Acorda
Dilma!
(Ernesto Germano Parés – em
07/01/2013)
Querida presidenta Dilma Rousseff.
Você mereceu o meu voto e a minha confiança. Sou
petista desde a criação do Partido e sempre confiei que poderíamos mudar o
Brasil.
Quando o presidente Lula assumiu o governo, em 2003, e
inverteu a lógica política dominante até então no país, suspendendo as
privatizações, rompendo com as amarras neoliberais, abrindo novos caminhos para
a nossa economia, devolvendo ao Estado o seu papel de gestor e organizador, dando
início a um programa de distribuição de riquezas e valorização do salário,
entendi que estávamos no caminho e poderíamos avançar.
Porém, minha cara presidenta, algo não está bem no
Brasil.
A senhora propôs e sancionou uma Medida Provisória, a
579, que vai deixar as nossas empresas estatais da área de energia em péssima
situação, como já demonstram as notícias de hoje nos jornais eletrônicos. As
ações das empresas elétricas despencam na bolsa de valores e a própria
Eletrobrás já contabiliza grandes perdas. As projeções são de desemprego e mais
terceirizações no setor, causando grandes problemas para os brasileiros e
colocando nosso sistema elétrico em risco.
Mas a Medida Provisória foi efusivamente aplaudida pelo
senhor Paulo Skaf, presidente da Fiesp (Federação das Indústrias de São Paulo)
e pelo presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade.
E, em toda a minha vida de trabalhador e militante, aprendi que “no dia que um
patrão me aplaudir, um de nós dois estará errado”.
Agora surge o comentário que a senhora, cara
presidenta, pode convidar a senadora Kátia Abreu para assumir um Ministério do
seu governo! Logo a senadora que passou a ser conhecida como “Senhora Desmatamento”
por suas posições com relação à Amazônia e à Lei do Desmatamento? Uma senadora
que comandou a oposição contra a Lei que protege nossas florestas? Uma
proprietária rural que defende a utilização de produtos
nocivos à saúde das pessoas, por sua aliança
e defesa da empresa Monsanto, conhecida por produzir agrotóxicos e sementes
transgênicas?
Prezada presidenta Dilma
Rousseff. Vou sair um pouco do terreno interno e tocar em outros pontos que não
entendo.
Por que o seu governo ainda
não se pronunciou sobre o que está se passando na Venezuela e a tentativa de
golpe comandada pelos EUA?
Veja o portal do jornal O
Globo de hoje (foto em anexo). O Globo, destemidamente, já está defendendo um
golpe na Venezuela. A Procuradora-Geral
da Venezuela, Cilia Flores, garantiu que o artigo 231 da Constituição do país
prevê o adiamento da posse do candidato eleito ou reeleito no caso de
imprevistos. Mas o Globo prega abertamente o golpe. Com apoio de quem? Quais
interesses estarão por trás disto?
Veja, minha cara presidenta, o que está ocorrendo no
Equador. A CIA, abertamente, está comandando um golpe contra o presidente
eleito, Rafael Correa.
Na última sexta-feira (04/01/2013), um jornalista
chileno, Patricio Mery, enviou documentação às autoridades equatorianas
alertando para um suposto plano da CIA para assassinar o presidente Rafael Correa.
Segundo ele, a medida seria em retaliação ao fechamento de uma base dos EUA
naquele país (Manta) e por dar asilo ao jornalista australiano Julian Assange,
diretor do sítio WikiLeaks, na internet.
E na Bolívia há provas concretas da ingerência dos EUA
tentando desestabilizar o governo de Evo Morales. Isto para não falarmos do que
acontece na Argentina, onde a direita está patrocinando um golpe contra
Cristina Fernández de Kirchner.
A política de Washington é retomar o espaço perdido na
América Latina e não medirá esforços para isto! E o Brasil é sempre “a pedra da
coroa”, pelo que devemos estar muito atentos.
Ainda hoje o governo Obama anunciou oficialmente um
“plano” para “combater a influência do Irã na América Latina”. Barack Obama,
assinou na sexta-feira (28/12/2012) a Countering Iran in the Western Hemisphere
Act ou Lei de Combate à Influência do Irã no Hemisfério Ocidental, que já havia
sido aprovada pelo Legislativo. E Washington não esconde suas intenções ao
dizer que pretende “monitorar atentamente” as atividades de Teerã na América
Latina. O velho e conhecido discurso de “combater o terrorismo” para justificar
suas intervenções e golpes.
