tudo, é ver o que os outros não vêem” (José Américo de Almeida)
A educação das crianças na década em que nasci, 1940, era baseada em princípios morais entre os quais – e servindo de fundamento para todos os demais – estava o respeito à verdade. Isso nos era ensinado pela família, escola, instituições e sociedade. Tínhamos que falar sempre a verdade mesmo que isso nos trouxesse aborrecimentos e até castigos.
As autoridades, que tinham sido educadas com base nos mesmos princípios, atuavam conforme era seu dever, em sintonia com a população e com intangível honestidade. A fala de qualquer autoridade era recebida com respeito e credibilidade. Não se falava em corrupção, tráfico de influência etc.
Hoje , a mídia, diuturnamente, passa para a sociedade o retrato do mar de lama que se espalha por todo o País. Uns poucos enriquecem, muitas vezes de modo fraudulento, às custas do sacrifício e até da desgraça da maioria. O tráfico de influência exerce sua devastadora ação, degradando o que deveria ser sagrado, transpondo todos os limites e, como um rio durante uma cheia, invade áreas circunvizinhas. O homem corrompe e se deixa corromper, importando-lhe apenas tirar proveito.
O que teria motivado tal degradação ? As razões devem ser muitas e constituem material para estudo de sociólogos e cientistas. Uma coisa, porém, é certa: a substituição da verdade pela mentira está na raiz de todos os males apontados.
O homem que decide conduzir sua vida pelo caminho da mentira, perde o referencial do bem e do mal, do justo e do injusto, do moral e do imoral, do honesto e do desonesto, do permitido e do proibido. Perde-se a si mesmo, deixando por onde passa sua indesejável marca. Trai sua palavra, seus compromissos e seus amigos. Ao se tornar um traidor, o homem se transforma numa escória social.
É nisso que dá o abandono da verdade.
Você esqueceu de citar que os meios de comunicação só divulgam os desvios dos que não são considerados amigos ou dos que não fazem políticas em favor delas. Se formos observar, os grandes meios de comunicação forma uns dos grandes beneficiados pelas privatizações e ainda hoje se mantem com grande volume de dinheiro público (a maioria via BNDS). Claro, esses meios de comunicação nunca irão divulgar esses dados.
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