Escravidão
em São Paulo.
Em 2012, a maioria (64,7%) dos trabalhadores resgatados
nas ações de combate ao trabalho escravo no estado de São Paulo estava na
capital. Segundo levantamento repassado à Agência Brasil pelo Ministério
do Trabalho e Emprego (MTE), no ano passado, 213 trabalhadores foram liberados
de condições análogas à escravidão. Desses, 138 na cidade de São Paulo. Em
2011, foram libertadas 180 pessoas no estado, 32 delas (17,7%) na capital.
O balanço da Secretaria de Estado da Justiça e Defesa
da Cidadania de São Paulo aponta que, em 2012, foram resgatadas 77 vítimas de
tráfico de pessoas, 59 delas exploradas na indústria têxtil, no agronegócio e
na construção civil. As principais vítimas desse tipo de crime são bolivianos e
paraguaios.
Um dos casos mais conhecidos é o da marca espanhola
Zara que, em 2011, foi flagrada em dois casos de trabalho análogo à escravidão.
Em junho daquele ano, foram descobertas 51 pessoas (46 bolivianos) trabalhando
em condições precárias em uma confecção contratada pela Zara em Americana, no
interior paulista. Os trabalhadores eram submetidos a uma jornada média de 14
horas e recebiam o equivalente a R$ 0,20 por peça de roupa produzida. No mês
seguinte, foram encontrados 14 bolivianos em condições semelhantes em duas confecções
na cidade de São Paulo. (Matéria em Agência
Brasil)
• Enfim... a verdade que todos já sabiam. “Na minha
conclusão eu afirmo categoricamente que ele [Rubens Paiva] foi morto no
DOI-Codi [Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de
Defesa Interna] pelo 1º Exército,” disse na segunda-feira (04) o coordenador da
Comissão Nacional da Verdade (CNV), Cláudio Fonteles. “A prova documental é
muito forte. Ela vem do próprio sistema ditatorial militar com a tarja de
secreto”.
Em novembro, a comissão recebeu uma série de documentos
com informações inéditas sobre o desaparecimento do deputado Rubens Paiva em
1971. Os documentos recebidos pela comissão, em Porto Alegre, confirmam que
após ser preso por uma equipe do Centro de Informações de Segurança da
Aeronáutica (Cisa), em 20 de janeiro de 1971, em sua casa, no Rio de Janeiro,
Paiva foi entregue ao DOI-Codi no dia seguinte.
A confirmação do assassinato, de acordo com o
coordenador da CNV, veio com dois documentos encontrados no Arquivo Nacional. O
Informe nº 70, de 25 de janeiro de 1971, redigido pela agência do Rio de
Janeiro do Serviço Nacional de Inteligência (SNI). O documento, de caráter confidencial,
informa o que aconteceu com Rubens Paiva do dia 20, quando foi preso, até o dia
25 de janeiro.
Para Fonteles, os documentos revelados desmontam a
versão oficial da ditadura militar de que o ex-deputado teria sido resgatado
por “terroristas” no dia 22 de janeiro, enquanto estava sob custódia do
Exército e indicam que o ex-deputado foi assassinado, sob tortura, nas
dependências do DOI-Codi do Rio de Janeiro. “Mentiu. Mentiu sim a versão
oficial do Estado ditatorial militar que dizia que ele fugiu e que estaria
foragido até hoje.” ( A matéria é de Luciano Nascimento - Repórter da
Agência Brasil)
• Venezuela vai
processar “El País”. O vice-presidente venezuelano, Nicolás Maduro, confirmou que o governo
da Venezuela moverá ações legais contra o jornal espanhol El País, que
publicou uma fotografia falsa dizendo ser de Hugo Chávez, em janeiro desse ano.
Na verdade, a imagem publicada foi retirada de um vídeo do YouTube e mostrava um paciente entubado em uma cama de hospital.
A fotografia publicada não
tinha assinatura de autor e o El País informou que não tinha “podido
verificar de forma independente as circunstâncias em que foi tirada a imagem,
nem o momento preciso, nem o local”, culpando “as particularidades políticas de
Cuba e as restrições informativas que o regime impõe o tornam impossível”.
