Marina é o atraso do Brasil financiado por banqueiros
Laerte Braga
O último evento promovido por Marina Silva teve o patrocínio de uma das
acionistas do banco Itaú (conseguiu o segundo lugar no recorde da história de
lucros de bancos em toda a história no primeiro semestre deste ano). Marina, há
dias, defendeu a “cura gay” do deputado Marcos Feliciano.
O fato de ser evangélica em si não significa nada. Os conceitos
evangélicos significam retrocesso e volta do Brasil a era medieval, além das
bandalheiras conhecidas dos principais lideres das
igrejas neopentecostais.
Marina Silva é a candidata da direita raivosa, Aécio foi para o brejo.
Na campanha eleitoral de 1960, em vários pronunciamentos, o marechal
Henrique Teixeira Lott advertiu que uma eventual vitória de Jânio Quadros
levaria o País ao caos. Não deu outra.
Marina repete a história como farsa.
Marina a “boazinha”.
O discurso ecológico, o chamado desenvolvimento sustentável, no Brasil
e em boa parte do mundo são pretextos para a avalancha predadora do
capitalismo.
Grandes grupos econômicos que atuam e devastam a Amazônia financiam
Marina.
A grande mídia começa a se voltar para sua candidatura. A mídia que
controla a comunicação no País é instrumento dos grupos que detêm a maioria das
ações do Brasil. Latifundiários, banqueiros e grandes empresários.
Boa parte deles já começa a entender que a candidatura Aécio é fadada
ao fracasso e que o PSDB traz consigo o estigma de partido privatista, isso num
momento que os brasileiros começam a ir às ruas protestar contra o atual estado
de coisas.
Se Dilma, para alguns, está aquém da expectativa, Marina é o desastre
absoluto e serve à direita mais radical e perigosa do País, a mesma que
financiou 1964, o golpe comandado pelos “morte-americanos”.
O episódio de uma geógrafa presa sem motivo no Rio e o fato de O Globo,
uma semana depois, ter revelado que seu marido trabalha para ABIN (Agência
Brasileira de Informações), antigo SNI, é a clara opção por tentar fazer voltar
as políticas privatistas de FHC e fechar escritura do Brasil, integrando-o ao
Plano Grande Colômbia. O projeto “morte-americano” para a América do Sul.
Plínio de Arruda Sampaio foi quem mostrou um perfil correto para Marina
Silva, num debate nas eleições de 2010. Ao ouvir as críticas da candidata ao
governo Lula perguntou-lhe “mas por que você não pediu demissão antes, só agora
para ser candidata?”.
O falso progressismo de Marina Silva apenas disfarça o caráter
retrógado de seus pensamentos políticos. De seus projetos e compromissos de
quem vai mandar no Brasil.
Não seria surpresa Marco Feliciano como Ministro da Cultura, ou um
Ministério a ser criado, o da Fé. Ou pior, o país deixar de ser uma república
laica...
Nessa medida a reação católica com a visita do papa cumpre papel importante.
Somos um estado laico e estado laico significa que todos têm direito a
professar sua fé livremente. Com Marina não. O avanço evangélico sobre a
Constituição do Brasil vai ser devastador. Inclusive nos Poderes Legislativo
(já é, via bancada evangélica) e Judiciário. Edir Macedo acaba nomeado Ministro
da Fazenda, ainda mais agora que é banqueiro.
Há um risco ameaçando o País. Tem um nome. Marina Silva. Como os
agentes infiltrados, vem disfarçado de “Marina a boazinha”.
É a rainha má trazendo a maçã envenenada.
E o príncipe não vai salvar ninguém... Só com luta popular para evitar
que tenhamos torneios de cavaleiros como na época de João Sem Terra.
Os sem terra continuarão assim: SEM TERRA!
Os lucros do Itaú vão disparar (ainda mais!) e os outros bancos virão
atrás, é lógico. Essa gente não perde o caminho do neoliberalismo, pouco
importam as consequências; desde que mantido o modelo atual.
Marina, a “boazinha”. Quem disse que “boazinha” não pode significar
trevas?
* jornalista, trabalhou no Diário Mercantil e no Diário da Tarde de
Juiz de Fora, para os Diários Associados e pela agência Meridional (primeira
grande agência de notícias do Brasil) e também dos Diários e Emissoras
Associadas, tendo sido correspondente do Estado de Minas de Juiz de Fora e Zona
da Mata, e também trabalhou como freelancer para revistas e jornais do Brasil e
de outros países. Laerte escreve sazonalmente para a redecastorphoto.
Eventualmente colabora com a Redecastorphoto.
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