Mais uma vez, Washington.
As manifestações da direita no Brasil, com frequentes denúncias que envolvem membros do PT com esquemas de corrupção, são muito bem orquestradas, planejadas, e têm como objetivo principal criminalizar e desprestigiar figuras relevantes no cenário político brasileiro, figuras que conseguiram mudar os destinos da nação, tirar o país do jugo do FMI e de Washington tornando-o respeitado internacionalmente.
Mas quem são esses manifestantes? De onde saíram? Como se organizam?
Pelo que podemos acompanhar, diariamente, essas pretensas “organizações” carregam uma mesma face, uma mesma característica e uma mesma origem. “Movimento Brasil Livre – MBL”, “Estudantes pela Liberdade – EPL”, “Vem para a Rua” ou os “Revoltados on Line” são produtos diretos de estrategistas estadunidenses que vivem no Brasil e conhecem as características dessa classe média que mudou de vida nos últimos 12 anos.
Além do perfil fascista desses movimentos, são movimentos intolerantes que não admitem que alguém possa pensar de forma diferente da deles. E isso é facilmente comprovado pela quantidade de agressões feitas a simples transeuntes durante suas manifestações. Um casal foi agredido, em São Paulo, porque se recusou a usar o adesivo contra Dilma Rousseff; um ciclista foi agredido apenas porque sua bicicleta era de cor vermelha; ou um transeunte que foi agredido por um grupo de “manifestantes” porque estava com uma camisa vermelha de manga comprida. São centenas de casos parecidos e registrados em fotografias divulgadas na internet depois do ato do dia 13.
Em um excelente trabalho de investigação, o jornalista Antonio Martins afirma que “existe uma clara conexão entre instituições neoliberais estadunidenses instaladas no Brasil e os movimentos que promovem atitudes golpistas no país”. E, em seu artigo, ele destaca o papel exercido por três fundações conhecidas nossas: Atlas Leadership Academy, Cato Institute e o Instituto Ludwig Von Mises.
Em uma pesquisa feita com seriedade, Martins demonstra que o Instituto Ludwig Von Mises foi fundado pelo conhecido milionário Hélio Beltrão Filho e mantém estreito vínculo com os irmãos Koch, nos EUA, e com alguns dos principais “pensadores” de Washington. E mostra que alguns dos principais líderes do MBL e do EPL, como Fabio Ostermann, Rafael Bolsoni e Juliano Torres, estão vinculados a esse instituto.
Vale destacar que os irmãos Koch investem milhões de dólares na indústria do petróleo, o que explica o interesse em desestabilizar o governo brasileiro e a Petrobras. Não é “por acaso” que o maluquinho que se tornou ídolo da direita da noite para o dia, Kim Kataquiri, um dos expoentes do grupo MBL, concedeu uma entrevista ao jornal Notimérica, estadunidense, dizendo que a Petrobras e as demais empresas estatais no país deveriam ser entregues para a iniciativa privada.
A resposta popular, no dia 18, pode ter causado alguma surpresa na direita golpista. Enquanto a manifestação contra o governo Dilma só mobilizou em três ou quatro capitais brasileiras, a manifestação contra o golpe, no dia 18 aconteceu em todo o país, mesmo em pequenas cidades do interior, no norte e nordeste, mostrando que há uma disposição de resistir às tentativas golpistas. Vamos aguardar os próximos passos.
• De volta o parlamentarismo? Já tramita no Senado uma Proposta de Emenda à Constituição que estabelece o sistema parlamentar de governo no Brasil. Para o autor da Proposta (PEC 9/2016), senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), a instituição do parlamentarismo no Brasil não é solução para a atual crise política que o país passa, mas é uma solução para crises institucionais semelhantes. Com o parlamentarismo, aumenta a responsabilidade do Congresso Nacional para a estabilidade do país.
Estava prevista, para a semana que se encerra, a instalação da comissão especial para discutir a implantação do parlamentarismo no Brasil. Na quarta-feira (16), o Supremo Tribunal Federal deveria também debater o tema, mas houve um adiamento.
Pelo que sabemos, algumas articulações nesse sentido andam aceleradamente e o movimento que defende a mudança no regime político no país ganha força no Congresso. Informações dão conta de que, até o fim deste ano, o Brasil passará do presidencialismo para o parlamentarismo. A mudança é defendida pelo presidente do Senado, Renan Calheiros, que na quarta-feira comandou reuniões com o ex-presidente Lula e com senadores do PSDB.