Minha cara presidenta Dilma Rousseff.
Alguma coisa não está bem. Dar um Ministério para a
“senhora Moto Serra”, ser aplaudida pelos grandes patrões e calar diante do
avanço de golpes na América Latina é um risco muito grande para todos nós, trabalhadores.
Grato pela atenção
Ernesto Germano Parés
07 de Janeiro de 2013
• Algo de estranho
no ar (1).
A nossa imprensa, sempre subserviente e atenta aos interesses dos grandes
investidores, recomeça uma campanha em defesa das privatizações no Brasil.
Ainda que de uma forma velada, não muito explícita, o que temos visto é uma
série de artigos de “analistas econômicos” mostrando que o pequeno crescimento
do PIB se deve a um “excesso de Estado” na economia.
E uma das primeiras áreas na
mira dos “privatistas” é – como não podia deixar de ser – o setor do petróleo.
A descoberta do Pré-Sal e o fato de ter mobilizado uma importante parcela da
população em torno de uma proposta de usar a riqueza produzida para melhorar a
qualidade da educação no país serviram para atrair discursos conservadores.
Nossos jornais começaram a difundir a idéia de que a Petrobras não tem
capacidade para explorar o Pré-Sal e que o governo deve entender a necessidade
de convidar empresas petrolíferas estrangeiras.
A campanha contra a
Petrobras e a favor da entrada de petrolíferas internacionais deve avançar em
2013, ano que precede uma eleição presidencial.
• Algo de estranho no ar (2). A
conhecida revista inglesa “The Economist” destaca em reportagem na edição que
está chegando às bancas o fato de o Brasil ter “despertado para a necessidade
urgente de melhorar a infraestrutura do País”, em especial nos transportes. A
matéria diz que o governo de Dilma Rousseff “relutava” em aderir às
privatizações e que isso teria atrasado o plano das novas concessões,
especialmente dos aeroportos. “O governo do Brasil despertou para a necessidade
urgente de melhorar a infraestrutura do País. Ele está leiloando concessões de
rodovias, estradas e aeroportos. No mês passado, acrescentou portos à lista e
prometeu gastar R$ 54 bi para expandir, dragar e melhorar os portos ao longo
dos próximos cinco anos”, afirma a reportagem. Para o autor da matéria, o
governo brasileiro foi “tardiamente convertido” às privatizações.
• Relatório do trabalho escravo no Maranhão. A recente atualização do cadastro
de empregadores brasileiros flagrados utilizando mão-de-obra escrava aponta o Maranhão como o quarto estado com maior número de
escravistas – 30 ao todo. Em dezembro de 2011, o Maranhão aparecia na “lista
suja” do trabalho escravo com 22 empregadores – houve, portanto, um crescimento
de oito nomes. Na liderança do “ranking” nacional do trabalho escravo continua
firme o Pará, com 71 nomes (aumento de 11 empregadores, em relação ao fim de
2011). Mato Grosso vem em segundo lugar, com 61 empregadores listados
(acréscimo de 42 nomes; tinha 19 na atualização de 2011). Goiás, com a inclusão
de 30 empregadores (tinha 19 em 2011), é o terceiro estado brasileiro com mais
escravistas (49 ao todo). A “lista suja” do trabalho escravo conta atualmente
com 410 nomes.
No Maranhão, a maior parte das autuações do MTE – mais
de 20 – ocorreu em fazendas de criação de bovinos para corte e produção de
leite. Carvoarias de Açailândia e Governador Edison Lobão e fazendas de cultivo
de milho de Bom Jesus das Selvas e Santa Luzia também foram autuadas. Um total
de 518 trabalhadores foi libertado nos 30 locais relacionados no 'listão'
maranhense do MTE.
