A
direita ganhou espaço?
As eleições de outubro trouxeram uma surpresa: depois
de um período de crescimento da esquerda na Câmara dos Deputados, os recentes
resultados mostram que houve uma mudança preocupante no eleitorado brasileiro e
o perfil do Congresso Nacional.
Na esteira da disputa presidencial, a direita cresceu
no Parlamento, de acordo com estudo do cientista político Adriano Codato, que
coordena o Observatório de Elites Políticas e Sociais do Brasil, vinculado à
UFPR.
Para Codato, um importante movimento em curso no país,
e que se expressou nas urnas em outubro, é a popularização da direita. O
trabalho do pesquisador já analisou o perfil geográfico e profissional de 7.261
deputados eleitos desde 1945 e mostra que a curva de parlamentares de direita
vai se aproximando do último ápice dos conservadores no Congresso, em 1990, um
ano depois da eleição de Fernando Collor de Mello.
O detalhe importante do estudo é que a recuperação da
direita tem como característica os novos partidos e caras novas. O velho
“coronel”, representante dos grandes proprietários de terras e que comandavam o
“voto de cabresto” no campo, em especial no Nordeste, o perfil do novo
parlamentar de direita identifica-se na figura do pastor evangélico do Sudeste,
e nos comunicadores de rádio e TV.
E, em vez de pertencerem a grandes legendas, emergem de
pequenas, cuja estratégia bem-sucedida tem pulverizado o sistema partidário. Exemplos
marcantes são os campeões de voto Marco Feliciano (PSC-SP) e Celso Russomanno
(PRB-SP), sínteses do novo perfil: pastor e apresentador de TV, de um Estado do
Sudeste e filiados a partidos de pequeno porte - os dois que mais cresceram nas
últimas eleições da Câmara.
No atual sistema partidário, siglas com programas vagos
e ideologia pouco clara são classificadas como fisiológicas. É o caso de PEN,
PHS, Pros, PTdoB, e PTN. Junto com as pequenas siglas consideradas de direita -
PRB, PMN, PRP, PRTB, PSDC, PSL e PTC - elas formas o campo conservador em
ascensão.
• Reflexões sobre golpes (Parte 4) Ernesto Germano
– Dezembro de 2014
Estou ainda
perplexo com a matéria divulgada hoje na página 10 do jornal O Dia de hoje
(08/12). Sob o título “Militares acolhem Bolsonaro” vemos uma incrível chamada: “De olho em
2018, Jair Bolsonaro é recebido com honras na Aman e faz campanha à
Presidência”.
Ainda segundo o jornal, o
fascista Bolsonaro foi recebido com gritos de “líder, líder”, pelos aspirantes
da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), no dia 29 de novembro.
Seguindo a leitura do
jornal, “enquanto os novos oficiais se alinhavam para a solenidade, ele se
dirigiu ao grupo e fez, em um minuto e vinte segundos, seu primeiro comício
como candidato à Presidência da República em 2018”. E parece que ele deseja o
retorno do período mais terrível da nossa história, porque anunciou ao militares
formados que “alguns vão morrer pelo caminho”. Seria isto uma ameaça ou uma
promessa?
Neste momento, não nos
interessa o parecer do Ministério Público Militar (MPM) que afirma que vai
abrir investigações. Pouco nos interessa que a Procuradoria-Geral da Justiça
Militar, segundo o Regulamento Disciplinar do Exército, prevê que “autorizar,
promover ou tomar parte em qualquer manifestação de caráter político” constitui
uma transgressão que pode resultar em punições para os oficiais, que vão desde
advertência até a “exclusão a bem da disciplina”.
O discurso foi feito e o
fato é real. O deputado, abertamente, promove um golpe e diz que “alguns vão
morrer”. Saudades da época em que os porões da ditadura abafavam todos os
gritos dos opositores que estavam sendo torturados? Não posso afirmar, mas
posso dizer que é uma grande preocupação para quem, como eu, se interessa pela
Democracia (assim mesmo, com D maiúsculo)!
Ao ler a tal matéria, sentei
no meu canto para refletir e lembrar algumas coisas que ficaram guardadas na minha
lembrança.
