"Quando as togas de uma nação se esgarçam assim na luta política, os marcos institucionais se dissipam, o risco de a sociedade perder as referências essenciais é enorme.
Onde fica o Estado de Direito?
Onde ele começa, onde acaba?
Na dúvida, a quem recorrer?
Qual juiz?
O Napoleão tucano do Supremo?
Ou os acoelhados companheiros de toga?
O Brasil foi coagido pela sofreguidão golpista a embarcar num trem fora dos trilhos institucionais"
"O processo de votação do impeachment no Senado termina agora, mas não a encruzilhada que ele ecoa e acentua.
Um improvável gesto de grandeza de congressistas democráticos poderia recolocar as instituições à altura das provas cruciais enfrentadas pela nação neste momento.
Oitenta e um representantes do povo guardarão para sempre na biografia as escolhas que fizerem diante da límpida disjuntiva posta pela história.
Jogar o país em um ciclo de exceção, revestido de incertezas, regressões e confrontos imprevisíveis, ou estender a mão a uma pacificação, devolvendo a nação aos trilhos da legalidade?"
"A memória das tragédias históricas é inoxidável: os usurpadores de hoje terão que prestar contas de suas escolhas aos tolhidos de sempre.
Vargas deixou essa lição há 62 anos. Por escrito. E à bala.;
Parece que a elite não leu, nem ouviu.
É tempo de lembrar, porque o povo nunca a esqueceu."
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