• Obama está “de olho” na América Latina. Washington pretende limitar uma suposta “influência
iraniana na América Latina” e criou uma nova lei prevendo uma estratégia
diplomática e política para a região. Obama assinou, na sexta-feira (28/12), a
Countering Iran in the Western Hemisphere Act ou Lei de Combate à Influência do
Irã no Hemisfério Ocidental, que já havia sido aprovada pelo Legislativo. O
Departamento de Estado tem agora 180 dias para desenvolver um plano para lidar
com “o crescimento da presença hostil e da atividade do Irã” na região.
A lei também determina que o governo dos EUA reforce a
segurança nas fronteiras com o Canadá e México, para impedir a entrada nos
Estados Unidos de “agentes do Irã, da Guarda Revolucionária Iraniana, do Hisbolá
ou de qualquer outra organização terrorista”. Ainda segundo a medida, na
América Latina deve ser desenvolvido um plano de ação para combater o
“terrorismo e a radicalização”, para isolar o Irã e seus aliados.
• Venezuela: a direita esconde isto. Tentando criar um clima para o golpe que está sendo
gestado pelos EUA na Venezuela, a nossa imprensa esconde uma série de fatos que
demonstram a legalidade da posse de Hugo Chávez.
Na terça-feira (08), por decisão da maioria dos deputados
seus deputados, a Assembleia Nacional venezuelana autorizou a ausência do
presidente Hugo Chávez em 10 de janeiro, quando deveria fazer o juramento como
presidente reeleito. “O senhor pode permanecer [em Cuba] todo o tempo que
necessite e até que a causa superveniente tenha desaparecido”, afirmou o
presidente do parlamento, deputado Diosdado Cabello. Ou seja, o poder
legislativo venezuelano autorizou o presidente a continuar seu tratamento,
reconhecendo que ele é e permanecerá como presidente legalmente eleito.
No dia seguinte ao pronunciamento da Assembléia
Nacional venezuelana foi a vez do Judiciário reconhecer a legalidade do
mandato. O Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela anunciou na quarta-feira
(09) que aceita a decisão da Assembleia Nacional de adiar a posse para o novo
mandato do presidente Hugo Chávez, que estava prevista para amanhã. “O Poder Executivo, constituído por presidente, vice-presidente,
ministros e demais órgãos e funcionários da administração, seguirá exercendo
cabalmente suas funções com fundamento no princípio da continuidade
administrativa”, afirmou a presidente do órgão, Luisa Estella
Moraes.
De acordo com o tribunal, apesar “de um novo período constitucional ser
iniciado” nesta quinta-feira, “não é necessária nova cerimônia de posse de
Chávez em virtude de não haver interrupção no exercício do cargo”.
• Venezuela: o povo foi para as ruas garantir o mandato de Hugo
Chávez. Na quinta-feira (10), desde o
início da manhã, a população venezuelana começou a se reunir diante do Palácio
Miraflores para uma grande manifestação em apoio ao presidente Hugo Chávez, que
se recupera da quarta cirurgia contra um câncer, em Cuba.
O evento, convocado pelo governo venezuelano no início
desta semana, recebeu também representantes de cerca de 20 países. Entre eles
os presidentes de Bolívia, Evo Morales, Nicarágua, Daniel Ortega, e Uruguai,
José Mujica. O ex-presidente do Paraguai Fernando Lugo também partipou do ato.
Além do Palácio de Miraflores, houve concentração de chavistas em outras partes
da capital venezuelana, como na Praça Venezuela e nas avenidas Libertador e
Baralt.
• “Não voltarão”! Este era o grito mais ouvido durante as
manifestações de apoio a Hugo Chávez. “Eu não tenho medo deles [oposição]. Aqui há um
povo fiel ao presidente e que irá defendê-lo até a morte. Eu votei por Chávez e
quero que ele cumpra esse novo mandato”, disse Haydée Reyers, de 54 anos. Assim
como ela, o técnico agrícola Jarion Centena, de 30 anos, chegou cedo à
concentração em Caracas. “Minha vida mudou completamente desde a eleição de
Chávez. Hoje somos mais politizados, não hesitamos em discutir os problemas do
país. A oposição pensa que somos os mesmos ignorantes de antes, mas estão
enganados”, disse Centena, habitante do Estado de Miranda.