E a primeira coisa que me
veio à lembrança foi o fato de Emílio
Garrastazu Médici, o terceiro general presidente do Brasil, aquele que ia para
o Maracanã com radinho de pilha enquanto a tortura crescia nos cárceres
militares, foi comandante da Aman.
Isto mesmo! Para que não sabe, em abril de 1964, na
época do golpe, Médici era o comandante da Academia Militar de Agulhas Negras.
Foi um dos responsáveis por garantir a chegada das tropas que vinham de Minas
para impor a destituição do presidente João Goulart. Depois, como prêmio de
“bom comportamento”, foi nomeado adido militar nos EUA! Que grande surpresa,
não é?
E, para quem esqueceu, Médice sucedeu Golbery do Couto
e Silva na chefia do Serviço Nacional de Informações, o órgão de inteligência
do regime militar (SNI). Nessa agência, permaneceu por dois anos e apoiou o
AI-5 (Ato Institucional Número Cinco) em 1968.
Para quem não sabe, a Aman (que agora aplaudiu o
golpista Bolsonaro) é conhecida por sua formação elitista!
Em seu livro “Os militares e a República: um estudo sobre
cultura e ação política”, Celso Castro faz um estudo sobre a origem social e o
ambiente intelectual que cercava os militares nos primórdios da República. Em
outro estudo, datado de 1995, Celso Castro mostrou o perfil elitista de
formação dos cadetes da Aman.
Uma
confirmação de tal estudo foi dada durante a entrevista de Jônathas Nunes ao
portal G1. Jônathas era capitão do exército em 31 de março de 1964 e depois
perseguido por não concordar com o golpe.
Diz
ele, na entrevista: “Um exemplo disso é
que durante todo o curso na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), nós não
tivemos uma única matéria, uma única aula, sobre democracia, regime democrático
ou sobre o papel do exército como defensor da república. Pelo contrário.
Insinuava-se que, a exemplo da época da monarquia, onde o imperador exercia o
poder moderador (poder que se sobrepõe aos poderes Legislativo, Judiciário e
Executivo), quando havia uma situação de crise, era o exército que exerceria
esse poder.”
Creio
que dá para entender os motivos de Bolsonaro para fazer o seu discurso na Aman.
• Relatório da CNV mostra o que já sabíamos, mas não tínhamos provas. A Operação Condor, cooperação entre regimes
autoritários da América do Sul na década de 1970 para assuntos relacionados ao
“combate à subversão”, fez uso sistemático de esquadrões da morte e
organizações criminosas, em “clara situação de terrorismo de Estado”. Essa é
uma das conclusões de relatório da CNV (Comissão Nacional da Verdade) entregue
à presidente Dilma Rousseff na quarta-feira (10).
De acordo com o documento oficial, que tem dois
capítulos sobre a violação de direitos humanos de brasileiros no exterior e a
aliança entre as ditaduras do Cone Sul, a Operação Condor foi oficializada no
final de 1975, em uma reunião na cidade de Santiago, no Chile, da qual
participaram seis países (Brasil, Chile, Argentina, Bolívia, Paraguai e
Uruguai).
O relatório, porém, apresenta indícios de que essa
cooperação já existia dois anos antes desse encontro.
O trabalho também apresenta uma lista de 377 militares,
policiais e ex-agentes do Estado acusados pelos crimes cometidos durante a
ditadura. Um dos mais conhecidos é o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra,
que teve atuação destacada na Operação Condor. Entre dezembro de 1974 e
dezembro de 1977, Ustra foi chefe do Setor de Operações do CIE (Centro de
Informações do Exército), considerado “braço brasileiro da Condor”.
Leia a íntegra do relatório: http://www.cnv.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=571
• Governo
lança portal Memórias da Ditadura. Com
um amplo acervo de informações, imagens e documentários, o portal Memórias da
Ditadura foi lançado sexta (5) pela Secretaria Especial de Direitos Humanos da
Presidência da República. A página tem conteúdo interativo e material didático
para estudantes.