A instalação da comissão especial, formada por 14 senadores, foi aprovada no último dia 9. Se a proposta de mudança para o parlamentarismo for aprovada na comissão, será submetida a referendo popular.
• Perfil de manifestantes do dia 13. O perfil dos manifestantes que foram à Avenida Paulista no domingo (13) não corresponde ao perfil geral da população brasileira. Pesquisa realizada pelo instituto Datafolha durante o ato aponta para renda e escolaridade bastante superiores à média nacional.
A pesquisa foi realizada com 2.262 pessoas e apresenta margem de erro de 2% para mais ou para menos. Segundo o instituto, a maioria dos participantes era do sexo masculino e com idade superior a 36 anos. A pesquisa também apontou que 77% disseram ter curso superior, enquanto o mesmo índice na capital corresponde a 28%.
De todos os entrevistados pelo Datafolha, 12% afirmaram ser empresários (no município, apenas 2% da população possui algum empreendimento). A faixa de renda predominante entre os manifestantes esteve entre cinco e 20 salários mínimos, apontado pela metade dos participantes. Em São Paulo, menos de um quarto da população está nesta faixa de rendimento. Ainda com relação à renda, 26% dos entrevistados pela Datafolha afirmaram receber de 5 a 10 salários mínimos, 24%, de 10 a 20 salários, e 11%, de 20 a 50 salários mínimos por mês.
Com relação à cor, 77% dos manifestantes se declararam brancos.
• O Brasil e a “nova ordem mundial” II.
(Ernesto Germano)
Por mais de uma década, desde o fim da União Soviética até os primeiros anos do Século XXI, vimos o mundo mergulhado em uma “nova ordem mundial” que se caracterizava pela unipolaridade, o controle dos destinos de todos por uma única superpotência, sobrevivente da Guerra Fria, os EUA, sendo este apoiado por potências menores, porém ainda influentes (Europa e Japão), mas sempre submissas aos interesses de Washington.
Porém, já nos últimos anos do século passado e no início do atual vai surgir uma nova força nesse contexto internacional: a China.
Em 2011 a China já era a segunda maior economia do planeta, 7,3185 trilhões de dólares! Tendo um dos subsolos mais ricos do mundo em matéria prima, o país se tornou independente de vários recursos minerais. Seu enorme mercado consumidor interno também favoreceu o crescimento dos investimentos externos. A riqueza pessoal deu um imenso salto e, em 2005, já representava mais de 10 mil Yuans. Atualmente a riqueza pessoal em dólares PPP é de 8390$.
Esse crescimento na riqueza pessoal fez com que os chineses consumissem mais artigos de luxo, sendo alguns importados. Mais de 400 centros comerciais gigantescos foram criados no país. Em 2015, o Credit Suisse First Boston previu que os consumidores chineses passariam a ser os motores primários do crescimento econômico global.
Por outro lado, desde os primeiros anos do novo século, a Rússia começou a superar seus problemas internos, equilibrou a economia, voltou a crescer e resgatou sua antiga tecnologia de ponta, em particular sua capacidade bélica avançada.
Em 2012, Vladimir Putin foi reconduzido à presidência da Federação Russa, em eleição na qual obteve quase 64% dos votos. Em 2018, quando deixar o cargo – se não for reeleito para um novo mandato de seis anos –, terão se passado quase duas décadas em que Putin, nos postos de presidente ou de primeiro-ministro, esteve à frente do poder na Rússia.
Em 2006, ainda de maneira informal, vai surgir um novo bloco que estabelece relações diferenciadas na economia mundial. O encontro entre Brasil, Rússia, Índia e China (BRIC) surgiu com reunião de trabalho à margem da abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas. Em 2007, o Brasil assumiu a organização do encontro à margem da Assembleia Geral e, nessa ocasião, verificou-se que o interesse em aprofundar o diálogo merecia a organização de reunião específica de Chanceleres do então BRIC (ainda sem a África do Sul).
A primeira reunião formal de Chanceleres do BRIC foi realizada em 18 de maio de 2008, em Ecaterimburgo, na Rússia. Desde então, o acrônimo, criado alguns anos antes pelo mercado financeiro, não mais se limitou a identificar quatro economias emergentes, passando o BRICs a constituir uma nova entidade político-diplomática.
Em 2011 a África do Sul passou a fazer parte e a sigla tornou-se, oficialmente, BRICS.
Mas, o que significa o BRICS para o sonho imperial de Washington? Qual o seu peso nessa balança mundial?