• Na rua, o povo fez o “juramento” de posse. Diante do Palácio de Governo, o povo venezuelano se
concentrou para acompanhar o juramento feito pelo vice-presidente Nicolás
Maduro. Em massa, o povo fazia eco ao juramento: “Juro pela Constituição
bolivariana que defenderei a presidência do comandante Hugo Chávez nas ruas,
com a razão, com a verdade e com a força e a inteligência de um povo que se
libertou do jugo da burguesia”. “Juro, diante desta Constituição da República
da Venezuela absoluta lealdade aos valores da pátria, absoluta lealdade à
liderança do comandante Chávez”. “Juro que defenderei esta Constituição, nossa
democracia popular, nossa independência e o direito de construir o socialismo
em nossa pátria”!
• Oposição. Em
reação à decisão do Supremo, a oposição convocou um ato para 23 de janeiro.
“Respeitamos e acatamos a decisão do tribunal, mas isso não significa que vamos
nos silenciar e que não vamos seguir nos mobilizando para tentar restabelecer a
ordem constitucional perdida”, disse o deputado Alfonso Marquina.
• Bolívia: EUA querem abalar
imagem do país. O governo da Bolívia afirmou no domingo (06) que tem provas concretas
de uma suposta ingerência da Embaixada dos EUA no país. O ministro da
Presidência boliviano, Juan Ramón Quintana, afirmou que está sendo feito “um
acompanhamento escrupuloso dos atos da potência (EUA) em nosso país”. E disse
que “as evidências serão entregues ao governo de Barack Obama para dizer-lhe:
deixem de assediar o governo boliviano, deixem de nos cercar politicamente,
deixem de nos emboscar politicamente!”.
O ministro boliviano
garantiu que “existem provas irrefutáveis” do suposto assédio da embaixada de Washington
em La Paz, cujo objetivo seria “prejudicar a imagem e o prestígio do governo do
presidente Evo Morales, com a intenção de derrubá-lo”, afirmou.
• Inglaterra não abre mão das Malvinas. O primeiro-ministro britânico, David Cameron, afirmou
no domingo (06) que a Inglaterra estaria disposta a lutar, se fosse necessário,
para conservar as Ilhas Malvinas. “Nossa determinação é extremamente forte”,
disse Cameron ao canal de televisão BBC1, e lembrou que o Reino Unido possui um
dos “cinco orçamentos de defesa mais importantes do mundo”. Ao ser perguntado
se a Inglaterra lutaria para conservar as Ilhas Malvinas, Cameron respondeu: “É
claro que sim, e temos grandes meios de defesa, é absolutamente primordial que
tenhamos aviões de caça e tropas mobilizados nas Ilhas Malvinas”.
As declarações de Cameron surgiram após a mandatária
argentina, Cristina Fernández, publicar no jornal britânico The Guardian uma
carta aberta dirigida ao Premiê para pedir que “ponha fim ao colonialismo” e
que devolva as Malvinas para os argentinos. Cameron minimizou imediatamente a
carta e afirmou que os moradores das Malvinas, que são britânicos, terão em
breve a chance de decidir se desejam ou não permanecer sob a soberania da
Grã-Bretanha, em um referendo previsto para o início de março.
• Ações da CIA contra Rafael Correa. A denúncia foi feita pelo jornalista chileno Patricio
Mery na sexta-feira (04). Ele alertou o governo do Equador para um suposto
plano da Agência Central de Inteligência (CIA) para assassinar o presidente
Rafael Correa. A medida seria em retaliação ao fechamento da base militar de
Manta, usada pelos EUA naquele país até 2009, e por dar asilo ao jornalista
australiano Julian Assange, diretor do sítio WikiLeaks, na internet.
O repórter apresentou suas pesquisas ao ministro das
Relações Exteriores do Equador, Ricardo Patiño, e promoveu uma conferência com
jornalistas nesta capital. À agência latino-americana de notícias Andes, Mery
revelou detalhes do trabalho de apuração realizado ao longo dos últimos cinco
anos.
O seu trabalho mostra como age a CIA e diz que o mesmo
modelo é usado em vários países da região. Ele demonstra que a Agência, com o
apoio de autoridades do governo chileno, promove a entrada de drogas produzidas
no Equador, cerca de 200 quilos de cocaína por mês, a fim de gerar dinheiro
sujo: chega no Chile segue para a Europa e os Estados Unidos. Do dinheiro
gerado, uma parte permanece no Chile “e me disseram as fontes que este dinheiro
é destinado a desestabilizar o governo do presidente Correa”, afirma o
jornalista.
