domingo, 9 de outubro de 2016

'Nunca falamos de quem não ganha', diz presidente do Nobel sobre deixar FARC de fora do prêmio MAIS UMA INJUSTIÇA DO NOBEL: NÃO INCLUIR AS FARC.


'Nunca falamos de quem não ganha', diz presidente do Nobel sobre deixar FARC de fora do prêmio


"Há muitas partes no processo, mas Santos foi quem tomou a primeira e histórica iniciativa", afirmou Kaci Kullmann Five; presidente da Colômbia ganhou prêmio
A presidente do Comitê Nobel, Kaci Kullmann Five, afirmou nesta sexta-feira (07/10) que o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, vencedor do prêmio deste ano, foi o incentivador do processo de paz com as FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e, por isso, “se destacou”. Ela não falou, no entanto, sobre o motivo de a guerrilha não estar incluída na premiação.
"Há muitas partes no processo, mas Santos foi quem tomou a primeira e histórica iniciativa. Existiram outras tentativas antes para conseguir a paz, mas ele foi com tudo e com uma grande vontade de conseguir um resultado, por isso se destacou. Além disso, é o líder do governo do país", afirmou. “Nunca comentamos sobre quem não ganha o prêmio”.
O fracasso do "sim", no referendo de domingo (02/10), tinha feito com que especialistas e casas de apostas rebaixassem sensivelmente as chances de um prêmio para o processo de paz, que era o grande favorito antes da consulta popular.
Agência Efe

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Five, no entanto, rejeitou de forma categórica que a decisão de conceder o Nobel a Juan Manuel Santos possa ser interpretada como um desrespeito ao resultado do referendo. "Ao contrário. Mostramos que respeitamos o processo democrático e a votação do povo colombiano. Eles não disseram não à paz, mas a um acordo específico", declarou.

A presidente do comitê ressaltou que o processo de diálogo recomeçou e que isso "é muito importante para impedir que volte a explodir uma guerra civil no país". Ela também disse que ainda não tinha telefonado para o presidente colombiano para parabenizá-lo, mas que faria isso em breve.

"No mundo moderno, pode ser perigoso dar avisos desse tipo de antemão", afirmou. 
(*) Com Efe

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