Quais os números do BRICS? a) somados, os cinco países representam 3 bilhões de habitantes (mais de 40% da população do planeta); b) 26% da superfície do planeta e; c) mais de 25% do PIB mundial.
Em vários artigos, aqui no nosso Informativo, já tivemos oportunidade de comentar sobre o papel dos investimentos do BRICS entre os países em desenvolvimento e, em particular, os investimentos feitos pela Rússia e pela China na América Latina.
Só para lembrar, vamos falar da importância do Banco de Investimentos criado pelo BRICS e que incomoda a antiga potência hegemônica porque coloca contra o muro o poder do FMI, dominado por eles.
O acordo para a criação do novo banco de desenvolvimento foi alcançado durante a quinta conferência do grupo que reuniu os presidentes dos países membros em Durban, África do Sul. O banco de desenvolvimento acordado pelo BRICS tem como objetivo “mobilizar recursos”, fomentar a construção de infraestruturas e o “desenvolvimento sustentável” em países emergentes e em vias de desenvolvimento. E, como podemos ver pela sua definição, a iniciativa para estabelecer este banco e ajudar os países em vias de desenvolvimento vai se deparar com todos os tipos de obstáculos por parte das chamadas “grandes nações”.
Quando o Fundo Monetário Internacional foi proposto, em 22 de julho de 1944, durante uma convenção da ONU em Bretton Woods, EUA e começou a funcionar em 1945, seus estatutos declaravam como principais objetivos a promoção de políticas cambiais sustentáveis em nível internacional, facilitar o comércio internacional e reduzir a pobreza. O que se foi alcançado foi exatamente o contrário, já que nem este fundo monetário nem o Banco Mundial funcionam de maneira independente.
A criação da nova entidade e de um acordo de reservas de contingências com um fundo de US$ 100 bilhões (US$ 41 bilhões deles garantidos pela China) para reagir às possíveis “contingências” inesperadas, desafia assim o controle e a influência dos EUA sobre as finanças mundiais.
Como se não bastasse, a China e a Rússia ainda criaram o Banco Asiático de Investimento em Infraestruturas (AIIB), uma iniciativa da China que alguns analistas veem como um contrapeso ao Banco Mundial (BM) e ao Banco Asiático de Desenvolvimento (BAD).
A entrada da Rússia foi confirmada no Fórum de Boao, uma conferência econômica realizada na ilha chinesa de Hainan com a presença de chefes de Estado e governo de 15 países, entre eles o presidente da China, Xi Jinping. O governo russo fez este anúncio um dia depois que o Brasil também confirmasse sua participação no banco, com o qual a China quer financiar projetos de transporte e outras infraestruturas no continente asiático.
O AIIB contará com um capital inicial de US$ 100 bilhões para iniciar projetos energéticos, de transporte e de telecomunicações na Ásia por meio da concessão de créditos ou garantias.
Nações europeias como França, Itália, Alemanha, Reino Unido e Espanha também se uniram nos últimos dias ao AIIB, enquanto potências como Estados Unidos e Japão, que dominaram durante décadas as estruturas do BM e do BAD, respectivamente, se mostraram reticentes a negociar uma possível entrada.
Até o momento o AIIB tem 38 membros fundadores, em sua maioria países asiáticos (inclusive alguns que mostraram muitas dúvidas iniciais perante a nova instituição, como Coreia do Sul e Indonésia), e negocia a possível adesão em breve de economias como as de Austrália, Canadá, Holanda, Bélgica e Taiwan. Mas a China tem mais de 50% do capital investido e, portanto, o poder no AIIB.
A irritação total dos EUA chegou, enfim, com o ocorrido no dia 09 de maio de 2016, o sempre comemorado “Dia da Vitória”, quando o povo russo homenageia seus mártires e os heróis que lutaram contra o nazismo e venceram a guerra!
O desfile militar, na Praça Vermelha, é tradicional desde os tempos da União Soviética, mas neste ano trouxe um fato novo que deixou Washington “com os cabelos em pé” e muita insônia: o Exército de Libertação Popular da China marchou ao lado do Exército Russo!
Acham pouco? Mas tem coisa mais séria preocupando os generais estadunidenses do Pentágono que agora “descobriram que a China tem até 60 mísseis balísticos intercontinentais (ICBMs) baseados em silos –CSS-4 – capazes de atingir quase todos os EUA, com exceção da Flórida.
