Maduro viaja ao Brasil e propõe acordo entre bancos do Sul e dos Brics
16/7/2014 13:01
Por Redação, com Opera Mundi - de Caracas
Por Redação, com Opera Mundi - de Caracas
Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro adiantou, nesta quarta-feira, que proporá uma aliança entre o recém-criado Novo Banco de Desenvolvimento, dos Brics (grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, na sigla em inglês) e a instituição financeira que representa a União das Nações Sul-Americanas (Unasul), o Banco do Sul, ferramenta para financiamento de projetos de integração cuja criação foi combinada entre países sul-americanos.
A declaração o embarque de Maduro ao Brasil, onde participará de uma reunião entre a Unasul e os Brics, nesta tarde. Além dos líderes dos dois blocos, também participarão da reunião os chefes de Estado de Cuba, Costa Rica e México, constituindo um inédito primeiro contato formal entre a América Latina e as grandes economias emergentes.
– “Modestamente, nós vamos propor que se faça uma aliança (…) cada um cumprindo o novo papel na nova arquitetura financeira – disse o chefe de Estado a jornalistas.
Maduro mantém expectativas também quanto à relação de seu país com os Brics e elogiou a criação do banco de desenvolvimento do bloco para uma nova ordem econômica internacional, classificando como “históricos” os anúncios feitos.
O presidente venezuelano adiantou que sua agenda no Brasil será frenética, já que tem previstas várias reuniões bilaterais, como com o presidente russo Vladimir Putin, com o sul-africano Jacob Zuma e com o recém-reeleito Juan Manuel Santos, para discutir mecanismos de combate ao contrabando de produtos venezuelanos à Colômbia. Outra das atividades previstas é a primeira reunião do Fórum China-Celac (Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos).
Sobre política interna, Maduro disse que seu governo está revisando a estratégia financeira do país para garantir investimentos e combater os efeitos do que considera ser uma “inflação induzida”. Segundo afirmou, a “ofensiva econômica” será permanente, com ministros relacionados à área econômica se dedicando exclusivamente nas quartas, quintas e sextas-feiras a inspeções e correção de problemas na produção, abastecimento e “preços justos”.
Maduro também anunciou que fará uma “revolução fiscal”, uma “revisão completa do sistema de governo” e iniciará uma auditoria do uso de cada dólar vendido pelo Estado – que controla o comércio cambial há mais de uma década – no primeiro semestre de 2014. Segundo o presidente venezuelano, mais de três mil empresas não poderão aceder ao sistema de administração de divisas por estarem sendo investigadas por suposto “mau uso” de dólares designados pelo Estado.Maduro
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