No relatório do jornalista consta também a entrega de
US$ 3 milhões ao jornal El Mercurio (Chile), do empresário Agustín Edwards
Eastman, como pagamento pela cobertura favorável às “armações” realizadas pela
agência de inteligência norte-americana. “Durante a ditadura, o jornal disse
que não havia desaparecidos, negou que os direitos humanos tenham sido violados
e agora, todos os dias publica notas e matérias contra os presidentes Correa e
Hugo Chávez, da Venezuela”, constata.
• Correa é favorito nas eleições. A campanha para as eleições equatorianas de 17 de
fevereiro começou nesta sexta-feira (4) com comícios e caravanas dos oito
presidenciáveis, entre eles o atual presidente socialista Rafael Correa, que
lidera as intenções de voto, segundo as pesquisas. Cerca de 11,5 milhões de
equatorianos vão às urnas eleger o presidente, o vice, 137 deputados e cinco
parlamentares para o período 2013-2017.
Correa disputará as eleições com o banqueiro (de
direita) Guillermo Lasso, que se apresenta como seu principal adversário, o
ex-presidente Lucio Gutiérrez (2003-2005) e o multimilionário Alvaro Noboa
(candidato pela quinta vez). Também disputarão o pastor evangélico Néstor
Zavala, o direitista Mauricio Rodas e os esquerdistas Alberto Acosta e Norman
Wray, antigos aliados de Correa.
Correa é o favorito para a reeleição no primeiro turno,
ao contar com 60,6% das intenções de voto, segundo a pesquisa Perfiles de
Opinión, realizada em dezembro. Lasso, em segundo lugar, tem um apoio de 11,2%,
seguido por Gutiérrez (4,5%), que está atrás do total de votos em branco
(10,8%) e nulos (6,9%). Depois aparecem Acosta (3,5%), Noboa (1,8%), Zavala
(0,2%), Rodas (0,3%) e Wray (0,2%).
• 300 quilos de
cocaína na fazenda do general! Uma operação da polícia paraguaia no domingo (06)
encontrou nada menos do que 300 quilos de cocaína na fazenda de um general da
reserva. Além da droga foram encontrados um pequeno avião e uma lancha,
possivelmente utilizados para transporte do produto. O militar foi identificado
como Carlos Maggi, pai do político Carlos Manuel Maggi, candidato a deputado
pelo Partido Colorado.
• Empresários da Espanha pedem mais facilidade para demitir. A confederação patronal espanhola (CEOE) acredita que
é preciso aprofundar a reforma trabalhista para ajudar o país a vencer a crise.
E declara que um dos principais problemas das empresas são as dificuldades
criadas pela Justiça na hora de demitir trabalhadores.
Se os patrões acham de deve ser ainda mais fácil
demitir, como ficará a Espanha se já convive com a maior taxa de desemprego da
Europa e registrou, em 2012, um recorde de 2.000 demissões por dia, em média!
• Eurozona: desemprego bate novo recorde. Os números foram anunciados pelo Instituto de Estatísticas
Eurostat. No conjunto, as 27 nações que fazem parte da chamada “eurozona”
fecharam 2012 com um total de 10,7% de desemprego, ou, o equivalente a 26
milhões de desempregados. Em novembro foi registrado o novo recorde da região:
11,8%! A Espanha continua sendo a lider absoluta, com 26,6% de trabalhadores desempregados,
mas é seguida bem de perto pela Grécia que já apresenta 26% de trabalhadores
parados.
• Inglaterra: dispara a quantidade de “pessoas sem teto”. A “The Homelessnes Monitor”, da Universidade de York,
e a “Heriot-Watt de Edimburgo” são duas entidades respeitadas e que acompanham
as questões sociais na Inglaterra. Os
números apresentados agora mostram que a situação está se agravando com muita
rapidez e que vai exigir mais atenção do governo antes que uma crise social se
instale.
