Banco
Santander fez campanha contra Dilma.
O Banco Santander enviou aos seus clientes de renda
mais alta um comunicado com o título “Você e seu dinheiro”. No comunicado o
Banco dizia que a reeleição da Dilma representaria uma crise econômica grave.
Vejam a íntegra da nota enviada pelo Santander.
“A economia brasileira continua apresentando baixo crescimento,
inflação alta e déficit em conta corrente. A quebra de confiança e pessimismo
crescente em relação ao Brasil em derrubar ainda mais a popularidade da
presidente, que vai caindo nas últimas pesquisas, e que tem contribuído para a
subida do Ibovespa. Difícil saber até quando vai durar esse cenário e qual será
o desdobramento final de uma queda ainda maior de Dilma Rousseff nas pesquisas.
Se a presidente se estabilizar ou voltar a subir nas pesquisas, um cenário de
reversão pode surgir. O câmbio voltaria a se desvalorizar, juros longos
retomariam alta e um o índice da Bovespa caíra, revertendo parte das altas
recentes. Esse último cenário estaria mais de acordo com a deterioração de
nossos fundamentos macroeconômicos. Diante desse cenário, converse com o seu
Gerente de Relacionamento Select para alocar seus investimentos da maneira mais
adequada ao ser perfil de investimento.”
Quando a imprensa denunciou a
“armação”, o banco disse que adota “critérios exclusivamente técnicos” em suas
análises econômicas, que ficam restritas à discussão de variáveis que possam
afetar os investimentos dos correntistas, “sem qualquer viés político ou
partidário”. Por meio da nota, o Santander pediu desculpas aos seus clientes e
acrescentou que estão sendo tomadas as providências para assegurar que nenhum
comunicado dê margem a interpretações diversas dessa orientação. O banco também voltou
atrás e disse que reitera sua convicção de que a economia brasileira seguirá
bem sucedida trajetória de desenvolvimento.
Mais tarde, oficialmente, o banco
anunciou que demitiria o técnico responsável pela mensagem e pediu “desculpas”
ao governo brasileiro.
• Santander e a Opus Dei. Para quem não conhece, o banco Santander e seu presidente
internacional, Emilio Botín, são investigados na Europa
por vínculos de lavagem de dinheiro do Opus Dei, corrente de extrema direita
dentro da Igreja Católica.
Uma das maiores instituições
financeiras do mundo, o banco Santander, tem uma ligação nebulosa com o Opus
Dei (“Obra de Deus”, em latim), um braço ultraconservador da Igreja Católica. O
Opus Dei surgiu em 1928 na Espanha para “infiltrar” seus seguidores em setores
importantes da sociedade.
Nas mãos dos membros dessa discreta
organização católica, o banco cresceu bastante no período do fascismo espanhol,
liderado pelo ditador Francisco Franco (1892-1975), com o qual líderes da Opus
Dei também tiveram laços estreitos. Na década de 1960, o Santander passou a
expandir seus negócios, começando pela América Latina. A primeira investida
ocorreu na Argentina. Depois se instalou em Cuba, Porto Rico, Chile, Venezuela
e México, antes de dar seus primeiros passos no Brasil, na Colômbia, no Peru e
no Uruguai.
Na década de 1990, já como o maior
banco na Espanha, fortaleceu sua atuação no Brasil ao comprar os bancos
Noroeste, Meridional e depois, em 2000, o Banespa. Em 2008, o processo de
expansão continuou com a aquisição do Banco Real. Assim, o Santander tornou-se
o terceiro maior banco privado do País, com cerca de 21,4 milhões de clientes.
Para se ter uma ideia do poder de
influência do Opus Dei, o jornalista Alberto Dines, em texto publicado no
“Observatório da Imprensa”, diz que há mais de 200 editores a serviço da organização
na imprensa brasileira. “A Opus Dei é uma confissão ou ordem religiosa mas é,
principalmente, um projeto ideológico para conquistar o poder através da
lavagem cerebral de seus adeptos”, diz o jornalista no mesmo artigo.