Um dos objetivos do projeto é levar informações sobre a
ditadura a quem não conhece esse período da história do País, conhecido como
Anos de Chumbo. Acesse em memoriasdaditadura.org.br
• “Professores” de tortura! Como parte da Operação Condor, o regime militar brasileiro ofereceu treinamento
de técnicas de tortura em presos políticos a agentes argentinos, chilenos e
uruguaios. A informação é parte da pesquisa de dez anos do jornalista Marcelo
Godoy, que lança nesta semana o livro “A
Casa da Vovó - Uma Biografia do DOI-Codi (1969-1991)” , o centro de sequestro,
tortura e morte da ditadura militar.
No caso chileno, as práticas viriam a ser usadas pela
Dina (Departamento Nacional de Inteligência), segundo entrevista feita pelo
autor da obra com o “Agente Chico”, sargento do DOI entre 1970 e 1991, que não
aceitou divulgar o seu nome verdadeiro.
Entre as técnicas exibidas aos chilenos, que passaram
dois dias no DOI (Destacamento de Operações de Informações) em 1974, estão o
pau-de-arara, as máquinas de choques e a pica de boi, uma espécie de chicote.
Antes da vinda de chilenos a São Paulo, um dos chefes do DOI, o capitão do
Exército Ênio Pimentel da Silveira, conhecido no departamento como Doutor Ney,
já havia viajado a Santiago para orientar colegas locais e “caçar brasileiros”
no país, de acordo com o livro.
• Fidel recebe “Prêmio Confúcio da Paz”. O governo chinês concedeu, na quinta-feira (11), o
“Prêmio Confúcio da Paz” ao líder cubano Fidel Castro em reconhecimento aos
seus esforços por resolver crises internacionais.
O grupo de intelectuais responsável pela indicação do
prêmio ressaltou que, enquanto foi presidente de Cuba, Fidel nunca recorreu à
força para resolver crises ou conflitos. Liu Zhiqin, um dos organizadores e promotores do
Prêmio, destacou que Fidel se dedicou, sem limites, a reunir-se com dirigentes
e organizações internacionais e trabalhou com grande afinco para a eliminação
das armas nucleares.
• Uruguai recebe seis presos de Guantánamo. O Departamento de Defesa dos EUA confirmou no domingo
(07) que seis prisioneiros de Guantánamo foram transferidos da penitenciária e
entregues ao governo do Uruguai. A transferência faz parte de um acordo firmado
entre Washington e Montevidéu anunciado no início do ano. O presidente
uruguaio, José Pepe Mujica, afirmou em entrevista que os prisioneiros chegam ao
seu país na condição de “refugiados”. Segundo Mujica, seu governo não aceitou o
pedido dos EUA de que os seis detentos tivessem que permanecer dois anos no Uruguai
antes de sair do país.
“No primeiro dia que quiserem ir embora, poderão”,
afirmou o presidente, durante viagem ao Equador para participar da cúpula da
Unasul (União das Nações Sul-Americanas). “Para mim, o mecanismo do refúgio
está entre as mais nobres instituições que tornam viável a humanidade”,
completou Mujica, que deixará a presidência no ano que vem para seu sucessor
Tabaré Vázquez, eleito há uma semana.
Os seis transferidos são: Abdul Bin Mohammed Abis Ourgy, Mohammed Tahanmatan, Ahmed Adnan Ahjam,
Ali al Shabaan, Omar Mahmoud Faraj, Abu Wael Dhiab.
Conforme reporta o jornalista Glenn Greenwald no site
The Intercept, todos os seis estavam sob custódia de Guantánamo pelo menos
desde 2002 — há mais de 14 anos, portanto. Sob eles não pesa nenhuma condenação
criminal ou qualquer outro tipo de delito. O próprio Pentágono já retirou todas
as acusações que constavam contra os seis, deixando-os aptos para serem
libertados anos atrás.
• Amparo legal como refugiados políticos. A Comissão de Refugiados do Estado do Uruguai concedeu
ampara legal aos seis prisioneiros de Guantánamo que chegaram ao país, segundo
nota oficial da Presidência da República do Uruguai.
Com esta decisão, os seis ex-prisioneiros receberão uma
cédula de identidade e poderão desfrutar de todos os serviços de saúde,
educação, moradia ou trabalho, nas mesmas condições que qualquer uruguaio!
Todos estavam hospitalizados até terça-feira (09), mas,
segundo os médicos, estão em boas condições de saúde. Apenas o sírio Abu Wael Dhiab, de 43 anos, necessitava de atendimentos especiais porque
havia participado de uma greve de fome durante todo o tempo em que ficou preso
e recebeu alimentação forçada e soros.
