'Nunca falamos de quem não ganha', diz presidente do Nobel sobre deixar FARC de fora do prêmio
"Há muitas partes no processo, mas Santos foi quem tomou a primeira e histórica iniciativa", afirmou Kaci Kullmann Five; presidente da Colômbia ganhou prêmio
A presidente do Comitê Nobel, Kaci Kullmann Five, afirmou nesta sexta-feira (07/10) que o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, vencedor do prêmio deste ano, foi o incentivador do processo de paz com as FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e, por isso, “se destacou”. Ela não falou, no entanto, sobre o motivo de a guerrilha não estar incluída na premiação.
"Há muitas partes no processo, mas Santos foi quem tomou a primeira e histórica iniciativa. Existiram outras tentativas antes para conseguir a paz, mas ele foi com tudo e com uma grande vontade de conseguir um resultado, por isso se destacou. Além disso, é o líder do governo do país", afirmou. “Nunca comentamos sobre quem não ganha o prêmio”.
O fracasso do "sim", no referendo de domingo (02/10), tinha feito com que especialistas e casas de apostas rebaixassem sensivelmente as chances de um prêmio para o processo de paz, que era o grande favorito antes da consulta popular.
Agência Efe

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Five, no entanto, rejeitou de forma categórica que a decisão de conceder o Nobel a Juan Manuel Santos possa ser interpretada como um desrespeito ao resultado do referendo. "Ao contrário. Mostramos que respeitamos o processo democrático e a votação do povo colombiano. Eles não disseram não à paz, mas a um acordo específico", declarou.
A presidente do comitê ressaltou que o processo de diálogo recomeçou e que isso "é muito importante para impedir que volte a explodir uma guerra civil no país". Ela também disse que ainda não tinha telefonado para o presidente colombiano para parabenizá-lo, mas que faria isso em breve.
"No mundo moderno, pode ser perigoso dar avisos desse tipo de antemão", afirmou.
A presidente do comitê ressaltou que o processo de diálogo recomeçou e que isso "é muito importante para impedir que volte a explodir uma guerra civil no país". Ela também disse que ainda não tinha telefonado para o presidente colombiano para parabenizá-lo, mas que faria isso em breve.
"No mundo moderno, pode ser perigoso dar avisos desse tipo de antemão", afirmou.
(*) Com Efe
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