Por coincidência, o homem que dirige o
Instituto para as Obras Religiosas (IOR), o chamado Banco do Vaticano, é tido
como integrante do Opus Dei. Responsável pela instituição que controla as
contas das ordens religiosas e de associações católicas desde 2009, Ettore
Gotti Tedeschi foi diretor do Santander na Itália durante 17 anos, antes de ser
nomeado, por um conselho de cardeais, presidente do Banco do Vaticano. Tedeschi
também foi colunista do “L’Osservatore Romano”, o jornal do Vaticano, e
professor de ética empresarial da Universidade Católica de Milão.
• “Católicos” contra Dilma? Curiosamente, na mesma semana da nota
do Santander, começou a circular no Facebook uma nota com o seguinte título:
“Católico não vota no PT”.
No corpo da mensagem coisas como “Nenhum católico verdadeiro que ama Jesus Cristo deve
votar em políticos do PT. O PT é um partido com viés socialista fundado por
militantes comunistas e por teólogos da Libertação, isso mesmo, os TLs fundaram
o PT”. Ou seja, já deixa claro, logo no início, que é contra a Teologia da
Libertação! O texto termina afirmando que “Somos católicos e somos cidadãos e
para dar testemunho de nossa fé devemos manifestá-las nas urnas e mostrar que
não somos a favor de um partido que luta contra os princípios cristãos.” Ou
seja, claramente um texto que foi gestado no seio da Opus Dei!
• Radiografia das
eleições nos estados: governadores e Congresso
Por
encomenda do DIAP, as empresas Queiroz Assessoria Parlamentar e Sindical e
Contatos Assessoria Parlamentar, elaboraram o mais completo levantamento das
eleições de 2014 para os governos estaduais e o Congresso Nacional – Câmara e
Senado.
O estudo, que envolve cada uma das 27 unidades da
Federação, está estruturado em três tópicos.
O primeiro faz uma retrospectiva da eleição de 2010. O
segundo trata de aspectos gerais da eleição de 2014 em cada estado. O terceiro
detalha as candidaturas e os candidatos com chance na disputa para os cargos de
governador, senador e deputado federal.
O tópico sobre a eleição de 2010 faz uma breve
retrospectiva com dados sobre o índice de renovação, informa os deputados que
atingiram quociente eleitoral, lembra os senadores eleitos, lista as coligações
e cita quantos e quais parlamentares se elegeram em cada uma das unidades da
Federação.
O que aborda aspectos gerais da eleição de 2014 trata
do tamanho do eleitorado do estado, o número de municípios, cita os de maior
densidade eleitoral, informa os cargos em disputa, entre outros dados
relevantes sobre a disputa.
E também há o que trata dos postulantes aos cargos em
disputa traz uma radiografia da votação de cada um dos que tentam a reeleição
(governador, senador e deputado), inclusive com base eleitoral, lista as coligações
de cada grupo político e antecipa os nomes mais competitivos da disputa.
O processo eleitoral é muito dinâmico e levantamentos
com estas características podem sofrer alterações no curso da campanha
eleitoral, mas a fotografia do momento é a que se apresenta neste estudo.
Atualizaremos esses dados de forma permanente e publicaremos, em breve, um
prognóstico de bancada por partido para a Câmara dos Deputados e o Senado
Federal.
Para ver todo o estudo:
• Vida Longa ao SUS (Carlos Ocké-Reis*)
Che
Guevara tinha razão. O que define um revolucionário é o seu amor pela humanidade,
pela justiça, pela verdade.
Com
esse espírito, teremos força para transformar a economia, as instituições e as
condições de vida da maioria da população brasileira. Teremos sabedoria para afirmar os pressupostos do SUS em defesa da vida, da
democracia, da segurança alimentar, da saúde pública de qualidade e da ética na
medicina.
Esse projeto estratégico precisa ser vivificado pelo Estado,
precisa ser legitimado pela sociedade.
Não podemos naturalizar o pragmatismo, onde o fomento ao
mercado aparece como solução para desonerar as contas públicas. Não podemos
conviver com determinadas injustiças, quando recursos do governo são canalizados
para o circuito de acumulação de capital. Não podemos nos calar diante da dor,
da tragédia, do caos e da morte dos indivíduos nas grandes regiões
metropolitanas.
