domingo, 4 de março de 2012

Do Informativo Semanal do Prof. Ernesto Germano Pares


Mais verdades sobre a blogueira mentirosa. É curiosa, para dizer o mínimo, a história da blogueira Yoani Sánchez. Sua biografia diz que ela conseguiu sair de Cuba em 2002, indo morar na Suíça, onde trabalhou e estudou. Curiosamente, dois anos depois resolve voltar para Cuba e fazer parte de “grupos oposicionistas” e passou a receber “prêmios” e “ajudas” de instituições internacionais por seu trabalho contra o governo cubano.
Yoani Sánchez recebeu, oficialmente, uma ajuda de 250 mil euros dessas instituições. O equivalente a 20 anos de salário mínimo em um país como a França. Façamos as contas: o salário mínimo mensal em Cuba é de 420 pesos (14 euros); portanto, Yoani Sánchez recebeu o equivalente a 1.488 anos de salário mínimo cubano só para fazer sua propaganda contra a Ilha!
Outra da mentirosa. Em 2009, Yoani Sánchez publicou em seu blog uma possível entrevista que teria conseguido com Barack Obama. A matéria foi divulgada no mundo inteiro destacando que uma blogueira cubana havia entrevistado o presidente dos EUA e Yoani ainda disse que havia enviado as mesmas perguntas para o presidente de Cuba, Raúl Castro, que não respondeu.
Em 2010 a Wikileaks desmontou a farsa. Quem respondeu ao questionário da mentirosa foi um funcionário do Escritório de Interesses dos EUA em Cuba. O chefe do Escritório, Jonathan D. Farrar, confirmou que o questionário jamais havia sido enviado para Obama. Soube-se, depois, que ela não havia enviado para Raúl Castro.
Para terminar. Há um endereço na internet (www.followerwonk.com) que permite analisar o perfil de todos os seguidores de qualquer membro da comunidade Twitter. Yoani Sánchez costuma alardear que tem mais de 214 mil seguidores cadastrados no seu endereço, mas basta consultar o followerwonk para descobrir que tem apenas 32 pessoas residentes em Cuba. Analisando o perfil dos tais 214 mil seguidores vamos descobrir que mais de 50 mil são “fantasmas” e contas inativas. Mas Yoani segue mais de 80 mil pessoas pelo Twitter.
A matéria completa sobre a mentirosa é de autoria de Salim Lamrani, professor encarregado dos cursos nas Universidades Paris-Descartes e Paris-Est Merne-la Vallée, jornalista francês e especialista em questões cubanas. Foi publicada em http://www.jornada.unam.mx/2012/02/26/opinion/024a1mun
Isto os nossos jornais não mostraram. Na quinta-feira (01/03), no Palácio das Convenções, em Havana, Fidel Castro se encontra com os integrantes do “Cruzeiro Pela Paz”. Trata-se de um navio fretado por 10 japoneses sobreviventes das explosões nucleares em Hiroshima e Nagasaki que chegaram a Cuba para participar do “Fórum global por um mundo sem armas nucleares”.
Cada um deles fez questão de cumprimentar Fidel fazendo a reverência tradicional japonesa e a única mulher do grupo, Ritsoku Ishikawa, ao se inclinar, beijou a mão do Comandante!
Depois participaram, com Fidel, do encontro e fizeram depoimentos pessoais sobre aqueles dias que se seguiram às explosões. Hiroshi Nakamura, hoje com 80 anos, contou que vivia a oito quilômetros do epicentro de uma das bombas e fala da “prepotência dos EUA”. Diz que ouviu uma grande explosão e depois um clarão imenso tomou conta de tudo. Ele passou três dias ajudando a recolher cadáveres, apesar de ter apenas 13 anos! Este foi apenas um dos depoimentos dados no encontro.
Sobre isto nossos jornais não falam. A Procuradora-Geral da Colômbia, Viviane Morales, jurista responsável pela investigação de diversas denúncias envolvendo o governo do ex-presidente Álvaro Uribe, foi destituída do cargo na noite desta quarta-feira (29/02) por decisão do Conselho de Estado colombiano. O órgão anulou a eleição da Corte Suprema de Justiça colombiana que escolheu Morales alegando que houve irregularidade na votação.
Álvaro Uribe está envolvido em vários processos. Desde a repressão aos movimentos sociais até o envolvimento com o narcotráfico internacional. É famosa a fotografia que mostra Uribe chegando ao enterro do seu pai em um helicóptero “emprestado” pelo traficante Pablo Escobar. Mas, ao que tudo indica, não querem que ele seja investigado.
Argentina pedirá prisão de ex-repressor. A Justiça argentina vai solicitar para a Interpol a detenção do ex-repressor argentino Claudio Vallejos, preso em Santa Catarina desde o dia 4 de janeiro sob a acusação de estelionato. O argentino reside no Brasil há anos e declarou a jornalistas brasileiros e em depoimento a diplomatas suecos, em 1986, que atuou na Escola de Mecânica da Armada (ESMA) em março de 1976 quando, segundo seu relato, o ex-capitão da Marinha, Alfredo Astiz, assassinou o pianista brasileiro Francisco Tenório Cerqueira Junior. O músico continua desaparecido até hoje e foi sequestrado quando se encontrava em uma turnê em Buenos Aires no grupo do poeta, compositor e ex-diplomata Vinicius de Moraes.

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