Pelos números agora divulgados, a população sem teto
cresceu 23% entre 2010 e 2011, sendo que em Londres foi registrado o recorde de
crescimento: 43% no mesmo período! O estudo estima que o total de famílias obrigadas
a viver em alojamentos do governo ou entidades de caridade passou de 2.750, em
2011, para 3.960 em 2012! Entre 2008 e 2011 mais de 160.000 pessoas perderam
suas casas na Inglaterra e País de Gales. Os despejos começaram com a quebra do
banco Lehman Brothers e não pararam de crescer.
• Na França, banco manda despejar anciã de 94 anos! Isto se chama “capitalismo”! Seu nome não foi divulgado,
mas a anciã foi despejada no sábado (05) de uma residência para idosos em
Chaville (próximo de Paris) por atraso no pagamento de aluguéis. Ela precisou
ser transportada para o serviço de emergência no hospital de Ch teaudun, a mais
de cem quilômetros, segundo o jornal “l’Echo Républicain”.
• Metade dos alimentos produzidos no mundo acaba no lixo. A informação foi dada pelo Instituto de Engenheiros
Mecânicos do Reino Unido através de um documento intitulado “Global Food, Waste
Not, Want Not” (Comida Mundial, não desperdice, não deseje) e assegura que
cerca de 2 bilhões de toneladas de alimentos terminam, anualmente, no lixo.
O documento diz que “trinta por cento do que é colhido
do campo nunca realmente atinge o mercado (principalmente o supermercado)
devido à triagem, seleção de qualidade e por não cumprir critérios puramente cosméticos”.
Dos alimentos que chegam às prateleiras de supermercados, de 30 a 35% do que é
comprado nos países desenvolvidos são jogados fora pelos consumidores,
geralmente devido à má compreensão das datas de “melhor consumido antes” e
“usar até”.
Segundo Tim Fox, diretor de Energia e Meio Ambiente da
entidade, "As razões desta situação variam das técnicas insatisfatórias de
engenharia e agricultura à infraestrutura inadequada de transporte e armazenamento,
passando pela exigência feita pelos supermercados de que os produtos sejam
visualmente perfeitos e pelas promoções de ‘compre um, leve outro grátis’, que
incentivam os consumidores a levar para casa mais do que
precisam". Na Grã-Bretanha, 30% das frutas, das verduras e dos
legumes plantados sequer são colhidos por causa de sua aparência.
O relatório completo, em inglês, está em
• Mais uma de Israel!
O primeiro ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou no
domingo (06) que vai construir um muro fortificado em toda a fronteira com a
Síria “para impedir infiltrações e atos terroristas na região”. O grande
problema é que o muro será construído nos territórios ocupados da Palestina e
Alto Golán, ou seja, não é território israelense! Segundo o anúncio do governo,
este muro estará equipado com sistemas de segurança modernos e está sendo
desenhado para evitar “infiltrações no território ocupado”.
• No Paquistão, ano começa com bombardeio de “drones”. No domingo (06), apesar dos protestos do governo
paquistanês, aviões não tripulados dos EUA (“drones”) voltaram a bombardear
regiões do país matando 10 pessoas em três ataques seguidos no Waziristão do
Sul. Mas o governo de Obama alega que os ataques foram feitos contra “refúgios
dos talibãs”.
O Ministério de Assuntos Exteriores do Paquistão
declarou que essas incursões aéreas são ilegais e não produzem efeito algum,
além de violar a soberania do país. No mesmo dia membros de diversas
comunidades tribais realizaram, nas principais cidades do Waziristão do Sul,
marchas de protesto contra os ataques de “drones” e as mortes de civis.
• Na “terra da
liberdade”.
Oscar López Rivera é um portoriquenho que
completou no último domingo (06) 70 anos de idade! Nada de estranho nisto, se
não fosse o fato de que Oscar López está preso em um cárcere estadunidense há
32 anos (completará no dia 29 de maio) por lutar pela independência do seu
país!
Ele foi condenado a 70 anos de prisão por “conspiração”
e possível vínculo com as já desaparecidas “Forças Armadas de Libertação
Nacional” de Porto Rico. Mas a “justiça” dos EUA nunca apresentou uma única
prova de que Oscar estivesse mesmo comprometido com as FALN. E vale lembrar que
Porto Rico é um país sob intervenção desde 1898, quando tropas estadunidenses o
invadiram e ocuparam.
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