A reforma sanitária apostou na universalização, na
integralidade e no equilíbrio federativo dos serviços públicos. Como direito
social, nesses vinte e cinco anos, enfrentou a barbárie e ajudou a melhorar os
indicadores de saúde. Entretanto, o SUS não tem financiamento estável, o
mercado cresceu e a estratificação de clientela não foi superada.
Uma vez que a saúde foi também considerada livre à iniciativa
privada na Constituição de 1988, além dos problemas na gestão e no controle
popular, outra contradição gritante apareceu nessa caminhada: o SUS não cobre,
regularmente, o polo dinâmico do mercado de trabalho, cujos trabalhadores
(setor privado e setor público) possuem maior capacidade de vocalização
política – a exemplo da experiência do Estado de bem-estar social europeu –
para consolidar o modelo de seguridade social.
Ora, sem reconhecer essa fragilidade, não avançamos
objetivamente. As diretrizes constitucionais foram e são essenciais, porém
insuficientes para garantir a hegemonia do SUS e a regulação substantiva do
complexo médico-industrial e dos planos privados de saúde.
Para completar esse processo, será necessário reconstruir uma
expressiva base de apoio social e parlamentar, combinando mobilização de massa
com luta institucional, a partir de uma agenda de ‘reforma da reforma’, a um só
tempo, mediada (as relações mercantis não serão extintas por decreto) e
consensual (dentro do campo partidário democrático-popular e dentro do Estado
em diálogo com a ‘multidão’).
Contra o capital financeiro, esse bloco histórico deve
convencer a sociedade quanto à superioridade do sistema universal de saúde no
plano civilizatório, sem perder de vista a renegociação da dívida interna
(redução dos encargos financeiros), a reforma tributária (progressiva), a
reforma da mídia (democrática) e a reforma eleitoral (constituinte exclusiva e
soberana do sistema político).
A realização dessa tarefa extraordinária tem um ponto de
apoio importante na cultura socialista: o debate em torno da transição passa
pela aplicação de certo capitalismo de Estado, que valorize a solidariedade
entre as nações, a função social da propriedade, o planejamento e o mercado
interno, desprivatizando o fundo público e incorporando a sociedade civil no
processo decisório governamental.
Afinal de contas, o SUS é parte integrante de um novo modelo
de desenvolvimento social na América Latina e sua implantação seguirá pari
passu à redução da pobreza, da desigualdade, da violência social e dos baixos
níveis educacionais e culturais no Brasil.
* É técnico de planejamento e pesquisa da Diretoria de
Estudos e Política do Estado – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).
• Venezuela vai
enviar ajuda humanitária para Gaza. O chanceler venezuelano, Elías Jaua, anunciou que
seu país vai enviar mais ajuda humanitária para os palestinos na Faixa de Gaza.
O anúncio oficial foi feito na sede da Chancelaria da Venezuela.
Segundo ele, além da ajuda
que será dada pelo governo, a Casa Amarela, sede da Chancelaria, vai ficar
aberta para receber doações de organizações sociais. Estão sendo recolhidos medicamentos,
alimentos não perecíveis, roupas e colchões para enviar para a região que está
sob ataque de Israel.
Ele esclareceu que toda a
ajuda será enviada em voos da Força Aérea da Venezuela e que se trata apenas de
um gesto de solidariedade pois “nada pode aliviar a tragédia, porém um gesto de
um povo irmão que acredita na paz está acima da guerra”.
• América Latina se posiciona! América Latina vai se
posicionando sobre o Estado de Israel e seus crimes contra a humanidade.
Venezuela e Bolívia já haviam rompido relações diplomáticas em janeiro de 2009,
durante a operação “Chumbo Derretido” que massacrou a Faixa de Gaza (dezembro
de 2008).
Agora,
nas recentes agressões israelenses e o genocídio de milhares de palestinos, na
maioria crianças, outros países de Nossa América estão
se afastando de Israel. O primeiro a “chamar o embaixador para consultas” foi o
Equador (17/07/14) e depois o Brasil (24/07/14). Agora “chamaram seus
embaixadores para consulta”: Chile (29/07/14), El Salvador (29/07/14) e Peru
(30/07/14).