• Mercosul procura avançar. Os países do Mercosul estão procurando um fortalecimento em suas ações
e já buscam novos parceiros comerciais na Europa e na Eurásia.
O bloco cresceu com a incorporação da Venezuela e da
Bolívia e realizará sua XLVII Cúpula Presidencial nos dias 16 e 17 de dezembro
na província de Entre Ríos, Argentina, atual país presidente “pro tempore”.
Nas últimas semanas, o Mercosul conseguiu estabelecer
novos acordos comerciais e econômicos com a União Alfandegária Euroasiática
(UAE), a União Europeia (UE) e com a Aliança do Pacífico, integrada por México,
Colômbia, Chile e Peru.
No inicio do mês de novembro, os chanceleres dos países
do Mercosul, Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela,
realizaram uma reunião inédita na cidade colombiana de Cartagena com seus
homólogos da Aliança do Pacífico, integrada por Colômbia, Chile, México e Peru.
• Para “endoidar” o Império! Obama vai passar uma longa temporada sem dormir. Se já havíamos debatido
aqui no Informativo a política dos EUA contra o BRICS, agora mesmo é que os EUA
terão longos pesadelos e, provavelmente, vão ampliar as políticas contra os
governos progressistas na América Latina.
Durante a realização da 8ª Cúpula de Governos da
Unasul, em Quito, realizada durante a semana, a pauta dos governantes destacam
duas bombas políticas que vão explodir como uma ameaça em Washington: 1 – os países
resolveram acelerar a criação Banco do Sul e; 2 – iniciar, através do Banco do
Sul, relações comerciais sul-americanas por moedas locais. São 12 países que
iniciam exercício nessa tarefa histórica que tende a colocar o dólar de sobreaviso
como moeda equivalente universal em vigor no mundo desde Bretton Woods, em
1944.
A crise neoliberal deflagrada a partir de 2007/2008
marca o “fim do sonho” do dólar e serviu como alerta geral aos povos para que
procurem novas relações comerciais, porque ficar na dependência da moeda estadunidense
pode ser a “tampa do caixão e a pá de cal”.
China e Rússia já anunciaram novas relações comerciais
baseadas no rublo ou no Yuan. Os países do BRICS já tomam o mesmo caminho e
agora é a vez da América Latina seguir seu próprio caminho.
• Solidariedade internacional. A
Universidade de Cienfuegos (UCF), que completou 35 anos de fundação no sábado
(06), prepara em suas salas mais de 180 profissionais de 22 países, conforme
informação divulgada por uma das suas diretoras. Lourdes Pomares, diretora de
Relações Internacionais da casa de altos estudos, precisou que Angola é a nação
mais representada.
Com uma matrícula atual de 3.550 estudantes
distribuídos em sete faculdades, a UCF soma quase 15.400 graduados ao longo
destes 35 anos.
• Apagar os nomes dos ditadores! Um projeto de lei apresentado na semana passada no
Congresso chileno quer proibir a realização no país de homenagens ou exaltações
de qualquer tipo à ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990) em eventos ou
espaços públicos de responsabilidade do Estado.
A medida, proposta pela deputada comunista e ex-líder
estudantil Karol Cariola na terça-feira (02), causou controvérsia na cena
política nacional tanto pelo conteúdo do diploma, quanto pelo nome: “Ninguna
calle llevará tu nombre” (nenhuma rua terá seu nome). O documento apresentado
pela parlamentar traz uma lista de locais públicos cujos nomes homenageiam
pessoas, datas ou fazem referência elogiosa ao período da ditadura no país.
Espalhadas pelo país, ainda existem mais de vinte ruas
e avenidas com o mesmo nome, além das centenas de outras localidades que
carregam a estirpe do ditador Augusto Pinochet, de outros membros da Junta
Militar, ou até mesmo da viúva do “generalíssimo”, Lucía Hiriart de Pinochet.
“O Chile não
pode mais conviver diariamente com homenagens aos responsáveis pelos anos mais
obscuros da sua história e aos seus crimes”, assinala a deputada Karol Cariola.