Por último, mas não menos importante, há o novo sistema defensivo de mísseis ultra-sofisticados S-500 – programado para proteger a Rússia contra um Ataque Global Imediato (Prompt Global Strike – PGS). Cada míssil S-500 pode interceptar dez ICBMs em velocidades de até 15.480 milhas por hora, em altitudes de 115 milhas e alcance horizontal de 2.174 milhas. Moscou diz que o sistema só estará operando em 2017, por coincidência, quando a Casa Branca estará sendo ocupada pelo novo presidente.
Vamos voltar ao assunto.
• Trabalhadores argentinos estão mais pobres. Um estudo realizado pelo Centro de Inovação dos Trabalhadores da Argentina, divulgado na segunda-feira (14) pelo jornal Página 12, mostrou que o poder aquisitivo dos 10% mais pobres do país caiu 23,8% nos últimos quatro meses.
A pesquisa, que foi encomendada pelo órgão estatal Conicet (Conselho Nacional de Investigações Científicas e Técnicas), aponta como principais causas desse fenômeno o aumento da tarifa de luz elétrica e de gás, o reajuste dos preços dos alimentos e aluguéis, e a eliminação dos impostos de exportação dos bens industriais e agrícolas.
Segundo o órgão, o preço dos alimentos aumentou em 39% entre fevereiro de 2015 e 2016; os aluguéis, em 63%; e as tarifas de energia, em 405% no mesmo período. Estes três itens representam mais de 50% dos gastos das famílias mais pobres.
O estudo também mostrou que a inflação anual chegou aos 35% em fevereiro. Só nesse mês, a inflação foi de quase 5%. Esta é uma das taxas mais elevadas desde 2002, de acordo com o Centro.
Estima-se ainda que a inflação anual não ceda e atinja os 55% em outubro deste ano, superando o limite de 25% projetado pelo ministro da Fazenda, Alfonso Prat-Gay.
• Ele se entregou? Pode ser “ato falho” ou simples descuido, mas Barack Obama acaba de entregar que realmente os EUA tinham interesse em derrubar o governo da Argentina e colocar alguém mais “dócil” por lá.
Uma semana antes de começar sua viagem que o levará à Cuba e Argentina, Obama concedeu uma estranha entrevista à cadeia CNN, em espanhol, e se referiu às relações entre os governos de Cristina Fernández e de Mauricio Macri.
Eis alguns trechos da fala: “Eu encontrava a presidenta Cristina Fernández em eventos do G-20 ou em outros encontros similares. Tínhamos uma relação cordial, porém, no que diz respeito às suas políticas, seu governo era sempre contra os Estados Unidos. Creio que ela recorria a uma retórica que vem dos anos 60 ou 70 e não da atualidade”.
Pouco depois ele afirma: “Argentina é um bom exemplo de mudanças que ocorrem nas relações entre EUA e outros países. O presidente Macri reconhece que estamos em uma nova era e que devemos olhar para a frente e que a Argentina, que historicamente foi um país muito poderoso, está debilitada por não ter se adaptado a uma economia mundial tão eficaz como a atual”.
• Acidente ou provocação? A Guarda Costeira da Argentina abriu fogo e afundou um barco pesqueiro chinês na segunda-feira (14). Segundo nota oficial do governo argentino, o barco foi localizado “em águas territoriais da Argentina e não respondeu aos chamados por rádio”. Segundo um oficial da Marinha argentina, o barco havia sido localizado na noite de domingo.
O Ministério de Relações Exteriores da China emitiu nota dizendo que “Em primeiro lugar, devemos assinalar que entre a China e a Argentina há relações pacíficas. Esperamos que o incidente seja resolvido de maneira diplomática”. Mas a China está exigindo do governo argentino que faça investigações sérias sobre o que ocorreu e garanta a “segurança e os legítimos direitos da tripulação chinesa”.
Quatro pessoas da tripulação do barco chinês foram resgatadas, incluindo o capitão.
• Mensagens de Hillary falam em destruir a Síria! Mais uma “bomba” divulgada pelo grupo Wikileaks mostra algumas conversas da candidata Hillary Clinton pedindo a derrubada do governo sírio para “reforçar a segurança de Israel”. Entre outras mensagens, há uma carta enviada em julho de 1012 a uma pessoa desconhecida na qual insiste da derrubada do governo de Bashar Al Assad para isolar o Irã e reforçar a segurança de Israel no Oriente Médio.
Segundo o texto, o serviço de inteligência de Israel estava convencido de que a República Islâmica do Irã perderia o seu único aliado na região se o governo de Damasco fosse derrubado. “A melhor maneira de ajudar Israel contra a capacidade nuclear do Irã é derrotar o governo de Al Assad”, diz a mensagem.