A onda de repúdio aos crimes de Israel está crescendo em
Nossa América!
• Bolívia declara Israel como “estado terrorista”. O presidente Evo Morales informou a decisão assumida
na reunião do seu gabinete. A Bolívia está suspendendo o acordo firmado com
Israel, em 1972, sobre os vistos para visitantes e que agora o documento será
exigido para ingresso no país.
Segundo ele, Israel passou a fazer parte da chamada
“lista 3”, significando que, a partir de agora, é considerado “Estado
Terrorista”.
Evo disse que o governo de Israel está desrespeitando
as leis humanitárias internacionais e o direito à vida. Com isto, qualquer
cidadão de Israel que pretenda entrar na Bolívia estará obrigado a cumprir os
trâmites diplomáticos, obtendo um visto, com consulta prévia à Direção Nacional
de Imigração que avaliará a justificativa para o pedido de ingresso.
• “Oposição” está dividida na Venezuela. A tal “oposição” venezuelana, financiada e organizada
por Washington, está dividida. O secretário geral da chamada “Mesa da Unidade
Democrática” (MUD), Ramón Guillermo Aveledo, confirmou na quarta-feira (30/07)
que renuncia ao cargo e deixará de falar oficialmente pelos partidos que fazem
oposição ao governo de Maduro.
A decisão foi tomada 48 horas depois de uma reunião
fechada entre dirigentes da “oposição” onde estavam a deputada ex-deputada
María Corina Machado, o governador do estado de Mirada e o ex-candidato predidencial,
Henrique Capriles.
• Projeto do novo canal está quase pronto. Um representante da empresa britânica Environmental Resources Management (ERM) informou,
na quarta-feira (30/07) que os estudos sobre o impacto ambiental e social do
canal interoceânico na Nicarágua estará pronto ainda em 2014.
O projeto do canal contempla
a criação de infraestruturas três vezes maiores que o Canal do Panamá, capaz de
conectar o Mar do Caribe com o Pacífico, com um aeroporto, dois portos, uma
área de zona franca, um centro turístico, estradas e siderúrgicas.
• 25 milhões de desempregados! A
taxa de desemprego dos 18 países que compõem a Zona do Euro ficou em 11,5%, em
junho, segundo a agência de estatísticas Eurostat (IBGE de lá). Apesar de ser a
menor taxa desde setembro de 2012, ela significa que existem 18,4 milhões de
desempregados nos país da região que adota o euro.
Entre os 28 países que integram a União Européia (UE),
o desemprego ficou em 10,2% mês passado, contra 10,3%, em maio. O número de
desempregados no bloco é estimado em 25 milhões pela Eurostat.
A distribuição do desemprego, porém, é extremamente
assimétrica. Se Áustria (5%), Alemanha (5,1%) e Malta (5,6%) exibem as menores
taxas do continente, em países como Grécia (27,3% em abril, último dado
disponível) e Espanha (24,5%), o indicador é cerca de cinco vezes maior. Na
Espanha, com isso, cresceu o número de pessoas que moram em lares nos quais
ninguém tem emprego.
Mas vale lembrar que a taxa de desemprego na Alemanha é
“maquiada” pelos “mini-jobs”, ou seja, empregos com meia jornada de trabalho e
meio salário!
• França ainda em recessão. O presidente da França, François Hollande, declarou que a situação econômica
do país continuará “complicada” em 2014. Segundo o anúncio, feito na
sexta-feira (01), o governo vai continuar atendendo apenas ao que chama de
“principal”.
Em reunião com os ministros, o governo francês anunciou
um programa para incentivar meio milhão de jovens franceses a entrarem no
mercado informal como única saída para o desemprego no momento. De acordo com
números oficiais, 390 mil pessoas em idade ativa estão paradas por falta de
vagas no mercado de trabalho. Entre os jovens, menores de 25 anos, a taxa de
desemprego já chega a 25%!