• Diego Maradona: amigo do povo nicaraguense! Diego Maradona, o grande ídolo do futebol argentino,
visitou a Nicarágua durante a semana e expressou seu desejo de ser “um amigo da
Nicarágua, um amigo de Ortega e, sobre tudo, um amigo das lutas do povo
nicaraguense”. Em seu discurso, visitando o país, Maradona afirmou que “Eu sou
um soldado de Ortega”.
• Os números
confirmam a recessão no Japão. A economia japonesa apresentou uma contração de
1,9% no terceiro trimestre do ano, segundo números divulgados durante a semana,
o que confirma uma recessão na terceira maior economia do mundo. Os informes
sobre os gastos públicos e investimentos empresariais foram muito piores do que
os esperados.
Alguns economistas “amigos”
estão usando como defesa o argumento de que “os ajustes estão sendo exagerados”
e que os próximos números mensais devem ser mais otimistas.
• Greve geral na Itália contra políticas neoliberais. Na sexta-feira (12), a Itália foi palco de massivas
manifestações em várias cidades, com paralisação dos transportes e a primeira
greve geral marcada pelos principais sindicatos italianos no atual governo. As
três linhas do metrô de Roma foram fechadas e o transporte público da capital
não operou.
Em Turin, uma manifestação convocada pela CGIL, a maior
central sindical do país, exige que o governo tome medidas urgentes para
garantir o emprego em uma situação que já é de emergência no país.
Pelo menos 54 cidades italianas participaram da greve
geral de dois dias contra a reforma trabalhista promovida pelo primeiro-ministro
italiano, Mateo Renzi, conhecida no país como “jobs act”. A convocação foi
feita por organizações sindicais a todos os trabalhadores do setor público e
privado.
A paralisação afetou a administração, serviços de
saúde, escolas e o transporte público, que funcionou apenas parcialmente nesta
sexta.
Os trabalhadores são contra a reforma trabalhista
adotada no país na última semana. De acordo com Renzi, o objetivo é estimular a
contratação, mas os trabalhadores consideram que a medida facilita demissões e
reduz direitos e proteção dos salários nos primeiros anos de contrato.
• Mais provocação contra a Rússia. O Departamento de Defesa dos EUA está pretendendo
deslocar mais mísseis nucleares na Europa e acusa a Rússia de haver violado o
tratado assinado em 1987 sobre os mísseis de pequeno e médio alcance.
O projeto de Obama é deslocar para a Europa os mísseis
“de cruzeiro” com ogivas nucleares que foram retirados no final da guerra fria.
Brian P. McKeon, secretário adjunto de Defesa, disse
que o deslocamento de mísseis de cruzeiro para a Europa está entre as opções
que estão sendo estudadas pelo Pentágono se a Rússia não cumprir o tal tratado
assinado em 1987. Pelo acordo, estavam proibidas as instalações de mísseis
balísticos e de cruzeiro, com alcance entre 500 e 5.000 quilômetros.
• Parlamento português reconhece o Estado da Palestina! O Parlamento de Portugal aprovou, na sexta-feira (12),
um projeto de Lei que determina ao Governo do país reconhecer o Estado da
Palestina como uma nação livre e soberana.
Por maioria de votos, os parlamentares portugueses
defenderam um imediato reconhecimento da Palestina com Estado independente, de
acordo com os princípios do direito internacional. O ministro para Assuntos Exteriores
de Portugal, Rui Machete, disse que o governo é sensível à indicação e que
deverá escolher o momento mais propício para fazer o anúncio oficial.
• Greve geral em Bruxelas. A Bélgica enfrentou, na segunda-feira (08),
mais um dia de greve que afetou a região de Bruxelas e também Brabante Valão. O
movimento foi convocado como forma de protesto contra as novas medidas de
austeridade anunciadas pelo governo.
O novo Executivo de centro-direita enfrentou diversas
ações localizadas de protestos, todas fazendo parte das grandes mobilizações
preparatórias do movimento de amanhã, dia 15 de dezembro, quando ocorre paralisação
geral.
Está previsto um dia de “caos” nas estradas em torno da
capital, já que nenhum comboio deverá chegar a Bruxelas. Estão previstos cortes
e barricadas em pontos-chave de acesso, segundo o diário “Le Soir”.