Em outra parte, ela diz que o serviço de inteligência de Israel estava convencido de que “a queda do governo de Al Assad poderia provocar uma guerra sectária entre os muçulmanos xiitas e sunitas, o que, segundo os comandantes de Israel, não seria nada mal para os aliados ocidentais”.
• Dividir a Síria? James Stavridis, ex-comandante supremo da OTAN e ex-almirante da Marinha dos EUA disse que a nação síria é uma “ficção” e é “quase impossível” restabelecer o país. Para ele, já é hora de fazer uma divisão da Síria!
Segundo ele, apesar do cessar-fogo vigente “não se vai a parte alguma” e isso cria cada vez mais vítimas. Com toda a miséria atual, provocada pela guerra, se torna mais e mais evidente que “a Síria como nação é uma ficção”. Ele diz que as fronteiras do país são “infames” e de caráter arbitrário, porque envolve várias religiões e etnias, resultado da divisão feita pela França e Reino Unido no século XX.
Só para constar, James Stavridis é “professor decano” na Escola Jurídica e Diplomática de Fletcher, Universidade de Turts (EUA).
• Espionagem de Israel no Líbano. Só agora a notícia chegou a uma parte da imprensa internacional, mas, em novembro de 2015 forças de segurança do Governo do Líbano anunciaram o desmantelamento de uma unidade de espionagem que trabalhava para o governo de Israel no sul do país.
O ministro de Comunicações do Líbano, Boutros Harb, confirmou que a rede montada por Israel havia sido identificada e eliminada. Disse ainda que empresas israelenses forneciam serviços ilegais através da Internet para botar em andamento planos de espionagem contra o Exército libanês,
Segundo ele, pela legislação do país, “apenas o Ministério de Telecomunicações tem autorização para criar comunicações internacionais e Internet no país”, o que estava sendo descumprido. “Trata-se de um crime contra o Líbano, suas instituições públicas e contra a soberania e os direitos dos cidadãos”, disse Harb.
• Ultradireita avança na Alemanha. Os conservadores do partido de Angela Merkel, chanceler alemã, sofreram uma grave derrota nas eleições realizadas em três estados. Agora ficou claro o crescimento de formações da ultradireita através do partido AFD (Alternativa para a Alemanha).
Os resultados mostram que a União Democrata Cristã (CDU), partido de Merkel, perdeu dois dos três estados nas eleições para os parlamentos regionais.
• Japão quer desmontar a usina de Fukushima. O governo do Japão trabalhará com os de EUA e França para desenvolver as tecnologias necessárias para retirar o combustível fundido da acidentada usina nuclear de Fukushima, informou no domingo o jornal "Nikkei". Na sexta-feira (11) se completaram cinco anos desde o terremoto de 9 graus de magnitude na escala aberta de Richter e o tsunami que provocaram a pior crise nuclear desde a de Chernobyl em 1986, e o trabalho para desmantelar a central não passou de 10%.
O Executivo japonês espera completar o desmantelamento da usina, propriedade da companhia elétrica Tokyo Electric Power (TEPCO), com a ajuda de analistas e tecnologias dos EUA e da França, consideradas potências nucleares de primeira ordem.
O Departamento de Energia estadunidense e a Agência Nacional de Pesquisa francesa colaborarão com o Ministério de Ciência e Tecnologia japonês para realizar os trabalhos pendentes. Washington ajudará Tóquio a criar equipamento e tecnologia para coletar e desfazer-se dos resíduos radioativos derivados dos trabalhos de desmantelamento, enquanto Paris cooperará com o país asiático para desenvolver tecnologias por controle remoto que possam proteger áreas com altos níveis de radiação.
O Japão já enviou vários robôs ao interior de dois dos três reatores danificados durante o acidente, onde os níveis de radiação atuais impedem a entrada de um humano. Os dispositivos introduzidos no reator 1, o que está em pior estado, foram abandonados após serem danificados pela radioatividade. Nos últimos cinco anos, o governo japonês e a TEPCO lidaram com as toneladas de água contaminada empregada para esfriar os reatores quando o terremoto e o tsunami os deixaram sem os geradores primários e de emergência, mas agora têm que seguir avançando nos trabalhos, inclusive a retirada de combustível. A retirada das barras de combustível fundido é o processo mais complexo dentro dos trabalhos de desmantelamento da central, que levarão de três a quatro décadas.
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