• Líbia afunda no caos. Depois que os EUA e seus “cãezinhos
amestrados” resolveram promover uma “guerra democrática” contra a Líbia,
supostamente para “libertar o país de um ditador”, a situação degringolou de
vez e o país está afundado no caos! Grupos de mercenários, treinados e armados
por Washington, tomam conta do cenário e disputam pontos estratégicos para ganhar maior
influência
Pelo menos 97 pessoas morreram e outras 404 ficaram
feridas em duas semanas de confrontos entre milícias islamitas rivais pelo
controle do aeroporto de Trípoli, informou no domingo (27/07) o Ministério da
Saúde da Líbia. Trata-se do ponto de máxima violência no país africano desde o
levante de 2011.
Sob a liderança interina de Abdallah Al-Thani, o
governo da Líbia não conseguiu elaborar um Exército profissional capaz de se impor
e de integrar os grupos armados que se desenvolveram em 2011. Tal incapacidade
facilitou uma autonomia dessas brigadas, que cada vez mais desafiam as autoridades
centrais em transição. Teme-se, com isso, que a instabilidade do país resulte
em uma guerra civil.
No sábado (26/07), como já vimos acontecer em outras
situações (não esqueçam o que aconteceu no Vietnam) funcionários diplomáticos
estadunidenses evacuaram sua embaixada na Líbia e partiram para Tunísia, devido
à proximidade dos combates. Além dos EUA, a ONU (Organização das Nações Unidas)
e a Turquia também tiraram seus representantes do país nos últimos dias.
• Criam o caos e “se mandam”. Depois de retirar todo o seu pessoal diplomático da Líbia, o governo
dos EUA passou a recomendar que seus cidadãos não viajem para aquele país e
pediu urgência para que os estadunidenses que lá se encontram saiam
imediatamente.
Segundo nota oficial de Washington, a embaixada já
funcionava com número reduzido de funcionários, mas agora todos foram retirados
rapidamente. A nota diz que “Lamentavelmente tivemos que tomar esta decisão
porque nossa embaixada está localizada muito próxima do local dos
enfrentamentos e da violência que tomou conta da capital líbia”!
Curioso... Muito curioso! Quem criou o caos? Quem armou
esses grupos rebeldes?
• Brasil retira pessoal da embaixada na Líbia. O Ministério de Relações Exteriores do Brasil
informou, na quarta-feira (30/07), que retirou todo o pessoal da embaixada
brasileira em Trípoli, porque a violência tomou conta do país e “as condições
de segurança foram deteriorando”.
• Provocação estadunidense. Interessante como os nossos jornais
costumam esconder determinadas notícias para depois apresentar outra versão
criada nas salas de Washington. Vejamos o que se passa na fronteira russa.
Na quinta-feira (31/07), o chefe do
Estado Maior Geral da Rússia, Valeri Guerásimov, telefonou para seu homólogo
nos EUA, Martin Dempsey, para conversar sobre o deslocamento de tropas da OTAN
na fronteira russa. Pelo que se sabe, a conversa girou em torno do Tratado
Sobre Forças Nucleares de Alcance Médio, mas fica sempre a impressão de que há
algo mais.
Afinal de contas, com a crise na
Ucrânia se acirrando, é muito estranho que tropas da OTAN estejam na fronteira
russa fazendo “exercícios”.
• Putin promete reforçar a Marinha de Guerra. O presidente russo declarou, no domingo (27/07) que
estão sendo construídos 60 novos navios de guerra no país. Assegurou também que
será reforçada a Frota do Mar Negro, uma das prioridades do governo.
Em seu pronunciamento, ele disse que em breve será
lançado ao mar o novo submarino nuclear Severodvinsk, equipado com mísseis de
cruzeiro, que prestará serviços no Mar do Norte. Ele anunciou que estão em
construção mais três submarinos nucleares semelhantes a esse, “para
modernização de armamentos”, e mais dois. Um submarino multifuncional da classe
Yasen (chamado Krasnoyarsk) e um submarino estratégico da classe Boréi (chamado
Kniaz Oleg).
Para a Frota do Mar Negro já estão sendo construídos
outros submarinos e barcos de superfície modernos.
• Obama “alimenta” o genocídio. O Pentágono confirmou que o governo dos EUA estará
enviando “toneladas” de munições e novos armamentos para que Israel continue a
sua campanha contra Gaza.