• Venezuela foi o país que mais avançou na erradicação da fome. A informação foi dada pelo representante da FAO
(Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) na Venezuela,
Marcelo Resende de Souza. Os dados constam do relatório preliminar 2012 da
entidade.
O vice-presidente venezuelano, Nicolás Maduro,
comunicou a boa notícia durante uma solenidade de entrega de 516 novos
equipamentos (máquinas e ferramentas) para os trabalhadores do campo.
• Venezuela continua
aquecendo lares pobres nos EUA. O programa de ajuda a famílias pobres nos EUA é
antigo, sendo aplicado há oito anos. Trata-se de um projeto do solidariedade do
povo venezuelano com os pobres estadunidenses através da entrega de
combustíveis para calefação de ambientes em comunidades carentes. O programa,
segundo levantamento feito, atende 100 mil famílias, em 25 estados, incluindo
240 comunidades indígenas.
Nos EUA, o programa é
coordenado pela empresa petroleira Citgo, uma subsidiária da PDV (Petróleos de
Venezuela). Desde 2005, quando foi lançado, o programa já atendeu a quase 2 milhões
de pessoas. Lançado logo depois da passagem do furacão Katrina nos EUA, a
empresa venezuelana já doou mais de 200 milhões de galões de combustível,
representando aproximadamente 400 milhões de dólares! Para mais informações sobre o programa: www.citizensenergy.com ou www.citgo.com
• Na Guatemala, um processo histórico! Desde o dia 29 de janeiro a Guatemala virou centro de
atenção dos que lutam pelos direitos humanos no planeta. O ex-ditador Efraín
Ríos Montt está sendo julgado por seus crimes e este é um passo histórico
contra a impunidade reinante há quatro décadas no país. Na quinta-feira, 31 de
janeiro, o juiz guatemalteco Miguel Ángel Gálvez confirmou a abertura da coleta
de provas contra o ex-ditador guatemalteco.
Dois dias antes, em 29 de janeiro, Gálvez havia tornado
pública sua decisão de levar a julgamento a causa já existente contra Ríos
Montt e seu chefe de inteligência militar nos anos 80, o ex-general Mauricio
Rodríguez Sánchez. Falta confirmar ainda a data do início do julgamento e a conformação
do Tribunal de Sentença. A justiça guatemalteca acusa os dois militares pela
matança de 1.770 indígenas Maya Ixile no Departamento do Quiché, norte do país.
• “É tudo mentira, exceto algumas coisas”! Entenderam? Pois esta foi a afirmação do presidente
espanhol Mariano Rajoy para as denúncias de corrupção na cúpula do seu partido.
Em uma entrevista coletiva com a imprensa, Rajoy afirmou que “Tudo o que se
refere a mim e aos companheiros do partido é errado, menos algumas coisas que
foram publicadas pela imprensa”!
Rajoy e seu partido estão sendo acusados de vários
crimes de corrupção, manutenção de contas em paraísos fiscais, sonegação de
impostos, etc. Há um grande movimento no país exigindo a sua renúncia e o afastamento
de toda a cúpula do partido para que sejam investigados.
• Jornalistas
palestinos viram alvos em Gaza. O
documentário feito pela repórter Jihan Rafiz, da The Real News, mostra que em Gaza os jornalistas palestinos não
recebem o mesmo tratamento de outros jornalistas estrangeiros, ou mesmo árabes.
Oficialmente, Israel os vê como parte da resistência palestina e eles
são, portanto, alvos de ataques por mísseis guiados.
Em meados de novembro do ano passado, as forças militares de Israel
alvejaram um centro de imprensa onde trabalhavam dezenas de jornalistas
palestinos. Oito jornalistas ficaram feridos e, depois de uma semana de
bombardeios, três jornalistas palestinos foram mortos. Segundo os repórteres
sobreviventes, entrevistados no documentário, o objetivo das forças israelenses
foi censurar a transmissão dos ataques – já que muitos jornalistas estrangeiros
foram proibidos de entrar no país.
• 54 países formaram uma rede ilegal para os EUA! Um relatório apresentado nesta semana pela ONG OSJI
(Open Society Justice Initiative), localizada em Nova Iorque, mostra que 54
governos estavam envolvidos em violações de direitos humanos durante a administração Bush. Em
suas 213 páginas, o documento mostra que os EUA conseguiram “convencer” mais de um quarto dos governos de todo o mundo para
cooperarem em operações de sequestro e tortura de suspeitos de terrorismo
depois do 11 de setembro.