O tráfego na capital deve ficar caótico, já que não
circula o metrô, nem os elétricos e os transportes coletivos.
Como medida de prevenção, cerca de 30% dos vôos
previstos para hoje, a partir do Aeroporto Nacional de Bruxelas, foram
cancelados. O acesso às escolas primárias e secundárias foi bloqueado, e os
hospitais cancelaram as consultas, funcionando como no domingo, ou seja, apenas
com serviço de urgência.
As grandes áreas comerciais e as sucursais bancárias
estão fechadas, até porque a população não conseguirá chegar ao local de
trabalho. O setor industrial também será afetado, com greves convocadas pelas
concessionárias de automóvel e pelo Porto de Bruxelas.
Os trabalhadores das cadeias de televisão nacionais
RTBF e VRT votaram a favor da greve geral, e as emissões habituais serão
substituídas por outros programas.
• Israel financia a oposição na Síria. Os 15 membros do Conselho de Segurança da ONU receberam
ao longo do ano relatórios em que observadores das Nações Unidas na região das
Colinas de Golã descrevem o “contato direto” entre autoridades do Exército
israelense e membros da oposição armada na Síria.
A missão da ONU na região de Golã foi estabelecida em
1974, como parte do acordo entre Israel e Síria para diminuir as tensões no
local. As Colinas de Golã são reconhecidas internacionalmente como território
sírio, ocupado e administrado por Israel desde 1967. Os observadores da ONU
estiveram presentes na região fronteiriça até o fim de 2013, momento em que a
guerra civil na Síria tornou mais difícil o prosseguimento do trabalho.
Em 2013, o conteúdo dos relatórios enviados pelos
observadores mudou. Foi quando Israel passou a autorizar a passagem de sírios
para o lado israelense. No início, o governo Netanyahu afirmava que a situação
dos civis feridos, sem perspectiva de atendimento médico na Síria, exigia que
Israel abrisse a fronteira apenas a não-combatentes.
No entanto, os relatórios revelam que o contato de
membros do Exército israelense também se deu diretamente com integrantes dos
grupos armados sírios, que fazem oposição e enfrentam o governo sírio de Bashar
al Assad.
• Israel prende 12 pescadores palestinos e confisca os barcos. Barcos da marinha de Israel, uma das mais bem
equipadas forças militares do planeta, prenderam 12 pescadores palestinos no
litoral da Faixa de Gaza, segundo informou nesta semana o Centro Al-Mizan de
direitos humanos.
Além da prisão dos pescadores, os militares de Israel
confiscaram seus barcos, única forma de trabalho, impedindo que sustentem suas
famílias.
• A mais séria matéria de 2014! Caros amigos e companheiros que acompanham o nosso
Informativo Semanal. A idéia inicial de criar um Informativo surgiu quando eu ainda
morava em Volta Redonda e passei a fazer um “Boletim” para ser debatido nas
comunidades ligadas à Igreja de lá. Depois ampliei a proposta e surgiu assim,
há cerca de 14 anos, este “Informativo”. Mas creio que, ao longo de todos esses
anos, não fiquei tão surpreso e preocupado com uma matéria como estou agora. O
tema é sério: o exército dos EUA prepara-se para ocupar algumas grandes cidades
no planeta, entre elas São Paulo e Rio de Janeiro.
A matéria, que pode ser lida na íntegra em (http://goo.gl/SLLzD2), diz que “um grupo de
pesquisadores do Estado Maior do Exército dos EUA realizou estudos de campo em
algumas “megacidades” a fim de preparar-se para intervenções militares “quando
se fizerem necessárias”.
Entre as cidades já escolhidas como “alvos” para ações
do exército estadunidense estão a Cidade do México, Bangkok, Lagos e outras. E
aqui a nossa preocupação: no estudo aparecem como “alvos” para serem invadidos
a cidade de São Paulo, principal bolsa de valores da América Latina, e Rio de
Janeiro, sede da empresa Petrobras. Isto mesmo, é esta a descrição que fazem no
tal relatório.
O artigo citado é longo e merece uma leitura apurada,
mas está em inglês. Se houver tempo durante a semana, vou fazer uma análise
completa do artigo e postar em nosso próximo “Informativo”.
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