domingo, 15 de maio de 2016

Maduro pede a embaixador no Brasil que retorne a Caracas



Maduro pede a embaixador no Brasil que retorne a Caracas

Presidente venezuelano anunciou a decisão em rede nacional de televisão e chamou afastamento de Dilma de 'canalhice'
 
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, pediu nesta sexta-feira ao embaixador do país no Brasil, Alberto Castellar, para retornar a Caracas, depois do afastamento de Dilma Rousseff da presidência brasileira em um processo que o chefe do governo venezuelano classificou como um "golpe de Estado".
 
"Avaliamos hoje, eu pedi ao nosso embaixador no Brasil, Alberto Castellar, que viesse a Caracas", informou Maduro em rede nacional de rádio e televisão. 
 
Agência Efe
Maduro classificou afastamento como "canalhice contra ela (Dilma), contra sua honra, contra a democracia, contra o povo brasileiro"
 
Também nesta sexta-feira (13), o novo chanceler brasileiro, José Serra, divulgou uma nota na qual rejeita “enfaticamente” a manifestação dos países que questionaram a legalidade do afastamento da presidente Dilma Rousseff.
 
 
 

'Governo ilegítimo precisa de mecanismos ilegítimos para se manter', diz Dilma sobre Temer

'Tem cheiro de golpe', diz ex-presidente uruguaio Mujica sobre afastamento de Dilma Rousseff

Fato de ser mulher talvez tenha influído no processo contra Dilma, diz chanceler argentina

PUBLICIDADE
Castellar, que já estaria em Caracas, se reuniu com Maduro e a chanceler Delcy Rodríguez, o vice-presidente executivo Aristóbulo Istúriz e "vários dirigentes do comando político" do país para analisar os acontecimentos no Brasil.
 
"Estivemos avaliando esta dolorosa página da história do Brasil (...) Tentaram apagar a história com uma jogada totalmente injusta com uma mulher que é a primeira presidente que o Brasil teve", disse o líder venezuelano.
 
Maduro classificou o afastamento como uma "canalhice contra ela (Dilma), contra sua honra, contra a democracia, contra o povo brasileiro".
 
"Vejam, não acreditem os colegas presidentes ou primeiros-ministros que por serem de partidos da centro-direita, da direita, estão isentos de que o vírus do golpismo tome outra vez a América Latina e com o vírus do golpismo venham as grandes convulsões sociais outra vez (...) Não, não podemos retroceder na história", acrescentou.

Nenhum comentário:

Postar um comentário