O governo de Israel solicitou, oficialmente, a ajuda
que foi prontamente atendida por Washington, segundo o jornal inglês “The
Guardian”. Rear
Admiral Kirby, porta-voz do Departamento de Defesa, disse que “Os Estados
Unidos estão comprometidos com a segurança de Israel, e é vital para os
interesses nacionais ajudar Israel a desenvolver e manter uma capacidade
militar forte e disponível”.
• Mais dólares para Israel! O Senado dos EUA aprovou na sexta-feira (01), por unanimidade, que o Pentágono
repasse recursos suplementares no valor de US$ 225 milhões para o financiamento
do escudo antimísseis de Israel, conhecido como “Domo de Ferro”.
“Estamos com os israelenses, porque se não têm o 'Domo
de Ferro' não podem se defender”, argumentou o senador republicano e
ex-candidato à presidência do país, John McCain.
“(Israel) está ficando sem mísseis para o 'Domo de
Ferro' para se proteger. Estamos com eles. Aqui estão os mísseis”, disse, após
a votação, o republicano pela Carolina do Sul, Lindsey Graham.
O Pentágono já anunciou na quarta-feira que tinha
recebido um pedido de Israel através de um sistema de emergência para a compra
de mais munição, e que ele tinha sido aceito.
• Revista Veja defende Israel e condena Itamaraty
Capa da revista semanal que adota posições cada vez
mais extremistas aponta “apagão na diplomacia” e “falência moral da política
externa de Dilma”; com seu radicalismo, revista da família Civita sai em defesa
de Benjamin Netanyahu, que foi responsável pela morte de mais de mil pessoas
nos últimos vinte dias e capaz de bombardear até um hospital e uma escola das
Nações Unidas
Responsável pelo primeiro voto, em 1947, pela criação
de Israel, o Brasil sempre foi um aliado da causa judaica. No entanto, a
política externa do Itamaraty também sempre foi pautada pela defesa dos
direitos humanos. Foi exatamente neste contexto que o chanceler Luiz Alberto
Figueiredo divulgou uma nota em que condenava "energicamente" a ação
desproporcional de Israel no conflito da Palestina, que, em menos de vinte
dias, matou mais de mil pessoas.
Neste período, o governo do chanceler Benjamin
Netanyahu assassinou mulheres, crianças e foi capaz até de bombardear um
hospital e uma escola da Organização das Nações Unidas, levando o secretário
Ban-Ki-Moon a se dizer "estarrecido". De acordo com as Nações Unidas,
Netanyahu deve ser investigado por "crimes de guerra" e até mesmo o
maior aliado de Israel, o governo dos Estados Unidos, tem se mostrado
desconfortável com o banho de sangue. Ontem, o secretário de Estado, John
Kerry, pediu uma trégua que impedisse a continuidade da matança.
No entanto, Netanyahu tem, a seu lado, a família
Civita, que edita a revista Veja, cuja capa desta semana se dedica a apontar o
que seria o “apagão na diplomacia” e a "falência moral da política externa
do governo Dilma”. Internamente, a revista aponta o que seriam sinais de
“nanismo” do Itamaraty. Um desses, curiosamente, seria até a declaração do
presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, numa reunião do G-20, quando
chamou o ex-presidente Lula de "o cara". Ou seja: na lógica de Veja,
um elogio de Obama no G-20, organismo que deve muito ao Brasil, diminuiria o
País.
Com a capa desta semana, Veja se coloca à extrema
direita e se isola até de mesmo seus leitores. Responsável pela formulação da
política externa do candidato Aécio Neves (PSDB/MG), o embaixador Rubens Barbosa
concordou com a posição adotada pelo Itamaraty. Neste sábado (26), a jornalista
Mônica Bergamo também informa que o presidente da Confederação Israelita
Brasileira, Claudio Lottenberg, se disse indignado com a grosseria do porta-voz
Yigal Palmor, que chamou o Brasil de “anão diplomático’. Em editorial, o jornal
Estado de S. Paulo condenou o que chamou de “baixaria israelense”.
Veja, assim, se isola, assim como Benjamin Netanyahu.
Fonte: Brasil 247
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