Segundo o documento, intitulado “Globalizing Torture: CIA Secret
Detention and Extradition Rendition” (Globalizando a Tortura: As Detenções
Secretas e Extradições Extrajudiciais da CIA), a maioria desses países está na
Europa e nenhum na América Latina. O relatório também revela a ajuda de países
hostis e inimigos declarados dos EUA, como Síria e Irã, e a ausência de
aliados-chave, como Israel, na lista de co-responsáveis pelas operações.
Os países implicados de responsabilidade na lista são creditados em
diferentes níveis de cooperação, desde a permissão da utilização de espaço
aéreo ou na negligência em tentar proteger suspeitos em seus próprios
territórios, até cooperação com informações de inteligência, participação em
interrogatórios ou fornecimento de base para prisões. Conhecidos aliados, como
Canadá e Reino Unido, merecem menção especial e mais detalhada no documento.
Os 54 países envolvidos na lista são: Afeganistão, Albânia, Argélia,
Austrália, Áustria, Azerbaijão, Bélgica, Bósnia-Hezergovina, Canadá, Croácia,
Chipre, República Tcheca, Dinamarca, Djibuti, Egito, Etiópia, Finlândia,
Gâmbia, Geórgia, Alemanha, Grécia, Hong Kong, Islândia, Indonésia, Irã, Irlanda,
Itália, Jordânia, Quênia, Líbia, Lituânia, Macedônia, Malauí, Malásia,
Mauritânia, Marrocos, Paquistão, Polônia, Portugal, Romênia, Arábia Saudita,
Somália, África do Sul, Espanha, Sri Lanka, Suécia, Síria, Tailândia, Turquia,
Emirados Árabes Unidos, Reino Unido, Uzbequistão, Iêmen e Zimbábue.
• Obama pode ordenar assassinatos de cidadãos
estadunidenses. A notícia foi divulgada na noite
de terça-feira (05) pela rede de TV NBC
que mostrou um documento oficial do Departamento de Defesa dos EUA tentando justificar
legalmente o uso de aviões não tripulados “drones” para matar cidadãos
estadunidenses suspeitos de ligações com o terrorismo internacional. De acordo com o documento,
de 16 páginas, a operação pode ser considerada legal se forem observadas três
condições principais: 1) uma autoridade de alto-escalão e bem informada
determinar que o alvo em questão represente uma ameaça iminente de ataque
violento contra os EUA; 2) a captura do alvo se torne inviável, embora seu
monitoramento ainda seja possível; 3) a operação seja realizada de forma
consistente às leis de princípios de guerra.
Posteriormente, a informação foi
confirmada por dois senadores democratas. Barack Obama autorizou o acesso de senadores à íntegra do polêmico
dossiê confidencial que permite o presidente e altos membros do governo a
emitirem ordens para abater cidadãos estadunidenses no exterior. A notícia foi
divulgada na noite de quarta-feira (06) pelo site Huffington Post, que recebeu a informação
de uma fonte governamental sob condição de anonimato. Segundo a fonte, a
decisão teria partido pessoalmente de Obama, que a comunicou para o Departamento
de Justiça da Casa Branca.
Depois, a informação foi confirmada pelo senador
democrata Ron Wyden, de Oregon, ao jornal The
New York Times. Segundo ele, o presidente o comunicou pessoalmente
que a Comissão de Inteligência do Senado, que trata de temas relativos a
Inteligência e Defesa, terá acesso ao memorando. Posteriormente, ele se tornará
acessível a todos os senadores. O texto, no entanto, não deve se tornar
público.
Na quarta-feira (06), o Washington Post apurou que “os
EUA têm bases secretas de drones há dois anos na Arábia Saudita”.
Segundo a BBC, a
mídia dos EUA sabia da base aérea sigilosa desde o início. Funcionários do
governo teriam dito que estavam preocupados que a divulgação pudesse prejudicar
as investidas contra o grupo terrorista e a relação com a Arábia Saudita.
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