21/02/2015 - Copyleft
Redação
Fim do silêncio: intelectuais brasileiros reagem ao golpe e à destruição da Petrobras
Conclamamos as forças vivas da Nação a cerrarem fileiras em torno da democracia e da Petrobras, o nosso principal símbolo de soberania.
Nesta terça-feira, 24/02, a
Central Única dos Trabalhadores (Cut) e a Federação Única dos
Petroleiros (Fup), entre outras entidades e movimentos, juntamente
com intelectuais brasileiros, lançam uma campanha nacional para impedir
que a demência neoliberal destrua a Petrobras, paralise o Brasil,
interrompa obras estratégicas e gere um furacão de desemprego e calote
salarial nos canteiros do PAC e do pré-sal.
O ato desta terça, na sede da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no Rio de Janeiro, deve ser o início de uma caminhada. Seu êxito depende de um corajoso programa de manifestações em todo o país, inclusive nos canteiros de obras do pré-sal, com a presença de uma frente de lideranças progressistas, na qual não podem se omitir Lula, Boulos e Stédile, entre outros.
O manifesto lançado por intelectuais brasileiros condensa a gravidade do que está em jogo: está em jogo para o conservadorismo a chance de paralisar o país e a economia, gerar o caos para voltar ao poder na carona da crise devastadora - ainda que às custas do estado de direito. Impedi-lo é o desafio de urgencia histórica que reclama a união de toda a esquerda e das forças progressistas e democráticas da nação.
Leia, abaixo, o manifesto.
Para assiná-lo, clique aqui.
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O QUE ESTÁ EM JOGO AGORA
O ato desta terça, na sede da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no Rio de Janeiro, deve ser o início de uma caminhada. Seu êxito depende de um corajoso programa de manifestações em todo o país, inclusive nos canteiros de obras do pré-sal, com a presença de uma frente de lideranças progressistas, na qual não podem se omitir Lula, Boulos e Stédile, entre outros.
O manifesto lançado por intelectuais brasileiros condensa a gravidade do que está em jogo: está em jogo para o conservadorismo a chance de paralisar o país e a economia, gerar o caos para voltar ao poder na carona da crise devastadora - ainda que às custas do estado de direito. Impedi-lo é o desafio de urgencia histórica que reclama a união de toda a esquerda e das forças progressistas e democráticas da nação.
Leia, abaixo, o manifesto.
Para assiná-lo, clique aqui.
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O QUE ESTÁ EM JOGO AGORA
A chamada Operação Lava Jato, a partir da apuração de malfeitos na Petrobras, desencadeou um processo político que coloca em risco conquistas da nossa soberania e a própria democracia.
Com efeito, há uma campanha para esvaziar a Petrobras, a única das grandes empresas de petróleo a ter reservas e produção continuamente aumentadas. Além disso, vem a proposta de entregar o pré-sal às empresas estrangeiras, restabelecendo o regime de concessão, alterado pelo atual regime de partilha, que dá à Petrobras o monopólio do conhecimento da exploração e produção de petróleo em águas ultraprofundas. Essa situação tem lhe valido a conquista dos principais prêmios em congressos internacionais.
Está à vista de todos a voracidade com que interesses geopolíticos dominantes buscam o controle do petróleo no mundo, inclusive através de intervenções militares. Entre nós, esses interesses parecem encontrar eco em uma certa mídia a eles subserviente e em parlamentares com eles alinhados.
Debilitada a Petrobras, âncora do nosso desenvolvimento científico, tecnológico e industrial, serão dizimadas empresas aqui instaladas, responsáveis por mais de 500.000 empregos qualificados, remetendo-nos uma vez mais a uma condição subalterna e colonial.
Por outro lado, esses mesmos setores estimulam o desgaste do Governo legitimamente eleito, com vista a abreviar o seu mandato. Para tanto, não hesitam em atropelar o Estado de Direito democrático, ao usarem, com estardalhaço, informações parciais e preliminares do Judiciário, da Polícia Federal, do Ministério Público e da própria mídia, na busca de uma comoção nacional que lhes permita alcançar seus objetivos, antinacionais e antidemocráticos.
O Brasil viveu, em 1964, uma experiência da mesma natureza. Custou-nos um longo período de trevas e de arbítrio. Trata-se agora de evitar sua repetição. Conclamamos as forças vivas da Nação a cerrarem fileiras, em uma ampla aliança nacional, acima de interesses partidários ou ideológicos, em torno da democracia e da Petrobras, o nosso principal símbolo de soberania.
20 de fevereiro de 2015
Alberto Passos Guimarães Filho
Aldo Arantes
Ana Maria Costa
Ana Tereza Pereira
Cândido Mendes
Carlos Medeiros
Carlos Moura
Claudius Ceccon
Celso Amorim
Celso Pinto de Melo
D. Demetrio Valentini
Emir Sader
Ennio Candotti
Fabio Konder Comparato
Franklin Martins
Jether Ramalho
José Noronha
Ivone Gebara
João Pedro Stédile
João Pedro Stédile
José Jofilly
José Luiz Fiori
José Luiz Fiori
José Paulo Sepúlveda Pertence
Ladislau Dowbor
Leonardo Boff
Ligia Bahia
Lucia Ribeiro
Luiz Alberto Gomez de Souza
Ligia Bahia
Lucia Ribeiro
Luiz Alberto Gomez de Souza
Luiz Pinguelli Rosa
Magali do Nascimento Cunha
Marcelo Timotheo da CostaMarco Antonio Raupp
Maria Clara Bingemer
Maria da Conceição Tavares
Maria da Conceição Tavares
Maria Helena Arrochelas
Maria José Sousa dos Santos
Marilena Chauí
Marilene Correa
Otavio Alves Velho
Paulo José
Reinaldo Guimarães
Ricardo Bielschowsky
Roberto Amaral
Samuel Pinheiro Guimarães
Otavio Alves Velho
Paulo José
Reinaldo Guimarães
Ricardo Bielschowsky
Roberto Amaral
Samuel Pinheiro Guimarães
Sergio Mascarenhas
Sergio Rezende
Silvio Tendler
Sonia Fleury
Waldir Pires
Silvio Tendler
Sonia Fleury
Waldir Pires
Créditos da foto: Flickr
Fonte: Carta Maior
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